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28/04/2021
Número: 1048398-77.2020.4.01.3400
Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL
Órgão julgador: 1ª Vara Federal Cível da SJDF
Última distribuição : 27/08/2020
Valor da causa: R$ 1.000,00
Assuntos: Expedição de CND, Agências/órgãos de regulação
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
COMPANHIA USINA SAO JOAO (IMPETRANTE) MARCO ANTONIO VALENCA MEIRA (ADVOGADO)
SUPERINTENDENTE DE PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEIS
DA AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E
BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP (IMPETRADO)
AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO, GAS NATURAL E
BIOCOMBUSTIVEIS (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (Procuradoria) (FISCAL DA LEI)
AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO, GAS NATURAL E
BIOCOMBUSTIVEIS/ANP (TERCEIRO INTERESSADO)
UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) (TERCEIRO
INTERESSADO)
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Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
31643 11/09/2020 11:49 Decisão Decisão
8908
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL
Seção Judiciária do Distrito Federal
1ª Vara Federal Cível da SJDF
PROCESSO: 1048398-77.2020.4.01.3400
CLASSE: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)
DECISÃO
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Consta da exordial que a impetrante pretende manter a autorização
já vigente, independentemente da apresentação dos documentos requeridos
pelo Ofício nº 374/2020/SPCCAT/SPC/ANP-RJ-e, de 22.06.2020, ou ainda
pelo art. 27, I, da Resolução ANP nº 734/2018, e da regularidade ou não da
impetrante junto às fazendas públicas nacional, estadual e municipal, bem
como junto ao Cadin.
É o relatório suficiente.
FUNDAMENTO E DECIDO.
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seguir transcrito (id. 319315364):
(...)
Embora o artigo 68-A, §3º, da Lei nº 9.478/1997 contemple somente duas hipóteses de
revogação de autorização – solicitação do interessado e prática de infração -, naturalmente a
irregularidade fiscal da unidade produtora de biocombustíveis deve ser incluída na relação,
representando próprio impedimento à outorga do ato administrativo (artigo 20, §2º, da Resolução
ANP nº 26/2012). Independentemente da nomenclatura que se adote, a autorização não pode
subsistir diante de débitos vencidos do produtor.
Na verdade, a própria outorga deveria ser cancelada, uma vez que a regularidade fiscal constitui
um novo requisito da indústria de biocombustíveis cujos efeitos estão protelados no tempo até
hoje. A ANP, através da Resolução nº 26/2012 (artigo 20, caput), prorrogou até o dia 31/08/2020
a apresentação de certidões que condiciona a primeira concessão de autorização após o novo
regime jurídico do combustível proveniente de biomassa renovável.
O que ocorreu até aquela data foi o reconhecimento da titularidade e dos direitos das unidades
produtoras existentes (artigo 19 da Resolução ANP nº 26/2012). A autorização efetiva da
produção virá à tona com a prova de regularidade fiscal, cuja ausência tecnicamente não
significará revogação do ato administrativo, mas o próprio cancelamento, pela inobservância de
requisitos iniciais protelados no tempo (artigo 20, §2º).
Não se pode dizer que já haveria uma autorização por ocasião do novo regime normativo da
indústria de biocombustíveis, a ponto de configurar direito adquirido e impedir a aplicação
retroativa de lei. Em primeiro lugar, inexiste direito adquirido a regime jurídico (STF, RE 615.340,
DJ 01/08/2018), que mudou, no caso dos combustíveis provenientes de biomassa renovável, da
livre produção à necessidade de autorização do Estado, com a superveniência da Lei nº
12.490/2011 e com o status de utilidade pública conferido à indústria dos biocombustíveis (artigo
1º, §1º, II, da Lei nº 9.847/1999).
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E, se o período se tornou insuficiente, a ponto de colocar o risco o fornecimento de
biocombustível em determinadas regiões, como preveem os estudos técnicos juntados no
agravo, não cabe ao Poder Judiciário assumir as atribuições da agência reguladora e postergar
ainda mais a comprovação da exigência.
As agências reguladoras possuem autonomia decisória, de modo que não compete ao Poder
Judiciário analisar os atos administrativos sob o ponto de vista de política pública, conveniência
e oportunidade (artigo 3º, caput, da Lei nº 13.848/2019). A censura apenas poderia ocorrer com
base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade (artigo 4º), que restaram, entretanto, a
princípio, observados no caso, em função da protelação do requisito da comprovação de
regularidade fiscal por oito anos.
O período, inclusive, traz informações mais do que suficientes para a agência reguladora
ponderar todas variáveis da revogação das autorizações, especificamente o risco de
desabastecimento de biocombustível em determinadas regiões. Se a ANP manteve a data final
da comprovação da exigência, certamente considerou mínimo o risco, sem que possa o Poder
Judiciário suprir a posição técnica e conduzir a política pública, principalmente em sede de tutela
de urgência no início da lide.
Também não procede a alegação de que a imposição de regularidade fiscal fere a liberdade de
iniciativa e constitui instrumento de coação ao pagamento de tributo, na forma de sanção
política.
A exigência de regularidade fiscal deve ser lida nesse contexto de ato de liberação pública de
atividade econômica. Não se mostra compatível com o fundamento da soberania e a moralidade
administrativa que o devedor de tributos federais possa obter sem maiores restrições
autorização de operação, outorga para o desempenho de atividade de utilidade pública.
A medida não contraria as Súmulas nº 70, 323 e 547 do STF e os acórdãos proferidos em
regime de repercussão geral sobre o emprego de sanções políticas (ARE 914.045, Tema 856, e
RE 565.048, Tema 31).
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ligado à soberania e a moralidade administrativa.
Em primeiro lugar, se estão efetivamente sob risco de insolvência, devem usar o mecanismo de
direito comercial, para eventualmente fazerem jus à dispensa de certidão. Não se pode outorgar
o benefício em contexto de plena atividade econômica, de tributação normal, sob pena de
vantagem competitiva dos devedores e de prejuízos aos contribuintes pontuais.
E, em segundo lugar, as empresas tiveram oito anos para regularizar os débitos (artigo 20, caput
, da Resolução ANP nº 26/2012), num tempo mais do que suficiente para qualquer retomada
econômica de empresário.
Não é o caso, porém, dos produtores de biocombustíveis que não regularizaram os débitos nos
oito anos anteriores. O passivo comportava solução por um período razoável e não pode ser
atenuado por circunstâncias tão recentes.
Ante o exposto, nos termos dos artigos 300, caput, 932, II, e 1.019, I, do CPC, indefiro o pedido
de antecipação de tutela recursal.
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Como já explicado na decisão acima transcrita, a prova de quitação
de tributos não é estabelecida para condicionar o exercício de atividade
econômica, como impressão de notas fiscais, desembaraço aduaneiro de
mercadoria e funcionamento de estabelecimento comercial; objetiva apenas
justificar um ato de liberação pública (autorização), compatibilizando-o com o
dever de recolhimento de tributos ligado à soberania e a moralidade
administrativa.
AÇÃO CONHECIDA QUANTO À LEI FEDERAL 7.711/1988, ART. 1º, I, III E IV, PAR. 1º A 3º, E
ART. 2º.
1. Ações diretas de inconstitucionalidade ajuizadas contra os arts. 1º, I, II, III e IV, par. 1º a 3º e
2º da Lei 7.711/1988, que vinculam a transferência de domicílio para o exterior (art. 1º, I),
registro ou arquivamento de contrato social, alteração contratual e distrato social perante o
registro público competente, exceto quando praticado por microempresa (art. 1º, III), registro de
contrato ou outros documentos em Cartórios de Registro de Títulos e Documentos (art. 1º, IV, a
), registro em Cartório de Registro de Imóveis (art. 1º, IV, b) e operação de empréstimo e de
financiamento junto a instituição financeira, exceto quando destinada a saldar dívidas para com
as Fazendas Nacional, Estaduais ou Municipais (art. 1º, IV, c) – estas três últimas nas hipóteses
de o valor da operação ser igual ou superior a cinco mil Obrigações do Tesouro Nacional – à
quitação de créditos tributários exigíveis, que tenham por objeto tributos e penalidades
pecuniárias, bem como contribuições federais e outras imposições pecuniárias compulsórias.
2. Alegada violação do direito fundamental ao livre acesso ao Poder Judiciário (art. 5º, XXXV da
Constituição), na medida em que as normas impedem o contribuinte de ir a juízo discutir a
validade do crédito tributário. Caracterização de sanções políticas, isto é, de normas enviesadas
a constranger o contribuinte, por vias oblíquas, ao recolhimento do crédito tributário.
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lícitas (art. 170, par. ún., da Constituição), a violação do devido processo legal substantivo (falta
de proporcionalidade e razoabilidade de medidas gravosas que se predispõem a substituir os
mecanismos de cobrança de créditos tributários) e a violação do devido processo legal
manifestado no direito de acesso aos órgãos do Executivo ou do Judiciário tanto para controle
da validade dos créditos tributários, cuja inadimplência pretensamente justifica a nefasta
penalidade, quanto para controle do próprio ato que culmina na restrição.
É inequívoco, contudo, que a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal não
serve de escusa ao deliberado e temerário desrespeito à legislação tributária. Não há que
se falar em sanção política se as restrições à prática de atividade econômica objetivam
combater estruturas empresariais que têm na inadimplência tributária sistemática e
consciente sua maior vantagem concorrencial. Para ser tida como inconstitucional, a
restrição ao exercício de atividade econômica deve ser desproporcional e não-razoável.
4. Os incisos I, III e IV do art. 1º violam o art. 5º, XXXV da Constituição, na medida em que
ignoram sumariamente o direito do contribuinte de rever em âmbito judicial ou administrativo a
validade de créditos tributários. Violam, também o art. 170, par. ún. da Constituição, que garante
o exercício de atividades profissionais ou econômicas lícitas.
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indagar se as determinações legais constantes do artigo 68-A, §2º, II, da Lei
nº 9.478/1997, têm conteúdo idêntico àquelas normas julgadas
inconstitucionais pela Suprema Corte e, por essa razão também padeceriam
de vício de inconstitucionalidade, ou se delas se distinguem, de maneira a
concluirmos positivamente pela sua constitucionalidade. Em outras palavras,
vê-se que o artigo 68-A, §2º, II, da Lei nº 9.478/1997, exige a apresentação
de Certidão Negativa de Débitos – CND. Já o artigo 1º da Lei nº. 7.711, de
1988[1], julgado inconstitucional pelo STF, exigia a prova da quitação de
créditos tributários exigíveis. Teriam essas duas exigências legais o mesmo
conteúdo normativo? A resposta é negativa.
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando
exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado,
que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e
ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido
requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na
repartição.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a
existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido
efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. (Destaques nossos)
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PGFN expondo a questão com propriedade no bojo do Parecer/PGFN/CAT Nº
50/2014 afirmando que a regularidade fiscal do contribuinte pode ser
comprovada mediante apresentação da certidão: a) negativa, quando
efetivamente não tem ele débitos pendentes junto ao Fisco, ou b) positiva
com efeitos de negativa, na hipótese de haverem débitos não pagos, porém
garantidos ou com exigibilidade suspensa. Ou seja, na situação de
regularidade fiscal estão aqueles contribuintes que pagaram corretamente
todos seus tributos devidos e também aqueles que julgaram pertinente
discutir administrativa ou judicialmente a cobrança dos tributos que dele estão
sendo exigidos, utilizando-se, para tanto, dos mecanismos legais pertinentes.
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da validade dos créditos tributários, cuja inadimplência pretensamente
justifica a nefasta penalidade, quanto para controle do próprio ato que culmina
na restrição.
“É inequívoco, contudo, que a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal não
serve de escusa ao deliberado e temerário desrespeito à legislação tributária. Não há que
se falar em sanção política se as restrições à prática de atividade econômica objetivam
combater estruturas empresariais que têm na inadimplência tributária sistemática e consciente
sua maior vantagem concorrencial. Para ser tida como inconstitucional, a restrição ao exercício
de atividade econômica deve ser desproporcional e não-razoável.” (destacou-se)
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princípio da demanda, temos que o pedido formulado pela parte determina os
limites da atuação jurisdicional, importando na razão da atuação do Estado e
também na fixação do objeto a ser decidido. Vale dizer que nos pedidos
veiculados nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº. 173 e 394 inexiste
referência a quaisquer dispositivos de outras normas que não a Lei nº. 7.711,
de 1988, sobre a qual efetivamente debruçou-se o Supremo Tribunal Federal.
Nesse prisma, não tendo sido o artigo 68-A, §2º, II, Lei nº
9.478/1997, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e
levando em conta a presunção de legitimidade e constitucionalidade das
normas legais regularmente editadas segundo o processo legislativo previsto
na Constituição de 1988, é de rigor que o mencionado dispositivo legal está
em plena vigência e eficácia, não havendo fundamento para, como quer a
impetrante, dispensar seu cumprimento.
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MANDADO DE SEGURANÇA. REGISTRO E ARQUIVAMENTO DE ATOS SOCIAIS
CONSTITUTIVOS NA JUNTA COMERCIAL. EXIGÊNCIA DE CERTIDÕES DA RECEITA
FEDERAL, PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL, INSS E REGULARIDADE DO FGTS.
LEI Nº 8.934/94. POSSIBILIDADE DESDE QUE HAJA PREVISÃO LEGAL QUE NÃO IMPLIQUE
SANÇÃO POLÍTICA. ADI 173.
2. A Lei nº 8.934/94, que dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis, prevê que
nenhum outro documento além daqueles que relaciona será exigido das empresas para fins de
registro e arquivamento de seus atos constitutivos.
7. Apelações a que se nega provimento, para manter a r. sentença, nos termos supracitados.
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DATA: 17/01/2011.
4- A concessão da segurança em caráter liminar deve ser confirmada ou revogada por meio da
análise do mérito.
5- Quanto às dívidas frente ao INSS, se aplica o quanto determina o artigo 47, I, d, da Lei n.
8.212/1991, que exige CND, no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a
baixa ou redução de capital de firma individual, redução de capital social, cisão total ou parcial,
transformação ou extinção de entidade ou sociedade comercial ou civil e transferência de
controle de cotas de sociedades de responsabilidade limitada. Tratando-se de hipótese prevista
no dispositivo legal mencionado, não há como eximir a empresa da apresentação da certidão
negativa de débitos relativa ao INSS.
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TRF3, Órgão Especial, CC 00274929320104030000, Rel. Des. Fed. Fábio Prieto, DJF3CJ1
DATA: 17/01/2011.
4- Quanto às dívidas frente ao INSS, se aplica o quanto determina o artigo 47, I, d, da Lei n.
8.212/1991, que exige CND, no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a
baixa ou redução de capital de firma individual, redução de capital social, cisão total ou parcial,
transformação ou extinção de entidade ou sociedade comercial ou civil e transferência de
controle de cotas de sociedades de responsabilidade limitada. Tratando-se de hipótese prevista
no dispositivo legal mencionado, não há como eximir a empresa da apresentação da certidão
negativa de débitos relativa ao INSS.
1. Com efeito, a decisão proferida pelo STF na ADI 394, ao declarar inconstitucionais
alguns dos dispositivos da Lei nº 7.771/88, não se aplica ao presente caso, pois exigia
quitação dos créditos tributários, enquanto a Lei 8.212 exige apenas a regularidade fiscal.
Ademais, a exigência pelo legislador da regularidade fiscal não viola o devido processo
legal, eis que a empresa devedora da Previdência Social pode, a todo momento,
suspender a exigibilidade do crédito, ao discutir administrativa ou judicialmente, parcelar
e, se for o caso, oferecer caução. O artigo 47, b, da Lei 8.212, da mesma forma, não viola o
livre exercício da atividade econômica, pois a alienação do ativo imobilizado é operação
extraordinária da empresa e há exceção prevista no art. 257, § 8º, do Decreto 3.048/99,
para as empresas cujo objeto social é a alienação de imóveis. A norma em comento visa,
apenas, a garantir a segurança jurídica do adquirente de boa-fé, já que, na forma do artigo
185 do CTN, presume-se fraudulenta a alienação de imóvel por devedor com débito
inscrito em dívida ativa.
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Ao contrário do que afirmado pela impetrante, a exigência em
questão inserta no artigo 68-A, §2º, II, Lei nº 9.478/1997, não exprime a
mesma intenção coercitiva já arredada pelo Pretório Excelso na ADI 173
. Isso porque, relativamente à exigência de certidões de regularidade fiscal
em análise, o mesmo raciocínio não se aplica, já que volvida à apresentação
de certidões negativas de débito, sem a obrigatoriedade de pagamento
incondicional do débito.
CAPÍTULO IX-A
Art. 68-A. Qualquer empresa ou consórcio de empresas constituídas sob as leis brasileiras com
sede e administração no País poderá obter autorização da ANP para exercer as atividades
econômicas da indústria de biocombustíveis. (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)
I - estar constituído sob as leis brasileiras, com sede e administração no País; (Incluído
pela Lei nº 12.490, de 2011)
II - estar regular perante as fazendas federal, estadual e municipal, bem como demonstrar
a regularidade de débitos perante a ANP; (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)
(...)
§ 3o A autorização somente poderá ser revogada por solicitação do próprio interessado ou por
ocasião do cometimento de infrações passíveis de punição com essa penalidade, conforme
previsto em lei. (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)
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ANP nº 26/2012 estabeleceu prazo de 5 anos para que a autorizatária
promovesse sua regularização. Com o advento da Resolução ANP nº 734/
2018, houve ainda prorrogação de tal prazo até 31/08/2020, totalizando lapso
de 08 anos para que a impetrante apresentasse a certidão negativa de
débitos perante as fazendas públicas.
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para disciplinar a distribuição de combustíveis no País, podendo exigir a
observância de um mínimo de condições de funcionamento a ser satisfeito
pelas empresas do ramo.
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autorização da ANP para exercer as atividades econômicas da indústria de
biocombustíveis. (...) A autorização de que trata o caput deverá considerar a
comprovação, pelo interessado, quando couber, das condições previstas em
lei específica, além das seguintes, conforme regulamento: II - estar regular
perante as fazendas federal, estadual e municipal, bem como demonstrar a
regularidade de débitos perante a ANP”.
Ocorre que a Constituição da República em seu art. 146, III, “b”, estabelece que as causas de
suspensão da exigibilidade do crédito tributário devem ser disciplinadas por Lei Complementar,
in verbis:
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Art. 146. Cabe à lei complementar:
(...)
Por sua vez, o Código Tributário Nacional – CTN, tido por lei complementar ratione materiae,
estabelece que a moratória é uma das hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito
tributário, senão vejamos:
I – moratória;
No entanto, há de se observar que o próprio CTN, no artigo 97, inciso VI, também determina que
somente a lei em sentido estrito pode estabelecer as hipóteses de suspensão do crédito
tributário:
(...)
E como é cediço, em situações de calamidade pública, compete, como regra, ao Poder Público
conceder, e.g., moratória – sendo a sua natureza de dilatação do prazo de pagamento do tributo
–, seja geral ou específica, tratando-se, por assim dizer, de ato exclusivo do Poder Executivo,
conforme art. 152 e seguintes do CTN, a saber:
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I - em caráter geral:
Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão
em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos:
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prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a
revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito.
Denota-se, portanto, que a moratória, tal qual pleiteada liminarmente, constitui ato exclusivo da
pessoa jurídica instituidora do tributo, à exceção daquela concedida pela União, quanto a
tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando
simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de
direito privado. Tal instituto é conhecido, em sede doutrinária, como isenção heterônoma e
embora exista discussão quanto à sua constitucionalidade, fato é que permanece válido.
E mesmo sabendo que a moratória é medida excepcional, que somente deve ter lugar em casos
de situações naturais, econômicas ou sociais que dificultem o normal adimplemento das
obrigações tributárias[3], a concessão de tal benesse, como visto acima, é reservada à lei,
repita-se.
E não se refuta o direito à eventual suspensão da exigibilidade do crédito tributário pela via
judicial em face do princípio da inafastabilidade de apreciação pelo Poder Judiciário (art. 5º,
XXXV da CF/88), entretanto, na situação concreta não pode o magistrado, por meio de decisão
judicial, atuar como legislador positivo concedendo moratória a um ou outro contribuinte, sob
pena de flagrante medida ilegal e inconstitucional (art. 2º da CF/88) e, não bastasse, de até
inviabilizar, ou pelo menos comprometer excessivamente a adoção de medidas eficazes por
parte do Estado no combate à COVID-19.
Friso, também, que o juiz, ao analisar questões capazes de impactar demasiadamente as contas
do erário deve, na dicção da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB), atuar
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com cautela, apreciando minuciosamente as consequências da decisão judicial, a saber:
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com
base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as
consequências práticas da decisão. (Incluído pela Lei nº 13.655, de
2018) (Regulamento)
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando
for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo
proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo
impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades
do caso, sejam anormais ou excessivos. (Incluído pela Lei nº
13.655, de 2018)
(...)
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Cabe ressaltar ainda que as decisões proferidas pela Suprema Corte, nos autos das Ações
Cíveis Originárias nºs 3.363[4] e 3.365, movidas, respectivamente, pelos Estados de São Paulo
e da Bahia, não se amoldam à hipótese dos autos, tendo em vista a natureza do objeto a ser
tutelado. Isso porque, em ambas as ações, a liminar foi deferida para suspender o pagamento
da dívida pública, impondo-se a comprovação de que os valores estariam sendo
empregados no combate à pandemia da COVID-19.
É oportuno ainda pedir licença para transcrever os relevantes fundamentos expostos em decisão
proferida no MS Coletivo n. 1017036-78.2020.8.26.0053 (grifou-se):
(...)
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No sentido lato sensu designa-se o fato príncipe como toda intervenção dos
poderes públicos tendo por resultado afetado de alguma maneira as condições
jurídicas ou mesmo as condições de fato nas quais um contratante executa o seu
contrato.
No sentido stricto sensu define-se por seus efeitos jurídicos, onde dá lugar ao
contratado pela administração à indenização integral, e nesse sentido se opõe
por exemplo a teoria do fato do príncipe ao da imprevisão, pois esta obriga a
administração a tomar a seu cargo uma parte das perdas sofridas pelo
contratado, ao passo que o fato do príncipe abre ao contratado um direito de
receber a compensação integral do prejuízo que ele sofreu, sendo que desde
logo esse prejuízo tenha sido provocado pelo fato em questão.
Assim, para esses renomados administrativistas, uma coisa é ter ocorrido algo
imprevisto, e que pode realmente alterar a relação contratual.
O caso não é de fato de príncipe, pois a pandemia não foi um ato provocado ou
só de interesse da administração pública, mas sim um caso de imprevisão.
Saliente-se, por oportuno, que está amplamente noticiado que o Poder Legislativo, em
conjunto com o Poder Executivo, está propondo e adotando diversas medidas de amparo
às pessoas físicas e jurídicas, sociedades empresárias, estados e municípios, de modo a
auxiliá-los financeiramente a superar os prejuízos decorrentes da calamidade pública e do
isolamento social, que implicou no fechamento de fábricas, comércios em geral, consultórios e
repartições públicas.
Com isso, não cabe ao Poder Judiciário substituir-se aos Poderes Executivo e Legislativo
para conceder moratória às impetrantes, sob pena de usurpação de competência
constitucional.
Em síntese: Em que pese compreenda a difícil situação econômica por que passam cidadãos e
empresas, no Brasil e no mundo, neste complexo momento histórico de pandemia causada pelo
coronavírus, não há previsão legal para a concessão da medida pretendida. Não cabe ao juiz
substituir-se ao legislador e fixar moratória – ou mesmo eventuais condições especiais para o
pagamento de créditos tributários – por decisão judicial. Compete às empresas, por meio de
esforços políticos próprios, defender interesses dessa natureza na esfera legislativa, e não pela
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via do Poder Judiciário. Inaplicável, ao caso, a teoria do fato do príncipe, pois relacionada aos
contratos administrativos, para corrigir desequilíbrio econômico-financeiro causado pela atuação
estatal que, embora não tenha relação direta com o contrato, produza sobre ele efeitos onerosos
(art. 65, II, d, da Lei nº 8.666/93). A aplicação da teoria à espécie, mesmo que por analogia,
configuraria inaceitável burla à reserva legal para a concessão de moratória (art. 153 do CTN).
(...)
Trata-se, pois, de ato normativo que, além de obviamente não ter status de lei --
inobservando, por certo, o princípio constitucional da reserva legal, materializado
pelo art. 153 do CTN --, foi pensado para um momento histórico distinto, há cerca
de oito anos, não tendo sido encampado, em qualquer aspecto, pelos atos recém
editados, em caráter especial, acrescento, no âmbito federal.
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que postergou o prazo de cumprimento de obrigações acessórias relativas à
apresentação das DCTF e das Escriturações Fiscais Digitais.
Acrescento que foram editadas, ainda, no âmbito federal, pelo menos outras
duas outras normas regulamentares tratando especificamente do enfrentamento,
pelos órgãos fiscais, dos efeitos da pandemia: Portarias ME nº 103/2020 e RFB
nº 543/2020.
Não há, entretanto, até o momento, notícia de lei ou medida provisória editada no
sentido de conceder moratória em relação aos tributos não abarcados pelas
Portarias ME nº 139/2020 e nº 150/2020.
[...]
Inaplicável a Portaria MF 12/2012, mesmo porque, no seu art. 3º, estabelece que
a “RFB e a PGFN expedirão, nos limites de suas competências, os atos
necessários para a implementação do disposto nesta Portaria, inclusive a
definição dos municípios a que se refere o art. 1º”. Essa regulamentação inexiste.
Há, ainda, o risco de periculum in mora reverso, pois o deferimento de liminares de natureza
semelhante a deduzida pela parte impetrante acarretará a ausência de recursos ao Poder
Público federal para fazer frente à pandemia da COVID-19, inclusive os recursos que hoje estão
sendo destinados para políticas voltadas à minimização dos impactos da pandemia sobre os
empregados e empregadores, e pela União aos demais entes federativos, seja por
descentralização operada pelo Ministério da Saúde, seja pelos demais instrumentos postos ao
Executivo e ao Legislativo.
Corrobora esse periculum in mora reverso o fato incontestável de que, sob o ponto de vista
econômico e financeiro, não será possível atender às previsões já estabelecidas na lei
Orçamentária Anual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias, considerando que, dentre outras
consequências, a diminuição de arrecadação de receitas, em virtude da paralisação do setor de
comércio e outros serviços, irá frustrar as bases econômicas que fundamentaram a expedição
de referidas leis. Não bastasse, a previsão de gastos públicos na esfera federal já foi
significativamente majorada e, diante da situação calamitosa do ponto de vista também das
finanças públicas, somente os Poderes Executivo e Legislativo tem competência constitucional
para avaliar quais medidas públicas adotar na situação fática excepcional vivenciada, repita-se.
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análise do periculum in mora.
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3) Dê-se ciência do feito ao órgão de representação da pessoa
jurídica interessada da ANP (PRF1), encaminhando-lhe cópia da inicial
para que, querendo, ingresse no feito (art. 7º, inciso II, da Lei nº
12.016/09).
SOLANGE SALGADO
Juíza Federal da 1ª Vara – SJ/DF
[1] Art. 1º Sem prejuízo do disposto em leis especiais, a quitação de créditos tributários
exigíveis, que tenham por objeto tributos e penalidades pecuniárias, bem como contribuições
federais e outras imposições pecuniárias compulsórias, será comprovada nas seguintes
hipóteses: (Vide ADIN nº 173-6) (Vide ADIN nº 394-1)
I - transferência de domicílio para o exterior; (Vide ADIN nº 173-6) (Vide ADIN nº 394-1)
III - registro ou arquivamento de contrato social, alteração contratual e distrato social perante o
registro público competente, exceto quando praticado por microempresa, conforme definida na
legislação de regência; (Vide ADIN nº 173-6) (Vide ADIN nº 394-1)
IV - quando o valor da operação for igual ou superior ao equivalente a 5.000 (cinco mil)
obrigações do Tesouro Nacional - OTNs: (Vide ADIN nº 173-6) (Vide ADIN nº 394-1)
b) registro em Cartório de Registro de Imóveis; (Vide ADIN nº 173-6) (Vide ADIN nº 394-1)
§ 1º Nos casos das alíneas a e b do inciso IV, a exigência deste artigo é aplicável às partes
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intervenientes. (Vide ADIN nº 173-6) (Vide ADIN nº 394-1)
§ 2º Para os fins de que trata este artigo, a Secretaria da Receita Federal, segundo normas a
serem dispostas em Regulamento, remeterá periodicamente aos órgãos ou entidades sob a
responsabilidade das quais se realizarem os atos mencionados nos incisos III e IV relação dos
contribuintes com débitos que se tornarem definitivos na instância administrativa, procedendo às
competentes exclusões, nos casos de quitação ou garantia da dívida. (Vide ADIN nº 173-6) (Vide
ADIN nº 394-1)
§ 3º A prova de quitação prevista neste artigo será feita por meio de certidão ou outro documento
hábil, emitido pelo órgão competente. (Vide ADIN nº 173-6) (Vide ADIN nº 394-1)
[2] Nas lições de Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado. 12ª ed. rev., atual. e ampl.
São Paulo: Saraiva, 2008, p. 171-172):
(...)
Ou seja, já na própria decisão, o STF define quais normas são atingidas, e no dispositivo, por
‘arrastamento’, também reconhece a invalidade das normas que estão ‘contaminadas’.
(...)
Nesse sentido, como anotam Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, ‘com efeito, se as normas
legais guardam interconexão e mantêm, entre si, vínculo de dependência jurídica, formando-se
uma incindível unidade estrutural, não poderá o Poder Judiciário proclamar a
inconstitucionalidade de apenas algumas das disposições, mantendo as outras no ordenamento
jurídico, sob pena de redundar na desagregação do próprio sistema normativo a que se acham
incorporadas’.
Trata-se, sem dúvida, de exceção à regra de que o juiz deve ater-se aos limites da lide fixados na
exordial, especialmente em razão da correlação, conexão ou interdependência dos dispositivos
legais e do caráter político do controle de constitucionalidade realizado pelo STF.”
[4] (...)
Diante do exposto, presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, DEFIRO A
MEDIDA LIMINAR requerida, para determinar a suspensão por 180 (cento e oitenta dias) do
pagamento das parcelas relativas ao Contrato de Consolidação, Assunção e Refinanciamento da
dívida pública firmado entre o Estado autor e a União, devendo, obrigatoriamente, o ESTADO
DE SÃO PAULO COMPROVAR QUE OS VALORES RESPECTIVOS ESTÃO SENDO
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INTEGRALMENTE APLICADOS NA SECRETARIA DA SAÚDE PARA O CUSTEIO DAS
AÇÕES DE PREVENÇÃO, CONTENÇÃO, COMBATE E MITIGAÇÃO À PANDEMIA DO
CORONAVÍRUS (COVID-19).
(...)
(STF - MC ACO: 3363 SP – São Paulo, Relator: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Data de
Julgamento: 22/03/2020, Data da publicação: 23/03/2020)
[5] Art. 5º A União poderá intervir nas causas em que figurarem, como autoras ou rés, autarquias,
fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas federais.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas de direito público poderão, nas causas cuja decisão possa
ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza econômica, intervir, independentemente da
demonstração de interesse jurídico, para esclarecer questões de fato e de direito, podendo juntar
documentos e memoriais reputados úteis ao exame da matéria e, se for o caso, recorrer, hipótese
em que, para fins de deslocamento de competência, serão consideradas partes.
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