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6. DISCUSSÃO
conhecimento, que ele sabe do que "se" fala, mesmo que seu saber não
ultrapasse a compreensão comum.
COMUNICAÇÃO
INSTRUMENTO DE TRABALHO
Esses resultados nos fizeram pensar que esta é uma noção bastante
importante para a qual devemos estar sempre atentos, principalmente
quando avaliamos uma criança e propomos, ou não, uma intervenção
fonoaudiológica. Muitas vezes a alteração vocal pode não ser grande,
mas o efeito na comunicação sim, como percebemos pela explicação de
um jovem sobre o quanto ele se sentia incomodado com a sua voz: "...
meus amigos ficam tirando sarro... por causa da voz... tem um aí que
fala que ao invés de eu comprar um Karaoquê eu vou comprar um
fanhoquê...".
EXPRESSAR SENTIMENTOS
Esta noção deve ser sempre valorizada, pois observamos que a voz
é compatível com a personalidade: crianças mais hiperativas vão
apresentar vozes mais intensas e as mais tímidas, vozes mais fracas,
conforme DINVILLE (2001) e FAWCUS, (2001). Podemos
exemplificar com a nossa pesquisa: "... ela é roca desde pequena... eu
nasci... eu comecei a falar... a minha voiz era assim..."; "... os meus
amigos são chatos... grito com eles... tô com um galo aqui de tanto
gritá...". Assim, passamos os nossos sentimentos, como a ansiedade, a
angústia, a aflição, a irritação, a amargura, a alegria, através da voz.
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RESPIRAÇÃO
rápida, seguida por uma expiração prolongada, que vai ativar a fonação
para o canto ou para a fala, como explicado por BOONE & Mc
FARLANE (1994) e BOONE & PLANTE (1994).
FALA
A INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
FUNÇÕES DA VOZ
não sabe referir se está melhorando, se não tiver sido bem orientada
antes. Então, para nós, este resultado foi bastante importante porque
evidencia que a intervenção fonoaudiológica, pelo menos a realizada
nesta instituição, capacita a criança a avaliar a sua melhora, a partir do
momento que teve um conhecimento maior do seu problema, motivou-se
com isso, o que provavelmente permitiu estabelecer uma meta para o
tratamento.
TERAPIA
VOCABULÁRIO
Para os verbos, não foi surpresa encontrar o "Falar", uma vez que
ele demonstrou ter sido muito utilizado na intervenção. O mesmo para o
substantivo "Exercícios", o que nos fez mais uma vez pensar neles
como estratégia, pela freqüência com que ambos apareciam no
vocabulário da criança.
adequadamente, quando ela sabe o que tem, o que ela está fazendo de
errado com a voz, quais as formas de se tratar, ou seja, quando a criança
entende o seu tratamento, ela se torna mais capacitada para falar do tema
solicitado.
COMENTÁRIOS FINAIS
responder, como pode ser visto na Tabela IX. Dessa forma, não seriam
só as perguntas que teriam dificultado a obtenção dos resultados. Por
conseguinte, concluímos que o método desenvolvido nos propiciou a
obtenção de um corpus bastante rico, que se mostrou eficaz para
demonstrar a noção que a criança disfônica tem de Voz.