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DIGESTIVOS E LAXATIVOS

Cinthia Perine – Nutricionista


CRN3-7561
@cinthiaperinenutri
MAPA
MENTAL

DIGESTIVOS

DEFINIÇÃO TIPOS

QUAIS PACIENTES

MECANISMOS
DE AÇÃO

PLANTAS UTILIZADAS
ALTERAÇÕES
SINTOMAS
GERADAS
QUANDO QUANTO
MAPA
MENTAL

Cynara scolymus

ALCACHOFRA FOLHAS

Hipocloridria
Dispepsias
Gastroparesia PRINCIPIOS
Discinesia vesicular AMARGOS :
cinarina

Associar com digestivos, princípios


Digestão parada amargos, colagogos, coleréticos
Vesicula preguiçosa
Estufamento, dor, desconforto Antes das 1 colh sob
pós prandial refeições 3x/dia
DIGESTIVOS
Angelica archangelica
Carum carvi
Cuminum cyminum
DEFINIÇÃO
Cynara scolymus
Foeniculum vulgare
Melissa officinalis
Mentha piperita
As espécies vegetais DIGESTIVAS têm função de melhorar Pimpinella
a digestão (gástrica
anisume/ou
intestinal), através de mecanismos de ação variados, tornando-a
Thymus mais rápida.
vulgaris

Aliada às espécies vegetais com propriedades CARMINATIVAS irão neutralizar os gases


provenientes do trato digestório.
MARQUES, N.; 2014; PASCHOAL, V. 2008.
DIGESTIVOS

DEFINIÇÃO
Rápida
recordação!!!

MARQUES, N.; 2014; PASCHOAL, V. 2008.


• O QUE COME Boa digestão
• MASTIGA É o correto funcionamento
• DIGERE dos órgãos que participam do
• ABSORVE Fase cefálica processo, ou seja, através
• TRANSPORTA Fase gástrica de uma sucessão cronológica
• UTILIZA e harmoniosa das secreções
• METABOLIZA Fase intestinal gástricas, duodenais, biliares
• ELIMINA e pancreáticas.

Paschoal, V. 2008, van der Bilt, 2007;


SALIVA SNA
Basal SNS
ÁGUA 1ml/min ✓ Ácido
IONS 1000 – clorídrico
MUCINA 1500ml/dia SNP ✓ Pepsinogênio
AMILASE ✓ HCO3
LIPASE ✓ Muco livre
LISOZIMA ✓ Eletrólitos
IgA ✓ FI
EGF ✓ Gastrina
✓ Histamina

Deglutição
Proteção

Saliva and gastrointestinal functions of


taste, mastication, swallowing and
digestion. Oral Diseases; 2002; Clinical
Nutrition: A Functional Approach. IFM,
2005; LIMA, 2016.
Avaliar o efeito da ingestão de uma infusão de
gengibre no fluxo salivar, grau de xerostomia e
qualidade de vida em indivíduos com SSP.

SNA
secretagogos

SNS SNP

M1
M3

M3

Sialogogo ➔ XEROSTOMIA
1. ANÁLISE QUIMICA DO GENGIBRE
2. ENSAIO CLINICO – 28 dias (2 entrevistas)

n = 60
30 GE
30 GC

- Recordatório alimentar 24H


- Dados antropométricos
- Questionário Xerostomia Inventory (XI5)
- Oral Health Impact Profile (OHIP-14)
- Sialometria (fluxo da saliva: com e sem estimulo)
- Entrega do gengibre doseado para 04 semanas
- Modo de prepare do chá
- Pesagem dos tubos de ensaio com a saliva

84 doses
3x/dia ➔ manhã / tarde / noite
0,5g de
Método proposto por Wilkinson (2000) – infusão
gengibre/dose
Bochechar enquanto tomavam a infusão
RESULTADOS

✓ Melhora significativa no GE em comparação ao GC;


✓ Menos problemas em pronunciar palavras e não sentiram uma
deterioração do sabor dos alimentos;
✓ Melhora no fluxo salivar (Não estimulado) em ambos grupos (maior
numero de classificação normal no GE)
Zingiber officinale (Gengibre) - Rizoma
odor e sabor
Shogaol
Gingerol
GINGEROL Gingeronas

Zingerona, Paradol,
Principios Amargos
Dehidrogingerdiona

zingibereno,
SHAGAOL bisaboleno, citral,
mirceno, limoneno,
Mucilagem
canfeno,
curcumeno,
0,25 – 1 grama de farneseno
gengibre ➔ confere ~ 1 –
3% 6-gingerol
alfa-pineno, cineol,
canfeno

Ming-Luen Hu, 2011; Mishra, 2012; CHENG, et al 2017


Digestão lenta
In vitro: contra Dispepsa
Zingiber officinale (Gengibre) - Rizoma H. pyllori Dismotilidade gástrica
Procinético
Colagogo

Secreções:
Sintomas de Salivares
CINETOSE Gastricas
Anti-emético Pancreaticas

Antiinflamatório
( INOS, TNF-α, IL-
1β na mucosa
gástrica) Enxaqueca
Antioxidante
Anti-câncer
Ming-Luen Hu, 2011; Mishra, 2012; CHENG, et al 2017; MEMENTO
FIOTERAPICO
Zingiber officinale (Gengibre) - Rizoma
Contra-indicações:
-Individuos com calculo biliar;
-Uso de anticoagulantes ou com desordens na
coagulação;
-Irritação gástrica,
- HAS
- crianças
-Individuos com sudorese excessiva (aumenta
transpiração)
-Agentes hipoglicêmicos e insulina
-Sedativos (benzodiazepina, álcool, barbitúricos, nonben-
zodiazepina) – aumenta seu efeito sedativo

Azevedo, 2009; RDC10; Cardoso, 2009, Memento Fitoterapico


1. Presença de alimentos
(contato) Ach - via receptores muscarínicos
2. Presença de peptídeos (neurócrina)
3. Estimulação do nervo vago  Histamina e Somatostatina (parácrina)
 Gastrina (endócrina)
Rosmarinus officinalis
Mentha piperita Fase gástrica
Zingiber officinale
Achillea millefolium
Fase intestinal Thymus vulgaris Células parietais:
Pepsina ativa
SNE Mentha pulegium pH 1,6 – 3,2 HCL e FI
CCK Origanum vulgare
SECRETINA
Células
ECL
Esvaziamento gástrico lento:
- Gordura
- H+ Células principais :
Células G: pepsinogênio
Células mucosa: muco
Gastrina
e bicarbonato
Células D:
Somatostatina
Hortelã
Mentha piperita - folhas Luteolina, Antioxidante
apigenina,
rutina,
Antiinflamatório hesperidina Mentol,
mentona Efeito espasmolitico
sesquiterpe
nos
carvona, Carminativo
limoneno,
cineol Bactericida
Vermifugo
Fungicida
Digestivo
Prinicipios
Taninos
amargos
Cicaterizante
Digestivo

Ácido Triterpenos
rosmarinico pentaciclicos

MERAT, S. et al.; 2010; GEUENICH, 2008; BALIGA, M.S.,2010; LYN, P., 2011 15
Hortelã
Não usar em casos de obstruções
Mentha piperita - folhas biliares, colecistite, danos
hepáticos severos e durante a
lactação.
Na presença de cálculos biliares,
consultar profissional de saúde
antes de usar.
Cautela no uso em pacientes com
Refluxo Gastresofágico (relaxa o
Atividade antiespasmódica, colagogo e colerético:
esfíncter esofágico inferior).
camomila, funcho, cominho, coentro, hortelã
Pode ocasionar azia
Efeito digestivo (anti-dispéptico): alcarávia (Carum carvi),
Gestação
princípios amargos, hortelã

Baliga MS, 2010;6; Geuenich S, et al; 2008; LYN, P., 2011 16


Hortelã
Mentha piperita - folhas

RDC10
Hortelã
Mentha piperita - folhas

FORMULÁRIO DE FITOTERÁPICOS DA FARMACOPÉIA BRASILEIRA


FORTALECIMENTO DO SISTEMA DIGESTÓRIO

A importância do ácido como um fator de


defesa é evidente a partir das observações que a
hipocloridria ou acloridria podem aumentar o
risco de ou exacerbar a gravidade de infecções
parasitárias e bacterianas.
Prostaglandins, NSAIDs, and Gastric Mucosal Protection: Why Doesn't the Stomach Digest Itself?
Physiol Rev 88: 1547–1565, 2008;

19
DECLÍNIO DA FUNÇÃO DIGESTIVA

SUPERCRESCIMENTO DE
DESEQUILÍBRIOS IMUNES FUNGOS E BACTÉRIAS
HORMONAIS
INFLAMATÓRIOS

DISBIOSE
SISTEMA IMUNE
ESTRESSADO

PRODUÇÃO DE TOXINAS
FORMAÇÃO DE
IMUNOCOMPLEXOS
HIPERPERMEABILIDADE
INTESTINAL
Mudanças qualitativas e quantitativas na
microbiota intestinal, sua atividade
metabólica e distribuição.
Prevalência de bactérias com maior
potencial de patogenicidade e fungos,
gerando alterações locais e sistêmicas.
Alternative Medicine Review , Volume 9, Number 2, 2004
CARREIRO, Denise Madi. O ecossistema intestinal na saúde e na doença. 1ª.ed.,SP, 2014.
LPS em
sua
estrutura
H. pylori
Cani PD. Gut 2018;67:1716–1725. doi:10.1136/gutjnl-2018-316723
O que mais gera a
alteração?

Efeito bactericida

Produção de mucina

Efeito anti-
inflamatório
LEAKY GUT

Imunidade inata
Dissacarideos - frutose, lactose
monossacarídeos, gordura saturada

Bosvellia serrata
Casearia sylvestris Brassicas
Adaptogenos Foeniculum vulgare Curcuma longa
Eixo vigília-sono Rosmarinus officinalis
Cuminum ciminum
Vitis vinífera
Matricaria recutita
Proantocinidinas

99th Dahlem Conference on Infection, Inflammation and Chronic Inflammatory Disorders: Darwinian medicine and the ‘hygiene’ or ‘old friends’ hypothesis. Clin Exp Immunol. 2010 April;
Alimentação
Alérgenos
Inibidor bomba de
prótons Xenobióticos
Inibidor de receptores Deficiência de
H2 nutrientes
Antiinflamatórios
Antibioticos

Estresse 1.Hipocloridria
2. Disbiose Envelhecimento
Insônia 3. Leaky gut
PROGRAMA DOS 6 Rs
Remover patógenos,
xenobióticos e alergenos
alimentares
Reparar - dieta não
Reavaliar irritativa, nutrientes e
Objetivos fitoquímicos tróficos e de
alcançados (ou reparo da mucosa,
não )x condutas frequência evacuatória,
sono

Re-equilibrar Recolocar
hábitos de vida
saudáveis processo digestivo

Reinocular
probióticos (e
ofertar prebióticos)
PROGRAMA DOS 6 Rs
Rosmarinus officinalis, Origanum vulgare, Zingiber
officinale, Allium cepa, Allium sativum, Thymus vulgaris,
Vaccinium macrocarpon, Punica granatum,Casearia
Remover sylvestris, Schinus terebentifolius, Cinnamomum cassia /
zeylanicum

Reavaliar Objetivos Maytenus ilicifolia, Punica


granatum, Vitis vinífera,
alcançados (ou Reparar Matricaria recutita,
não) x condutas Bosvellia serrata,
Prebioticos, Passiflora sp

Rosmarinus officinalis
Re-equilibrar Recolocar Mentha piperita
hábitos de vida Digestivos!!! Zingiber officinale
saudáveis Achillea millefolium
Thymus vulgaris
Mentha pulegium
Reinocular Origanum vulgare
Probioticos, Prebióticos – Frutanos e
Outros polissacarídeos, flavobióticos
Gengibre (400mg – 2x)
+ Canela (850mg – 2x)
GASTRITE
Schinus terebinthifolius
Aroeira da praia

Conclusão: Aroeira se mostrou tão


eficiente quanto omeprazol no
tratamento dos sintomas dispépticos
RESULTADOS: e em pacientes com gastrite (leve à
Melhora de sintomas no grupo da Aroeira (náusea, azia e moderada).
dor epigástrica) comparado ao grupo Omeprazol 64% dos pacientes com gastrite
Achados endoscópicos: sem diferença estatistica moderada – melhora da intensidade
Provável ação anti-H. pylori (17,1% aroeira x 9,4% omeprazol)
TANINOS
POLIFENÓIS
AÇÃO: ADSTRIGENTE, ANTISSÉPTICA, HEMOSTÁTICA,
ANTIINFLAMATÓRIA
Santos, 2010.
Current Pharmaceutical Design, 2005, Vol. 11, No. 19 2421
DIGESTIVOS

DEFINIÇÃO TIPOS
“TIPOS” DE
DIGESTIVOS

Digestivos / Aperientes

Coleréticos / Colagogos

Procinéticos

Princípios Amargos
VALUSSI, M., 2012; PASCHOAL, 2008; FURNESS, 2013; CHIARIONI, 2017; BEHRENS, 2018
DIGESTIVOS

DEFINIÇÃO TIPOS

MECANISMOS
DE AÇÃO
PRINCÍPIOS AMARGOS
Substâncias amargas fazem parte de um grupo
heterogêneo de compostos químicos que tem como
principal característica a presença do sabor amargo

No século XX - “aperitivos” conhecidos como estimulantes da digestão - 1ª. Ed.


Farmacopéia Brasileira – 1926 ➔ espécies amargas: centaurea menor, carqueja amarga,
laranja amarga, losna, macela.
- Substâncias mais amargas conhecidas: Gentiana lutea (genciana), Artemisia absinthium
(losna), Harpagophytum procumbens (garra do diabo), Citrus aurantium (laranja
amarga), Rheum palmatum (ruibarbo), Erythrae centaury (ceutarea), Menyanthes
trifoliata (trevo aquatico) e as lactonas sesquiterpênicas presentes na artemisia
(Artemisia absinthum), chicória (Cichorium intybus), Dente de leão (Taraxacum
officinale), cardo-santo (Cnicus benedictus), bardana (Arctium lapa).
MARQUES, N.; 2014; PASCHOAL, V. 2008; SAAD, G.A. 2009. 35
PRINCÍPIOS AMARGOS
Taraxacum officinale
O sabor constitui uma
• Lactonas sesquiterpênicas classificação fisiológica,
presente em diversas
• Terpenos (mono, di, tri, sesquiterpenos) classes de fitoquÍmicos.
Rosmarinus officinalis
Peumus boldus Mentha piperita
• Alcalóides
Matricaria recutita
• Flavonóides
Psidium guajava
• Taninos – adstringência Schinus terebenthifolius

• Compostos fenólicos – adstringência


• Glicosinolatos

PIZIO, 2016; BEHRENS, 2018


Todas as papilas
PRINCÍPIOS AMARGOS
gustativas são INDICADOS PARA:
especializadas no INAPETÊNCIA / DIGESTÃO
reconhecimento dos LENTA / DISPEPSIA /
sabores METEORISMO
EVITAR: HIPERACIDEZ
GÁSTRICA OU ULCERA EM
ATIVIDADE

Aumento da Aumento da secreção Aumento da


secreção salivar gástrica e secreção biliar
esvaziamento do via reflexo vagal
conteúdo gástrico
PASCHOAL, V., 2008; FURNESS, J.B., 2013; MARQUES, N. 2014; DEPOORTERE, I., 2014; Trânsito intestinal mais rápido
Efeitos:
BOCA (receptores do
Gentiana lutea amargo)
Cnicus benedictus ESTOMAGO: hiperemia da
Princípios amargos Cynara cardunculus mucosa, aumento da
Taraxacum officinale secreção gástrica, aceleram
Citrus limon o esvaziamento gástrico
Plantas com sabor
VESÍCULA: aumento da
Amara amargo mais
secreção de bile
predominante

Plantas com um conteúdo Efeitos:


Aromatica de óleos essenciais Espasmolitico
predominante Estimulante da peristalse

Plantas com um conteúdo


Efeitos:
Amara-aromatica de óleos essenciais e
Espasmolitico
compostos amargos
Estimulante da peristalse
Achillea millefolium Anti-inflamatório
Acorus calamus

VALUSSI, M. 2012; KELBER, O., 2017


amargo
pungente Zingiber officinale
Gentiana lutea TAS2R
Cnicus benedictus
Cynara cardunculus
Cynara scolymus TRP
Baccharis trimera
Taraxacum officinale
Citrus limon

VALUSSI, M. 2012; KELBER, O., 2017


VALUSSI, M., 2012; KELBER, O 2018;
VALUSSI, M., 2012; PASCHOAL, 2008; DREWNOWSKI, 2000; FURNESS, 2013
Colagogo e Colerético

• Colagogo ➔ plantas com ação na eliminação e transporte da bile do fígado


até a vesícula biliar e desta até o intestino delgado
• Colerético ➔ plantas que aumentam a produção da bile

INDICADA EM: dispepsias relacionadas à discinesia dos ductos biliares, prevenção de cálculos biliares.
CONTRA-INDICADAS EM CASOS DE OCLUSÃO DA VIA BILIAR E ESTADOS DEGENERATIVOS HEPÁTICOS (estimulação dos
hepatócitos)

Fitoterapia Contemporânea: tradição e ciência na prática clinica / Glaucia de Azevedo Saad, et al. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
Marques, Natália. Fitoterapia – São Paulo: Valéria Paschoal Editora Ltda. 2011.
Paschoal, Valéria. Fitopterapia funcional: dos Principios ativos à Prescrição de fitoterápicos – Parte I. São Paulo, 2008
Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos – Jorge Alonso, 2007.
Procinéticos
Plantas usadas para o
tratamento da Dispepsia
Funcional Hipomotilidade gástrica
Refluxo gastroesofágico
Gastroparesias
Drogas que aumentam a Alteração de
função dos
motilidade gastrointestinal receptores
(através da ação no músculo liso) colinérgicos M3 e
e aceleram o tempo de Domperidona
serotoninérgicos
5HT3/5HT4
esvaziamento gástrico. Metoclopramida
Cisaprida
BODAGH, M.N.2018; Interação com receptores
5HT4/ M3 / D2
DIGESTIVOS

DEFINIÇÃO TIPOS

QUAIS
PACIENTES?? MECANISMOS
DE AÇÃO

ALTERAÇÕES
PLANTAS INDICADAS
SINTOMAS
ENCONTRADAS
QUANDO QUANTO
HIPOCLORIDRIA

DEFINIÇÃO CAUSAS
É definida como um pH
✓Gastrite atrófica;
estomacal >4 - <7 no jejum. ✓Uso de drogas anti-secretórias;
Hiposecreção de HCl pelas ✓Fumo;
células parietais.
✓Deficiências nutricionais: Zinco,
Tiamina, Magnésio;
✓Estresse crônico;
✓Excesso de açúcar e refinados ;
✓ Infecção por H. pillory;
✓Envelhecimento
OTTILLINGER, 2013; MANDAL, 2012; KLONCHE, 2017
HIPOCLORIDRIA
É uma das causas da
DISPEPSIA FUNCIONAL
= MÁ DIGESTÃO

ALONSO, 2008; GIACOSA, 2015; KLONCHE, 2017; KELY, 1997; CHIARIONI, G. 2018
HIPOCLORIDRIA HIPERCLORIDRIA
Eructação Pode haver Eructação
Azia é comum Azia é comum
Dor / desconforto APÓS as Dor / desconforto quando em
refeições JEJUM e alivio com refeição
Digestão de proteinas lenta Digestão de proteinas: normal à
rápida

47
Disbiose

 Zn,
CONSEQUÊNCIAS Ca, Mg,
Fe
SIBO

DA HIPOCLORIDRIA
Hipocloridria

 B12, Má
B9, C digestão

Osteop Doenças
auto-
orose imunes
ALONSO, 2008; GIACOSA, 2015; MALFERTHEINER, 2018; KLONCHE, 2017
• Dist
Doenças Funcionais do TGI
Critério Roma IV

São desordens da interação


do
EIXO INTESTINO-CÉREBRO

Distúrbios de motilidade
Hipersensibilidade visceral
Alteração das funções mucosa e imune
Alteração da Microbiota
Alteração no eixo intestino-cérebro
-Relacionada com -Disfunção do sistema neurovegetativo
eventos
-Deficiência na psicossomáticos
produção de bile e
prejuízo no enchimento
e esvaziamento da
vesícula biliar

Deficiência na secreção
pancreática exócrina -Deficiência da secreção ácido
clorídrico e alteração no
esvaziamento gástrico ou
hipersecreção gástrica

Clinical Gastroenterology and Hepatology 2018 16, 467-479DOI: (10.1016/j.cgh.2017.09.002)


Copyright © 2018 AGA Institute Terms and Conditions
DIGESTIVOS

DEFINIÇÃO TIPOS

QUAIS
PACIENTES?? MECANISMOS
DE AÇÃO

ALTERAÇÕES
PLANTAS INDICADAS
SINTOMAS
ENCONTRADAS
QUANDO QUANTO
Lista de plantas:
Princípios amargos
Espécie vegetal Principio amargo
Arctium lappa - bardana Arctiopicrina
Cynara scolymus - alcachofra Cinarina
Gentiana lutea - genciana Amargogentina, amaro genciana, geacipicrina
Taraxacum officinale – dente de leão Lactopicrina
Citrus aurantium – laranja amarga Niaringina
Centaurea cyanus – centaurea Genciopicrosideo

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos s y Nutracêuticos, 2007.


PRINCÍPIOS AMARGOS
Alcachofra Genciana
Dente de leão

Cinarina Lactopicrina Amarogentina


Cynara scolymus Taraxacum officinale Genciopicrina
Sin.: Cynara cardunculus Gentiana lutea
VALUSSI, M. 2012; KELBER, O 2018
Alcachofra (Cynara scolymus)

Principais constituintes:
Ácidos fenólicos: ácido clorogênico, cafeico,
cinarina, FOLHAS
Lactonas sesquiterpênicas
Fenilpropanoides
Flavonóides
Saponinas
Fitoesteróis AÇÕES
Açúcares Antidispéptico, antiflatulento;
Inulina Diurético;
Enzimas Auxiliar na prevenção da aterosclerose.
Óleos essenciais Coadjuvante no tratamento de dislipidemia mista leve
a moderada
Auxiliar nos sintomas da síndrome do intestino
irritável.
54
Alcachofra (Cynara scolymus)
Contra-indicações :
➔Pacientes com histórico de
hipersensibilidade e alergia a qualquer
um dos componentes do fitoterápico
ou a outras plantas da família
Asteraceae;
➔Em casos de obstrução do ducto
biliar;
➔Gravidez e lactação.

PRECAUÇÕES DE USO:
➔ Uso concomitante com diuréticos (HAS ou cardiopatia) – sob supervisão médica;
➔ Menores de 12 anos ou durante a gravidez;
➔ Não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica;
➔ Reduz a eficácia de medicamentos que interferem na coagulação sanguínea, como
ácido acetilsalicílico e anticoagulantes cumarínicos (ex. varfarina)
55
Formulário de Fitoterapicos da Farmacopéia Brasileira, RDC10
Formulário de Fitoterapicos da Farmacopéia Brasileira, RDC10
Pacientes ➔ 18 – 70 anos com
30 dias Dispepsia Funcional (DF)
OBJETIVO: desvendar o Grupo Fitoterápico:
efeito da associação Roma II:
Extrato seco padronizado - DF - Ulcer-like
gengibre e alcachofra no Gengibre (20mg) e Alcachofra
tratamento da dispepsia DF – dismotilidade
(100mg) - 1 capsula antes do DF – não específica
funcional almoço e uma capsula antes do
jantar
Grupo Placebo
Acido cafeoilquinico (>20%)
Cinaropicrina (>5%)

Gingeróis – 25%-30%
GIACOSA, 2015
Resultados

O que melhorou?
Redução da severidade da dor e
plenitude epigástrica;
Inchaço;
Saciedade precoce;
Nausea
* Vômito não melhorou
GIACOSA, 2015
GIACOSA, 2015

 Esvaziamento gástrico e
motilidade gastrointestinal
(animais);
Gingeróis e shogaols
Modulam  Motilidade interdigestiva
Zingiber officinale receptores (humanos);
M3 e 5HT3
(rizoma) e 5HT4
Acelera esvaziamento gástrico
e estimula contração antral;
Redução da náusea e vômito

Cynara cardunculus
(folhas)
 Secreção da bile;
Cinaropicrina Efeito hepatoprotetor e redução do colesterol;
Efeito antioxidante e antiespasmódico;
Composto amargo = efeito digestivo;
GIACOSA, 2015 Melhora da qualidade de vida de pacientes com DF
Dente de Leão
Taraxacum officinale - planta toda

GONZALEZ-CASTEJON, 2012; JIN, 2011; SAAD, 2009; MARQUES, 2011; PASCHOAL, 2008.
GONZALEZ-CASTEJON, 2012

Dente de Leão
Taraxacum officinale - planta toda
M GONZALEZ-CASTEJON, 2012.

Dente de Leão
Taraxacum officinale - planta toda
Dente de Leão
Taraxacum officinale - planta toda

JIN, 2011 ; imagem: Google images


Dente de Leão
Taraxacum officinale - planta toda

Efeitos adversos:

Evitar na gravidez , lactação, menores de 2 anos de idade.

Pode provocar hiperacidez gástrica

Contra-indicado para casos de úlcera gastroduodenal,


gastrite, cálculos biliares, obstrução de ductos biliares e do
Distúrbios do sistema digestório
trato gastrintestinal.
Tintura: 0,5 a 1ml/dia, 3x/dia
O uso pode provocar hipotensão arterial
Rizoma, raiz

AÇÕES:
⚫Estaumenta o fluxo sanguíneo nas mucosas do estomago e intestino
⚫Digestiva GENCIOPICRINA – monoterpeno (amargo)
AMAROGENTINA (componente mais amargo)
⚫Estimulante das secreções salivares e gástricas
TRITERPENOS
⚫Colagoga e colerética TANINOS 45 gotas
MUCILAGENS
20 minutos
⚫Laxante suave antes das
refeições
⚫Carminativa
Thompson, 2002; Panizza, 2012; Alonso, 2008;
Lista de plantas:
DIGESTIVOS/EUPÉPTICOS/APERIENTES
Achillea millefolium – Mil folhas Gentiana lutea - genciana
Ananas sativa – Abacaxi Matricaria recutita – camomila
Angelica archangelica – Angelica Mentha piperita – hortelã
Arctium lappa - bardana Mentha sp.
Berberis vulgaris - Berberis Origanum vulgare – orégano
Peumus boldus – boldo
Carum carvi – alcaravia
Pimpinella anisum – erva doce
Cinnamomum cassia / zeylanicum
Salvia officinalis – salvia
Coriandrum sativum
Syzygium aromaticum – cravo
Cynara scolymus – alcachofra Thymus vulgaris - tomilho
Foeniculum vulgare – funcho Zingiber officinale – gengibre

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos s y Nutracêuticos, 2007.


Duplo-cego randomizado
8 HORAS – JEJUM (SÓLIDOS E LIQUIDOS)
3 capsulas (total 1,2gr Extrato seco – gengibre) + 50ml de
água
11 PACIENTES Dor ou desconforto
X
DISPEPSIA FUNCIONAL abdominal – recorrente ou
persistente Placebo – amido + 50ml de água
ROMA III
Saciedade precoce
1 HORA APÓS ➔ 500ml SOPA DE MILHO E FRANGO
Plenitude pós-prandial
Inchaço
Náusea

Ming-Luen Hu, 2011


✓ ESVAZIAMENTO GÁSTRICO
GENGIBRE = 12.3 (8.5-17.0) min vs PLACEBO = 16.1 (8.3-22.6) min

✓ CONTRAÇÕES
ANTRAIS
✓ SINTOMAS – sem diferença

✓PEPTIDEOS
GASTROINTESTINAIS
Ming-Luen Hu, 2011
Motilina
sem diferença
• Iberis amara
• Angelica archangelica
• Matricaria chamomilla – CAMOMILA
• Carum carvi – ALCARAVIA
• Silybum marianum
• Melissa officinalis – MELISSA
• Mentha x piperita
• Chelidonium majus
• Glycyrrhiza glabra

Mohiuddin, 2019.
Carum carvi (ALCARAVIA) – frutos ➔ + de 7% de óleo essencial: carvone e limoneno. Efeitos: espasmolitico, carminativo, aumenta
secreção de muco, estimula o tonus da musculature lisa do TGI.

Matricaria chamomilla (CAMOMILA) – inflorescências ➔ + de 1.5% de óleos essenciais chamazuleno, α-bisabolol – efeito
antiinflamatório; espasmolitico e carminativo – uso indicado em gastrite aguda. Flavonoides: apigenina: efeito espasmolitico e pode
inibir a peristalse. Usada em: espasmos com dor, gastrite aguda, ulcera e dispepsia.

Melissa officinalis (MELISSA) – Folhas ➔ + de 0.8% de óleos essenciais (citral, citronelal, linalol, geraniol, β-cariofileno), 4% ácido
rosmarinico. Efeitos: espasmolitico, carminativo, mal funcionamento do TGI.

Angelica – raiz, + de 1.3% de óleos essenciais, taninos, sitosterol, furocoumarina, l, as well as tannins, sitosterol, furocoumarin. É um
amargo aromático (amargo = cumarinas). Efeitos: gastropatias, dyspepsia, carminativo, espasmolitico, antiinflamatório.

Iberis amara (Bitter Candytuft) : tonico e antiinflamatório, devido à presença das curcubitacinas – substâncias amargas. Flavonoides :
efeito antiinflamatório.

Mentha piperita (hortelã)) – Folhas ➔ óleos essenciais: mentol e mentona, derivativos do ácido cafeico: ácido rosmarinico. Efeitos:
espasmolitico bem pronunciado, dyspepsia.

Chelidonium majus : apresenta muitos alcalóides: celidonina, sanguinarine e α- e β-homocelidonina ➔ efeitos espasmoliticos e
analgésico. Estimula a secreção de bile. Indicado para gastroparesia
Lista de Plantas:
COLERÉTICO

Achillea millefolium – MIL FOLHAS Matricaria recutita – CAMOMILA


Achyrocline saturoides - MACELA Melissa officinalis – MELISSA
Arctium lapa - BARDANA Mentha piperita – HORTELÃ
Baccharis sp - CARQUEJA Origanum vulgare – ORÉGANO
Berberis vulgaris - BERBERIS Peumus boldus – BOLDO DO CHILE
Cichorium intybus - CHICÓRIA Rosmarinus officinalis – ALECRIM
Curcuma longa – AÇAFRÃO Taraxacum officinale – DENTE DE LEÃO
Cynara solymus – ALCACHOFRA Thymus vulgaris - TOMILHO
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos s y Nutracêuticos, 2007.
Lista de Plantas:
COLAGOGO
Achyrocline saturoides – MACELA Mentha piperita - HORTELÃ
Baccharis sp - CARQUEJA Olea europaea - OLIVEIRA
Berberis vulgaris - BERBERINA Silybum marianum – CARDO MARIANO
Cichorium intybus – CHICÓRIA Solanum melangena – BERINJELA
Curcuma longa – AÇAFRÃO Syzygium aromaticum - CRAVO
Cynara solymus – ALCACHOFRA Taraxacum officinale – DENTE DE LEÃO
Gentiana lutea - GENCIANA Thymus vulgaris - TOMILHO
Zingiber officinale - GENGIBRE

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos s y Nutracêuticos, 2007.


Curcuma longa (Açafrão) rizoma
Inibição NF-
Principais constituintes: kB ➔ AI
Óleo essencial
Curcuminóides
Inibe COX 2 Ativação Nrf2
Carotenóides
Polissacarídeos
Minerais e vitaminas

Curcumina

Antioxidante
Baixa biodisp.
do TGI

Dispepsia
Anticâncer Colerético
Colagogo

Panizza, Sérgio Tinoco; Veiga, Rogério da Silva; Almeida, Mariana Corrêa. Uso Tradicional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos. São Luís, MA: Conbrafito, 2012. 74
Formulario de Fitoterapicos da Farmacopeia Brasileira, RDC10

Curcuma longa (Açafrão) rizoma

❖Contraindicações:
- Litíase biliar
- Obstrução do Ducto
Biliar
- Cautela ao associar
com antIcoagulantes,
AINES, corticoides.

Rebecca A. Curcumin for Inflammatory Bowel Disease: A Review of Human Studies. (Altern Med Rev 2011;16(2):152-156)
75
Carqueja
Baccharis trimera – partes aéreas
Constituintes
Oleos essenciais (carquejol)
Flavonóides
Lactonas diterpênicas e
sesquiterpênicas
Atividades
Terpenóides Hepatoprotetora (flavonóides)
Taninos Colagoga (flavonóides)
Polifenóis Hipoglicemiante
Saponinas Antiinflamatória - flavonóides
Hipocolesterolêmica
Altamente diurética
Antidispéptico (Formulário Nacional)
Relaxamento do músculo liso intestinal
Gastrites, lesão ulcerosa (estudo em ratos)
Melhora circulação sg
76
Carqueja
Baccharis trimera – partes aéreas

Efeitos adversos
Distúrbios do sistema digestório Hipersensibilização por uso
Tintura: 5 a 25ml/dia prolongado;
Pode gerar hipotensão;
Não usar na gravidez (abortivo)
e lactação
Evitar uso com medicamentos
para hipertensão e diabetes
Canfora, 1,8
cineol, αpineno,
borneol, canfeno,ÓLEOS ESSENCIAIS
Alecrim β pineno,
limoneno
Rosmarinus officinalis - folhas
Carnosol, ácido
Apigenina,
carnosóico,
diosmina,
ANTIOXIDANTE epirosmanol,
genkwanina,
acido ursolico,
luteolina,
acido oleanolico
TERPENOS
POLIFENÓIS

Oficinoterpenosideo
Acido A1 e A2 (diterpenoid
rosmarinico, glycosides),
oficinoterpenosideo
acido B e C (triterpenoid
clorogenico, glycosides) and
acido cafeico oficinoterpenosideo
VAQUERO, M.R., 2012; ANDRADE, J.M.; 2018 D
78
ANDRADE, J.M.; 2018
Efeitos colaterais
- Abortivo
-Irritação de TGI
-Irritação Pele
-Nefrite

RDC 10
R. Saúde Públ. Paraná. 2018 Jul.;1(1):116-122
Alcachofra (Cynara scolymus)

Avaliação da severidade de 8 sintomas de dispepsia



Significativa gradual redução dos sintomas em 30 dias (38%
pacientes) e maior melhora em 60 dias (79% pacientes)
Além disso, redução de CT, LDL, TG e transaminases

Extrato seco de Cynara


scolymus + Taraxacum
officinalis + Curcuma
longa + Rosmarinus
officinalis
VAMOS COLOCAR AQUI AS PLANTAS PARA CADA PONTO ATÉ
AGORA ESTUDADO???

Zingiber officinale

Cnicus benedictus
Gentiana lutea

Casearia sylvestris
Maytenus ilicifolia
Boswellia serrata
Aloe vera
Plantago ovata
LAXATIVOS

DEFINIÇÃO TIPOS
SINTOMAS
QUAIS PACIENTES
ALTERAÇÕES
ENCONTRADAS MECANISMOS
DE AÇÃO

TEMPO DE PLANTAS UTILIZADAS


USO

QUANDO QUANTO
20% da CONSTIPAÇÃO
população
mundial
Condição heterogênea:
❖Intestino grosso
❖ frequência de evacuação
CAUSAS
❖Dificuldade de evacuar;
❖Fezes endurecidas; dieta inadequada, sedentarismo, terapias
❖Esforço;
medicamentosas, círculo vicioso de evacuação
dolorosa (comportamento de retenção fecal), fatores
❖Sensação de esvaziamento
constitucionais e hereditários, alterações endócrinas e
incompleto
metabólicas, além de doenças colônicas,
neurológicas, distúrbios psiquiátricos e causas
idiopáticas.
ATALURI, A. et al, 2011.; YANG,J. et al. 2014; DARROZ, J. 2014
CONSTIPAÇÃO ROMA III

• Os critérios diagnósticos devem incluir dois ou mais dos


seguintes:
- Esforço evacuatório, fezes grumosas, sensação de
obstrução/bloqueio anorretal das fezes, manobras manuais
para facilitar a evacuação durante pelo menos 25% das
defecações;
- Menos de 3 evacuações por semana;
- Fezes moles estão raramente presentes sem uso de
laxantes;
- Critérios insuficientes para SII;
(critérios preenchidos nos últimos 3 meses com inicio dos
sintomas pelo menos 6 meses antes do diagnóstico)
A formação de fezes escassas e
duras se deve pela diminuição do
movimento intestinal, o que
origina maior absorção de água
secundária pelo tempo de contato
mais prolongado com a mucosa
intestinal.

DARROZ, J. V.; FUSO, L. C.; BORGES, N. M.; GOMES, A. J. P. S. Utilização de fitoterápicos no


tratamento de constipação intestinal. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 18, n. 2, p, 113-
119, maio/ago. 2014.
Alimentação

Reeducação Atividade
intestinal física

Constipação

Preparados
Ingestão de
de fibras
líquidos
vegetais

DARROZ, J. V.; FUSO, L. C.; BORGES, N. M.; GOMES, A. J. P. S. Utilização de fitoterápicos no


tratamento de constipação intestinal. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 18, n. 2, p, 113-
119, maio/ago. 2014.
OBSTIPAÇÃO
- OBJETIVO DO TRATAMENTO -

Aliviar ou eliminar os sintomas já instalados

Prevenir ou minimizar a ocorrência de suas complicações

Produzir uma evacuação de boa aparência e hidratada

DARROZ, J. V.; FUSO, L. C.; BORGES, N. M.; GOMES, A. J. P. S. Utilização de fitoterápicos no


tratamento de constipação intestinal. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 18, n. 2, p, 113-
119, maio/ago. 2014.
OBSTIPAÇÃO
Formadores ou
Expansores do bolo fecal -TRATAMENTO -
Amolecedores do bolo Os laxantes são medicamentos utilizados no tratamento de
fecal constipação crônica.
laxativos

Devem ser usados de maneira parcimoniosa, sempre como


Lubrificantes auxiliar de tratamento, associados à medidas dietéticas e de
reeducação intestinal.
O uso prolongado desses medicamentos pode produzir colite
medicamentosa, associada à perda de função intestinal
Osmóticos
fisiológica.
Podem provocar quadros de diarreia com perda excessiva de
água e eletrólitos (K) ➔ fraqueza muscular e astenia.
Secretagogos Não devem ser administrados em pacientes com obstrução
intestinal, dores abdominais, náuseas ou vômitos
Irritantes do
peristaltismo
DARROZ, J. V.; FUSO, L. C.; BORGES, N. M.; GOMES, A. J. P. S. Utilização de fitoterápicos no
tratamento de constipação intestinal. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 18, n. 2, p, 113-
119, maio/ago. 2014.
OBSTIPAÇÃO
-TRATAMENTO -
Os laxantes são medicamentos utilizados no tratamento
laxativos
de constipação crônica.
Devem ser usados de maneira parcimoniosa, sempre
como auxiliar de tratamento, associados à medidas
dietéticas e de reeducação intestinal.
Irritantes do O uso prolongado desses medicamentos pode produzir
peristaltismo colite medicamentosa, associada à perda de função
intestinal fisiológica.
Podem provocar quadros de diarreia com perda
excessiva de água e eletrólitos (K) ➔ fraqueza muscular
e astenia.
Não devem ser administrados em pacientes com
obstrução intestinal, dores abdominais, náuseas ou
vômitos.
DARROZ, J. V.; FUSO, L. C.; BORGES, N. M.; GOMES, A. J. P. S. Utilização de fitoterápicos no
tratamento de constipação intestinal. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 18, n. 2, p, 113-
119, maio/ago. 2014.
OBSTIPAÇÃO
-TRATAMENTO FITOTERÁPICO -
Laxativos

Antraquinonas

Antranóides
Derivados antracênicos
Derivados hidroxiantracênicos

DARROZ, J. V.; FUSO, L. C.; BORGES, N. M.; GOMES, A. J. P. S. Utilização de fitoterápicos no


tratamento de constipação intestinal. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 18, n. 2, p, 113-
119, maio/ago. 2014.
CONSTIPAÇÃO - LAXANTES

Efeito
6 – 8 horas após

Anel antracênico

- Resistente ao HCl
- Resistente a alpha-glicosidase
- Hidrolisado pela beta-glicosidase
AÇÚCAR
FORMA ATIVA:
Ligação
➔ Antranona aglicona
beta-glicosidica
CONSTIPAÇÃO - LAXANTES

PLANTAS SUGERIDAS:

Cassia angustifolia (sene)


Antranóides
-Antronas Antraquinonas
Rhamnus purshiana (cáscara sagrada) -Antraquinonas Der.
-Diantronas
Antracênicos
Rheum palmatum (ruibarbo)

GORKOM et al, 2001; Marques, 2014; DARROZ, 2014


MECANISMO DE AÇÃO
LAXANTES

AÇÃO:

Aumento do estímulo direto à musculatura lisa colônica (dano ao tecido,  permeabilidade celular ) =  propulsão e
aceleração do trânsito colônico com redução da absorção de fluidos das fezes;

Ativação de
Dano HISTAMINA
CITOCINAS células
epitelial SEROTONINA
imunes
PGE2

SIEGERS, 1993; ALONSO, 2008, Marques, 2014; DARROZ, J. 2014


MECANISMO DE AÇÃO
LAXANTES
AÇÃO:
Aumento da permeabilidade paracelular (inibição da bomba de Na+/K+ ATPase e/ou Canais de Cl) ➔ levando ao
aumento da quantidade de liquido no cólon.
Canais de cloro mais
fortemente inibidos pela
bomba de Na+/K+ ATPase aloe-emodina
parece ser inibida apenas
por reina, frângula-
emodina

FOSFORILAÇÃO Inibição
Dano ATP
OXIDATIVA reabsorção
epitelial
MITOCONDRIAL Inibição bomba H2O, Na, Cl
Na/K  Secreção K

SIEGERS, C-P. et al, 1993; ALONSO, J. 2008, Marques, 2014;


DARROZ, 2014
CONSTIPAÇÃO - LAXANTES

Por favor, respeite a tela


inicial e final da apresentação
Efeitos adversos e tóxicos
❖ Alterações morfológicas no reto e cólon: fissuras anais, prolapsos hemorroidais e outras
alterações que não regridem espontaneamente, exigindo intervenção cirúrgica);

❖ Processos inflamatórios e degenerativos (risco de redução severa do peristaltismo ➔


atonia);

❖ Redução do tônus intestinal leva frequentemente ao uso crônico e abusivo de laxantes


(círculo vicioso);

❖ Perda de eletrólitos (perda de K+ pode levar a redução do tônus intestinal, distúrbios


renais, sintomas neuromusculares, distúrbios da formação e condução dos estímulos em
nível do miocárdio, especialmente para pacientes usando medicamentos digitálicos no
tratamento da insuficiência cardíaca)
Parte Cassia angustifolia (sene)
usada:
folhas

USO:
- Diantronas: Senosídeos (A, B);
- Laxante ocasional para constipação aguda ou preparo
- Flavonóides: kaempferol;
para exames endoscópicos;
- Carboidratos: polissacarídeos e mucilagem;
- Recomendado uso 2 – 3 semanas (uso superior
danoso ao organismo)
AÇÃO: Liberação de substâncias endógenas (autacóides,
óxido nítrico) e alteração da absorção e secreção de água
e eletrólitos no lúmen do cólon (inibição da bomba Na/K)

VITALONE, A. et al., 2011; Marques, 2014


Parte
usada: Cassia angustifolia (sene)
folhas

VITALONE, A. et al., 2011; Marques, 2014


Cassia angustifolia (sene)

OBJETIVOS: avaliar o efeito laxativo do composto através do tempo de transito colônico e


varáveis clinicas – número de evacuações por dia e percepção da função intestinal.
Avaliar efeitos adversos e qualidade de vida.

PICON, P.D. et al., 2010


RESULTADOS

Pacientes ✓Metade recebia o composto fitoterápico por 5 dias;


Transito colônico
✓Metade recebia composto placebo por 5 dias.
15,7h = composto
9 dias
Mistura homogênea das plantas secas: Pimpinella anisum, Foeniculum washout 42,3h= placebo
vulgare, Sambucus nigra, Cassia angustifolia
15g da mistura (dia) – fervura por 5 min.em 1,5L de água. Melhora da percepção de funcionamento
150ml – 3x/dia durante 5 dias Sem alteração na qualidade de vida
Sem efeitos colaterais

PICON, P.D. et al., 2010


Parte usada:
casca
Rhamnus purshiana (cáscara sagrada)
- Cerca de 8% de antraquinonas (desta cerca USO:
de 60% cascarosideos – A,B, C e D), aloina, - Laxante de uso eventual ➔
emodina, aloe-emodina, crisofanol. glicosídeos antraquinonicos e
- Usar a planta seca (planta fresca cascarosídeos
antraquinonas presentes na sua forma AÇÃO:
reduzida) - Age como irritante e estimulante do
Trato Gastrintestinal (efeito similar ao
sene)

WHO,2002; Simões, 2010


Rhamnus purshiana (cáscara sagrada)

EFEITOS COLATERAIS:
- Em altas doses: dor abdominal e diarreia severa;

CONTRA-INDICAÇÕES:
- Obstrução intestinal, estenose, doenças inflamatórias do intestino (Doença de Chron, Colite
ulcerativa, Síndrome do Intestino Irritável), apendicite, desidratação severa, constipação crônica),
cólicas intestinais, hemorroidas.

WHO,2002
Rhamnus purshiana (cáscara sagrada)

CONTRA-INDICAÇÕES:

- Grávidas, lactação, crianças menores de 10 anos de idade;


- Uso superior a duas semanas;
- Uso crônico poderá agravar a constipação (necessidade de aumentar as doses para produzir o
efeito esperado), levar à atonicidade do colon, pseudomelanose coli.

WHO,2002; RDC 10
Rhamnus purshiana (cáscara sagrada)

WHO,2002; RDC 10
Parte
usada:
raiz
Rheum palmatum (ruibarbo)
- Uma das plantas mais antigas e conhecidas da MTC;
- 3-12% de derivados antracênicos ➔60-80% frangula-emodina, reina, aloe-
emodina,
crisofanol, fisciona.
- 5-10% de taninos
- 2-3% de flavonoides
- Alto teor de ácido oxálico (gera problemas renais – intoxicação)

SIMÕES, C. 2010
Rheum palmatum
Ruibarbo

- Laxante; - Atividade sobre H. pillory


- Efeito ambivalente – em baixas doses - Virus da Herpes
antidiarreico (taninos) - Antibacteriano
- Digestivo (sabor amargo) ;
- Antiinflamatório;
- Hemostático;
- Indicado o uso (laxativo) ao deitar

VITALONE, A. et al., 2011; ALONSO, J. 2008; Marques, 2014; Simões, 2010


Rheum palmatum
Ruibarbo

- Laxante; - Atividade sobre H. pillory


- Efeito ambivalente – em baixas doses - Virus da Herpes
antidiarreico (taninos) - Antibacteriano
- Digestivo (sabor amargo) ;
- Antiinflamatório;
- Hemostático;
- Indicado o uso (laxativo) ao deitar

VITALONE, A. et al., 2011; ALONSO, J. 2008; Marques, 2014; Simões, 2010


OBSTIPAÇÃO
-TRATAMENTO FITOTERÁPICO -

Laxativos

Formadores
de bolo

Mucilagens Pectina Gomas


Retém água
• Efeito laxativo ocorre dentro
de 12 – 24 horas
• Necessidade de aumentar a
ingestão de água
Acúmulo de
• Sem efeito sistêmico
líquido no
lumen • Podem gerar flatulência

Aumento do
volume e
amolecimento
das fezes
DARROZ, J. V.; FUSO, L. C.; BORGES, N. M.; GOMES, A. J. P. S. Utilização de fitoterápicos no
tratamento de constipação intestinal. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 18, n. 2, p, 113-
119, maio/ago. 2014.
CONSTIPAÇÃO – PAPEL DAS FIBRAS
CONSTIPAÇÃO – FORMADORES DE BOLO FECAL

PLANTAS SUGERIDAS
Smallanthus sonchifolius
Musa sp
Plantago ovata (psyllium) – casca da semente
Plantago major (tanchagem)
Prunus domestica (ameixa) - fruto
Tamarindus indica (tamarindo)
Aloe vera (babosa) - gel
Malva silvestres (malva) – flores...
FITOTERÁPICOS COM AÇÃO PREBIÓTICA
Smallanthus sonchifolius

FOS e Inulina

Delgado, 2013. Slide cedido – Gabriela Pimentel


OBJETIVO: Modulação no
Determinar o conteúdo de
efeito da minerais no osso
farinha de
yacon Colesterol TT e frações
associada ao TGL
probiótico: B. AGCC
longum pH cecal
Microbiota do conteúdo cecal
Parâmetros de toxicidade hepática

Em 100 g: 6.9 g umidade, 2.7 g proteinas, 0.15 g gordura , 5.4 g


cinzas, 13.25 g fibras, 8.6 g of glicose, 21.1 g frutose, 16.3 g of
sacarose e 25.7 g FOS
die
Colesterol TT ( grupo Yacon) e frações
TGL
AGCC ( propionato em todos os grupos x
controle / grupo yacon e grupo Bifidobac = 
butirato)
pH cecal
 Bifidobacteria – grupo Yacon + B. Longum
32 ratos do conteúdo cecal
✓ Controle Parâmetros de toxicidade hepática (sem
✓ Farinha de alteração)
Yacon
✓ Dieta +B.
longum
✓ F. de Yacon  conteúdo de minerais no osso (Ca,
+ B. longum Mg, P) + grupo B. longum
 resistência à fraturas
FITOTERÁPICOS COM AÇÃO PREBIÓTICA

Smallanthus sonchifolius

Bem tolerada
Redução do tempo
Período de 2 semanas
Estudo duplo Placebo de trânsito intestinal
cego,
randomizado Ou Aumento da
16 indivíduos Xarope de Yacon
frequência
(20g = 6,4g FOS)
evacuatória

Fezes mais macias

Geyer, M, et al. Digestion, 2008.


FITOTERÁPICOS COM AÇÃO PREBIÓTICA

Taraxacum officinale

Gonzalez-Castejon, 2012.
FITOTERÁPICOS COM AÇÃO PREBIÓTICA

Infusão da raiz de
Taraxacum officinale

In vitro estimulou o crescimento


de 14 cepas de Bifidobactérias,
incluindo B. bifidum e B.longum

Trojanová, I., et al. Fitoterapia, 2004.


FITOTERÁPICOS COM AÇÃO PREBIÓTICA

Musa spp

Melhora da tolerância à
Ensaio in vivo glicose e efeito trófico
sobre o intestino
Farinha de
banana verde
Voluntários saudáveis
Saciedade
8g
Funcionamento intestinal
Única refeição ou ingestão
prolongada Tolerância à glicose

Dan, Milana. Tese doutorado (USP), 2011.


Formadores de Bolo Fecal
Plantago ovata (psyllium), casca da semente
- Parte usada: semente (maior teor de fibras insolúveis) e casca (maior teor
de fibras solúveis);
- Rica em polissacarídeos: Celulose e Pentoses
- Casca: hemicelulose (não fracionável e absorvível pela mucosa intestinal)
➔ aumento do conteúdo fecal + peristalse composta de xilana, arabinose,
ramnose e arabinoxilanas.
- Fibra mucilaginosa ➔ forma gel em água (endosperma da semente capta
água, prevenindo sua perda) ➔  volume das fezes ➔  peristalse
ESWARAN,S. et al, 2014; WHO, 1999
(fluidificação das fezes)
Formadores de Bolo Fecal
Plantago ovata (psyllium), casca da semente
Indicações:
✓Constipação crônica ou temporária por doença (SII, Colite Ulcerativa,
Diverticulose) ou gestação;
✓Regularidade intestinal (alternância) e diarréias;
✓Efeito prebiótico ;
✓Hemorróidas e pós cirúrgico;
✓Coadjuvante no tratamento da obesidade ( saciedade)

ESWARAN,S. et al, 2014; WHO, 1999 ;


Formadores de Bolo Fecal
Plantago ovata (psyllium), casca da semente
Interações:
-Sais de lítio ( abs e presença no sg), digitálicos (usar 2 horas depois de
utilizar estes medicamentos), antidiarreicos e medicamentos inibidores da
motilidade intestinal (difenoxilato, loperamida, opiáceos, etc) pelo risco de
obstrução intestinal.
-Pode reduzir a abs. de minerais (Cu, Zn, Mg, Ca) e vit.B12
Formadores de Bolo Fecal
Plantago ovata (psyllium), casca da semente

DOSE RECOMENDADA:
- 5 à 15 gramas/dia
- Administrar em envelopes monodoses de 5gramas – misturados com água
ou suco ou leite vegetal ou leite.
Formadores de Bolo Fecal
Plantago major (tanchagem), folhas e sementes
COMPOSIÇÃO:
 Mucilagem – ramno-galacturonan, arabinogalactan, glucomanan
 Pectinas
 Flavonoides – apigenina, luteolina
 Ácidos orgânicos
 Alcaloides
 Taninos (folhas)
Formadores de Bolo Fecal
Plantago major (tanchagem), folhas e sementes
INDICAÇÕES:
 Laxante (sementes)
 Hemorroidas
 Antimicrobiano
 Hipolipemiante
 Antiinflamatório
Prunus domestica
CONSTIPAÇÃO – BOLO FECAL
Ameixeira
Composição: Frutos
Parte usada: frutos
- Taninos
- B-sitosterol
- Flavonóides (quercetina,rutina)
- Antocianinas AÇÕES:
- Polissacarideos (mucilagens, pectina), Frutanos
⚫Laxante
- Sorbitol
-Derivados do acido hidroxicinâmico ⚫Adstringente (taninos) – diarreias, cicatrizante externo;
-Cumarinas ⚫Digestivo
-Vitaminas
-Minerais

ESWARAN,S. et al, 2014; Alonso, 2008; Panizza, 2012


CONSTIPAÇÃO – BOLO FECAL

8 – 75 anos
Constipação crônica
(ROMA III)
Objetivo:
Avaliar os efeitos da ameixa
seca e psillium nos movimentos
intestinais, seu sabor e
tolerabilidade em adultos com
constipação crônica.

3 semanas
Ameixas secas: 50gramas (12 unidades) – 2x/dia
Psillium: 11gramas com 240ml de água – 2x/dia

ATALURI, A. et al, 2011.


CONSTIPAÇÃO – BOLO FECAL

RESULTADOS

✓ Número de movimentos intestinais COMPLETOS e ESPONTÂNEOS: maior no grupo


das ameixas;
✓ Sintomas gerais de melhora na constipação – melhor no grupo das ameixas;
✓ Fezes mais macias – maior no grupo das ameixas;
✓ Palatabilidade, Saciedade, Plenitude pós prandial e formação de gases - similares em
ambos os grupos;

ATALURI, A. et al, 2011.


CONSTIPAÇÃO – BOLO FECAL

Tamarindus indica
Composição:
Tamarindo
- Ácidos orgânicos
Frutos secos
- Flavonoides: vitexina, isovitexina, orientina
- Pectina (decocção dos frutos)
Ações:
- Laxante
- Diarréia
- Diurético
- Atividade anti-microbiana ➔ In vitro: E. coli (pola da fruta)

ESWARAN,S. et al, 2014; Bhadoriya, 2011; Alonso, 2008


DIGESTIVOS E LAXATIVOS - CASO CLÍNICO

Cinthia Perine – Nutricionista


CRN3-7561
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CASO CLÍNICO
Nome: W.P.C.
Gênero: feminino
Idade: 67 anos
Ocupação: Bancária aposentada
1ª. Consulta (inicio de 2017)
Objetivo: Tratar Diverticulite (crises recentes), Ileite, Refluxo Gastro
Esofágico + Redução de peso corporal;
CASO CLÍNICO
Medicamentos em uso:
• Esomeprazol 20mg – 2x/dia
• Artrovastatina
• Patz (2,5mg/dia)
• Synthroid (50mg/dia – segunda à sexta; 70mg – sábado e domingo)
Histórico do uso de medicamentos:
• Uso recente de antibiótico (após crises de diverticulite – 3x nos últimos 6
meses);
• Histórico de tratamento de H. pillory (uso de 60 – 70% do medicamento
sugerido);
• Histórico de uso de TAGAMET (cimetidina) durante muitos anos (úlcera
duodenal), com filhos enquanto crianças.
Histórico Pessoal:
• Nascida de parto Normal;
• Foi amamentada (não tem conhecimento de quanto tempo);
• Falecimento do seu pai com 33 anos – cardíaco (ainda criança);
• Difícil relacionamento com a mãe e padrasto;
• Estresse emocional por muitos anos (companheiro era alcoolista);
• 3 gestações.
• Colonoscopia (há 4/5 anos) – pólipos e diverticulos
Atividade física:
• Treinamento Funcional (com personal trainner) - 2x/semana;
• Caminhada – 2 à 4 x/semana.
Sintomas:
• Estufamento após cerca de 40 minutos do término da refeição;
• Azia, queimação, náusea com frequência, em geral relacionados à alimentação e emoções;
• “intolerância” à alguns alimentos – refere sentir acidez no organismo;
• Sente acidez no estomago ao consumir alimentos preparados com fermento biológico;
• Insônia;
• Desânimo;
• Memória recente, queixa de falta de concentração;
• Pele “opaca”

Hábito intestinal:
Constipação intestinal eventual, em geral funciona bem mas sem esvaziamento completo.
Escala de Bristol – tipo 2 e 3, às vezes tipo 4
A formação de fezes escassas e
duras se deve pela diminuição do
movimento intestinal, o que
origina maior absorção de água
secundária pelo tempo de contato
mais prolongado com a mucosa
intestinal.

DARROZ, J. V.; FUSO, L. C.; BORGES, N. M.; GOMES, A. J. P. S. 2014.


CASO CLÍNICO

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM ESTA PACIENTE?

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