Você está na página 1de 7

PROJUDI - Recurso: 0006184-19.2021.8.16.0000 - Ref. mov. 35.

1 - Assinado digitalmente por Lilian Romero:7856


19/05/2021: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargadora Lilian Romero - 6ª Câmara Cível)

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSC5 TSRM7 DPKJ5 K3G9Y


AGRAVO DE INSTRUMENTO NPU 0006184-19.2021.8.16.0000, DA 5ª VARA
CÍVEL DE CASCAVEL
Relatora: Desembargadora LILIAN ROMERO
Agravantes: BIELLE CLUB PROMOÇÕES ARTÍSTICAS LTDA.
MARCELO CARLESSO BARBOSA
Agravado: ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO
E DISTRIBUIÇÃO - ECAD

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO PARA COIBIR


VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS. CONCESSÃO DE
TUTELA INIBITÓRIA PARA OBSTAR A EXECUÇÃO OU
TRANSMISSÃO DE OBRAS MUSICAIS, LITERO-MUSICAIS E
FONOGRAMAS ENQUANTO NÃO PROVIDENCIADO O
RECOLHIMENTO DOS VALORES DEVIDOS AO ECAD.
INTELIGÊNCIA DO ART. 105 C.C. O ART. 68, § 4º, DA LEI Nº
9.610/98. INDÍCIOS SUFICIENTES DE PROVA A
DEMONSTRAR QUE NÃO FOI EFETUADO O PRÉVIO
RECOLHIMENTO AO ECAD. IMPRESCINDIBILIDADE DA
MEDIDA JUDICIAL PARA FAZER CESSAR A VIOLAÇÃO DE
DIREITOS (MORAIS OU MATERIAIS DOS AUTORES DAS
OBRAS). PRECEDENTES DO STJ E DESTE TRIBUNAL.
DECISÃO MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento NPU


0006184-19.2021.8.16.0000, da 5ª Vara Cível de Cascavel, em que figuram como
agravantes Bielle Club Promoções Artísticas Ltda. (ME)., sendo agravado o
PROJUDI - Recurso: 0006184-19.2021.8.16.0000 - Ref. mov. 35.1 - Assinado digitalmente por Lilian Romero:7856
19/05/2021: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargadora Lilian Romero - 6ª Câmara Cível)

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Escritório Central de Arrecadação e Distribuição –ECAD.

I. Relatório

Os requeridos insurgem-se contra a decisão (M. 13.1) que, na “ação de

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSC5 TSRM7 DPKJ5 K3G9Y


cumprimento de preceito legal c.c. pedido liminar e perdas e danos (NPU
0009556-44.2020.8.16.0021), deferiu, liminarmente, a tutela inibitória para
determinar a interrupção de qualquer execução ou transmissão de obras musicais,
litero-musicais e fonogramas, enquanto não for providenciado junto ao ECAD, a
prévia e expressa autorização exigida em lei, sob pena de multa no valor de R$
5.000,00 por descumprimento da medida, limitando-se ao valor atribuído à causa, e
a apreensão do equipamento sonoro. A decisão foi lançada nos seguintes termos:

“1. Trata-se de Ação de Cumprimento de Preceito Legal c/c Perdas e Danos que
ESCRITÓRIO CENTRAL DE ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO – ECAD move contra
BIELLE CLUB e PROMOÇÕES ARTÍSTICAS EIRELI / HELL SIN LOUNGE MARCELO
CARLESSO BARBOSA.

Narrou a autora ser organizada pelas associações de titulares de Direitos autorais,


para exercer em território nacional a prerrogativa exclusiva de autorizar e distribuir a
receita auferida com a licença ou reparação dos direitos autorais de comunicação ao
público de obras musicais, lítero-musicais e de fonogramas. Disse que a empresa ré na
qualidade de Casa de Diversão (Boate/Bar/Danceteria) vem se utilizando de forma
permanente de obras musicais em suas dependências e se negando a efetuar o
pagamento dos direitos autorais pela sua utilização. Sustentou ter notificado a ré
quanto a necessidade de obtenção de autorização prévia junto ao “ECAD” para a
execução de obras musicais, bem como, a retribuição ao direito autoral. No entanto, a
ré quedou-se inerte. Requereu a concessão de liminar suspendendo ou interrompendo
qualquer comunicação ao público de obras musicais, pela empresa ré, sob pena de
multa de R$10.000,00, ou, proceda-se ao pagamento da importância mensal de
R$92.239,99, relativo ao período de 03/2017 a 02/2020. Pediu a confirmação da
liminar, condenando a ré a obrigação de fazer consistente na exibição de comprovante
de autorização (licença) fornecida pelo Ecad, bem como a condenação em perdas e
danos.

É o relatório.

2. Trata-se de tutela de evidência atípica, regulada por legislação especial n. 9.610/98.

É possível a concessão de tutela inibitória que visa cessar/impedir possíveis violações


aos direitos autorais, desde que preenchidos os requisitos constantes na Lei n.
9.610/98.

Em sede de cognição sumária, não se verifica pela ré o recolhimento relativo aos


direitos autorais das obras musicais utilizadas nas dependências do estabelecimento
da ré, como pode se notar pela notificação extrajudicial (mov. 1.27)

Denota-se que as divulgações de continuidade de apresentação de obras musicais,


prosseguiram pela publicação em redes sociais de festas realizadas pela ré, sem o
devido recolhimento dos direitos autorais de forma prévia (mov. 1.28/30).

A teor do art. 68, da Lei n. 9.610/98: caput, ‘Sem prévia e expressa autorização do
PROJUDI - Recurso: 0006184-19.2021.8.16.0000 - Ref. mov. 35.1 - Assinado digitalmente por Lilian Romero:7856
19/05/2021: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargadora Lilian Romero - 6ª Câmara Cível)

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
autor ou titular, não poderão ser utilizadas obras teatrais, composições musicais ou
lítero-musicais e fonogramas, em representações e execuções públicas.’, e ainda
prossegue, o mesmo artigo, quanto à obrigatoriedade de recolhimento antecipado
relativo aos direitos autorais em seu §4º: ‘Previamente à realização da execução
pública, o empresário deverá apresentar ao escritório central, previsto no art. 99, a
comprovação dos recolhimentos relativos aos direitos autorais.’

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSC5 TSRM7 DPKJ5 K3G9Y


Denota-se que a autorização para a exibição ou execução de obras, demanda o prévio
recolhimento dos direitos autorais, àquele que detém legitimidade para recebe-los, no
presente caso o ECAD, entidade responsável prevista no art. 99, caput, da mesma Lei.

A ausência de recolhimento prévio, possibilita a concessão de tutela inibitória a fim de


obstar a violação dos direitos autorais, conforme preceitua o art. 105 da Lei n.
9.610/98.

A referida tutela possui caráter protetivo, diante de violação de direitos patrimoniais do


autor, impossibilitando àquele que usufrui sem a devida contraprestação, de prosseguir
auferindo vantagens econômicas derivadas da exportação não autorizada de obras.

Desse modo, preenchidos os requisitos essenciais, pela ausência de recolhimento dos


direitos autorais, devidamente notificado, para cessar a exploração sem
contraprestação, e, prosseguindo-se com a apresentação de obras artísticas, resta
evidente a obrigatoriedade em cessar a exploração indevida.

Ante o exposto, defiro a tutela inibitória a fim de determinar a interrupção de


qualquer execução ou transmissão de obras musicais, lítero-musicais e
fonogramas, enquanto não for providenciado, junto ao ECAD, a prévia e expressa
autorização exigida em lei, sob pena de multa no valor de R$5.000,00 por
descumprimento da medida, limitando-se ao valor atribuído à causa e apreensão
do equipamento sonoro”.

Sustentam os recorrentes que:

na qualidade de representante dos titulares de direitos autorais, o ECAD


ajuizou ação contra eles (ora agravantes) para obter tutela inibitória por
pretensa violação de direitos autorais;
o juízo a quo concedeu a liminar, determinando a interrupção de qualquer
execução ou transmissão de obras musicais, literomusicais e fonogramas
enquanto não providenciada a autorização junto ao ECAD;
a decisão deve ser revogada, pois a notificação extrajudicial endereçada aos
réus/agravantes não é válida, seja porque não foi formalmente recebida, seja
porque trata apenas da emissão de boletos para o pagamento de
mensalidades, cujos valores estavam em discussão por divergência dos
parâmetros unilateralmente definidos pelo ECAD (critérios de cobrança), tanto
que nenhum boleto mensal foi enviado aos agravantes;
a discussão está restrita ao valor das mensalidades no período entre março de
2007 e fevereiro de 2020, que totalizaria a quantia de R$ 92.293,99;
os documentos acostados à inicial, em especial, o cadastro de usuário (M.
1.26) está incompleto, já que estabelece público médio de 200 pessoas e valor
de ingresso fixo em R$ 16,75, com apuração de renda mensal do
estabelecimento de R$ 26.800,00, o que levaria à mensalidade de R$
PROJUDI - Recurso: 0006184-19.2021.8.16.0000 - Ref. mov. 35.1 - Assinado digitalmente por Lilian Romero:7856
19/05/2021: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargadora Lilian Romero - 6ª Câmara Cível)

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
2.010,00, por força da aplicação do fator de enquadramento (7,5% do
faturamento bruto);
a magistrada entendeu tratar-se de hipótese prevista no art. 68, §4º, da Lei nº
9.610/68, que condiciona a execução pública das obras ao prévio recolhimento
dos valores devidos pelos direitos autorais;

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSC5 TSRM7 DPKJ5 K3G9Y


todavia, a situação dos agravantes enquadra-se no art. 68, §5º, da Lei nº
9.610/98, já que a remuneração aos direitos autorais depende da frequência
de público no estabelecimento;
assim, a empresa agravante não deve pagar antecipadamente, mas após o
evento, considerada a variação de público;
a liminar deferida induz à absoluta e total suspensão das atividades da
agravante, enquanto não efetivado o pagamento das mensalidades, o que se
revela instrumento coercitivo absolutamente incoerente, sobretudo porque se
trata de uma dívida de natureza civil;
em razão da pandemia do Covid-19, a agravante aguarda a liberação
administrativa para a retomada de suas atividades e faturamento e, caso
mantida a liminar, o funcionamento do estabelecimento ficará inviabilizado,
dificultando o pagamento das mensalidades;
demonstrado o risco de lesão grave e de difícil reparação decorrente da
impossibilidade de abertura e funcionamento, a liminar deve ser suspensa;
ao final, pedem o provimento do recurso para que os agravantes possam
manter suas atividades e possam executar ou transmitir obras musicais.

O efeito suspensivo foi indeferido (M. 11.1).

Intimado, o agravado apresentou contrarrazões ao recurso, pugnando pelo seu não


provimento (M. 20.1 – TJ), vindo os autos, na sequência, conclusos para
julgamento.

II. Voto

Presentes os pressupostos de admissibilidade e regularidade formal do recurso,


dele conheço.

Os agravantes sustentam que a tutela inibitória concedida para fazer cessar a


violação de direitos autorais decorrentes da exibição não autorizada e remunerada
de obras musicais transmitidas e executadas em seu estabelecimento inviabilizam
sua própria atividade.

Contudo, não há como lhes dar razão.

Como já destacado na decisão que indeferiu o efeito suspensivo, a empresa


agravante Bielle Club Produções Artísticas Ltda. atua no ramo de entretenimento,
tendo como atividade principal “discoteca, danceteria, salão de banca e similares”
(M. 1.25).

No ato constitutivo resultante da transformação da sociedade limitada para empresa


individual de responsabilidade limitada (M.48.3) ficou consignado o seguinte objeto
PROJUDI - Recurso: 0006184-19.2021.8.16.0000 - Ref. mov. 35.1 - Assinado digitalmente por Lilian Romero:7856
19/05/2021: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargadora Lilian Romero - 6ª Câmara Cível)

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
e ramo de atividade (cláusula segunda): “wiskeria e música ambiente”.

Portanto, tudo indica que ao promover eventos e realizar festas, conforme fotos e
mensagens em redes sociais (Ms. 1.28/1.30), a recorrente executa, reproduz ou
transmite obras musicais.

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSC5 TSRM7 DPKJ5 K3G9Y


A empresa possui cadastro no ECAD desde 30.06.2000 (M. 1.26). Todavia,
aparentemente, não cumpre as disposições da Lei nº 9.610/1998, notadamente o
art. 68 do referido diploma legal quanto ao pagamento dos direitos autorais pela
utilização das músicas em seu estabelecimento ou nos eventos que promove.

Os documentos até então acostados aos autos levam a crer que de março de 2017
a fevereiro de 2020 – período anterior à pandemia do Covid 19, sublinhe-se – a
agravante deixou de pagar pelos direitos autorais.

Sem ingressar no mérito da validade ou não da notificação extrajudicial (M. 1.27),


dos critérios usados para a apuração dos valores, e se o pagamento deve ser
anterior (art. 68, § 4º, da Lei nº 9.610/1998) ou posterior à execução das obras
musicais (art. 68, § 5º, da Lei nº 9.610/1998) – tais questões devem ser enfrentadas
no curso da instrução processual -, há indícios suficientes de violação dos direitos
autorais.

Em outras palavras, há indicativos de que não houve recolhimento dos valores


devidos entre março de 2017 e fevereiro de 2020, o que autoriza a concessão da
tutela inibitória para fazer cessar e coibir a prática do ilícito.

É o que se extrai do art. 105 da Lei nº 9.610/1998:

“Art. 105. A transmissão e a retransmissão, por qualquer meio ou processo, e a


comunicação ao público de obras artísticas, literárias e científicas, de
interpretações e de fonogramas, realizadas mediante violação aos direitos de
seus titulares, deverão ser imediatamente suspensas ou interrompidas pela
autoridade judicial competente, sem prejuízo da multa diária pelo descumprimento e
das demais indenizações cabíveis, independentemente das sanções penais aplicáveis;
caso se comprove que o infrator é reincidente na violação aos direitos dos titulares de
direitos de autor e conexos, o valor da multa poderá ser aumentado até o dobro”.

Por outro lado, o fato de a ação proposta pelo ECAD apontar como causa de pedir a
faceta patrimonial dos direitos autorais desrespeitados não obsta a concessão da
tutela de urgência inibitória, sobretudo porque o já mencionado art. 105 da Lei de
Direitos Autorais visa a proteger e coibir qualquer violação de direitos autorais, sem
distinguir violações aos direitos morais do autor (arts. 24 a 27 da Lei nº 9.610/1998)
e patrimoniais do autor (arts. 28 e 29 da Lei nº 9.610/1998).

Neste sentido o STJ já decidiu:

DIREITOS AUTORAIS. RECURSO ESPECIAL. ECAD. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO


DE OBRAS MUSICAIS. RÁDIO. NÃO PAGAMENTO DOS DIREITOS AUTORAIS.
TUTELA ESPECÍFICA DE CARÁTER INIBITÓRIO. POSSIBILIDADE.
PROJUDI - Recurso: 0006184-19.2021.8.16.0000 - Ref. mov. 35.1 - Assinado digitalmente por Lilian Romero:7856
19/05/2021: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargadora Lilian Romero - 6ª Câmara Cível)

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
1. Discussão relativa ao cabimento da medida de suspensão ou interrupção da
transmissão obras musicais, por emissora de radiodifusão, em razão da falta de
pagamento dos direito autorais.

2. A autorização para exibição ou execução das obras compreende o prévio


pagamento dos direitos autorais.

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSC5 TSRM7 DPKJ5 K3G9Y


3. A possibilidade de concessão da tutela inibitória, para impedir a violação aos
direitos autorais de seus titulares, (art. 105 da Lei 9.610/98), está prevista de
forma ampla na norma, não havendo distinção entre os direitos morais e
patrimoniais de autor.

4. Não se deve confundir a pretensão de recebimento dos valores devidos, a ser obtida
por meio da tutela condenatória e executiva, com a pretensão inibitória, que visa
cessar ou impedir novas violações aos direitos autorais. Ao mesmo tempo, há
que se frisar que uma não exclui a outra.

5. Admitir que a execução das obras possa continuar normalmente, mesmo sem
o recolhimento dos valores devidos ao ECAD - porque essa cobrança será objeto
de tutela jurisdicional própria -, seria o mesmo que permitir a violação aos
direitos patrimoniais de autor, relativizando a norma que prevê que o pagamento
dos respectivos valores deve ser prévio (art. 68, caput e §4º da Lei 9.610/98) 6.
Recurso especial provido.

(REsp 1190841/SC, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em


11/06/2013, DJe 21/06/2013).

Outro não foi o entendimento deste Tribunal de Justiça em caso análogo:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE PRECEITO LEGAL.


TUTELA INIBITÓRIA DEFERIDA. SUSPENSÃO OU INTERRUPÇÃO DE QUALQUER
EXECUÇÃO/RETRANSMISSÃO DE OBRAS MUSICAIS, LÍTERO-MUSICAIS E
FONOGRAMAS, ENQUANTO NÃO PROVIDENCIAREM A PRÉVIA E EXPRESSA
AUTORIZAÇÃO DO ECAD. ART. 105, DA LEI 9.610/98. DEMONSTRADA VIOLAÇÃO
AOS DIREITOS AUTORAIS E AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO PRÉVIO.
NECESSÁRIO PRÉVIO RECOLHIMENTO AO ESCRITÓRIO CENTRAL. ARTS. 68,
CAPUT E §4º E 99, DA LEI 9.610/98. FUNDAMENTOS RELACIONADOS AOS
VALORES DE COBRANÇA NÃO CONHECIDOS NESTA FASE. RECURSO
PARCIALMENTE CONHECIDO E, NA PARTE CONHECIDA, NÃO PROVIDO.

(TJPR - 17ª C.Cível - 0003619-53.2019.8.16.0000 - Curitiba - Rel.: Desembargador


Ramon de Medeiros Nogueira - J. 12.12.2019)

Nesse contexto, a decisão agravada deve ser mantida por seus próprios
fundamentos, mais os aqui explicitados.

Pelo exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso.

III. Dispositivo

ACORDAM os integrantes da Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado


do Paraná, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, nos termos
PROJUDI - Recurso: 0006184-19.2021.8.16.0000 - Ref. mov. 35.1 - Assinado digitalmente por Lilian Romero:7856
19/05/2021: JUNTADA DE ACÓRDÃO. Arq: Acórdão (Desembargadora Lilian Romero - 6ª Câmara Cível)

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
do voto da Relatora.

O julgamento foi presidido pelo Desembargador Ramon de Medeiros Nogueira, com


voto, e dele participaram a Desembargadora Lilian Romero (relatora) e o Juiz de
Direito Substituto em Segundo Grau Jefferson Alberto Johnsson.

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSC5 TSRM7 DPKJ5 K3G9Y


Curitiba, 14 de maio de 2021.

LILIAN ROMERO

Desembargadora Relatora

Você também pode gostar