08/02/20

Curso Biotecnologia
Teresa Mouga

Diversidade biológica
Curso Biotecnologia
Ano letivo 2019-2020

Aula 2
Diversidade Biológica 1

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Teresa Mouga

Biodiversidade de compostos bioativos:

A grande diversidade filogenetica, morfológica, bioquímica, etc. dos
organismos fotossintéticos reflete-se na grande variedade compostos
bioativos, os quais exibem propriedades biotecnológicas próprias.
carragina

Tetraphlorethol B

(2Z)-3,7-Dimethyl-2,6-octadien-1-yl acetate
(Neryl acetate)

astaxantina

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Propriedades das micro e macroalgas

• Alimentar
• Medicinal
– Antioxidante
– Antimicrobiana
– Anti-inflamatória
– Antitumoral
• Biocombustíveis
• Biorremediação

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Utilização das microalgas

Outros componentes: hidratos de carbono, vitaminas, etc.

Diversidade Biológica 4

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Exemplos de utilização:
Indústria farmacêutica
Nutracêutico
Indústria alimentar
Ração
Biopolímeros e Bioplásticos
Tintas e corantes
Químicos, lubrificantes, papel,
…
Proteínas farmacêuticas, antimicrobianos,
antifúngicos, antivirais e produtos
neuroprotetoras, antioxidantes
a) Astaxantina
b) Betacaroteno
c) Ácidos gordos polinsaturados (DHA e
EPA)
d) CoenzimaQ10
Agar, Alginatos, Carragenanas
Alimento para invertebrados (bivalves,
crustáceos) e larvas de peixe
Ficocianina, ficoeritrina, betacaroteno,
astaxantina, fucoxantina

Diversidade Biológica 5

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1. ALIMENTAÇÃO HUMANA

• PUFA – ácidos gordos polinsaturados

• Proteína – teor elevado
• Aminoácidos essenciais – existem os 10 em concentrações
adequada
• Fibras – algumas espécies possuem quantidades elevadas
• Pigmentos – clorofilas, ficobilinas, carotenoides
• Minerais – I, Na, K, Ca, Mg, Cl, …
• Outros compostos – Polifenóis, esteroides, vitaminas

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1.1.Ácidos gordos polinsaturados (PUFA)

A — Ácido eicosapentaénoico (EPA), 20:5 ω-3;

B —Ácido docosahexaenóico (DHA), 22:6 ω-3;
C —Ácido araquidónico (ARA), 20:4 ω-6;
D —Ácido γ-linolénico (GLA), 18:3 ω-6.

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1.1.Ácidos gordos essenciais

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Composição média em PUFA

ae ae hy
ta yt a
ce a) ce a) ph
hy hyt hy phyt ptop
op p p
ato nto pto
yn r o Ha Ha
as hlo gm ko
Pr (C usti tero
E He
(
Ácido docosahexanoico (DHA: 22 6n-3); ácido eicosapentaenoico (EPA:
20:5n-3) e ácido araquidónico (ARA: 20:4n-6)
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1.2. Aminoácidos essenciais microalgas e

necessidades nutricionais humanas

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1.3. Pigmentos acessórios

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• Clorofilas – cor verde predominante

– Clorofila a (principal), b e c
• Carotenoides – cor varia do amarelo ao vermelho
– Xantofilas – (dourado, amarelo, vermelho, rosa, castanho)
fucoxantina, luteína, astaxantina, …
– Carotenos (laranja) – b-caroteno

• Ficobilinas
– Ficoeritrina (rosa)
– Ficocianina (azul)

Propriedades fotoprotetoras e antioxidantes, entre outras.

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Diversidade bioquímica - pigmentos

• Cianobactérias – ficobilinas

• Algas vermelhas – ficobilinas

• Algas castanhas – carotenoides

(xantofilas)

• Algas douradas – carotenoides

(xantofilas)
• Algas verdes – clorofilas
• Planta terrestres - clorofilas

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Pigmentos úteis em biotecnologia

• Pigmentos importantes produzidos por microalgas: A —Astaxantina;

B —β-caroteno, C— cantaxantina; D —ficocianina; E— ficoeritrina

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Pigmentos: corantes alimentares

• Pigmentos extraídos de
Synechococcus spp., uma
cianobactéria marinha.

} E 100 – E199 - Corantes: intensificam ou

conferem cor aos alimentos
} E140 e E141 - clorofilas

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Pigmentos: aplicações médicas

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1.4. Fitoesteróis
Esteróides são moléculas com um grupo hidróxilo no C3 e uma cadeia ramificada no C17.

• Esteróides produzidos por macroalgas:

•A — brassicasterol;
•B — campesterol;
•C — stigmasterol;
•D — sitosterol.

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1.5. Indústria alimentar: Ficocolóides (hidrocolóides)

• Substância presente na parede celular, não cristalina, formada por
hidratos de carbono, muito solúvel em água, formando uma substância
gelatinosa, muito hidratada.
• Agar, alginatos e carragenanas (lambda, kappa, iota, beta, um, nu, ksi, …).

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Emulsionantes, estabilizadores, Teresa Mouga

espessantes e gelificantes
E 400 — Ácido algínico; polissacárido hidrofílico
produzido por algas castanhas (p. ex., Laminaria
digitata e Macrocystis pyrifera), é utilizado como agente
emulsionante, estabilizante, gelificante e espessante;
E 401, E 402, E 403, E 404, E 405 obtêm-se a partir do
ácido algínico (E 400).
E 406 —Agar-agar; polissacárido produzido por algas
vermelhas (p. ex., dos géneros Gelidium, Gracilaria e
Ceramium), é utilizado como espessante, estabilizador
e gelificante.
E 407 — Carragenanas; mistura complexa de
polissacáridos produzida por algas vermelhas (p. ex.,
Chondrus crispus e Gigartina stellata), são utilizadas
como emulsionante, espessante e gelificante.

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Diversidade Biológica 19

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2. Oxidação celular Teresa Mouga

• Durante os processos oxidativos celulares formam-se radicais livres,

isto é, compostos com eletrões desemparelhados.
• O oxigénio tende a receber um eletrão de cada vez, formando radical
superóxido (O2 •-), peróxido de hidrogénio e o radical hidróxilo (OH •).
• Todos estes são ROS – espécies reativas de oxigénio.
• Quando a célula produz maior concentração de radicais livres do que
aqueles que consegue eliminar, entra em stress oxidativo.

• Este origina diversas doenças como fibromialgia, depressão, artrite,

Parkinson, Alzheimer, demência senil, diabetes, cancro, etc.

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Antioxidantes
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Possuem grupos que transformam o

antioxidante num radical livre menos
reativo (scavanger) ou neutralizam
completamente o radical livre através
da absorção de toda a energia de
excitação (quencher).

Diversidade Biológica 21

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2.1. Compostos fenólicos – antioxidantes poderosos

Um antioxidante contraria a tendência natural de um composto sofrer

oxidação.
Por ex. os compostos fenólicos são anéis aromáticos planos, com
grupos hidróxilo ligados ao fenil.
A atividade antioxidante resulta da capacidade dos grupos fenólicos em
produzir fenolato (fenil -O- ) ou em oxidar o grupo fenólico, produzindo
uma quinona ( aryl-O ) e o radical livre aril-O •

Florotaninos:
Diversidade 1.Biológica
Phloroglucinol (1), Tetrafucol A (2), Tetraphlorethol B (3) 22 22

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2.2. Moléculas de origem marinha com
capacidade antioxidante
o Esteróides,

o Terpenóides,

o Quinonas,

o Compostos de bromo,

o Compostos heterocíclicos de azoto,

o Compostos cíclicos de azoto e enxofre.

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3. Microalgas para biocombustíveis

• Pode utilizar-se terreno não agrícola à
substrato não dispendioso;
• Crescem em lagos ou biorreatores;
• Toleram escalas grandes de pH, salinidade e
temperatura;
• Fáceis de cultivar;
• Produção contínua – não sujeita a
sazonalidade;
• Uso múltiplo da biomassa (proteína, lípido,
pigmento, …);
• Captura CO2;
• Elevada produtividade;
• Até 77% conteúdo lipídico;
• Elevada pureza do combustível (ausência
de SOx).

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Conteúdo em lípidos das microalgas

https://microbewiki.kenyon.edu/index.php/File:Table2-oil_contents.png

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Produtividade das microalgas para

biocombustíveis

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4. Biorremediação
Muitas espécies de microalga, assim como de macroalga, têm a capacidade
de incorporar na sua biomassa compostos poluentes orgânicos (fosfatos e
nitratos) e inorgânicos (metais pesados, em particular), sendo utilizados para
descontaminar águas residuais industriais, de aquaculturas (sistemas IMTA),
…

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Biorremediação Teresa Mouga

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http://saspublisher.com/wp-content/uploads/2014/11/SAJB-211825-830.pdf

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4. Fertilizante

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