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FETICHISMO
Freud distingue duas etapas no processo do fetichismo:
Primeiro, uma ausência é percebida e simultaneamente recusada (num único movimento). O sujeito
(ainda criança) percebe que o agente materno não possui o pênis, tal como imaginava que ela tinha (tal
como supunha que todos tinham). Essa percepção produz um conflito e a criança vivencia intensa angústia.
Em virtude disso, ocorre uma clivagem do Eu, isto é, uma divisão do Eu.
Segundo, dá-se a substituição da realidade imaginariamente faltante (a realidade como ela é) – por
exemplo, o pênis/falo “faltante” na mulher – por outro pedaço da realidade; qualquer objeto da
realidade exterior – esse pedaço da realidade exterior é aquilo que a teoria chama o fetiche).
Esse objeto da realidade (compartilhada), que é um deslocamento do objeto imaginado como necessário, e
não-visto, ou seja, do pênis/falo na mãe e na mulher. O infans afirma a presença desse objeto
peremptoriamente, de forma irredutível.