Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Presente trabalho tem como tema A teologia e Analise Econômica- São Tomas de
Aquino, o trabalho aborda conteúdos sobre o pensamento econômico teológico de são
Tomas de Aquino, informar e documentar aspectos relativos ao pensamento econômico.
Além disso, descreve os principais fatores que influenciam no seu pensamento
econômico.
1
Sumário
Contexto histórico........................................................................................................................3
Biografia São Tomás de Aquino..................................................................................................3
Tomismo......................................................................................................................................4
Pensamento Econômico de Santo Tomás de Aquino....................................................................4
A contribuição de Tomás de Aquino para o processo educativo..................................................7
Como educar o aluno para o conhecimento..................................................................................8
Conclusão...................................................................................................................................11
Bibliografia................................................................................................................................12
2
Contexto histórico
De acordo com o historiador francês Jacques Le Goff, podemos definir o feudalismo
como um sistema de organização econômica, social, política baseado nos vínculos
homem-homem, no qual há uma classe de guerreiros experientes (os senhores) que
subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos de dependência, domina
uma massa de camponeses que explora a terra e lhes oferece condições para viver
(COTRIM, 2008).
Tomismo
Influenciado por Platão e principalmente por Aristóteles, São Tomás de Aquino fundou
uma teoria própria que com o tempo tornou-se um dos principais pensamentos da
filosofia medieval. Conhecido como Tomismo, Tomás de Aquino acreditava em um
Aristotelismo cristão, uma união das teorias de Aristóteles com a pensamento cristão,
era a única fonte de conseguir chegar o mais perto da verdade, ou seja, conhecer Deus.
Sempre optando pela fé do que pela razão, acreditava que a teologia era a ciência
suprema, enquanto a filosofia seria usada apenas de auxílio para compreender a
existência de Deus. Mesmo acreditando em uma só verdade, São Tomás afirmava que
era possível o homem chegar a verdade pela razão, porém se a teologia chegasse em
outra verdade, era certeza que a razão estaria completamente errada.
4
deveriam se submeter às regras, operar de maneira cooperativa e ser coordenadas por
associações ou grêmios.
Deduzia também, divergindo do direito romano, que o direito de propriedade não podia
ser ilimitado, chegando até a justificar o roubo por necessidades básicas de subsistência.
[...] se a necessidade for de tal modo evidente e imperiosa que seja indubitável o dever
de obviá-la com as coisas ao nosso alcance — por exemplo, quando corremos perigo
iminente de morte e não é possível salvarmo-nos de outro modo —, então podemos
licitamente satisfazer à nossa necessidade com as coisas alheias, apoderando-nos delas
manifesta ou ocultamente. [...] Servirmo-nos de uma coisa alheia, tomada às ocultas, em
caso de necessidade extrema, não tem natureza de furto, propriamente falando. Porque
essa necessidade torna nosso aquilo de que nos apoderamos para o sustento da nossa
própria vida.
A atividade comercial era condenada por alguns teólogos da Igreja que remontam ao
século V e exerceram muita influência nos séculos seguintes. “Todo aquele que compra
uma coisa para lucrar, vendendo-a inteira e tal qual a comprou, é um negociante que
será expulso do templo A análise de Santo Tomás estabeleceu algumas mediações nessa
visão tradicional da Igreja. Ele considerava que [...] a negociação, em si mesma
considerada, não visando nenhum fim honesto ou necessário, implica em certa vileza.
Quanto ao lucro, que é o fim do negócio, embora não implique por natureza nada de
honesto ou necessário, também nada implica dede Deus.”
5
vicioso ou de contrário à virtude [...] nada impede um lucro ordenar-se a um fim
necessário ou mesmo honesto. E, desse modo, a negociação se torna lícita. Assim,
quando buscamos, num negócio, um lucro moderado, empregando-o no sustento da casa
ou mesmo ao socorrer os necessitados. Ou ainda quando fazemos um negócio visando a
utilidade pública, para não faltarem à pátria as coisas necessárias à vida; e buscamos o
lucro, não como um fim, mas como paga do trabalho.
O comércio era considerado por ele como algo antinatural, mas inevitável num mundo
imperfeito, e podia ser justificado: a) se os ganhos obtidos pelo comerciante fossem
suficientes para manter sua família e seu lar; e b) se fosse benéfico à comunidade e ao
Estado. Desse ponto de vista, considerava justo o lucro do comércio desde que fosse
uma retribuição ao trabalho do comerciante, e não um fim em si mesmo e fonte de
riqueza e de luxo.
6
e o princípio da justiça. Pensadores vinculados à escolástica, anteriores a Santo Tomás,
desenvolvendo Aristóteles, consideraram que as mercadorias que contivessem
quantidade igual de trabalho e custos poderiam ser trocadas. A doutrina tomista deu um
passo adiante, expondo que a remuneração do comerciante pelo seu trabalho, numa
proporção que garantia a sua subsistência e a da sua família, não violava a justiça,
estabelecendo pela primeira vez que a “troca desigual” não é necessariamente injusta.
A relação entre razão e fé está no centro dos interesses do filósofo. Para ele, embora
esteja subordinada à fé, a razão funciona por si mesma, segundo as próprias leis. Ou
seja, o conhecimento não depende da fé nem da presença de uma verdade divina no
interior do indivíduo, não é um instrumento pra se aproximar de Deus.
Tomás de Aquino é uma figura simbólica do seu tempo na medida em que representou
como ninguém a tensão entre a tradição cristã medieval e a cultura que se formava no
interior de uma nova sociedade.
Uma das características dessa fase histórica foi o nascimento das universidades, que se
tornaram o centro das discussões teológicofilosóficas; o ensino nessas instituições se
assentava na divisão de disciplinas entre o Trívio e o Quadrívio, sistema que remonta à
Antiguidade Clássica.
7
pedagogia jesuítica, a partir do século XVI. No período em que o filósofo viveu, a
religião seguia sendo a principal fonte de instrução, como em toda a Idade Média.
Sobreviviam as escolas monásticas em mosteiros afastados das cidades; essas escolas
inicialmente visavam a formação de monges, mas depois também a formação de leigos
das classes proprietárias.
8
educacional, e o professor deve ser muito bem definido como profissional consciente do
seu trabalho de educar.
Aprender e ensinar são atos intrínsecos à Educação. Para Tomás de Aquino, aprender
não se restringe a aprender um conteúdo no sentido de a aprendizagem se limitar à
memorização de informações.
Campos (s/d) afirma que a mente humana é mais que uma folha em branco a ser
marcada pelos que outros aí gravam; aprender significa refletir a respeito de
conhecimentos apresentados pelo mestre e transpô-los. As informações necessárias ao
aprendizado são elementos que devem fomentar ainda mais o desejo de conhecer por
parte do aluno. Aprender é um ato reflexivo constante. A insistência em ajudar o aluno a
pensar por si mesmo se deve à intenção de que o homem seja autônomo em seu
exercício racional.
Autônomo não no sentido individualista, mas no sentido de ser capaz, pelo bom uso da
razão, de buscar a verdade. Segundo Tomás de Aquino, a verdade existe primeiramente
em Deus, criador do universo; em segundo lugar, nas coisas e ideias materializadas de
Deus, símbolos de conceitos; em terceiro lugar, na mente humana, que é capaz de
abstrair o significado do universo e, interpretando-o, conhecer o espírito de Deus. Dessa
forma, interpretação e reflexão se voltam para a compreensão do mundo.
São Tomás faz a distinção entre a gestão já que cada um é mais cuidadoso na gestão que
lhe é próprio exclusivamente do que é deles em comum. Se cada um administra sua
própria coisa, a confusão de coisas comuns é evitada, e também é preservado melhor
estado de paz entre os homens. Em relação ao uso e gozo da propriedade Aquino ensina
não tê-los para a si mesmos, mas, como se fossem comum com a participação de outros,
quando necessário. O homem não é considerado como o único possuidor de algo. A
regulação dever ser por meio de atos de caridade, liberalidade e magnificência.
9
menor grau, quase mil anos antes de Thomas de Aquino. Para São Tomás de Aquino, a
atividade privada não está em avaliar as riquezas de que Deus valoriza. Neste sentido,
propôs que, do ponto de vista moral, os cristãos não devem se preocupar com a
existência ou inexistência de bens imóveis próprios, mas como usá-los.
Aristóteles tinha dito que as propriedades privadas são mais produtivas, porque as
pessoas se preocupam mais com elas e o aquinate retoma essa ideia. Uma das questões
econômicas que mais interessavam aos escolásticos, do ponto de vista moral, era
determinar o preço justo.
Alguns autores anteriores haviam argumentado que o preço justo deveria ser
determinado pelo custo de produção. Aquino afirmou que o preço justo é determinado
pela utilidade e por uma "estimativa comum", ou seja, o preço de mercado. A Igreja
Católica tinha uma posição oficial que remonta ao Antigo Testamento, condenando o
empréstimo com juros. Tomás de Aquino aprovou esta tradição, à qual acrescentou
posição de Aristóteles onde não se pode ganhar dinheiro com dinheiro.
Tomás acreditava que o pagamento de juros era para pagar um preço para a passagem
do tempo e, como o tempo é um bem possuído por todos, você não pode cobrar por ele.
A usura havia sido condenada no Concílio de Latrão, em 1179, com excomunhão a
quem a praticasse. Tal é a importância da abordagem de Interesse Tomás de Aquino e
sua influência foi tão grande que a Igreja Católica reafirmou a proibição da prática de
empréstimo com juros até o início do século XIX. Isso explica, entre outras coisas, que
durante muitos séculos, os cristãos não têm sido dedicados a serviços bancários e ter
atualizado os judeus.
10
Conclusão
Neste trabalho abordamos o assunto do pensamento econômico teológico de Aquino e
de detalhes de quão importante é estudar o pensamento econômico de Aquino, para a
percepção do passado para compreender o presente e perspectivar o futuro. Esse
trabalho foi muito importante para o desenvolvimento do nosso conhecimento, e
aperfeiçoamento desse tema aguçou as nossas habilidades de investigação.
11
Bibliografia
CAMPOS, Sávio Laet de Barros. A Educação segundo Tomás de Aquino. s/d.
COTRIM, Gilberto; “História Global: Brasil e Geral”; Volume único; São Paulo;
Editora Saraiva; 2008.
12