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Agnes Benjamim E.

Macarau

Os desafios dos anos setenta e oitenta: 1970-1990

(Licenciatura em Ensino de História com Habilitações Documentação)

Universidade Rovuma

Lichinga

2021
Agnes Benjamim E. Macarau

Os desafios dos anos setenta e oitenta: 1970-1990

Trabalho de Pesquisa da cadeira de Historia


de Pensamento Economico, a Ser
Apresentado no Departamento de Letras e
Ciências Sociais, para fins avaliativo Sob
Orientação da Mestre. Serafim António
Uahica

Universidade Rovuma

Lichinga

2021
Índice

1. Introdução .............................................................................................................. 4

1.1. Objectivos .......................................................................................................... 4

1.1.1. Geral ............................................................................................................... 4

1.1.2. Específicos ..................................................................................................... 4

1.2. Metodologia ....................................................................................................... 4

2. Os desafios dos anos setenta e oitenta: 1970-1990 ............................................... 5

2.1. Crise Mundial dos Anos 70 ............................................................................... 5

2.2. A INDÚSTRIA AO FIM DOS ANOS 1990 ..................................................... 8

2.2.1. Principais desafios na área industrial brasileiro ............................................. 9

2.3. AGRICULTURA – ANOS 1990 ..................................................................... 10

3. Conclusão ............................................................................................................ 11

4. Referências bibliográficas ................................................................................... 12


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1. Introdução

Os anos 1970 compreendem o questionamento do padrão de acumulação


fordistataylorista e do Welfare State (Estado do bem-estar social), símbolos destes “anos
dourados”, nos países capitalistas centrais. Em relação ao Brasil, nesta época, inicia-se o
esgotamento do modelo desenvolvimentista nacional. No final dos anos oitenta, as
políticas neoliberais foram apresentadas como única alternativa aos países em
desenvolvimento, a fim de que pudessem inserir-se na modernidade, mas isso não
ocorreu. Ao contrário, os governos nacionais foram submetidos a exigências políticas e
econômicas que os tornariam ainda mais frágeis, dependentes e vulneráveis às decisões
internacionais. As políticas definidas pelos organismos financeiros internacionais
acabaram servindo não aos interesses dos que delas precisavam, mas aos dos homens de
negócio que as controlam e dos investidores e acionistas das empresas transnacionais que
continuam mantendo seu locus de produção de conhecimento ancorado nos países
capitalistas centrais. No entanto, entre 1979 e 1980, ocorre uma nova crise petrolífera.
Com a queda da oferta, os preços do barril sobem para cima de 30 dólares, e o aumento
desta fonte de energia tem graves repercussões nalguns setores industriais da Europa, que
denotam uma nítida dificuldade em acompanhar os tempos, em especial a siderurgia, a
construção naval e a química pesada.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Compreender os desafios dos anos Setenta e Oitenta- 1970-1990
1.1.2. Específicos
 Analisar a Crise Mundial dos Anos 70;
 Abordar sobre a indústria ao fim dos anos 1990;
 Identificar as Principais desafios na área industrial brasileiro.

1.2.Metodologia

Na elaboração deste trabalho, usou-se os seguintes métodos: métodos de pesquisas


bibliográficas e consulta de manuais e livros que descrevem acerca do tema em
estudo, na qual esses manuais foram importante na sua implementação.
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2. Os desafios dos anos setenta e oitenta: 1970-1990


2.1.Crise Mundial dos Anos 70

“Uma desregulamentação do sistema monetário internacional e dois


choques petrolíferos (em 1973 e 1979) estiveram na origem de uma crise
económica que, no início dos anos 70, travou o ritmo de crescimento nos
países industrializados. O dólar americano, que servia de referência a
todas as economias ocidentais desde a década de 40, foi desvalorizado a
15 de agosto de 1971 e perdeu a sua paridade relativamente ao ouro.
Dois anos depois, no final de 1973, os países árabes membros da OPEP
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo), aumentaram
quatro vezes o preço do petróleo no espaço de três meses, numa altura
em que estavam em guerra com Israel, e nacionalizaram as instalações
ocidentais” (HOBSBAWM, 2003,p.11; & PORTO 2021).

No entanto, entre 1979 e 1980, ocorre uma nova crise petrolífera. Com a queda da oferta,
os preços do barril sobem para cima de 30 dólares, e o aumento desta fonte de energia
tem graves repercussões nalguns setores industriais da Europa, que denotam uma nítida
dificuldade em acompanhar os tempos, em especial a siderurgia, a construção naval e a
química pesada.

Segundo HOBSBAWM (2003,p.12), & PORTO (2021,p.3), A subida de preços arrasta


o déficit comercial, e as atividades mais relacionadas com a utilização do petróleo, como
por exemplo a construção automóvel, sentem mais de perto esta recessão económica.
Deu-se também um agravamento da inflação, e a Europa entra numa fase denominada
de estagnação, isto é, uma combinação de uma recessão com o aumento da inflação.

Como resultado desta situação registam-se inúmeras falências e a crise das indústrias
tradicionais que haviam estado na base do arranque da Revolução Industrial, como a
siderurgia, a metalurgia, os têxteis e derivados destas.

O problema do desemprego, que no princípio dos anos 70 quase


desaparecera, volta a afligir as economias europeias, mas desta
vez é um desemprego muito focalizado: atinge essencialmente
jovens sem formação especializada, mulheres, trabalhadores
imigrantes e os operários das indústrias tradicionais. A taxa de
desemprego na CEE (Comunidade Económica Europeia) chegou a
atingir, em 1983, cerca de 10% da população ativa, o que é uma
fasquia bastante elevada. Afetou principalmente o Reino Unido e
a Itália. Idem
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Para agravar a crise, os trabalhadores imigrados, em luta pelos seus postos de trabalho,
são vítimas da marginalização social e, em alguns países, são alvo de movimentos
xenófobos, num período em que ressurgem as ideologias fascistas.

Analisando mais de perto, já no início da década de 70 se faziam sentir os sinais desta


crise à escala mundial: a produção industrial estava a diminuir, verificava-se um aumento
generalizado dos preços dos produtos, as taxas de desemprego estavam a subir e algumas
indústrias como a siderurgia, a construção naval, a indústria têxtil, a construção
automóvel e o setor dos transportes aéreos ameaçavam falir.

Contrariamente à grave crise de 1929, a de 1970 estava associada a uma alta de


preços. Neste caso, houve a conjugação de uma estagnação com a inflação, o
que provocou um aumento dos preços mas também uma subida dos salários e
levou a uma proteção dos sistemas sociais nalguns países da Europa Ocidental;
estes conseguiram afastar uma parte dos efeitos negativos desta crise através dos
subsídios de desemprego e da manutenção do poder de compra. A uma queda
inicial do comércio internacional, seguiu-se um crescimento, compreensível
porque o crash da bolsa americana em 1973 não teve graves repercussões na
economia mundial como tivera o mesmo fenómeno no final da década de 20.
Pode até dizer-se que alguns países ultrapassaram facilmente esta crise depois
de 1973, pela reconversão da indústria conseguida através da transformação dos
setores mais fragilizados por outros que suscitassem uma maior procura,
(HOBSBAWM, 2003,p.15).

É do consenso geral que dois fatores concorrem para a explicação desta crise da década
de 70. Por um lado, era evidente a desvalorização do dólar americano, para além da perda
da sua paridade em relação ao ouro decretada pelo presidente Nixon em 1971; por outro,
as crises petrolíferas de 1973 e 1979 conduziram a um aumento muito acentuado do preço
do petróleo e este, consequentemente, dos bens de consumo.

A quebra da paridade do dólar americano e do ouro em 1971 alterou o sistema


monetário internacional, que estava assente nos acordos de Bretton-Woods de
1944, a partir dos quais se fundou o FMI. A decisão tomada pelo presidente
americano conduziu a uma flutuação das moedas mais significativas e a uma
instabilidade no comércio internacional. A importância da subida repentina dos
preços do petróleo, e a sua descida de produção decretada pelos países da
OPEP, aparentemente motivada pela guerra com Israel, foi exacerbada por
alguns autores, mas não há dúvida que teve um grande peso nesta crise a partir
de 1973, embora não seja a sua principal causa. Houve um aumento repentino
do desemprego e da inflação, e os países atingidos por estes acontecimentos
tiveram de diminuir o consumo de energia numa época de crise petrolífera, o que
fez diminuir a procura.
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O choque petrolífero precipitou esta crise mas não foi o seu motor, pois a debilidade deste
setor já se vinha fazendo sentir desde a década de 60. Por outro lado, a tomada de posição
da OPEP não se prendeu somente com a guerra israelo-árabe, mas também com fatores
económicos: os países industrializados compravam esta matéria prima muito barata para
a transformarem depois em produtos de elevado custo. Esta situação só podia ser invertida
com um aumento dos preços da matéria prima e, consequentemente, das receitas da
OPEP. Portanto, a motivação política escondia propósitos económicos.

O aumento do preço do petróleo conduziu a um aumento da inflação, que provocou a


redefinição das políticas económicas nos países industrializados.

Os anos 1970 compreendem o questionamento do padrão de acumulação


fordistataylorista e do Welfare State (Estado do bem-estar social),
símbolos destes “anos dourados”, nos países capitalistas centrais. Em
relação ao Brasil, nesta época, inicia-se o esgotamento do modelo
desenvolvimentista nacional. No final dos anos oitenta, as políticas
neoliberais foram apresentadas como única alternativa aos países em
desenvolvimento, a fim de que pudessem inserir-se na modernidade, mas
isso não ocorreu. Ao contrário, os governos nacionais foram submetidos
a exigências políticas e econômicas que os tornariam ainda mais frágeis,
dependentes e vulneráveis às decisões internacionais. (NOVAES,
2008,p.10).

As políticas definidas pelos organismos financeiros internacionais acabaram servindo não


aos interesses dos que delas precisavam, mas aos dos homens de negócio que as controlam
e dos investidores e acionistas das empresas transnacionais que continuam mantendo seu
locus de produção de conhecimento ancorado nos países capitalistas centrais.

Para Cano (2000), na década de 1970, a expansão do sistema financeiro internacional foi
acelerada tanto pela inflação do período inicial quanto pela “reciclagem” dos
petrodólares, que advinham dos significativos aumentos dos preços do petróleo em 1973
e 1979.

Simultaneamente, ocorria o esgotamento do padrão do crescimento


econômico que a Europa Ocidental e o Japão haviam experimentado
desde o pós-2ª Guerra Mundial. Portanto, a acumulação produtiva
baixara, enquanto o volume de excedentes financeiros crescia
significativamente e a turbulência financeira minava o orçamento
público da maioria dos países desenvolvidos, aumentando as suas
dívidas públicas. (NOVAES, 2008,p.12).
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Assim, no final desta década, como uma solução para a crise do welfare state, houve uma
restauração dos postulados liberais, sob a “alcunha” neoliberalismo, com a emergência,
nos EUA, do presidente Ronald Reagan e, no Reino Unido, da 1ª Ministra Margareth
Thatcher.

Para Harvey (2008), o termo neoliberalismo é compreendido como uma teoria das
práticas político-económicas que propõem que o bem-estar humano deve se assentar nas
liberdades e capacidades empreendedoras individuais, com uma intervenção mínima do
Estado nestes assuntos. Os direitos à propriedade privada e livres mercados são cruciais,
o que cabe ao Estado garanti-los, nem que seja pela utilização do monopólio da coação
física, nos termos de Weber (2004).

Também são funções do Estado neste postulado a qualidade e a


integridade da moeda. Além disso, se não existirem mercados em setores
como a terra, a água, a instrução, a saúde, a segurança social ou até a
poluição ambiental, estes devem ser criados pela ação estatal. Cabe
ressaltar que o país que se tornou pioneiro na implementação deste
receituário neoliberal foi o Chile, sob o governo do ditador Augusto
Pinochet, na década de 1970. (NOVAES, 2008,p.13).

2.2.A INDÚSTRIA AO FIM DOS ANOS 1990

“Diante da globalização e da abertura sem controles de meados da


década de 1990, ou seja, a adesão ao chamado Consenso de Washington
e à desregulamentação financeira, aprofundada nos anos 1990, com
total mobilidade de entrada e saída de capitais especulativos, combinada
com a alta taxa de juros, de fato, produz-se um saldo positivo de ingresso
de capitais. Este alto saldo positivo de capitais, na ausência de nenhum
controle, na realidade, gerou uma elevada valorização do câmbio”
(THEODORO et al, 2010,p.27).
De fato, a indústria nacional enfrentou vários choques e desafios ao longo dos últimos
decênios. Além de uma instabilidade macroeconômica praticamente contínua, como foi
antes sublinhado, os problemas incluíram sua abrupta abertura nos anos 1990, a redução
do papel do Estado e de suas funções de planejamento e coordenação, sua inserção não
planejada na globalização – baseando-se na ideologia de que os mercados são
autorregulados – e também uma rápida integração nas cadeias de suprimento de insumos
globais.

Entretanto, o que se configura como um destaque – e como um desafio – é o fato de que


o vigor dessa estrutura produtiva assentou-se, em parte, em uma conjugação dos preços
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internacionais do petróleo e de seus derivados, da recente expansão da produção brasileira


e dos incipientes efeitos de backward que este setor vem provocando.

Para THEODORO et al (2010,p.28), De par com isto, na expansão de outro setor desta
categoria dos energéticos – o álcool. E, de outra parte, nos já tradicionais ramos fortes
da malha industrial – equipamento de transporte e automotivo, metal-mecânica e
metalurgia, plásticos – e em ganhos de destaque em uns poucos setores tradicionais,
como o editorial e gráfico e o de movelaria.

2.2.1. Principais desafios na área industrial brasileiro

De acordo com THEODORO et al (2010,p.57), os principais desafios para a indústria


daqui para a frente seriam cinco. Primeiro, generalizar o uso da microeletrônica no
processo produtivo, o que significa reduzir a heterogeneidade intra e intersetores sob
este aspecto.

Esta modernização leva ao segundo desafio:

 Por um lado, aumentar a produtividade decorrente desta generalização com uma


manutenção – pelo menos – do emprego (o que passaria, entre outras coisas, por
uma flexibilização dos processos produtivos de forma a minimizar a poupança de
mão de obra);
 E, por outro lado, o aumento da qualificação da mão-de-obra necessária a tal
generalização da microeletrônica.
 O terceiro desafio é aprofundar a sofisticação e a eficiência dos setores produtores
de bens de capital nacionais, de forma a capacitá-los a criar conhecimento tácito
suficiente para solução, efetiva e a tempo, dos possíveis problemas a surgirem no
processo produtivo devido à generalização da microeletrônica.
 O quarto desafio, decorrente dos anteriores, é solucionar dois problemas atuais:
fazer, via política industrial, que o investimento industrial, hoje, dada a
conjuntura, muito concentrado em infraestrutura e em empresas estatais, se
espraie fortemente para todos os setores industriais; além disso, permitir que em
cada setor o investimento se espraie, também, para a maioria das empresas,
independentemente de seu market share. Finalmente, o quinto desafio seria fazer
que as empresas em geral adotassem em sua estratégia competitiva a prática de
busca de inovação, hoje ainda restrita a uma elite empresarial.
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2.3.AGRICULTURA – ANOS 1990

Tendo em vista o conjunto de instrumentos mobilizados ao longo das


últimas décadas, tais como o crédito rural subsidiado destinado à
aquisição de insumos modernos, à substituição de importações, tanto na
área mecânica quanto na área química de insumos agrícolas e, ainda, à
consolidação, no âmbito federal e estadual, das instituições de ensino –
como Viçosa e Piracicaba –, pesquisa – Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), já de longa data – e extensão rural, a
agricultura brasileira conquistou alta eficiência produtiva com
expressivos ganhos de produtividade, (THEODORO et al
(2010,p.69).
Desde os últimos anos da década de 1980, reduziram-se drasticamente as aplicações
públicas fiscais e financeiras no setor agrícola. É que os dois principais instrumentos de
política agrícola, crédito rural e preços mínimos, foram severamente sacrificados.

Na realidade, a partir de 1985, já se tinha desenhado um arcabouço de uma política


agrícola mais voltada para o mercado. A motivação para tal reformulação estava no
esgotamento do modelo de substituição de importações.

A década de 1990 apresentou, portanto, um novo desafio à agricultura brasileira, inclusive


aos agricultores modernos, em virtude das restrições decorrentes da abertura econômica
e da crise fiscal: o crescimento com maior eficiência no processo produtivo.
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3. Conclusão
Depois de ter feito o trabalho, constatou-se que entre 1979 e 1980, ocorre uma nova crise
petrolífera. Com a queda da oferta, os preços do barril sobem para cima de 30 dólares, e
o aumento desta fonte de energia tem graves repercussões nalguns setores industriais da
Europa, que denotam uma nítida dificuldade em acompanhar os tempos, em especial a
siderurgia, a construção naval e a química pesada. Desde os últimos anos da década de
1980, reduziram-se drasticamente as aplicações públicas fiscais e financeiras no setor
agrícola. É que os dois principais instrumentos de política agrícola, crédito rural e preços
mínimos, foram severamente sacrificados. Na realidade, a partir de 1985, já se tinha
desenhado um arcabouço de uma política agrícola mais voltada para o mercado. A
motivação para tal reformulação estava no esgotamento do modelo de substituição de
importações. A década de 1990 apresentou, portanto, um novo desafio à agricultura
brasileira, inclusive aos agricultores modernos, em virtude das restrições decorrentes da
abertura econômica e da crise fiscal: o crescimento com maior eficiência no processo
produtivo.
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4. Referências bibliográficas

NOVAES, André. Consenso de Washington: crise do Estado Desenvolvimentista e seus


efeitos sociais – um balanço crítico. Universidade Federal Fluminense. Revista Ensaios –
n.1, v.1, ano 1, 2º semestre de 2008.

CANO, W. Soberania e política econômica na América Latina. São Paulo, Unesp, 2000.

HARVEY, D. Condição pós-moderna. 8ª ed. São Paulo, Loyola, 1999.

______. O neoliberalismo: história e implicações. São Paulo, Loyola, 2008.

THEODORO, Mário Lisboa et al. O Brasil em 4 décadas: a inserção internacional da


economia brasileira – 1960-2000. Rio de Janeiro, IPEA, 2010.

Porto Editora – Crise Mundial dos Anos 70 na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora.
[consult. 2021-08-19 07:47:19]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$crise-mundial-
dos-anos-70.

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