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E-book

O GUIA DE
ESTRATÉGIAS
DIGITAIS PARA
AUMENTAR
SUA BASE DE
PACIENTES DE
FORMA
SEGURA
Com as estratégias desse
e-book, seu consultório só
tem uma opção: CRESCER

* Se você gostar desse material, divulgue


para seus amigos médicos. A distribuição
é autorizada pelo autor.
“Desde que publiquei o livro Clínicas Digitais, tenho recebido
quase que diariamente perguntas e dúvidas de colegas médicos
sobre as melhores práticas para crescimento da base de
Dr. Raphael Trotta pacientes de seus consultórios.

Muitos já entenderam que existem várias estratégias que podem


Autor se somar aos caminhos tradicionais. Atender bem o paciente, ser
um excelente profissional e despender cuidado e carinho na
relação médico-paciente é algo básico. Indo um pouco além do
trivial, o universo digital criou outras possibilidades que podem
• Médico Oftalmologista pela potencializar a velocidade com que um médico atinge o patamar
UFMG que pode ser considerado como de sucesso profissional.

• Autor do livro Clínicas Digitais E sejamos claros sobre isso. O que chamo de SUCESSO é aquilo
(conheça aqui), número 1 da loja
Amazon Brasileira em seu que todos nós, médicos, almejamos: pacientes que nos
lançamento e já com mais de reconhecem e que recomendam nosso serviço, faturamento alto
10.000 cópias distribuídas e folga orçamentária, tempo livre para a família, amigos e lazer,
menos preocupação com burocracias administrativas, segurança
• CEO do iMedicina, uma profissional e de carreira, tranquilidade para investir na
plataforma que auxilia
consultórios a crescerem o capacitação técnica e no crescimento intelectual. E, por fazer um
alcance e aumentarem a excelente trabalho, o reconhecimento também pelos nossos
visibilidade pares.

As principais dúvidas que recebo sobre a atuação no universo


digital costumam ser referentes aos canais de atração de
pacientes. No entanto, o ouro não está na simples decisão de
escolher uma rede social ou outra, de investir na plataforma X ou
em Y. Aliás, tudo isso é bobagem. O verdadeiro ouro está no
entendimento da estratégia.
Existe muito conteúdo espalhado por aí, com dados soltos Fazer o diagnóstico de uma ICC é algo complexo para um
e informações imprecisas, que acabam fazendo com que aluno de quinto período, mas trivial para um cardiologista
vários colegas médicos criem um mapa mental experiente. O mesmo acontece com essas estratégias:
simplificado sobre um assunto que é naturalmente enquanto você não dominar o entendimento do
complexo. universo digital, você fará um enorme esforço para
utilizar e entender cada uma das suas ferramentas.
Ferramentas são meras commodities no universo digital. Com um pouco de estruturação mental do pensamento,
Muitos profissionais de saúde que começam a aprofundar esse esforço cairá para próximo do zero. Esse é o objetivo
no tema acabam criando um conceito de que ser digital é desse e-book.
estar presente em uma rede social, ter um perfil no
Instagram e postar “fotos de elevador” uma vez por Nesse material vou te apresentar um método que uso em
semana. Outros acham que é preciso ter um site, fazer consultorias, cursos e palestras que ministro sobre o
anúncios, falar sobre seus serviços. assunto. É um método óbvio, com bastante fundamento,
que simplifica e resume as melhores estratégias de
Penso nisso como no uso de um estetoscópio: coloque a crescimento digital para profissionais de saúde. Tudo isso
ferramenta nas mãos de um aluno do quinto período, e o com embasamento prático e sustentado pelos resultados
som que se escuta não significa muita coisa. Coloque a de mais de 2000 consultórios que aplicam esse exato
mesma ferramenta nas mãos de um cardiologista método de crescimento, com o iMedicina.
experiente e o mesmo som passa a ter um significado
completamente diferente. Tentei resumir conceitos importantes e tenho certeza que
deixei alguns pontos descobertos. Te recomendo acessar
O que diferencia um do outro é o conhecimento, a prática o Blog do iMedicina para aprofundar nos assuntos do seu
e as estratégias mentais para lidar com a informação. interesse.

O mesmo funciona no digital: com uma boa solidez Vamos lá?”


mental sobre as estratégias digitais de crescimento para o
seu consultório, cada ferramenta passará a compor um * Se você gostar desse material, divulgue para seus
arsenal terapêutico que poderá ser usado de forma amigos médicos. A distribuição é autorizada pelo autor.
inteligente e direcionada, com menos esforço e mais Basta encaminhar o arquivo PDF nos seus grupos de
tranquilidade. Whatsapp!
Metodologia
Premissas
As seguintes premissas são fundamentais para que você
entenda tudo o que se segue nesse material:

1. Se não existe demanda offline, ela também não existe


online;

2. Se você tem dificuldades offline de se posicionar,


também terá online;

3. Se um paciente não sabe que tem um problema,


aquilo não é prioridade para ele;

4. Se um paciente que tem um problema não te


conhece, você não será uma opção para ele;

5. Se os seus pacientes não te recomendam e não


fazem boca a boca, você sempre terá alta
dependência do crescimento inorgânico.

Vou explicar esses pontos e depois já vamos direto para o


assunto.
1. Mercado
permite? O nível de educação da população sobre o
assunto é bom? Elas sabem que precisam de ajuda? Sua
diferenciação local te fará atingir esses números? E
quando atingir… o que precisará para manter?
Se você atua em um mercado que limita o seu
crescimento, você crescerá dentro do limite do Esse tipo de análise faz o profissional pensar de forma
tamanho do seu mercado. Parece óbvio, mas muitos mais estruturada e a não minimizar os desafios.
esquecem desse fator “conteúdo-continente”.
Aqui, existem duas possíveis conclusões: seu consultório
A análise menos recomendada a se fazer é: “atuo em uma ideal pode ser criado no mercado em que você está
cidade com X habitantes, a prevalência de problemas da inserido ou não. Se a resposta é não, avalie mudar de
minha especialidade é de Y%. Logo, existem cerca de W mercado ou redimensionar o sonho.
pacientes com problemas. Desses, se eu tiver 30%, fico
com o consultório cheio”.
2. Diferenciação
Essa é uma análise que chamamos de Top-Bottom.
Começa lá em cima (mercado) e desce até você. É uma
forma que não recomendo pois ela geralmente tende a Pense em uma cidade com 100.000 habitantes, com 20
maximizar o número final e te dar uma sensação de que oftalmologistas. Todos com a mesma idade, mesma
será mais simples do que parece. experiência, mesma formação acadêmica. Todos de fora
da cidade, que chegaram na mesma época. Todos com
A análise que costuma funcionar melhor é a inversa: seus respectivos consultórios. Todos com o mesmo preço,
Bottom-Up. todos no mesmo prédio, todos com a mesma
infraestrutura. Todos cordiais e educados. Todos bem
Responda: quantos pacientes você precisa para ter o recomendados. Qual é a probabilidade de um deles se
consultório que sempre sonhou? Qual o valor por destacar?
paciente? Uma vez que você tem esses números em
mente, avalie o mercado em que você está inserido: essas Colocando dessa forma, fica fácil enxergar que quando
pessoas existem? Você consegue enxergar um caminho não há diferenciação, há aleatoriedade na distribuição
claro para chegar até elas? O nível de competição dos resultados.
A diferenciação é um dos fatores que faz um profissional estratégicas, invista em ser ainda melhor, consolide.
ter um desempenho DIFERENTE do outro. Coloquei em Mantenha-se no topo. Não pare de se atualizar e não pare
caixa alta, pois diferente significa “não igual”. Não de monitorar os passos dos concorrentes.
necessariamente significa “melhor" ou “pior". Posso ter
dois oftalmologistas com resultados financeiros similares, Se você é fraco em algo que é uma oportunidade no seu
mas com públicos, preços, atendimentos e qualidades mercado, avalie fortalecer esse ponto, pois pode te dar o
diferentes. retorno que você busca.

A questão aqui é avaliar o seu nível de diferenciação no Se você é fraco em algo que é uma ameaça, crie um
seu mercado. Mapeie seus pontos fortes e fracos. E não plano para que isso não seja um problema relevante para
seja ingênuo: se um concorrente consegue resultados você. Não fique para trás. Invista em se manter atualizado
melhores do que o seu, ele possui alguns pontos que no assunto e em acabar com suas deficiências.
certamente são mais fortes do que os seus. Faça uma
Uma vez que você fizer esse exercício, você terá uma
análise “desarmada” do seu cenário e veja como melhorar
visão mais clara do que faz o seu paciente chegar até
seus pontos fracos e como melhorar ainda mais seus
você. Se você não encontrar muitas forças que atuam
pontos fortes.
em oportunidades, é um sinal de que você deve
Quando você fizer isso, é a hora de avaliar os seus continuar em busca de sua diferenciação.
concorrentes. Quais ameaças você tem? Quais
oportunidades você enxerga?
3. Educação e
De forma bem resumida (e beirando o limite da falácia da
simplificação conceitual), pense assim: ameaça existe audiência
quando seus concorrentes são bons naquilo e isso pode
te prejudicar; oportunidade existe quando seus
Suponhamos que você seja o único endocrinologista em
concorrentes não são bons naquilo e isso pode te ajudar.
uma cidade com 100.000 habitantes, todos diabéticos.
Se você é forte em algo que é oportunidade no seu Mas eles são diabéticos diferentes. São diabéticos que
mercado, invista mais e seja o líder. Se você é forte em nunca foram ao médico e que convivem com os sintomas
algo que é uma ameaça no seu mercado, faça alianças da diabetes como se fossem situações normais da vida.
Consegue enxergar que não adiantaria simplesmente A melhor forma de fazer com que essas pessoas se
abrir seu consultório e divulgar que você é especialista interessem pelo que você diz não é tentar convencê-las a
naquele assunto para que seu consultório ficasse cheio? marcar uma consulta para que você explique
pessoalmente sobre o tema. A melhor forma é levar
O problema que acontece aqui é a falta de educação do informação.
seu público-alvo sobre o assunto em questão. Se seu
público passar a entender que aqueles sintomas E, agora, o conceito de ouro: informação focada no nível
representam um problema e se interessam nos benefícios de educação do seu público-alvo.
de resolvê-lo, você terá um aumento natural da sua
demanda. Se as pessoas não sabem o que é diabetes, não adianta
falar sobre as novas tecnologias para tratamento do
Portanto, o nível de educação do seu público-alvo sobre o diabetes. Lembre-se: diabetes é algo banal para você que
assunto é algo que influencia o seu resultado, sem é médico. Não é algo tão simples assim para um paciente
sombra de dúvidas. que escuta essa palavra uma vez ou outra na vida.

Em várias especialidades, o trabalho de publicidade em Se quiser mais retorno, cative seus pacientes e informe.
torno de determinados problemas de saúde que é feito Crie uma audiência que te escuta e que te tem como
por conselhos, associações, planos de saúde e outros referência quando o assunto é aquele que te interessa. E
stakeholders interessados no desfecho daquelas faça isso com informação para todos os níveis de
situações contribuem para uma maior consciência da entendimento do seu público-alvo: desde informações
população. mais simples até aquelas mais complexas.

Em tantas outras especialidades, esse trabalho inexiste. Mas não pense que estou falando para você educar
apenas o básico, sempre. Se o seu público-alvo é uma
A única questão que levanto, aqui, é que uma estratégia população letrada, com alto nível intelectual e social, é
digital eficiente deve respeitar o fato de que, em possível que a informação mais básica que eles buscam
determinado momento, nem todas as pessoas já seja bem mais elaborada do que no meu exemplo
entendem bem o que você fala, mesmo que sejam seu anterior. Portanto, entenda seu público-alvo e direcione
público-alvo. sua comunicação para ele.
Pirâmide de Chet Holmes Entendendo essa simples questão de momento, fica mais
claro o motivo pelo qual a forma Top-Bottom de avaliação
Aqui, aproveito para fazer um pequeno adendo. Veja a do tamanho do mercado costuma dar resultados mais
pirâmide abaixo. Ela é conhecida como “pirâmide de otimistas do que encontramos na prática: apesar de toda
momento de mercado”. Segundo Chet Holmes, se aquela população ter diabetes e precisar resolver o
avaliarmos pontualmente um mercado qualquer sobre o problema, nem todos estão no momento ideal de
consumo de um determinado produto ou serviço, as avaliação daquela questão.
pessoas estariam
Como somos profissionais
distribuídas de acordo com
de saúde e nosso dia a dia
as faixas representadas ao
é resolver esse problema,
lado. Vou citar o exemplo
muitas vezes não
de um oftalmologista.
conseguimos entender
Se avaliarmos toda uma como aquele tipo de
população alvo que problema pode não ser
consome serviços uma prioridade para
oftalmológicos, 3% dela alguém, em determinado
estaria, naquele exato momento.
momento, consciente de
Mas sejamos francos…
que tem um problema a
pense em você mesmo,
resolver e estaria
como exemplo. Você, como
buscando profissionais ou
profissional de saúde que é,
serviços para resolver aquilo. Para essas pessoas,
sabe exatamente quais exames e rotinas de check-up
resolver esse problema seria uma prioridade de
você deveria fazer. Você faz? Você está em dia? Nem
momento.
sempre isso é uma verdade, concorda?
7% estaria disposto a ouvir sobre aquilo. 30% não estaria
Por isso a educação e criação de audiência é importante:
pensando, 30% acreditaria não estar interessado e 30%
muitas pessoas não estão prontas AGORA para consumo.
teria certeza que não estaria interessada no assunto.
4. Tomada de
em busca de respostas para seus problemas, compara
comentários sobre os vários serviços e, só então, toma

decisão
uma decisão.

E, mesmo depois dessa decisão inicial, mais de 50% dos


pacientes retorna à internet nos dias seguintes de uma
Se nem todos estão no momento ideal de tomada de primeira consulta para validar o que foi dito pelo
decisão, é importante falarmos um pouco sobre isso. O profissional em questão. Todos esses dados foram
caminho pelo qual um paciente passa entre ter um retirados de estudos de comportamento digital de
problema de saúde e escolher um profissional para o pacientes (algumas referências estão aqui).
tratamento não é tão linear quanto parece.
O que quero dizer aqui é bem simples: ter uma presença
Estudos mostram que pacientes recorrem a diversos sólida em toda essa jornada do paciente é fundamental
canais nesse processo e tomam a decisão com base em para que seu consultório consiga melhores resultados. Se
inúmeros pontos, não apenas em um deles. O dado que você é uma opção visível em todos os passos dessa
mais gosto e que ilustra melhor essa questão é o jornada, é óbvio que você terá mais resultados se
seguinte: menos de 20% dos pacientes que vão a um compararmos com um cenário em que você não
profissional por indicação de um colega acabam se aparece nesse processo. É matemático.
fixando naquele profissional. Esse dado foi retirado de
A base do marketing é essa: quem é MAIS visto, é MAIS
uma pesquisa que conduzimos em 2018, com quase
lembrado (nota: alguns dos grandes estudiosos sobre o
10.000 pacientes. Ou seja: nem mesmo naqueles casos
assunto quase teriam um infarto ao ler uma frase que
em que a maior referência no assunto (um médico) indica
simplifica algo tão complexo de uma forma tão boba -
um profissional, o paciente se fixa de forma automática
mas ainda assim opto por mantê-la aí, dessa forma).
pela simples indicação.
E continuo: quem NÃO é visto NÃO é lembrado.
Nesse percurso, ele recorre à internet (mais de 80% dos
pacientes recorre), pergunta para amigos e familiares, Não adianta ter muitas recomendações de pacientes, se o
busca por alternativas em redes sociais, lê blogs e sites paciente começa a pesquisar e não encontra
de clínicas e consultórios, vai ao Google inúmeras vezes absolutamente nada sobre você.
5. Fundamento do
pacientes é inferior à taxa de perda de pacientes, seu
consultório encolhe, a não ser que você invista em outros

Crescimento
canais (o que chamo de inorgânico)

Se sua taxa de indicação é superior à de perda, seu


consultório cresce de forma orgânica (sem precisar
Agora quero te mostrar como é óbvio que apenas fazer investir em outros canais que custam tempo e dinheiro).
marketing não vai resolver o seu problema.
Isso posto, parece um absurdo não medir esses dois
Pense que você já tem um consultório lotado. números, concorda? Ainda assim 99% dos consultórios
Suponhamos: 1000 pacientes. Esses pacientes, no não se interessam para esses indicadores.
entanto, têm uma característica em comum: não falam
A taxa mais complexa de ser medida é a de perda, uma
sobre os seus serviços em hipótese alguma.
vez que cada paciente tem uma data ideal de retorno
Você é excelente. Altamente capacitado. Tem o melhor (alguns, de 3 em 3 meses. Outros, de 12 em 12. Outros
relacionamento com o paciente que já existiu. Você é tão nunca precisam retornar).
bom, mas tão bom, que seus pacientes não deixam o seu
Vamos agora analisar 2 exemplos.
consultório para buscar outros profissionais. Os anos vão
passando e alguns pacientes vão morrendo. Outros a) Cirurgião plástico que trabalha apenas com prótese
mudam de cidade. E sua base de pacientes começa a mamária
reduzir, apesar de seu excelente nível técnico.
Esse paciente vai e volta algumas vezes, mas depois tem
Para manter seu consultório cheio, se seus pacientes não alta. E o ciclo começa de novo. Se as indicações são altas,
te recomendam, você precisa de canais de aquisição cria-se um fluxo contínuo de pacientes. No entanto, pela
estruturados: ou indicação de colegas, ou marketing, ou nossa experiência, as indicações não costumam ser em
qualquer outra coisa que você pense. Fato é: sem esses volume suficiente para manter o número de pacientes
canais, seu consultório encolhe. ideal no consultório, em grandes cidades. Talvez por isso
vemos tantos plásticos já investindo em marketing.
Simples, não é? Mas vamos na essência do problema: se
sua taxa de novos pacientes advindos de indicação de
b) Clínico geral que trabalha com controle de doenças Você pode escolher dar palestras. Pode buscar uma
crônicas assessoria de imprensa. Pode estreitar seus laços com
colegas que te indicam pacientes. Pode se inserir em
Esse paciente vai e fica. Costuma trazer familiares e meios sociais que aumentam sua visibilidade naquele
parentes. O paciente mantém um controle de longo prazo público. Enfim… chame como quiser, mas tudo isso é
e tende a se fidelizar. As indicações, mesmo não sendo marketing.
tão altas assim, costumam ser superiores à taxa de perda.
Isso faz com que a maioria não precise investir em Você pode, também, optar por uma forma mais prática de
divulgação inorgânica. impactar mais pacientes. Pode optar por uma forma de
alto alcance, baixo custo e alta efetividade, que já faz
O ponto que quero levantar aqui é bem simples: a taxa de parte da rotina da maioria dos brasileiros. Você pode
perda não depende apenas de você e da sua qualidade. simplesmente aceitar o digital como uma opção para te
Vários fatores influenciam essa taxa. Se sua taxa de perda ajudar a resolver esse problema. Essa é a minha
é alta, existem componentes que você controla e existem recomendação para todos os colegas, afinal, o digital é o
componentes que você não controla. futuro.

Uma vez que você otimiza o que está no seu controle


(qualidade, atendimento, recepção, etc, etc), se a taxa Conclusão
ainda não é satisfatória, não brigue com a matemática:
Com essas premissas em mente, passamos para um
você precisa de estruturar canais de aquisição de segundo passo: precisamos entender o que muda com o
pacientes adicionais aos atuais. digital e como ele impacta a rotina e o dia a dia dos
Veja que não estou falando que você precisa fazer pacientes.
marketing digital ou ter uma rede social. Estou dizendo
que você, como administrador do seu consultório, passa a
ter a obrigação de criar novas formas inorgânicas (que
independem de indicações) para que pacientes cheguem
até você.
Comportamento
do paciente
A existência de um mundo digital mudou a forma como as
pessoas vivem, consomem serviços e se relacionam.

Hoje, você não liga para uma cooperativa de taxi para


pedir um carro. Você não liga para um restaurante para
pedir comida. Você não vai a uma loja para conhecer um
equipamento eletrônico. Você não vai a uma
concessionária de automóveis para descobrir quais são as
opções que eles oferecem.

Da mesma forma, pacientes não vão ao médico de


forma imediata assim que descobrem um sintoma.
Pacientes não ligam para o consultório do primeiro
médico que recebem como indicação. Pacientes não
fazem um procedimento com um médico simplesmente
porque aquele profissional foi indicado.

O comportamento do paciente, no pré e no pós-


consulta, mudou. O mundo online está aí para todos eles.
E não se engane: pacientes usam a internet o tempo
inteiro para auxiliar no processo de decisão. Quer ver
alguns dados?
Segundo o estudo “The Digital Journey to Wellness”, de Um segundo estudo, também liderado pelo Google (mas
2012, 77% dos entrevistados usavam a internet antes do com bastante transparência e com auditoria externa,
agendamento de uma consulta. Veja que os motores de garantindo a qualidade dos dados), de 2006, traz alguns
busca (Google e similares) se destacavam em conjunto outros dados de alerta: 100% dos 603 entrevistados
com sites de hospitais e sites de saúde para busca de responderam que pesquisaram informações online sobre
informações de saúde, de forma mais relevante do que saúde nos 3 meses anteriores. 6.5 horas é o tempo que
aqueles que iam direto ao consultório do médico. passavam em média online por dia.

Esses dados são consistentes com outros estudos


Veja: temos 77% que vai ao Google contra 34% que
similares e mostram uma grande tendência,
busca indicações entre amigos e familiares.
especialmente nas novas gerações. Se você é geriatra,
Note também, no gráfico, como os meios Offline ficaram ainda terá um tempo um pouco maior para se adaptar
para trás quando o assunto é informação em saúde. Além (mas as mudanças vão chegar também). Caso contrário, a
de caros, esses meios são muito menos eficientes. mudança já aconteceu e você apenas não percebeu.
Veja as 5 principais conclusões do estudo em questão: penetração da internet, nesse público da pesquisa, foi de
99%.

Muitos pensam que o processo de decisão do paciente é


linear e não é influenciável, mas desde 2006 já existiam
bons estudos mostrando caminhos através dos quais os
profissionais de saúde poderiam se beneficiar de algumas
ferramentas digitais.

O que aconteceu de lá pra cá? Hospitais, planos de


saúde e grandes empresas largaram na frente dos
médicos. Hoje, começamos a ver alguns profissionais
entrando nesse cenário e criando verdadeiras máquinas
digitais que conseguem brigar com gigantes.

Esse mesmo estudo trouxe dados bem relevantes sobre o


uso dos diferentes canais pelos pacientes. Note que a
Um outro dado que também faz muito sentido, apenas 9% dos entrevistados relatou automedicação
especialmente depois que falamos sobre “momento de como resultado dessas pesquisas online (é um número
compra” e sobre a necessidade de educação dos alto, sim, mas a enorme maioria não usa para esse fim).
pacientes, é este: as principais atividades que os
pacientes fazem na internet, quando o assunto é saúde, Outro ponto importante é sobre a capacidade das marcas
é ler artigos e relatórios médicos, seguido por leitura se posicionarem nessa jornada de busca de informação
em blogs sobre condições de saúde. pelo paciente.

Apenas 7% dos entrevistados disseram não clicar em


anúncios online.

Se 93% clica e recebe o impacto de um médico ou


hospital nesse caminho, a decisão pode ser influenciada
por eles. E é lembre-se: os profissionais mais vistos ao
longo da jornada são os mais lembrados.

Esses dados são altamente consistentes com os dados de


estudos mais atuais.

Muitos médicos pensam os pacientes vão usar as


informações online para se automedicarem ou tomarem
decisões erradas sobre suas condições de saúde. Mas
Existem mais estudos que sustentam as mesmas
conclusões. Aqui estão alguns trechos.
Conclusão: o caminho não é
linear
Muitos pensam que o caminho que um paciente percorre
entre descobrir que tem um problema e de fato buscar a
solução para aquela situação é algo linear. Não é.

Essa jornada passa por vários canais, online e offline,


inclui opinião de amigos e familiares, notícias, artigos
da internet, redes sociais de médicos bons e também
de médicos ruins.

O caminho é cada vez mais tortuoso. Para o seu


consultório, entender isso é fundamental: se o caminho
não é linear, não dá para negligenciar as ferramentas
usadas por esses pacientes como possíveis canais para
a sua marca.

Portanto, quando médicos começam a se confundir com


perguntas como “qual rede social é a melhor?” ou “vale
mais à pena investir nisso ou naquilo?”, minha resposta é
uma só: o que interessa é ter a sua mensagem
chegando para os vários pacientes que estão no mundo
digital. Como esses pacientes estão em todos os canais
(nas redes sociais quando estão em lazer, no Google
quando estão buscando ativamente, nos sites quando
estão buscando informações mais detalhadas), não
podemos negligenciar nenhum deles. O que interessa é
acompanhar a jornada do paciente com o seu marketing.
SE O
COMPORTAMENTO
DO PACIENTE
MUDOU…
A SUA
RESPOSTA
FRENTE A ISSO
DEVE MUDAR
TAMBÉM.

Se agora o paciente busca


informações online, é lá que
as marcas vão fornecer
essas informações, com o
intuito de captar o interesse
dos pacientes e acabar
gerando mais resultados.
O nome disso
é marketing.
O significado de marketing é:

Estratégia empresarial de otimização de lucros por


meio da adequação da produção e oferta de
mercadorias ou serviços às necessidades e
preferências dos consumidores, recorrendo a
pesquisas de mercado, design, campanhas
publicitárias, atendimento, etc.

Quando falamos sobre levar mensagens para os


pacientes na jornada que ele percorre entre não conhecer
um médico e se tornar um paciente fiel, estamos falando
de marketing. Marketing não é sobre você. Não é sobre o
seu consultório. Marketing é sobre levar informações
úteis para os seus pacientes. É sobre levar informações
relevantes que vão auxiliar seus pacientes a entenderem
melhor o que passam e as melhores alternativas que eles
possuem para resolver esses problemas.

Muitos profissionais de saúde acham que marketing é


algo abominável e que não precisam disso. Vou te mostrar
o grave erro que existe por trás desse pensamento.
Voltamos para nossa pirâmide de momento de compra. NAQUELE MOMENTO, você já perdeu a oportunidade de
Se nós, como bons médicos que somos, negligenciarmos ter impacto na jornada de decisão desse paciente.
a mudança de comportamento do paciente, significa
dizer que estamos optando por impactar apenas 10% de Os 30% de base são os que consideramos imunes ao
todo o universo possível de pacientes que possuem marketing, afinal, nem mesmo com os avisos e com a
aquele problema. Quando não estamos presentes nos educação adequada mudariam de opinião sobre o
canais em que os pacientes buscam por informação de tratamento daquela condição.
saúde, somos uma opção
Em outras palavras (e para
de serviço apenas para
resumir), podemos dizer
aqueles que estão
que médicos que não usam
comprando agora (3%) e
estratégias de comunicação
para aqueles dispostos a
ao longo da jornada do
ouvir (7%), que poderiam,
paciente possuem um
em algum momento,
limite de impacto de 10%
perguntar para amigos e
dos pacientes que possuem
familiares sobre nossos
problemas naquela
serviços.
especialidade.
Os demais pacientes (os
Os médicos que usam
que não estão pensando e
estratégias aumentam o
acreditam não estar
alcance potencial em 7x,
pensando) jamais seriam
uma vez que passam a ser
impactados pelo nosso nome.
uma possível opção a ser considerada (mesmo que
Se essas pessoas encontrarem uma comunicação que futuramente) para 70% da pirâmide (os que não pensam e
faça sentido para elas, sobre assuntos da sua os que acreditam não estarem interessados).
especialidade, e isso seja suficiente para fazer com que o
O grande desafio, aqui, é usar a comunicação para gerar
pensamento volte para a resolução daquele assunto,
esse interesse. E para isso precisamos de um marketing
mais inteligente do que o que vemos por aí.
Evolução do marketing, segundo Philip Kotler

Philip Kotler é considerado o pai do marketing moderno. De forma muito resumida, o quadro acima elenca as
Escreveu diversos livros que sustentam os fundamentos principais características que tivemos na evolução do
do que hoje entendemos como marketing. Um de seus marketing, ao longo das décadas.
últimos livros, chamado “Marketing 4.0”, é fundamental
para quem quer compreender de forma mais ampla as O Marketing 1.0 foi a primeira tentativa das empresas em
mudanças que estamos vivendo no mundo digital. aumentar a venda de seus produtos e serviços. Por
característica, era o marketing que falava de produto.
No Marketing 1.0, o que interessava era apresentar os Pense: se um indivíduo quer fazer uma cirurgia plástica
benefícios de determinado produto ou serviço e esperar estética, é possível que comece, sim, pedindo indicações
que com isso os consumidores começassem a chegar. para amigos e familiares. Depois, começa a pesquisar
profissionais e o assunto em si. É possível que se conecte
Na segunda fase, conhecido como “Marketing do público- com alguns médicos em suas redes sociais e até faça
alvo”, as empresas começaram a diferenciar suas comentários e perguntas em mensagens diretas, online.
mensagens para públicos diferentes, entendendo que as
pessoas não são iguais. Agora responda: é mais provável que essa pessoa agende
com um profissional que deu abertura, participou do
Na terceira fase, ficou conhecido como “Marketing para o processo de entendimento do problema pelo paciente,
ser humano”, lembrando que as marcas passam a que respondeu as perguntas… ou com outro profissional
enxergar os valores por trás de seus produtos e passam a qualquer, mesmo que seja até melhor tecnicamente?
ter mais responsabilidade social.
Algumas áreas estão evoluindo mais rapidamente para a
No Marketing 4.0, segundo Kotler, a grande mudança é a necessidade de estratégias de marketing e comunicação
existência do digital, que agora muda a relação entre do que outras. De modo geral, as áreas que possuem
empresas e consumidores, pois agora a comunicação mais perdas de clientes, como vimos antes, precisam de
passa a ser híbrida (a marca fala com o consumidor, que mais reposição. Por esse motivo, acabam sendo as
responde à marca), colaborativa (você é o que você fala primeiras a se atentarem para o assunto. Mas o
sobre você e o que as pessoas falam sobre você), digital comportamento do paciente já mudou para todas elas.
e mais social.
Se em algumas áreas já não é possível mais “viver sem
No Marketing 4.0, as marcas precisam entender que não marketing”, em outras, ainda existem gigantes
há mais espaço para uma comunicação Top-Down, entre oportunidades que estão se abrindo para todos, mas
marca e consumidores. As pessoas querem discutir, apenas poucos profissionais aproveitam e surfam na onda.
querem entender, querem perguntar e querem se
conectar com as marcas antes mesmo de se tornarem Hoje, as pessoas que agendam consultas passam pelo
clientes, afinal, os canais agora permitem esse caminho. digital. E existe um caminho natural que elas percorrem
até chegarem em uma decisão. Vamos falar sobre ele.
O caminho
A JORNADA DO
PACIENTE NO
UNIVERSO
DIGITAL

Para chegar ao ponto de


consumo de um serviço ou
produto, as pessoas
evoluem ao longo de um
caminho que pode ser bem
definido em fases, segundo
Kotler. O nome desse
caminho é a jornada de
compra, que no nosso caso
pode ser chamada de
jornada do paciente.
A jornada do
preocupante, porque um amigo falou sobre um
diagnóstico que teve… enfim. Algum gatilho existiu para
que alguém preste atenção naquele problema.

paciente
Geralmente, os gatilhos são externos e sofrem influência
de diversos fatores, como esses que citei.

Uma vez que a atenção do


paciente está naquele sintoma,
Um paciente precisa passar
começa uma segunda etapa
por 5 fases para sair do estágio
no processo, que é a
“não conheço um profissional”
assimilação daquele
até chegar ao estágio que nós
problema. O paciente entra em
queremos, que é o
uma fase de busca de
“recomendo esse profissional
informações.
para meus amigos e
familiares”. Pode ser que ele pergunte
para algum amigo o que ele
Veja como é óbvio.
acha que aquilo pode ser,
Um paciente não vai buscar pode ser que ele recorra à
informações sobre um internet, pode ser que ele
profissional de saúde sem continue assistindo à
antes ter a sua atenção reportagem ou lendo a matéria
chamada para um problema que chamou a atenção dele
que gostaria de resolver. para o assunto. Geralmente
essa etapa está dependente
A atenção dele pode ser da influência de outras
chamada porque começou a pessoas. Pense: dependendo da resposta que o amigo dá,
notar uma alteração, começou a ter um sintoma diferente, ele pode tomar uma ou outra decisão.
porque viu uma reportagem sobre um assunto
Depois que esse paciente entende mais profundamente contato pelo Whatsapp, número do consultório disponível
sobre o problema que possui, ele passa para a terceira em todas as plataformas, agendamento por e-mail e
etapa do processo de decisão, que consiste em tirar suas outras ferramentas podem ajudar muito a evitar a perda.
dúvidas sobre as alternativas que possui e começar a Aqui, o paciente já se decidiu em buscar tratamento.
buscar por respostas mais individuais para aquele
problema em questão. Aqui, ele pode deixar comentários Quando ele vai até a clínica, começa a ter uma
ou perguntas diretas em experiência com o serviço.
páginas de profissionais, pode Nesse ponto, ele compara
também ligar para as clínicas tudo o que vê e o que sente
em busca de informações que com as promessas que foram
não encontrou em outras feitas na etapa anterior. Se
plataformas e ferramentas. tudo está bem alinhado e a
experiência é boa, ele pode
As respostas também estão sair dali fazendo apologia e
em terceiros e elas podem indicando a clínica para seus
moldar a decisão final que ele amigos e familiares. Se a
terá. Pense: se uma secretária experiência não é boa, ou é
responde algo que dá mais inconsistente com as
dúvidas e outra secretária é informações anteriores e as
mais assertiva na passagem de expectativas do cliente, temos
informação, certamente essa uma baixa probabilidade de
última clínica tem uma que ele retorne e indique.
vantagem nesse momento.
Nesse caso, é possível que ele
Uma vez que o paciente tirou entre novamente na jornada
suas dúvidas, ele está pronto de decisão e comece o ciclo
para tomar uma decisão e escolher o serviço em questão. novamente, agora para avaliar outros profissionais e
Nessa etapa de ação, quanto menos fricção, melhor. clínicas que podem ser boas opções para que ele tenha
Agendamento facilitado, fora do horário comercial, uma segunda opinião.
Como influenciar a
jornada de decisão?
Todo paciente, de todas as especialidades e com todo
tipo de problema, passa pela jornada de decisão ao
escolher um profissional. Alguns com mais velocidade,
outros com menos. Alguns online, outros offline. Mas todos
passam. As jornadas podem ter características diferentes,
mas sempre estão lá.

Veja os seguintes exemplos:

• Um paciente com cálculo renal provavelmente tem uma


jornada mais curta, por causa da dor intensa

• Um paciente com catarata tem uma jornada mais longa

• Um paciente com impotência tem uma jornada mais


online (pela necessidade de privacidade)

• Um paciente crônico que está em busca de um novo


profissional pode ter uma jornada mais offline, baseada
em indicações

Naquelas jornadas que sofrem impacto do digital, nós


podemos nos beneficiar de um posicionamento mais
estratégico e direcionado.
Marketing não precisa ser Na cabeça do médico que faz isso, há uma ideia de que o
paciente vai passar pela jornada inteira de decisão por
chato ou burro causa do único contato que teve com essa frase.

Para cada uma das 5 etapas da jornada do paciente, Já na cabeça do paciente que nem sabe que tem
podemos usar ferramentas e estratégias de marketing diabetes, aquela mensagem é algo “para os outros”. Eis
para nos auxiliar nessa tarefa. E aqui vai começar a ficar aqui a receita de uma campanha falha.
claro que uma ferramenta digital não é melhor do que a
outra: elas são diferentes. Mas antes de entrar nesse Esse tipo de marketing, em que usamos de mensagens
detalhamento, quero te mostrar que marketing não ativas que impactam o cliente e chamam o cliente para os
necessariamente precisa ser algo chato, insistente ou nossos serviços, é chamado de Outbound. É o marketing
estúpido. em que a empresa vai até o cliente. É chato, insistente e
até irritante.
Vamos começar com um exercício!
Agora, veja uma possível segunda campanha, para o
Pense em um paciente diabético que ainda não sabe que mesmo paciente: “Existem vários problemas de saúde
é diabético. Ele possui a glicemia elevada, é obeso, que surgem pela obesidade e sedentarismo. Mas 3 deles
hipertenso e sedentário. são os principais responsáveis por 90% dos infartos
fulminantes nesse público. Conheça esses vilões!”
Agora, pense em um endocrinologista que quer impactar
esse paciente. É muito mais provável que o paciente se interesse por
esse tipo de conteúdo do que pelo primeiro. Essa última
O que a maior parte dos colegas faz é desrespeitar a
mensagem fala a língua de 70% da pirâmide de Chet
jornada de decisão do paciente e reclamar dos maus
Holmes, enquanto a primeira fala apenas a de 10%.
resultados de suas campanhas. Consigo me lembrar
rapidamente de vários colegas que publicam em suas Além disso, é muito mais provável que o paciente se
redes sociais campanhas bobas, com dizeres que em interesse pela informação útil e se irrite menos com esse
suas variações se assemelham ao seguinte: “Você é segundo exemplo do que com o primeiro. Esse tipo de
obeso e sedentário? Agende sua consulta! Pode ser marketing é o Inbound.
diabetes!”.
Inbound Marketing consistência. No entanto, ele é bem mais certo e bem
mais lógico: um paciente que te segue nas redes sociais,
Diferentemente do Outbound, no Inbound usamos indica seus conteúdos para os amigos, conversa nos
conteúdo relevante para que o cliente nos encontre. Aqui, comentários dos seus posts, curte suas imagens… esse
o segredo é criar uma audiência fiel e engajada, que vai paciente está bem mais inclinado a te procurar quando
te ter como referência no assunto. Quando essa realmente ele entender que precisa.
audiência tiver algum
Seu marketing pode
problema que você
ser informativo, com
resolve, você será
muito conteúdo útil
lembrado. Quando
(que quase não
essa audiência estiver
parece marketing), e
na fase correta da
ainda assim ser muito
jornada de decisão,
efetivo no longo prazo.
você será lembrado.
O segredo é “vender
Não é porque a pessoa
sem vender”.
é obesa e sedentária que ela está preocupada com isso,
agora. Pode ser que ela esteja passando por uma O exemplo que citei de conteúdo foi usado, no exemplo
dificuldade no trabalho ou por um péssimo momento na do diabético, para chamar a atenção para o problema.
vida conjugal. Esses outros problemas podem ser muito Mas conteúdo útil pode ser usado em todas as fases. Um
mais prioritários para ela resolver, AGORA. endocrinologista pode escrever artigos mais profundos
para pacientes que querem assimilar melhor o problema.
Sempre que as marcas param de respeitar esse momento
Pode também escrever conteúdos que comparam
do cliente e partem para uma estratégia mais agressiva,
tratamentos, para pacientes que estão tirando dúvidas.
correm o risco de perder a confiança do cliente e podem
Pode também escrever sobre como ele faz no consultório
se tornar apenas um “barulho" no meio de tanta
dele, para pacientes que estão escolhendo o profissional.
publicidade chata que vemos por aí.
Pode escrever para pacientes que já se consultaram,
Quando optamos pelo uso do Inbound, temos que tirando dúvidas comuns após a consulta. Inbound pode
entender que o resultado está no longo prazo, na ser usado para toda a jornada do paciente.
As ferramentas
COMO USAR AS
FERRAMENTAS
CERTAS NA
JORNADA DO
PACIENTE
Se conteúdo útil pode ser
usado em toda a jornada,
agora estamos prontos para
começar a entender as
diferentes ferramentas
(canais) que vão ser as
responsáveis por levar o
conteúdo para o público-
alvo.
Ferramentas
diferentes para
etapas diferentes
Voltemos para nosso exercício inicial: o endócrino que quer
impactar um diabético que não sabe que tem diabetes,
mas é obeso e sedentário.

Atenção
Se esse paciente ainda não sabe que tem um problema e o
médico deseja chamar a atenção daquele paciente, adianta
usar o Google?

Pense…

Claro que não, concorda!? Se o paciente não sabe que


tem um problema, ele não vai buscar sobre o problema
que não sabe que tem no Google.

Para essa fase, redes sociais são as ferramentas mais


indicadas.

Mas… Quais redes sociais usar?

Aqui, há uma diferença de público-alvo.


As redes sociais costumam ser usadas por públicos e para “padrão”, recomendaria Facebook e Instagram. E Youtube
fins diferentes. Facebook e Youtube são mais universais, para quem não se importa em gravar vídeos.
Instagram é melhor para públicos mais jovens, Linkedin
para públicos mais profissionais e corporativos. Whatsapp
para todos, sem dúvida. E várias outras vão surgir e
Assimilação
morrer, e vamos precisar nos adaptar. Suponhamos que aquele paciente não tenha se
interessado por aquele assunto, no primeiro contato que
O que vale entender é que redes sociais são como rios: o teve com a postagem. No entanto, depois de 3 meses, um
conteúdo é como a água, que passa pelas timelines de dos posts específicos daquele médico fez sentido para o
todos e vão embora. Se tornam irrelevantes horas paciente em questão. O assunto do post foi: “Você sabe
depois. Frequência e consistência é fundamental. quais exames todo homem com mais de 45 anos deve
Também por essa razão (e também pelo fato de que as fazer?”.
redes sociais morrem de tempos em tempos), não
devemos colocar todos os nossos esforços em E, coincidentemente, naquele mesmo dia aquele paciente
plataformas que não são nossas. Os conteúdos, em nossa tinha visto uma reportagem na TV em que um nutrólogo
visão, sempre devem estar originalmente em sua falou algo sobre fazer exames. Aquela reportagem
estrutura digital (seu site, seu blog). Dali, você publica e lembrou o paciente que há mais de 3 anos ele não faz
faz as chamadas para as suas redes sociais. Dessa forma, qualquer tipo de exame. Aquele post, do Doutor
se uma dessas redes parar de ser usada, você não perde Endócrino que ele já acompanha há um bom tempo, fez
todo o seu trabalho. O que você passará a fazer é todo sentido para ele naquele momento.
começar a replicar o conteúdo do seu site nas outras
Essa informação poderia estar no próprio post. Mas o
redes sociais também.
melhor lugar para ela seria um blog. Ali, há mais espaço
Aliás, é justamente isso que recomendamos por aqui: para explorar o problema. Poderia também ser em
centralize sempre no seu site e replique em todas as formato de vídeo, em um canal no Youtube.
redes que fazem sentido para o seu público-alvo.
Nesse conteúdo, aquele paciente entenderia quais os
Na nossa experiência, uma ou duas redes sociais é mais exames deveria fazer e ele entenderia que o diabetes é
do que suficiente para todos os profissionais de saúde uma das opções que devem ser afastadas.
que vemos por aqui. Se pudesse recomendar algo
Nesse momento, aquilo começa a fazer mais sentido para alta e mesmo assim não apresentasse sintomas. Ele já
ele. Ele então lembra que seu pai era diabético, mas ele entendia o conceito de “problema silencioso”.
percebe que não sabe nada sobre a doença.
Aquilo foi o suficiente para o motivar a buscar ajuda.
Ele começa a buscar mais conteúdos naquele canal ou Nesse momento, ele entende que para avaliar aquele
naquele site. Nesse ponto, começa a ler outros artigos problema, um endócrino é uma opção.
que aprofundam em aspectos diferentes do diabetes. Lê
um primeiro que fala sobre como é feito o diagnóstico. Lê Então, ele vai ao Google e digita algo como
um segundo que fala sobre a ausência de sintomas em “endocrinologista em SP”.
casos iniciais. Lê um terceiro que fala sobre as
A primeira página traz dezenas de resultados. E o primeiro
complicações silenciosas. Lê um quarto que fala sobre as
deles, por coincidência, é o mesmo médico que ele já
opções de tratamento. E ele então se cansa do assunto,
acompanha há meses. Vê 100 estrelinhas e percebe que
como muitos de nós fazemos. Procrastina e deixa para
ele é bem avaliado. Resolve conhecer o site do doutor.
resolver isso depois. O caminho não é linear, lembra?
Lá, encontra todas as informações que precisa, conhece a
Arguição clínica, vê os tratamentos que são oferecidos. Mas fica na
dúvida sobre quais convênios a clínica atende.
Alguns meses depois, ele vê uma postagem em seu
Instagram que chama novamente sua atenção para o Abre outros sites, vê que as clínicas são piores, os sites
problema. Agora, a postagem foi “Como o menos estruturados, com menos informações.
endocrinologista avalia e trata o diabetes?”.
Volta ao primeiro e clica para falar pelo Whatsapp com o
O que ele leu fez sentido e, agora, sua vida já está mais atendente, para saber se seu convênio é atendido.
estável. Nada de brigas no casamento e o trabalho está
em uma fase boa. E ele viu uma reportagem no rádio que Lá, recebe a informação de que o convênio é atendido,
falava sobre os benefícios de fazer uma caminhada, que o mas só viu a resposta da atendente quando saiu do
fez pensar sobre seu momento de vida atual. trabalho, fora do horário comercial. Ele se lembra que o
site do médico tinha opção para agendar pela internet e
Aquela mensagem o fez lembrar que ele estava obeso e, volta até o site novamente. Agenda a consulta para a
agora, ele já sabia era possível que sua glicose estivesse semana seguinte.
Ação com os exames em 30 dias, ok? Se puder me ajudar, deixa
um comentário nas minhas redes sociais sobre o que
No dia da consulta, chega ao consultório para ser achou do atendimento, tudo bem? É só clicar aqui!
atendido. As fotos da clínica eram exatamente iguais ao Abraços e até a próxima!”
que encontrou quando chegou ao local. O fluxo de
A chance é altíssima de que aquele paciente entre nas
recepção foi excelente. A espera, rápida.
redes sociais e avalie positivamente o atendimento,
No atendimento, tem a impressão de que já conhece somando mais uma estrelinha para o perfil online daquele
aquele médico há meses (afinal, já acompanha sua médico.
jornada nas redes sociais). A conversa flui e o paciente
O próximo paciente que buscar por aquele médico
menciona os artigos do próprio médico sobre o assunto e
encontrará um argumento a mais para agendar a consulta
tira mais dúvidas. O médico não precisa “desmentir"
com ele também.
informações falsas que o paciente possuía sobre o
assunto, pois foi ele mesmo que educou o paciente, ao Alguns dias depois, quando já estava praticamente se
longo dos meses, sobre o tema em questão. Tudo flui sem esquecendo de fazer os exames e retornar, recebe um
o “doutor Google” atrapalhando a jornada. segundo e-mail do doutor, falando algo como: “Olá
Fulano, tudo bem? Já conseguiu fazer os exames?! Te
O paciente sai da consulta satisfeito, com orientações de
aguardo lá no consultório, hein? Basta clicar aqui para
mudança de estilo de vida e alguns exames para fazer.
escolher um horário na minha agenda! Abraços!”.
Logo ao sair da clínica, recebe uma pesquisa de
O paciente se encanta e retorna ao consultório. Recebe
satisfação. Elogia, dá nota 10, e comenta sobre o
novamente um excelente atendimento e sai satisfeito,
excelente atendimento recebido.
ainda mais pelo fato de que sua glicemia veio apenas
levemente alterada e o combinado foi apenas uma dieta.
Apologia
Desse dia em diante, sempre que vê uma nova publicação
No dia seguinte, esse paciente recebe um e-mail daquele
interessante do doutor, passa a marcar seus amigos e
médico, dizendo algo como “Oi Fulano, tudo bem?
familiares nas postagens. Recomenda ativamente e
Obrigado pela visita ontem! Gostei muito da nossa
promove esse médico.
conversa! Lembra que estou aguardando o seu retorno
E se sente absolutamente cuidado, uma vez que o Por isso reforço: independente da rede social de sua
médico sempre avisa por e-mail sobre a necessidade de escolha, o foco aqui está em cobrir toda a jornada do
retorno e, pelo menos 1x por mês, manda dicas sobre paciente para evitar pontos de perda.
como manter a dieta e os hábitos saudáveis para
controle da glicemia. Veja um exemplo muito comum que vemos na prática:
médicos que investem muito pesado apenas em redes
Responde os e-mails e se sente cuidado, entre uma sociais.
consulta e outra.
Esses médicos geralmente chamam muita a atenção.
Mesmo quando vê outro endocrinologista falando sobre Possuem vários seguidores. Mas quando os seguidores
diabetes em suas redes sociais, não perde a referência no começam a buscar ativamente pelo assunto, a simples
médico original, pois já o conhece e mantém um mudança de plataforma (quando busca no Google, por
relacionamento com o mesmo, em períodos regulares. exemplo), já dá uma oportunidade grande para outros
profissionais se posicionarem como autoridade.
Aquela relação se consolida e o paciente se torna
realmente fiel àquele profissional. É muito comum esses profissionais reclamarem de
“muitos seguidores, mas pouco resultado”. É o que

Ferramentas
chamamos de efeito da zona cega na estratégia. O
paciente começa a jornada sob sua influência, mas perde
sua referência quando começa a aprofundar no assunto.

Como as etapas de assimilação e arguição costumam ser


Note que falamos um pouco sobre ferramentas, ao longo
mais amplas do que a primeira, acaba perdendo a
da jornada, mas o que mais importa na história toda é o
oportunidade de manter o paciente em sua audiência.
conteúdo.
Fica como o “médico das redes sociais”, enquanto os
Ferramenta é apenas um canal. Uma forma de levar uma outros são os mais “entendidos" e “confiáveis”.
mensagem para um paciente, no momento certo.
O ideal é ter presença sólida em todas as plataformas que
fecham a jornada.
Conclusão para todos, Youtube para quem gosta), um blog para
conteúdos mais densos, um site para tirar dúvidas,
O comportamento do paciente mudou. Hoje, pensar sistema de agendamento online e opções para o
digitalmente é fundamental para criar estratégias que paciente tirar dúvidas. É importante ter ferramentas para
funcionam. gestão do atendimento, monitoramento da qualidade do
atendimento e ferramentas de relacionamento com
Se existe mercado consumidor para os seus serviços e se pacientes, que chamamos de CRM, para automatizar
você tem um bom nível de diferenciação, e se você todo esse processo de pós-consulta (afinal, você não
entende o caminho que o paciente passa até o momento quer perder esse tempo escrevendo e-mail por e-mail
que ele se fideliza no seu consultório, fica fácil começar a para seus pacientes… você quer o resultado disso,
atuar de forma mais estratégica para melhorar os concorda?).
resultados.
Uma vez que os pacientes passam por toda essa jornada,
Investir em Inbound Marketing é fundamental para todos é importante monitorar os dois principais números que
os médicos que querem ser encontrados, sem precisar vão te dar clareza sobre o seu sucesso ou não: sua taxa
ficar correndo atrás dos clientes. de indicação de clientes e sua taxa de perda de
pacientes.
O maior erro que vemos nas estratégias digitais de
consultórios que não vão bem é a ausência de cobertura Para isso, é importante ter planejamento para seus
para todas as etapas da jornada do paciente. pacientes: um paciente deve sempre ter uma data de
retorno prevista ou deve ser marcado como inativo. Se
Não adianta chamar a atenção do paciente nas redes
seus pacientes não retornam na data, devem ser
sociais, mas não estar presente nos canais que ele usa
considerados uma perda. Assim, você sabe se a
para comparar e escolher profissionais.
quantidade de novos pacientes que chegam é maior ou
Para que tudo funcione de forma clara e prática, é preciso menor do que a quantidade daqueles que se perdem.
dividir os esforços em todas essas etapas.
Esse é o fundamento do crescimento.
Os canais ideais para quem está começando incluem:
Espero ter ajudado no processo de entendimento desse
redes sociais de sua preferência (Facebook e Instagram
caminho! Para aprofundar, conheça nosso blog!
Método
iMedicina
O IMEDICINA
POSSUI
FERRAMENTAS
CERTAS PARA
TODAS AS
ETAPAS DA
JORNADA DO
PACIENTE
Entenda como auxiliamos
mais de 2000 médicos com
soluções para todas as
etapas da jornada do
paciente.
CONHEÇA O IMEDICINA

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