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Lesão do ligamento cruzado posterior

(LCP) do joelho

Maria L.S, de 24 anos, foi encaminhada a um fisioterapeuta, logo após de sofrer uma lesão do
joelho direito jogando futebol, há 10 dias. A paciente relata que a lesão ocorreu quando ela se
apoiou em sua perna direita e virou para mesma direção, na intenção de fazer um ataque
contra o time adversário. Ela descreve o impacto como uma força direcionada no sentido
posterior e lateral à parte medial da tíbia. Desde o incidente, relatou dor apenas nos primeiros
dias, nega ter ouvido algum estralo no momento da lesão e sente dor apenas ao executar o
movimento de ataque. A paciente relata nenhuma a mínima instabilidade do joelho. A
medicação anti-inflamatória diminuiu a dor e o inchaço. O paciente relata uma história de uma
“rasgadura”na perna esquerda. Sua história de saúde não apresenta nada notável .

FISIOPATOLOGIA

O ligamento cruzado posterior (LCP) é um dos ligamentos menos lesados do joelho. A


compreensão dessa lesão e o desenvolvimento de novos tratamentos para esse ligamento são
mais recentes que o outro ligamento cruzado do joelho, o ligamento cruzado anterior (LCA),
provavelmente porque as lesões do LCP são muito menos comuns do que as do LCA. Esses
ligamentos são faixas de tecido resistente que conectam a extremidades dos ossos, com a
função de aumentar a estabilidade de uma articulação. O LCP está localizado na parte de trás
do joelho. Ele conecta a parte de trás do fêmur (osso da coxa) a parte de trás da tíbia (osso da
perna) atrás do LCA.
O modo mais comum de se lesar o LCP é um trauma direto enquanto o joelho está fletido (dobrado).
Como o LCP controla o quanto a tíbia se desloca para trás em relação ao fêmur, se a tíbia se deslocar
muito ocorre lesão do LCP.
Em alguns casos é lesionado durante acidentes automobilísticos.Isso acontece, normalmente no banco
do passageiro da frente, pois a pessoa durante o impacto atinge o painel com o joelho dobrado, bem
abaixo da patela.

TESTES ORTOPÉDICOS

•Teste de Godfrey

O paciente fica em supino, com quadris


e joelhos fletidos a 90°. O terapeuta vê os joelhos do paciente de lado.

Usando a tuberosidade da tíbia como um ponto de referência, o terapeuta observa os joelhos


do paciente de uma visão lateral.Se o LCP estiver frouxo (ou rompido), a gravidade permite que
a tíbia repouse em uma posição de subluxação posterior, o que pode ser visto como um
envergamento posterior.

•Teste da gaveta posterior

O paciente fica em supino, com os quadris fletidos a 45°, e o joelho envolvido fletido a 90°. O
terapeuta empurra a tíbia proximal no sentido
posterior.

O terapeuta sente o movimento para avaliar a translação posterior do platô tibial.


Lesão grau 1=0-5 mm de translação.
Lesão grau 2 =6-10 mm de translação
. Lesão grau 3 =11 mm ou mais.6

•Teste recurvado em rotação externa


O paciente fica em supino, com as pernas estendidas. O terapeuta levanta o grande artelho do
paciente da base e o compara bilateralmente.
Um teste positivo é definido como um aumento de joelho recurvado, varo ou rotação externa
da tíbia, provavelmente devido à abertura posterolateral da articulação.10
O teste positivo pode detectar a ocorrência de uma lesão tanto de LCA como de LCP.7

•OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA

CURTO PRAZO :
Prezar em diminuir dor e inchaço que ainda se fazem presentes no local da lesão.
Fisioterapia deve começar o quanto antes, no primeiro momento um dos principais objetivos
é diminuir a dor previnir o aparecimento de dor, é permitido colocar uma compressa fria e
deixar durante 15 a 20 minutos no caso de dor ou inchaço

MÉDIO PRAZO:
Ganho de Força Muscular de Posterior e equilíbrio.
Quando a paciente estiver melhor em relação a dor e se permitir ficar em pé sem apoio, deve-
se realizar exercícios que objetivam o fortalecimento muscular e equilíbrio, por exemplo,
agachamentos leves, resistência com faixa elástica ou com a força do próprio fisioterapeuta,
causando um exercício isométricos e andar em linha reta realizando um afundo, . Para o
preparo da deambulação completa sem riscos.

LONGO PRAZO:
Fortalecimento de MMI
No momento em que a paciente estiver com uma melhora de força nos membros inferiores,
toda a força estiver restabelecida, pode dificultar e aumentar a intensidade dos exercícios,
como, colocando ele para fazer agachamento+ passada lateral com uma liga mais forte, uma
corrida como se estivesse em campo, procurando fazer com que ela possa voltar a praticar os
mesmo passos sem causar nenhuma lesão.

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