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Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
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Universidade Rovuma
2023
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Índice
Introdução...................................................................................................................................4
1. A crise dos anos 30.................................................................................................................5
1.1. Contextualização..................................................................................................................5
1.2. Dependência e depressão (1930-1938)................................................................................5
1.3. Produção..............................................................................................................................6
2. Penúria de alimentos, fomes e epidemias...............................................................................8
3. A reacção dos africanos perante a crise..................................................................................9
4. A Dependência dos Africanos e a superação........................................................................10
Conclusão..................................................................................................................................13
Referência bibliográfica............................................................................................................14
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Introdução
Objectivos Específicos:
Metodologia
No que concerne aos aspectos metodológicos usados para elaboração deste trabalho
caracterizou-se pesquisa bibliográfica. Quanto a estrutura o trabalho conta com elementos
pré-textuais, e por fim encontramos os elementos pós-textuais. E no final do trabalho estão
referenciados todos os autores citados ao longo da pesquisa
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1.1. Contextualização
1.3. Produção
Numa altura que vivia se o término da primeira guerra mundial, o mundo passou a
concentrar as forcas na produção agrícola ao invés do daquilo que se registou nos anos 1914,
onde as nações estiveram concentradas na produção de materiais bélicos para o combate.
Nessa altura, foram organizados campos para os ditos produtos estratégicos como por
exemplo borracha, oleaginosas, madeira e entre outros. Nessa altura, o governo francês ter-se-
á garantido provisoriamente a venda desses produtos, requisitando 140 mil toneladas de
oleaginosas em 1918 e quase 3 milhões de toneladas em 1919. Assim, não obstante, Michel,
1982 faz a seguinte abordagem:
Foi devido a razões opostas que a crise de 1930, a qual provocou o colapso
dos preços, conduziu a uma redefinição dos objectivos e das técnicas de produção,
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pelo menos naqueles territórios submetidos à autoridade francesa, cuja economia mantinha-se
até então como économie de traite..
No conjunto, não obstante, a catástrofe foi menor As fomes foram contidas graças ao
progresso dos meios de transporte, e as epidemias, controladas pelas primeiras campanhas
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sanitárias. Mesmo assim, a queda dos preços e a falta de empregos foram cruelmente sentidas
em toda parte: “Foi no preço pago ao produtor que o declínio mais se fez sentir. O poder
aquisitivo da população autóctone decaiu em maior proporção do que nas crises anteriores
No meio de tantas dificuldades o povo africano não podia ficar de braços cruzados
perante essa crise, foi que no entanto, manifestam diversas acções contra as potências
imperialistas, assim segundo BOAHEN (2010, p.397) defende:
Um outro método de defesa utilizado pelos africanos era a fuga à economia monetária.
Os sectores que se havia ricem-integrado nessa economia ou que mal tinham experimentado a
sua influência foram os primeiros a fugir dela. Fenómeno semelhante produzira-se no final da
Primeira Guerra Mundial, obrigando os governos coloniais a restabelecerem a economia
colonial em certas regiões.
medicina e educação, que se tornaram mais caros. Depois de 1934, nos anos de retomada da
economia, salários, preços e diversos serviços oferecidos aos africanos não regressaram ao
nível anterior, enquanto o capital privado obtinha, novamente, lucros bastante elevados.
O debate sobre a significação da experiência colonial foi inibido, desde que numerosas
mudanças eram económicas, enquanto outras – políticas, raciais e culturais – também tinham
base económica. No período seguinte ao desenvolvimento da economia monetária, a
sociedade africana diferenciou-se e novas classes formaram-se. Embora limitadamente,
constituiu--se um proletariado em diversas regiões do continente, enquanto o número de
camponeses não cessava de crescer por toda parte. O desenvolvimento do campesinato
acarretava, por si, novas diferenciações. Como em todas as comunidades camponesas situadas
na órbita capitalista, surgiram grandes explorações em detrimento dos pequenos agricultores e
dos trabalhadores agrícolas sem terras (Idem)
No decurso dos anos 1920, todas as regiões de culturas comerciais viram surgir
grandes proprietários de terras empregando trabalhadores agrícolas e capazes,
Segundo a ocasião, de introduzir novas técnicas. Assim formou-se uma segunda camada da
população, composta por alguns privilegiados que haviam sido beneficiados com alguma
educação durante os primeiros anos do colonialismo, no momento em que eram ensinadas aos
africanos certas noções indispensáveis à boa marcha da economia colonial. Pode-se notar,
finalmente, que as redes de distribuição estavam entregues, em nível local, a africanos que
dominavam o sector na África ocidental e no norte do continente. Os camponeses que tinham
vencido nas culturas comerciais, os negociantes africanos e a elite culta formavam, em
conjunto, o embrião de uma pequena burguesia. Estavam frequentemente ligados às antigas
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classes possuidoras das regiões semifeudais da África e, por isso, muitas vezes mimados pelos
europeus. Mas o fato capital é que, à parte toda a política colonial, a marcha da economia
favoreceu o progresso dessas camadas da população que económicas e culturalmente
pertenciam ao mundo colonial dependente.
Historiadores suscitam que economia africana de modo algum foi estudada durante o
período colonial, e nem mesmo durante a fase nacionalista que se lhe seguiu, quando então
era maior a preocupação em estudar a história da África vista pelos próprios africanos.
Desemprego e Pobreza:
A Grande Depressão também teve efeitos a longo prazo nas economias africanas.
Alguns países começaram a buscar a diversificação de suas economias e a redução da
dependência de commodities como uma forma de evitar vulnerabilidades semelhantes no
futuro.
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Conclusão
O continente africano conheceu um período bastante turbulento nos anos 30. Onde, os
africanos foram açulados pela crise e como não bastasse, foram de igualmente. A crise em
África foi imposta em duas formas, isto é, a própria crise e a dependência do africano para o
próprio europeu. Foi através dos sectores capitalistas mais avançados (minas, plantações e
zonas de cultura de produtos básicos comercializáveis) que a Depressão chegou à África. No
entanto, alcançou todas as ramificações secundárias e terciárias, mergulhando em dificuldades
os africanos que vendiam alimentos aos trabalhadores e também outros cultivadores, bem
como os pastores, que julgavam contrário aos seus interesses vender o gado pelos preços em
vigor. Nesse contexto, a Grande Depressão na África não deve ser vista como um evento
isolado, mas sim como um momento que intensificou os problemas enraizados do período
colonial. Os desafios económicos, sociais e políticos enfrentados durante essa crise
evidenciaram a necessidade de buscar autodeterminação económica e política. A história da
África, moldada por essas circunstâncias, serve como um lembrete contundente da resiliência
do continente e de sua determinação em forjar um futuro independente e sustentável. É uma
história de superação e busca por justiça, que continua a ecoar no presente e influenciar o
futuro da África.
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Referência bibliográfica
BOAHEN, A. (2010).A Tendências e processos novos na África do século XIX. In: AJAYI, J.
F. A. (Ed.). África do século XIX à década de 1880. 2. ed. rev. Brasília: Unesco,