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CONSCIENTE INCONSCIENTE

Recebe as excitações vindas do mundo externo e As representações sofrem o efeito do recalque.


também as vindas do interior do aparelho psíquico. Essas representações forçam passagem para a
Essas excitações são organizadas em torno do eixo consciência.
prazer/desprazer.
Regido pelo processo secundário (a energia Regido pelo processo primário (a energia psíquica
começa por estar "ligada" antes de se escoar de escoa-se livremente, passando sem barreira de uma
forma controlada; a satisfação é adiada, permitindo representação para outra segundo os mecanismos
assim experiências mentais que põem à prova os de deslocamento e de condensação).
diferentes caminhos possíveis de satisfação).
Temporal Atemporal (a passagem do tempo não altera as
representações inscritas neste sistema). A ideia de
tempo não pode ser aplicada.

FETICHISMO
Freud distingue duas etapas no processo do fetichismo: 
Primeiro, uma ausência é percebida e simultaneamente recusada (num único  movimento). O sujeito
(ainda criança) percebe que o agente materno não possui o pênis, tal como imaginava que ela tinha (tal
como supunha que todos tinham). Essa percepção produz um conflito e a criança vivencia intensa angústia.
Em virtude disso, ocorre uma clivagem do Eu, isto é, uma divisão do Eu.
Segundo, dá-se a substituição da realidade imaginariamente faltante (a realidade  como ela é) – por
exemplo, o pênis/falo “faltante” na mulher – por outro pedaço da realidade; qualquer objeto da
realidade exterior – esse pedaço da realidade exterior  é aquilo que a teoria chama o fetiche). 
Esse objeto da realidade (compartilhada), que é um deslocamento do objeto imaginado  como necessário, e
não-visto, ou seja, do pênis/falo na mãe e na mulher. O infans afirma a  presença desse objeto
peremptoriamente, de forma irredutível.

Mecanismo psíquico do fetichismo 


Para Freud o fetichismo tem função defensiva [uma espécie  de barramento da angústia de castração].O
fetichismo põe em evidência o mecanismo psíquico da “clivagem do eu”, ou seja, a  própria Renegação. 
Esta consiste na co-existência intrapsíquica de dois componentes psíquicos  inconciliáveis:
Reconhecimento/percepção da ausência imaginária do pênis na  mulher, e simultânea recusa da
realidade desse  reconhecimento/dessa percepção. 
Tudo se passa como se a realidade fosse abordada do seguinte modo: “vi que não é  como eu supunha (o
agente materno ter o pênis, mas..., é como eu supunha (ela tem)”: eis aí o “pedaço faltante”, o objeto
fetiche, fazendo às vezes desse objeto deslocado, e que é percebido como completando  a realidade.

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