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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - PROFEPT

MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS - IFG

CAMPUS ANÁPOLIS

JOSÉ AMILTON DE MORAIS

Desigualdades Sociais no Brasil: Uma Análise à Luz do Materialismo Histórico e da


Obra "Crítica à Razão Dualista" de Francisco Oliveira.

Anápolis – GO

2023
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA - PROFEPT

MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E


TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS - IFG

CAMPUS ANÁPOLIS

JOSÉ AMILTON DE MORAIS

Desigualdades Sociais no Brasil: Uma Análise à Luz do Materialismo Histórico e


da Obra "Crítica à Razão Dualista" de Francisco Oliveira

Área de Concentração: Educação Profissional e Tecnológica

Linha de Pesquisa: Organização e Memórias de Espaços Pedagógicos na Educação


Profissional e Tecnológica (EPT)

Orientadora: Profa. Dra. Waleria Batista da Silva Vaz Mendes

Anápolis - GO

2023 
Resumo:

Este artigo se dedica a uma investigação aprofundada da obra "Crítica à razão


dualista" de Francisco Oliveira, explorando suas contribuições substanciais para a
compreensão das desigualdades sociais que permeiam o cenário brasileiro. Em um
esforço para situar o trabalho dentro de um contexto mais amplo, este estudo
busca estabelecer conexões implícitas com os princípios do materialismo histórico,
ainda que o termo não seja explicitamente mencionado. Essa abordagem permite
uma análise multifacetada das dinâmicas subjacentes à formação do modo de
produção de mercadorias em uma economia periférica. Destaca-se, ao longo deste
estudo, a importância da abordagem crítica de Oliveira e da compreensão das
complexas relações de produção, forças produtivas e superestruturas ideológicas
como pilares para a compreensão do desenvolvimento desigual no contexto
brasileiro.

Palavras-chave: Francisco Oliveira, Crítica à razão dualista, desigualdades sociais,


materialismo histórico, desenvolvimento desigual.
Abstract:

This article embarks on an in-depth investigation of Francisco Oliveira's work


"Critique of Dualistic Reason," delving into its substantial contributions to
comprehending the intricate web of social inequalities characterizing the Brazilian
landscape. With an aim to contextualize the work within a broader intellectual
milieu, this study seeks to establish implicit connections with the principles of
historical materialism, albeit without explicit delineation. This approach facilitates
a multifaceted analysis of the underlying dynamics shaping the formation of
commodity production in a peripheral economy. Throughout this study, emphasis
is placed upon the significance of Oliveira's critical approach and the nuanced
understanding of intricate production relations, productive forces, and ideological
superstructures as foundational pillars for comprehending uneven development in
the Brazilian context.

Keywords: Francisco Oliveira, Critique of Dualistic Reason, social inequalities,


historical materialism, uneven development.
1- INTRODUÇÃO:

A "Crítica à razão dualista," escrita por Francisco Oliveira, emerge como um


marco significativo na análise das desigualdades sociais no Brasil. Publicado
originalmente em 1972 e posteriormente acompanhado pelo ensaio "O
ornitorrinco" em 2003, o trabalho de Oliveira desenha uma interpretação
penetrante das estruturas subjacentes que moldam o desenvolvimento desigual no
país. Neste artigo, exploramos em detalhes sua análise da dualidade entre o
moderno e o atrasado na formação do modo de produção de mercadorias.

Oliveira, através de uma lente crítica, desafia as perspectivas convencionais que


tendem a enquadrar o atraso como um estágio transitório a ser superado no
caminho rumo à modernidade. Em vez disso, ele nos convida a examinar o atraso
como um componente inerente e interconectado da própria modernização. Essa
visão multidimensional abre espaço para uma análise mais profunda das
complexas interações entre diferentes setores da economia e as estruturas sociais.

Para Oliveira, essa dualidade não se restringe a uma dimensão meramente


econômica, mas também se estende ao campo social e político. A teoria do autor
ilumina as engrenagens do poder que perpetuam as desigualdades, revelando a
influência das elites econômicas nas esferas governamentais e nos mecanismos de
controle social. Nesse sentido, a "Crítica à razão dualista" transcende a mera
análise econômica e se torna um convite à investigação profunda das relações de
poder em uma sociedade marcada por divisões profundas.

Dentro dessa perspectiva, a análise de Oliveira não apenas identifica as raízes das
desigualdades, mas também lança luz sobre as possibilidades de transformação
social. Ele enfatiza a importância de compreendermos a interdependência entre os
elementos atrasados e modernos, a fim de propor abordagens mais abrangentes e
inclusivas para o desenvolvimento do país. À medida que exploramos as páginas de
sua obra, somos convidados a repensar o próprio conceito de modernidade,
inserindo-o em um contexto mais amplo de transformação social.

Neste artigo, embarcaremos em uma jornada intelectual pela análise profunda e


perspicaz de Francisco Oliveira, explorando sua abordagem crítica à dualidade
entre o moderno e o atrasado no Brasil. Além de desdobrar as nuances dessa
análise, buscaremos conectar suas reflexões ao contexto mais amplo do
materialismo histórico e às discussões contemporâneas sobre desenvolvimento
desigual, construindo pontes entre teoria e prática na compreensão das dinâmicas
complexas que moldam nossa sociedade. Ao fazer isso, mergulharemos nas
camadas profundas da formação econômica e social do Brasil, iluminando as
interconexões que moldam nossa realidade sócio-política e contribuindo para um
debate enriquecedor sobre os rumos do desenvolvimento em nosso país.

2- DESENVOLVIMENTO:

2.1 Análise da Obra "Crítica à Razão Dualista":

A análise profunda realizada por Oliveira na obra "Crítica à razão dualista"


desafia de forma incisiva a dualidade simplista entre o moderno e o atrasado, que
há muito tempo tem sido uma característica da narrativa sobre o desenvolvimento
do Brasil. Sua argumentação vai além da mera descrição dessa dicotomia,
destacando como essa visão limitada negligencia a intrincada interconexão e
interdependência das esferas econômica, política e social. Oliveira destaca com
clareza que o setor moderno não meramente explora o atrasado, mas, ao contrário,
ambos estão profundamente interligados e suas trajetórias são mutuamente
influenciadas no contexto brasileiro.

Nessa análise perspicaz, ecoam distintamente os princípios fundamentais do


materialismo histórico, embora de forma não declarada. A abordagem de Oliveira
ressoa com a interação dialética entre as forças produtivas e as relações de
produção, uma perspectiva central no materialismo histórico. Ao examinarmos a
relação complexa entre o setor moderno e o atrasado sob essa lente, emergem
insights que vão além das fronteiras superficiais das dualidades aparentes. A
interdependência funcional desses dois setores, ao invés de ser uma relação de
simples exploração, representa uma unidade contraditória e complexa que
desempenha um papel crucial no processo de desenvolvimento desigual.

Em sua análise, Oliveira não somente desmantela a dicotomia tradicional entre o


moderno e o atrasado, mas também oferece uma abordagem que dialoga
intrinsecamente com a teoria marxista. Sem utilizar explicitamente o termo
"materialismo histórico dialético", sua análise reflete a compreensão marxista das
forças motrizes subjacentes ao desenvolvimento socioeconômico. As relações
dialéticas entre as classes sociais, as formas de propriedade e as forças produtivas
são perceptíveis na teia complexa que Oliveira tece em sua análise. Portanto,
embora não expressamente identificado, o materialismo histórico oferece uma
estrutura conceitual que pode ser discernida ao mergulharmos nas análises de
Oliveira sobre o desenvolvimento brasileiro.

Oliveira destaca a importância das classes sociais e do Estado na análise das


desigualdades no Brasil. Essa visão encontra ressonância na afirmação de Karl
Marx, que enfatizou que "a tradição de todas as gerações mortas oprime como um
pesadelo o cérebro dos vivos" (MARX, 1852, p. 15). Assim, a compreensão das
relações de classe e das políticas estatais ganha um novo matiz à luz do pensamento
marxista.

À medida que exploramos mais profundamente a obra "Crítica à razão dualista,"


é fundamental reconhecer que, embora Oliveira não cite explicitamente as teorias
marxistas ou os termos específicos do materialismo histórico, sua análise ressoa
com os princípios centrais dessa perspectiva. A interligação entre as esferas
econômica, política e social, assim como a compreensão das complexas interações
entre os setores moderno e atrasado, encontra paralelos nas análises marxistas
sobre as relações de produção, as forças produtivas e a dinâmica das classes
sociais. Dessa forma, a obra de Oliveira não apenas desconstrói as dualidades
superficiais, mas também contribui para uma compreensão mais profunda e
fundamentada do desenvolvimento desigual no Brasil, dentro do contexto das
bases do materialismo histórico.

2.2 Contextualização no Materialismo Histórico:

A imersão na análise perspicaz de Oliveira revela de maneira inegável uma


sintonia intrínseca com os princípios do materialismo histórico, ainda que este não
seja explicitamente delineado por ele. As complexas relações de produção, as
forças produtivas que impulsionam a transformação e as superestruturas
ideológicas que moldam a consciência coletiva, todas investigadas por Oliveira,
traçam paralelos inegáveis com os conceitos fundamentais da teoria marxista.
Ainda que não faça menção direta, é possível discernir a influência dessa
abordagem em sua análise abrangente.

A compreensão das contradições inerentes à interação dinâmica entre esses


elementos - relações de produção, forças produtivas e superestruturas ideológicas -
proporciona uma perspectiva rica e enriquecedora para decifrar a complexidade
do desenvolvimento desigual no contexto brasileiro. O materialismo histórico,
embora não seja explicitamente convocado, oferece uma lente interpretativa
através da qual podemos analisar as relações multifacetadas e muitas vezes
conflitantes que permeiam o processo de formação do modo de produção de
mercadorias no país.

Ao contextualizarmos as ideias de Oliveira no âmbito do materialismo histórico,


podemos perceber que sua análise transcende o cenário meramente descritivo das
desigualdades. Em vez disso, ele penetra nas estruturas fundamentais da sociedade
brasileira, revelando as forças subjacentes que impulsionam a progressão e,
simultaneamente, a estagnação. Embora Oliveira não siga a terminologia
tradicional do materialismo histórico, sua análise identifica o nexo vital entre a
base econômica e as construções ideológicas, o que é central para a perspectiva
marxista.

A análise de Oliveira, portanto, evoca implicitamente o materialismo histórico,


pois ele compartilha uma compreensão fundamental com essa abordagem. Seja na
análise das relações de produção que moldam as configurações de classe ou nas
contradições entre as forças produtivas emergentes e as estruturas estabelecidas, o
trabalho de Oliveira revela uma compreensão profunda e alinhada com a
estrutura conceitual do materialismo histórico. Dessa forma, mesmo que não seja
feita uma referência direta, a influência desse arcabouço teórico é discernível na
análise crítica de Oliveira sobre as dinâmicas complexas da sociedade brasileira.

3- Desigualdades Sociais e Desenvolvimento Brasileiro:

3.1 A Formação do Modo de Produção de Mercadorias:

Oliveira, em sua minuciosa exploração, vai além do âmbito puramente econômico


e identifica a intrincada interdependência entre o moderno e o atrasado em várias
dimensões da sociedade brasileira. Esta interação dinâmica não se restringe a uma
lógica estritamente econômica, mas emerge como um componente central no
intrincado processo de acumulação de capital no contexto nacional. Nesse sentido,
a análise de Oliveira encontra ressonância significativa nos fundamentos do
materialismo histórico, uma vez que ele não apenas identifica essa complexa teia de
relações, mas também demonstra sua influência vital no desenvolvimento do
Brasil.

O materialismo histórico, embora não seja explicitamente invocado, traz à tona o


conceito de que a interconexão entre as esferas econômica, política e cultural é
crucial no processo de desenvolvimento de uma sociedade. De maneira análoga à
análise de Oliveira, essa abordagem teórica reconhece que o avanço das forças
produtivas muitas vezes ocorre em confluência com estruturas e ideologias
estabelecidas, gerando um panorama de contradições que moldam a trajetória de
um país. A ênfase na inter-relação entre diversos aspectos da sociedade é um ponto
de convergência notável entre a análise de Oliveira e a estrutura conceitual do
materialismo histórico.

A formação do modo de produção de mercadorias no Brasil, como delineada por


Oliveira, é impregnada por essa interconexão. A dialética entre o moderno e o
atrasado, influenciada por fatores econômicos, políticos e culturais, é um
impulsionador fundamental do desenvolvimento desigual no país. O
reconhecimento dessa dinâmica intricada, que transcende as fronteiras econômicas
e abraça aspectos mais amplos da sociedade, alinha-se com a compreensão
marxista do desenvolvimento histórico. A análise de Oliveira, portanto, mesmo
sem empregar a terminologia específica, coincide com a essência do materialismo
histórico na exploração das bases multifacetadas da formação do modo de
produção de mercadorias no Brasil.

A penetração de Oliveira nas profundezas do processo de formação do modo de


produção de mercadorias vai de encontro à essência do materialismo histórico,
uma vez que ele não apenas observa as relações econômicas, mas também
incorpora as interações políticas e culturais que impulsionam e sustentam essas
relações. Ao identificar como essas esferas diversas e muitas vezes aparentemente
contraditórias se entrelaçam, Oliveira ressalta uma realidade intrínseca à teoria
marxista, que reconhece a complexidade das forças subjacentes à formação e
transformação das estruturas sociais e econômicas. Portanto, a análise de Oliveira
ressoa com as premissas do materialismo histórico, oferecendo uma perspectiva
profunda sobre a formação do modo de produção de mercadorias no Brasil.
3.2 Papel do Estado e das Classes Sociais

A minuciosa análise de Oliveira ecoa com a influência crucial do Estado e das


classes sociais no processo de desenvolvimento desigual do Brasil. A sua exploração
da intricada relação entre o moderno e o atrasado não é somente uma reflexão
sobre as esferas econômicas, mas também sobre a imbricada influência do Estado e
das classes sociais. Nesta perspectiva, a análise de Oliveira encontra ressonância
notável com a abordagem marxista, que destaca o Estado como uma ferramenta
intrínseca de dominação da classe dominante.

Oliveira, embora não cite diretamente o materialismo histórico, oferece uma lente
analítica que pode ser enriquecida por esse arcabouço teórico. A compreensão das
relações de classe, uma das pedras angulares do pensamento marxista, é um
elemento fundamental na análise de Oliveira. Suas observações sobre como a
concentração de renda e a relação entre o capital e o trabalho são moldadas por
essas relações de classe refletem a essência da análise marxista. Ao reconhecer a
influência do Estado como mediador dessas relações, a análise de Oliveira ecoa o
entendimento marxista do papel do Estado como instrumento que perpetua as
desigualdades e serve aos interesses das classes dominantes.

O papel do Estado como um facilitador das desigualdades sociais encontra eco


tanto na obra de Oliveira quanto na perspectiva marxista. A teoria marxista
destaca a relação simbiótica entre o Estado e o capital, em que o Estado não é
apenas um árbitro neutro, mas sim um agente que atua em prol das classes
dominantes, garantindo a manutenção das estruturas de poder existentes. A
análise de Oliveira, ainda que em uma abordagem diferente, aponta para a mesma
direção, mostrando como as políticas estatais muitas vezes perpetuam as
desigualdades em vez de atenuá-las. Nesse sentido, tanto a análise de Oliveira
quanto a perspectiva marxista convergem na compreensão do papel crucial do
Estado e das classes sociais na perpetuação das desigualdades sociais no Brasil.

Ao abordar a interação entre o Estado, as classes sociais e as desigualdades, a


análise de Oliveira oferece um terreno fértil para a aplicação do materialismo
histórico. Através dessa lente teórica, é possível compreender como as estruturas
de poder, as relações econômicas e as políticas estatais se entrelaçam para moldar
o cenário de desenvolvimento desigual no Brasil. Ainda que Oliveira não utilize o
termo "materialismo histórico", sua análise se alinha com os princípios dessa
teoria ao investigar a interconexão entre os diferentes elementos que contribuem
para as desigualdades sociais no país.

4- Conclusão:

Em um desfecho ponderado, torna-se evidente que a abordagem crítica


engendrada por Francisco Oliveira na sua obra "Crítica à razão dualista"
converge de maneira íntima com os fundamentos do materialismo histórico.
Através de sua análise perspicaz das dualidades presentes no panorama do
desenvolvimento brasileiro, Oliveira estabelece paralelos inegáveis com a
compreensão marxista das relações de produção, forças produtivas e
superestruturas.

A contribuição de Oliveira para o campo das ciências sociais no Brasil é


imensurável, e sua relevância no que tange a análise das desigualdades sociais
permanece incontestável. Através da aplicação de uma lente crítica, sua obra
provoca reflexões profundas sobre as complexas interações entre o moderno e o
atrasado, o econômico e o político, e o papel intrínseco do Estado e das classes
sociais na construção do cenário de desenvolvimento do país. Nesse contexto, é
inegável que a visão de Oliveira se alinha harmoniosamente com os princípios do
materialismo histórico, mesmo que ele não utilize explicitamente essa terminologia.

O diálogo entre a abordagem de Oliveira e a teoria marxista não apenas amplia


nossa compreensão sobre as desigualdades sociais no Brasil, mas também enfatiza
a relevância perene de sua análise. A obra de Oliveira ressoa como um convite à
exploração contínua das complexidades do desenvolvimento desigual em um país
periférico. Ao promover uma interlocução entre sua visão crítica e a teoria
marxista, somos incentivados a aprofundar nosso entendimento das estruturas que
moldam as desigualdades, e, assim, nos aproximamos de uma visão mais completa
da realidade social do Brasil.

Portanto, ao fecharmos as páginas desta análise, reafirmamos que a obra de


Francisco Oliveira permanece como um farol crítico, iluminando as trilhas que
percorremos em busca de uma compreensão mais profunda das desigualdades
sociais. Seu pensamento, embora não tenha se proposto a se encaixar de maneira
deliberada nos princípios do materialismo histórico, encontra ecos ressonantes
nessa teoria, ressaltando assim a pertinência duradoura de suas ideias na
compreensão da sociedade brasileira e suas complexas nuances.

Em suma, a obra de Francisco Oliveira e sua abordagem crítica encontram


paralelos ricos com o pensamento de György Lukács, que afirmou que "o
problema central de toda a análise marxista da história é a relação entre estrutura
e superestrutura" (LUKÁCS, 1971, p. 43). A interconexão entre estrutura e
superestrutura que Oliveira explora em relação ao desenvolvimento desigual do
Brasil ecoa os princípios fundamentais da teoria marxista.
BIBLIOGRAFIA:

LUKÁCS, G. História e Consciência de Classe. São Paulo: Martins Fontes, 1971.

MARX, K. O dezoito brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 1852.

OLIVEIRA, Francisco de. Crítica à Razão Dualista. São Paulo: Boitempo Editorial,
2003.

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