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DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
LABORATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA
Professores:
Prof. Camilla Djenne Buarque Muller (camilla-buarque@puc-rio.br)
Prof. Omar Pandoli (omarpandoli@puc-rio.br)
Prof. Jones Limberger (limberger@puc-rio.br)
1. Roteiro para Elaboração de Relatório de Laboratório de Química Orgânica
a. TÍTULO da prática:
Nome do aluno, matrícula, ano letivo, data;
b. Objetivo (1,0 ponto):
Síntese do que foi aprendido na aula prática.
c. Procedimento Experimental (2,0 pontos):
Explicação DETALHADA dos procedimentos executados durante a prática,
incluído uma lista resumida de reagentes. Os dados podem ser apresentados na
forma de tabelas, gráficos, etc., de modo a comunicar melhor a mensagem,
incluindo cores, formas, aspectos e etc..
d. Resultados e discussões (4,0 pontos):
Discutir os dados obtidos no laboratório com base na teoria exposta na
introdução. Comparar os seus resultados com os dados do livro e da literatura
quando for o caso. Quando da síntese de produtos, deve-se comparar os dados
físicos obtidos com os da literatura e analisar o cálculo de rendimento da
reação, assim como os mecanismos de reação, quando houver . Se houver dados
espectroscópicos, estes devem ser inseridos aqui.
e. Conclusão (2,0 pontos):
Síntese pessoal sobre as conclusões alcançadas com o seu trabalho. As
informações dos resultados e discussão devem fazer parte da conclusão de forma
resumida.
f. Referências (1,0 ponto):
Livros e artigos usados para escrever o relatório Exemplos:
Furniss, B. S.; Hannaford, A. J.; Smith, P. W. G.; Tatchell, A. R. (1989),
Vogel's Textbook of Practical Organic Chemistry (5th ed.), Harlow:
Longman
Buarque, C.D.; Salustiano, E.J.; Fraga, K.C.; Alves, B.R.M.M.; Costa, P.
R.R. European Journal of Medicinal Chemistry. 2014, 78, 190
2. Bibliografia a ser consultada
3. Critérios de avaliação:
• Relatórios: 30%;
• Testes: 20%
• Apresentação: 20%;
Atenção:
Os relatórios serão feitos à mão e devem ser entregues na aula seguinte (ver
modelo de relatório)
• Serão realizados quatro testes por semestre. Os testes serão respondidos e
avaliados individualmente. O aluno deve ler o roteiro da prática antes da aula
de laboratório. O teste poderá ter questões sobre o assunto da prática a ser
realizada e/ou de práticas anteriores. Em caso de falta, o aluno recebe nota
zero no teste. Em caso de falta adicional justificada de acordo com as
normas do DAR, o professor
poderá aplicar a aula prática, o miniteste, prova prática ou prova de
reposição, no final do semestre. No caso das provas ou testes, o conteúdo
será tudo.
• O aluno que faltar a três aulas de laboratório (25% de ausência) será
reprovado por frequência.
• A tolerância é de 15 minutos de atraso. Após este tempo, o aluno NÃO poderá
entrar no laboratório.
4. Normas de Conduta
A presença nas práticas é obrigatória. Não há reposição de experimentos. Qualquer
ausência deverá ser posteriormente justificada com documentos comprobatórios, porém
o aluno estará sujeito à avaliação complementar devido à sua ausência (conversar). Não
será tolerado, em hipótese alguma:
1. Conversas paralelas sobre assuntos que não dizem respeito à prática e que atrapalhem
o desenvolvimento da aula.
2. O uso de telefones celulares.
3. Ausentar-se da aula que não por um curtíssimo período (beber água ou utilizar
sanitário).
4. Alunos vestidos com bermudas, shorts e alunas com vestido ou saias; o uso de
sandálias havaianas ou outras. Todos os alunos, sem exceção, deverão estar vestidos
de calças, tênis ou sapatos. Alunas devem, idealmente, prender os cabelos.
5. Qualquer tipo de conduta inadequada no laboratório (brincadeiras, piadas, jogar água
nos colegas).
6. Comer, beber, mascar chicletes, ou fumar (até mesmo nos corredores laterais).
7. Ter comportamento desrespeitoso com colegas, pessoal técnico ou com o professor.
8. Chegar atrasado. Haverá uma tolerância de apenas 15 minutos.
9. Não estar preparado para realizar a prática. Todos os alunos deverão ter lido o
procedimento experimental a ser realizado bem como os cuidados a serem realizados
durante a prática.
10.Deixar de usar jaleco, óculos e luvas de segurança os quais serão fornecidos no
laboratório.
11. É imprescindível que cada aluno traga, individualmente, o material referente a cada
aula e o caderno de laboratório.
12. Todo o material usado deve ser lavado ao final de cada aula e organizado no local
apropriado (mesas, bancadas ou armários).
13. A bancada de trabalho deve ser limpa e os reagentes colocados nos devidos lugares
após o uso.
14. Cada aluno deverá anotar os dados do experimento a ser desenvolvido em um
caderno. Cada aluno deverá apresentar seu próprio caderno. Qualquer problema
ocorrido durante a prática (quebra de material, derramamento de produtos químicos,
erros de procedimento, outros problemas) deverão ser comunicados imediatamente ao
professor.
5. Normas de Segurança
1. O uso de óculos de segurança é obrigatório para evitar que vapores de solventes
ou reagentes, ou ainda a dispersão de líquidos, possa atingir e danificar o globo
ocular. Caso o usuário julgue necessário, limpe os óculos com papel higiênico
embebido com álcool etílico (etanol, EtOH) antes de utilizá-lo.
2. O uso de jaleco também é obrigatório para evitar a queda de líquidos ou sólidos
nas roupas e estragar as mesmas, ou ainda nos braços.
3. Estudantes de cabelo comprido devem prendê-lo antes de iniciar as práticas de
laboratório.
4. Evitar utilizar adereços em excesso, especialmente anéis, mas também pulseiras
e braceletes, que prejudiquem um movimento livre e com destreza.
5. É proibido comer, beber, mascar chicletes ou fumar nas dependências do
laboratório.
6. Nunca abandone um experimento em andamento. Notifique o professor, ou
membro do pessoal técnico, bem como seu colega se tiver que sair por motivo
absolutamente necessário.
7. Não deixe objetos pessoais desnecessários sobre a bancada que está utilizando.
Mantenha somente caderno e material para escrever.
8. Jamais sente-se sobre a bancada.
9. Evite realizar movimentos bruscos e inesperados que possam prejudicar,
atrapalhar ou dispersar os colegas. Movimentos desta natureza podem assustar e
promover a quebra de vidraria ou derramamento de produtos químicos no
laboratório. Seja cuidadoso.
10. Assim que ingressar nas dependências do laboratório observe a localização da(s)
saída(s) de emergência. Procure colaborar para que estejam sempre
desobstruídas.
11. Em caso de ocorrência de qualquer acidente mantenha sempre a calma. Procure
acalmar colegas, se necessário. Ajude, se souber o que fazer. Caso contrário,
chame rapidamente o professor ou membro do pessoal técnico.
12. Procure manter o local de trabalho limpo, sem qualquer resíduo disperso sobre a
bancada, sem água ou vidraria quebrada. Caso ocorra a quebra de material,
notifique o professor ou pessoal técnico. Ajude a limpar com cuidado.
13. No caso de cortes ou feridas com vidraria, retire fragmentos com cuidado.
Lave com água e sabão, em seguida desinfete com água oxigenada (no
máximo 10% v/v) e coloque atadura (ou band-aid). Caso necessite de ajuda,
chame o professor, pessoal técnico ou colega. Procure manter a calma.
14. Evite ao máximo trabalhar sozinho no laboratório. Caso o colega tenha se
ausentado, comunique ao professor imediatamente.
15. Jamais manipule produtos químicos de maneira inapropriada. Não inale, ingira
ou coloque sobre a pele qualquer produto químico.
16. Mantenha frascos de reagentes e solventes fechados.
17. Não misture espátulas ou material utilizado para pesar reagentes sólidos.
18. Jamais “experimente” misturar reagentes de maneira desconhecida e
irresponsável, pois reagentes incompatíveis podem explodir ou provocar odores
extremamente nocivos à saúde. Trabalhe sempre com muito cuidado.
19. Realize os experimentos na capela, sempre que necessário.
20. Procure trabalhar de maneira consciente e responsável, não espalhando material,
vidraria, frascos de reagentes ou frascos de solventes em espaço desnecessário.
21. Jamais corra ou empurre colegas no laboratório.
22. Localize o chuveiro de emergência e o lava-olhos, para utilizar em caso de
necessidade.
23. Em cada experimento, conheça antecipadamente a natureza dos produtos
químicos com os quais irá trabalhar (se inflamável, se muito reativo, se instável,
se tóxico). Procure informações sobre tais produtos químicos na biblioteca ou na
internet antes da realização de cada experimento. Anote tais informações em seu
caderno de laboratório. Saiba como proceder em caso de acidentes com produtos
químicos nocivos ou inflamáveis.
24. Em caso de acidente grave (fogo, explosão, vazamento de produto químico
nocivo) saia imediatamente do laboratório, com calma, sem correr, sem
empurrar.
25. Caso o aluno apresente quadro clínico específico (alergias, irritações expostas,
feridas), ou a aluna estiver grávida, deve comunicar o professor antes de iniciar
qualquer experimento.
Ao finalizar o experimento, limpe o material utilizado. Reagentes sólidos
devem ser removidos de espátulas e frascos realizando-se primeiramente um
enxágüe com o mínimo de acetona em frasco para recolhimento de acetona, em
seguida um pequeno enxágüe com EtOH em frasco para recolhimento de
EtOH, para depois serem lavados com água e detergente. A vidraria utilizada
em reações orgânicas também deve ser primeiramente enxaguada com acetona,
depois com etanol e por fim lavada. NÃO LAVE VIDRARIA SUJA DE
PRODUTOS QUÍMICOS DIRETAMENTE COM ÁGUA E SABÃO, pois
muitos produtos químicos não são solúveis em água, ou podem contaminar a
saída de esgoto da pia. Descarte os resíduos orgânicos em frascos apropriados.
26. Feche torneiras, saída de gás e ar comprimido antes de deixar o laboratório.
27. Retire da tomada qualquer aparelho que tenha sido utilizado durante as práticas.
28. Lave cuidadosamente suas mãos antes de deixar o laboratório. Cuidados
especiais com produtos químicos
29. Considere todo produto químico potencialmente venenoso ou perigoso.
30. Manipule solventes e produtos químicos voláteis (líquidos) na capela.
31. Nunca utilize sua boca para pipetar um líquido ou segurar espátula ou outro
objeto no laboratório.
32. Não contamine reagentes e solventes. Não utilize a mesma espátula ou o mesmo
frasco para pesar ou transferir produtos químicos antes de limpá-los
cuidadosamente.
33. Não desperdice produtos químicos.
34. Não misture tampas de reagentes ou solventes.
35. Identifique com caneta apropriada para escrever em vidro ou com etiquetas de
papel e lápis todo o material que deva ser identificado.
36. Leia cuidadosamente a etiqueta do(s) produto(s) químico(s) que irá utilizar.
37. Jamais inale, ingira ou pegue produtos químicos diretamente com a mão, a não
ser em casos específicos designados durante o experimento.
38. Verifique se a vidraria que irá utilizar está limpa, sem rachaduras, ou fissuras.
39. Mantenha fechados frascos com produtos químicos.
40. Descarte adequadamente vidraria quebrada (em caixas apropriadas para tal fim).
41. Ao final da aula, deixar a bancada utilizada limpa e guardar a vidraria utilizada.
42. Caso algum produto químico caia nos olhos, lave abundantemente com água,
segurando as pálpebras abertas, apesar de ser desagradável.
43. Caso algum produto químico diferente de solvente caia em sua mão ou braço,
limpe cuidadosamente com papel o excesso de material antes de lavar
abundantemente com água e sabão. NÃO LAVE A PARTE AFETADA COM
ÁLCOOL OU ACETONA, pois a pele absorverá mais facilmente o produto
químico dissolvido em solvente orgânico. No caso de derramamento de
solventes na pele, lave com água e sabão imediatamente.
44. Em caso de ingestão ou inalação excessiva de um produto químico que cause
qualquer tipo de mal estar, notifique imediatamente seu colega para chamar pelo
professor ou pessoal técnico. Não espere!
45. Em caso de ocorrência de fogo de pequenas proporções, afaste seus colegas e
chame o professor ou pessoal técnico. Em caso de incêndio, saia imediatamente
do laboratório, com calma.
46. Caso seu jaleco pegue fogo, remova-o imediatamente, jogue-o na pia e abra a
torneira.
47. Em caso de derramamento de ácido mineral (ácido sulfúrico, H2SO4; ácido
nítrico, HNO3; ácido clorídrico, HCl) ou ácido orgânico forte (ácidos sulfônicos)
na pele, limpe imediatamente o excesso de ácido com papel higiênico e lave a
parte afetada com água em abundância. Notifique o professor e/ou pessoal
técnico imediatamente. Caso o derramamento tenha ocorrido no avental,
remova-o e saia do laboratório depois de notificar o professor ou pessoal técnico.
48. Em caso de quebra de termômetro de mercúrio, não tente recolher o mercúrio ou
manipule-o de forma irresponsável. Mercúrio é extremamente tóxico. Notifique
o professor ou pessoal técnico e descarte o vidro do termômetro
apropriadamente.
49. Nunca deixe chapas de aquecimento sem um aviso “QUENTE”.
50. Em caso de incêndio de proporções incontroláveis, acione o alarme contra
incêndio.
51. Antes de trabalhar com qualquer reagente desconhecido, procure
informações sobre os regentes para verificar os cuidados que devem ter.
52. Nunca despejar água num ácido, mas sim o ácido sobre a água. Além disso, o
ácido deve ser adicionado lentamente, com agitação constante.
53. Não se deve cheirar um reagente diretamente. Os vapores devem ser abanados
em direção ao nariz, enquanto se segura o frasco com a outra mão.
6. Siglas e abreviações
Solventes
CDCl3 – clorofórmio deuterado
CH2Cl2 – diclorometano (ou cloreto de metileno)
AcOEt – acetato de etila
AcOH – ácido acético
MeOH-d4 – metanol deuterado
DMSO-d6 – dimetilsulfóxido deuterado
i-PrOH – isopropanol (2-propanol)
MeCN-d3 – acetonitrila deuterada
n-BuOH – n-butanol
MeOH – metanol
CHCl3 – clorofórmio
CCl4 – tetracloreto de carbono
HCO2H – ácido fórmico
DMSO – dimetilsulfóxido
MeCN – acetonitrila
C6H6 – benzeno
Tol – tolueno
Py - piridina
Grupos funcionais
R-OH – “álcool”
R-O-R’ – éter
R-CO-R’ – “cetona”
R-HCO – “aldeído”
R-CONH2 – amida primária
R-CONH-R’ – amida secundária
R-CONR’R’’ – amida terciária
R-X – halogeneto de alquila (X = F, Cl, Br, I)
R-NH2 – amina primária
RR’NH – amina secundária
RR’R’’N – amina terciária
R-CO2H – ácido carboxílico
R-CO2R’ – éster
Ph – fenila (anel benzênico)
Bz – benzila (-CH2-anel benzênico)
Ácidos
AcOH – ácido acético
HCO2H – ácido fórmico
HCl – ácido clorídrico
H2SO4 – ácido sulfúrico
HNO3 – ácido nítrico
TFA – ácido trifluoroacético
H3PO4 – ácido fosfórico
Bases
Py – piridina
Et3N – trietilamina
NaHCO3 – bicarbonato de sódio
Na2CO3 – carbonato de sódio
K2CO3 – carbonato de potássio
Sais
MgSO4 – sulfato de magnésio anidro
Na2SO4 – sulfato de sódio anidro
Metais
0
Na – sódio metálico (cuidado!! Reage violentamente com água e explode gerando
fogo!!)
o
K – potássio metálico (idem!!)
o
Mg – magnésio metálico
PRÁTICA 1: CLASSIFICAÇÃO COMPOSTOS ORGÂNICOS POR SOLUBILIDADE
OSERVAÇÕES:
Solubilidade em água: Trate uma porção de 0,10 g do sólido com porções sucessivas de
1,0 mL a 3,0 mL de água. Caso o composto não se dissolva completamente, pode-se
considerá-lo insolúvel em água. Se o produto for solúvel, determinar a natureza ácida
ou básica da solução com papel indicador.
Solubilidade em NaHCO3 5%: Realizar apenas para o(s) composto (s) solúvel (is) em
NaOH 5%. Observe se ele não dissolver e particularmente se ocorrer desprendimento
imediato de dióxido de carbono (ácidos carboxílicos, ácidos sulfônicos, fenóis
negativamente substituídos) ou depois de um certo período de tempo (alguns
aminoácidos).
Solubilidade em Ácido Fosfórico 85%: Este ensaio somente deve ser aplicado, se o
composto for solúvel em ácido sulfúrico concentrado.
Grupo I:
• Ácidos mocarboxílicos, com cinco átomos de carbono ou menos; ácidos
arenossulfônicos.
• Aminas monofuncionais com seis átomos de carbono ou menos.
• Álcoois, aldeídos, cetonas, ésteres, nitrilas e amidas com cinco
átomos de carbono ou menos.
Grupo II
• Sais de ácidos orgânicos (RCO2Na, RSO3Na), cloridrato de aminas (RNH2Cl);
aminoácidos; compostos polifuncionais como açucares, compostos
poliidroxilados, ácidos polibásicos etc.
•
Grupo IIIA
• Ácidos orgânicos fortes: ácidos carboxílicos com mais de seis átomos de carbono;
fenóis com grupos eletrofílicos em posição orto ou para, alfa-dicetonas.
Grupo IIIB
• Ácidos orgânicos fracos: fenóis, enóis, oximas, imidas, sulfonamidas, tiofenóis,
com mais de cinco átomos de carbono; alfa-dicetonas, nitrocompostos com
hidrogênio alfa e sulfonamidas
Grupo IV
• Aminas alifáticas com oito ou mais carbonos, anilinas e alguns oxiéteres.
Grupo V-A
• Álcoois, aldeídos, metilcetonas, cetonas cíclicas e ésteres com um só grupo
funcional e mais de cinco átomos de carbono mas menos do que nove; éteres com
menos de oito átomos de carbono, epóxidos.
Grupo V-B
• N2 – Alcenos, alcinos, éteres, alguns compostos aromáticos (especialmente os que
têm grupos ativantes), cetonas (exceto as citadas na classe N1).
Grupo VI
• Hidrocarbonetos saturados, alcanos halogenados, halogenetos de arila, éteres
diarílicos, compostos aromáticos sem grupos ativantes.
Grupo VII
• Diversos compostos neutros com nitrogênio ou enxofre e mais de cinco átomos de
carbono (amidas, sulfetos etc).
PRÁTICA 2: EXTRAÇÃO LÍQUIDO– LÍQUIDO PARA A SEPARAÇÃO DO 2-
NAFTOL E DO ÁCIDO BENZOICO
Isolamento do ácido benzoico: À fase aquosa básica obtida com NaHCO3 adicione HCl
(10 %) lentamente até atingir pH 2 (cuidado!! Há liberação de CO2). Haverá formação
de um precipitado branco. Coloque o erlenmeyer contendo o precipitado em banho de
gelo. Pese um papel de filtro com vidro de relógio. Separe o sólido formado por filtração
à vácuo (Fig. 2), lave este sólido com 10 mL de água gelada e mantenha o sistema de
filtração a vácuo por mais cinco minutos para facilitar a secagem do produto. Anote o
estado deste produto bruto: forma cristalina, cor, cheiro, etc. Pese o produto bruto
(PB-1) com o vidro de relógio pesado previamente. Guarde o produto bruto no armário.
O produto vai secando durante a semana e vai servir como matéria-prima para a próxima
prática.
Isolamento do 2-naftol: À fase aquosa básica obtida com NaOH adicione HCl (10%) de
10 em 10 mL até atingir pH 2. Haverá formação de um precipitado. Coloque o
erlenmeyer contendo o precipitado em banho de gelo. Pese um papel de filtro com
vidro de relógio. Separe o sólido formado por filtração à vácuo (Fig. 2), lave este sólido
com 10 mL de água gelada e mantenha o sistema de filtração a vácuo por mais cinco
minutos para facilitar a secagem do produto. Anote o estado deste produto bruto: forma
cristalina, cor, cheiro, etc. Pese o produto bruto (PB-2) com o vidro de relógio
pesado previamente. Guarde o produto bruto no armário. O produto vai secando durante a
semana e vai servir como matéria-prima para a próxima prática.
Procedimento para filtração a vácuo: Coloque um papel de filtro no funil de Buchner. O
tamanho de papel de filtro deve ser grande suficiente para cobrir todos os buracos do funil
(veja Fig.2 b). Monte o sistema de filtro a vácuo conforme mostrado na Fig.2 c). Inicie o
sistema de vácuo e molhe o papel de filtro com um pouquinho de solvente adequado (o
solvente da mistura, neste caso é água). O papel de filtro ficará aderido, por sucção,
cobrindo bem todos os buracos do filtro. O sistema de filtro a vácuo está pronto para
filtração. Agite bem a mistura a ser filtrada e transfira-a de uma só vez para o funil. A
filtração é rápida e usa-se uma pequena quantidade de solvente (a mesma da mistura) frio
para lavagem do produto sólido isolado. Deixe a sucção continuar por alguns minutos para
facilitar a secagem do produto. Para desligar a filtração: a) “quebrar o vácuo, removendo a
mangueira; b) desligar a água.
Nesta prática vocês farão a identificação e separação dos seguintes compostos orgânicos:
OBS: o relatório deve constar uma boa discussão da influência de solventes sobre a
separação de componentes da mistura
2) Procedimento de purificação de uma mistura de dois compostos (Azul de
bromofenol e verde de metileno) por coluna cromatográfica:
3) Abra a torneira e retire a fase móvel deixando um pequeno volume de eluente sobre
a parte superior da sílica;
Esquema 1.
Procedimento:
Pré-preparação. Separe três frascos de vidro com tampa esmerilhada de 250
mL contendo (Figura 1):
- 100 mL de álcool isopropílico 50% ou 45% (Solução A);
- 80 mL de álcool isopropílico 99,5% (Solução B);
Figura 2
Figura 3
Em seguida, adicione 1,2 mL do cloreto de t-butila (medido com exatidão) ao frasco A que
contém 90 mL de álcool isopropílico 50% (ou 45%) e, agite o erlenmeyer para
homogeneizar, a partir de então, comece a contar o tempo (t0). Não esqueça de manter o
frasco da reação tampado para evitar a evaporação do solvente. Após 10 minutos da
adição, retire do frasco A uma alíquota de 10 mL c o m p i p e t a v o l u m é t r i c a e em
seguida adicione ao erlenmeyer correspondente ao tempo de 10 minutos (t1) e faça a
titulação da solução desse erlenmeyer (Figura 4). Lembre-se de fazer a correção do volume
gasto retirando-se o valor da titulação do branco.
Figura 4
Repita o mesmo procedimento para os tempos de 20, 30, 40, 50 e 60 minutos, sempre
zerando a bureta.
Os solventes utilizados:
(1) 50% iso-propanol-água (primeira metade da turma)
Tempo (s) Vol. de NaOH (ml) [H+] (mol L-1) Ct (mol L-1) K1 (s-1)
600
1200
1800
2700
3600
4800
ln Ct = lnCo – k t
y = b -ax
k = - coeficiente angular
A lei da velocidade de uma reação é uma lei empírica, que relaciona a velocidade da
reação com a concentração dos reagentes, produtos e intermediários, em qualquer
instante da reação. Para as reações de primeira ordem, podemos descrever o
decaimento da concentração em um instante de tempo exponencialmente, de
acordo com a equação.
[ C t ]=C 0∗e−kt
Derivando essa expressão com relação a t (o sinal negativo é aplicado pois a velocidade é do
consumo do reagente), obtemos a equação para a velocidade instantânea da reação
−d [ C t ] −kt
V =k∗C t = =k∗C 0∗e
dt
Contudo, essa equação ainda é exponencial e, para obtermos o k por métodos gráficos,
devemos linearizá-la, aplicando o logaritmo natural dos dois lados:
ln ( C t ) =ln (C0∗e−kt )
ln ( C t ) =ln ( C 0 )−kt
Agora, temos uma equação linear em que o coeficiente angular representa a constante de
velocidade.
OBJETIVO:
PROCEDIMENTO:
Previsão de Reatividade.
Elabore uma tabela que indique a reatividade dos compostos definidos em aula, sendo estes
um alceno, um aldeído, um álcool primário e outro secundário, uma cetona frente aos
seguintes reagentes:
1. Br2/ CHCl3,
2. KMnO4 2%,
3. 2,4-dinitrofenilhidrazina
4. CrO3 em H2SO4.
5. ZnCl2
6. 2Ag(NH3)2OH (Reagente de Tollens)
Testes Experimentais da Reatividade:
Observações. Escreva as reações que ocorreram, bem como seus mecanismos e os produtos
orgânicos, explicando de que tipo de reação se trata. Indique também as mudanças ocorridas
quando os compostos são reagidos.
PRÁTICA 8A/8B: ISOLAMENTO DO EUGENOL POR DESTILAÇÃO POR
ARRASTE DE VAPOR E CARACTERIZAÇÃO POR MEÉTODOS
ESPECTROMÉTRICOS E ESPECTROSCÓPICOS (DUAS AULAS)
Objetivo: Isolar o eugenol do cravo da índia por destilação por arraste de vapor e
caracterizá-lo por RMN, IV e CG-MS
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
Usar uma proveta de 100 mL como frasco coletor para o destilado. Aquecer a mistura e
interromper a destilação quando tiver 60 mL do destilado. Tampe e guarde o destilado para a
próxima etapa que será realizada na semana seguinte.
Transferir o destilado para um funil de separação de 250mL e adicionar 25 mL de éter
etílico. Como se trabalha com pequenas quantidades, recomenda-se a lavagem da vidraria com
éter etílico para evitar perdas do material. Agitar cuidadosamente o funil de separação,
soltando o vapor produzido e aguardando a separação de fases. Recolher a fase orgânica.
Repetir o processo com mais duas porções de 25 mL de éter etílico.
Colocar a fase orgânica recolhida no funil de separação, e a ela adicionar 25 mL de
NaOH 3%. Agitar e separar a fase aquosa em um erlenmeyer de 125mL. Repetir mais duas
vezes o processo de adicionar 25 mL de NaOH 3% à fase orgânica.
Adicionar à fase aquosa HCl 6 mol/L até que a solução fique permanentemente turva
e com pH = 1. Transferir a solução aquosa para um funil de separação. Realizar três extrações
com porções de 15 mL de éter etílico. Recolher a fase orgânica.
No funil de separação, lavar a fase orgânica com 25 mL de água destilada. Descarte a
fase aquosa. Em seguida lavar com 25 mL de solução de NaCl 5%, realizar a extração e
descartar a fase aquosa. Lavar a fase orgânica com 25 mL de água, realizar a extração e
descartar a fase aquosa. Secar o eugenol com sulfato de sódio anidro. Após 5 minutos, filtrar a
suspensão usando um funil simples com papel de filtro para um balão de 100mL previamente
pesado e evaporar o solvente empregando o rotaevaporador (Ver figura). Determinar a massa
do eugenol, obter e analisar os espectros de RMN, IV e massas.
Após este tempo, resfrie o sistema em banho de gelo, e no balão conterá uma
massa sólida de aspirina. Adicione 25 ml de água destilada gelada e filtre o material em
funil de Büchner. Lave os cristais com água destilada gelada.
6
frequência obtida( Hz) x 10
δ=
frequência de operação do equipamento ( Hz)
O ‘’zero” da escala delta (δ) foi convencionado como sendo o sinal obtido da TMS
(tetrametilsilano). A escolha desse composto está no fato de que todas as ligações C-Si são
equivalentes e, pelo fato de o silício ser mais eletropositivo que o carbono, esses carbonos
são ricos eletronicamente e, o que os torna mais blindados e os faz emitir sinais mais
baixos que os compostos orgânicos em geral.
Procedimento:
REAÇÃO DE CONFIRMAÇÃO
Introdução: Polímeros são macromoléculas (massa molar > 104 g.mol-1) que apresentam
unidades estruturais repetitivas derivadas de reações de policondensação ou poliadição
sofridas por moléculas menores chamadas monômeros. Entre os diferentes métodos de
realizar reações de poliadição, a polimerização radicalar é um dos mais utilizados
academicamente e industrialmente, já que é relativamente simples e robusto, necessitando
apenas que o monômero possua uma ligação dupla em sua estrutura. Essa ligação dupla
sofre o ataque de uma espécie radicalar formada por ação de calor, energia elétrica, energia
luminosa ou reações de oxirredução, iniciando uma reação em cadeia que propaga o radical
livre, ligando os monômeros entre si. A reação termina quando os centros propagantes (que
contém o radical livre) são desativados por mecanismos de terminação. Dentre as técnicas
disponíveis para realização da poliadição radicalar, a que é conduzida em solução apresenta
como características: melhor dissipação do calor de polimerização, potencial controle da
distribuição de massa molar do polímero formado por eventos de transferência de cadeia,
possibilidade de purificação direta do polímero formado.
Objetivo: Conduzir a síntese de um polímero hidrossolúvel através de polimerização em
cadeia radicalar em solução e observar o efeito da conversão monomérica sobre uma
propriedade macroscópica do sistema (viscosidade).
Experimental:
Pesar com precisão a quantidade indicada de acrilamida (Aam) diretamente num tubo
Falcon de 50 mL de capacidade. Dissolver a Aam em 25 mL de água destilada. Adicionar o
volume indicado da solução aquosa de persulfato de amônio (APS) a 10% (m/v) ao
conteúdo do tubo Falcon. Homogeneizar brevemente por agitação manual. Em seguida,
adicionar a pérola de vidro ao tubo. Posteriormente, acrescentar o volume indicado de
tetrametiletilenodiamina (TEMED) ao tubo Falcon, homogeneizando-o da mesma maneira.
Avolumar o tubo Falcon com água destilada de maneira a não deixar nenhum espaço entre a
solução aquosa em polimerização e a tampa. Marcar o tempo zero (T 0) e fazer a inversão do
tubo Falcon. Cronometrar o tempo que a pérola de vidro leva para percorrer o tubo, do
fundo até a tampa. Anotar esse valor em uma tabela. Retornar o tubo Falcon para a posição
original. Repetir o procedimento de inversão a cada três minutos de reação durante 90
minutos. Atenção: evitar que a pérola de vidro percorra o tubo junto às suas paredes.
Formulações
Reagentes Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D
Aam 1g 2g 3g 4g
APS 250 µL 250 µL 250 µL 250 µL
TEMED 25 µL 25 µL 25 µL 25 µL
Reação:
4
Tarefas:
Referências bibliográficas
Mano, E. B., Mendes, L. C. Introdução a polímeros. Blucher, São Paulo (1999)
Odian G, Principles of polymerization. John Wiley & Sons, Inc., New Jersey
(2004)
Zhang, S., Shi, Z., Xu, H., Ma, X., Yin, J., Tian, M. Revisiting the mechanism of redox-
polymerization to build the hydrogel with excellent properties using a novel initiator. Soft
Matter, 12, 2575-2582 (2016).