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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

FISIOPATOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

LEGISLAÇÃO

HISTÓRICO

ANATOMIA TECIDUAL EM CORTES

VISAGISMO

ANATOMIA
Pele e seus anexos
Camada adiposa subcutânea
Sobreposição das gorduras superficiais e profundas
Anatomia do corpo adiposo bucal (CAB) com a estrutura óssea
Anatomia do CAB e seus processos em vista lateral
Vista lateral em relação à parótida
Relação do CAB com o masseter e o bucinador em vista lateral
Relação do CAB com o masseter e o temporal em vista frontal
Inervação (relação da parótida com o plexo intraparotídeo)
Masseter e glândula parótida em vista lateral
Artérias e veias faciais em vista frontal
Irrigação arterial (relação das artérias faciais com a carótida)
Cadeia linfática em vista lateral
ENVELHECIMENTO E BICHECTOMIA:
INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES

ANAMNESE
Modelo de anamnese
Modelo de termo de consentimento

AVALIAÇÃO CLÍNICA EXTRAORAL


Protocolo fotográfico
Tabela de classificação de gordura submental

AVALIAÇÃO CLÍNICA INTRAORAL

PRÉ-OPERATÓRIO
Material necessário
Instrumental cirúrgico necessário

PASSO A PASSO DA CIRURGIA


Antissepsia
Anestesia
Localização da estrutura mais importante: o ducto parotídeo
Incisão
Divulsão
Localização e remoção do CAB
Síntese

AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA
Protocolo fotográfico após uma semana
Medicação e recomendações pós-operatórias
Bandagem pós-operatória

COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO

A beleza é um aspecto cultural e se


relaciona com os costumes de cada povo.

O movimento renascentista (século XV) sidade de tratamento, dentre elas o visagis-


tornou-se conhecido pela disseminação mo. Pode-se distinguir, por exemplo, o
do humanismo. De modo geral, o huma- gênero dos indivíduos pela análise facial:
nismo promove a valorização do homem em comparação com as mulheres, os
e suas formas. O belo começou a ser homens possuem a musculatura e a estru-
contemplado nessa época. O chamado tura óssea mais fortes e marcadas, como
“padrão de beleza” nunca foi constante os arcos superciliares. A harmonização
ao longo da história da humanidade, alter- orofacial consiste na utilização de inúme-
nando-se através do tempo com o mime- ras técnicas para obter todas as caracte-
tismo de figuras ícones. O ser humano rísticas da rainha do Egito de maneira
passou a aceitar tal padrão e a modificar sutil e eficaz, de acordo com a necessida-
os hábitos para simular os estereótipos de individual.
divulgados pela mídia e se adequar ao
meio em que vivia. O “padrão de beleza”
pode ser percebido e modificado tanto
naturalmente (envelhecimento intrínseco
e extrínseco) como artificialmente (por
meio da técnica conhecida como harmo-
nização orofacial, por exemplo).

O padrão idealizado pela sociedade faz


com que haja a busca incansável do belo.
Assim, os olhos humanos se adaptam a
diferenciar o belo e o não belo. Atualmente,
um padrão de beleza e jovialidade consiste
em sobrancelhas delicadamente curvadas,
olhos amendoados e bem marcados, ossos
zigomáticos proeminentes, nariz fino e
proporcional, lábios carnudos, pescoço
fino e alongado. Um bom exemplo dessas
características é Nefertiti (c. 1370-1330 a.C.),
rainha da XVIII dinastia do Antigo Egito.

Para a avaliação do tratamento estético


mais adequado a cada caso, a experiência e
a sensibilidade do operador são muito
importantes. Existem também ferramentas
para auxiliar o diagnóstico e indicar a neces- Busto de Nefertiti
Imagem exposta no Neues Museum, Berlim.

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MÁSCARA PHI

Máscara Phi

Máscara Phi aplicada

O utra ferramenta usada para determinar um rosto proporcional e belo é a máscara Phi, criada pelo
cirurgião plástico norte-americano Steven Marquardt, fundamentada em sequências matemáticas. O
nome “Phi” é uma homenagem ao escultor grego Fídias, responsável por estruturar o Partenon. Essas
sequências baseiam-se no triângulo de ouro, que se refere à proporção de 1,618 entre o lado maior
e o menor, conhecida também como proporção áurea ou de Fibonacci, encontrada em diversos
elementos da natureza. A técnica já era utilizada pelos egípcios em 1200. A máscara é projetada em
cima do rosto, tornando possível analisar o que é necessário mudar para deixá-lo em harmonia.

A PARTIR DAÍ, ALGUMAS MEDIDAS FORAM DESENVOLVIDAS COMO A FÓRMULA DA BELEZA:

Altura da testa = altura do nariz.


Altura do nariz = 1/3 inferior do rosto.
Largura do nariz = largura dos olhos.
Distância interocular = largura do nariz.
Distância entre os olhos = largura dos olhos.
Largura da boca = 1,5 x largura do nariz (Marquardt considera 1,618 – proporção Phi).
Largura da face = 4 x largura do nariz.

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O conceito de harmonização facial e seu
planejamento ganharam muita força nos
últimos tempos devido ao crescimento do
acesso à informação. A internet possibilita
Os dentistas chamam toda essa busca a divulgação e a difusão, com extrema
pelo belo de harmonização orofacial,
velocidade e abrangência, de um universo
porque não se pode esquecer a importância
de informações antes restrito a poucas
da reabilitação odontológica para determi-
pessoas, e as mídias sociais têm papel
nar o estado de saúde geral do indivíduo.
determinante nisso, tanto pelos pacientes
A harmonização orofacial é um conjunto como pelos profissionais de saúde que
de procedimentos estéticos que tem por trabalham nessa área. A tecnologia também
objetivo harmonizar os dentes estética e tem correspondido à altura, trazendo
funcionalmente com a face. A odontologia novos produtos, recursos e procedimentos.
estética no quesito da harmonização vem
atender à ansiedade e à expectativa das O Guia Prático de Bichectomia parte do
pessoas que buscam um ganho estético princípio de que os processos estruturais,
facial mais amplo, em que os dentes com- como a reabilitação odontológica, já foram
plementam o sorriso e, consequentemente, realizados. Em qualquer projeto arquitetôni-
o rosto. co, a parte estrutural deve estar bem conso-
lidada (fundação) para depois executar todo
O célebre comentário do saudoso Ivo o contexto estético (acabamento). A visão de
Pitanguy (1926-2016) exemplifica clara- integração de dentes, gengivas, lábios, expres-
mente a importância de uma reabilitação sões faciais, funções musculares e marcas
total, não só da “moldura” (face), mas de expressão faz parte desse processo.
também do “quadro” (dentes) como um
todo: “Antes de fazer qualquer intervenção O intuito deste guia é o de desmistificar a
na face, solicito que o paciente vá a um cirurgia em questão, indicando os casos
dentista avaliar a estética dentária antes em que efetivamente se recomenda sua
da minha cirurgia. Faço isso para que o aplicação e elucidando todas as dúvidas
paciente rejuvenesça pelo sorriso. Dentes quanto ao procedimento, da maneira mais
faltando e feios chamam mais a atenção simples e didática possível.
que uma pele lisinha e sem rugas”.

“ Antes de fazer qualquer intervenção na face, solicito que o paciente


vá a um dentista avaliar a estética dentária antes da minha cirurgia.
Faço isso para que o paciente rejuvenesça pelo sorriso. Dentes faltan-
do e feios chamam mais a atenção que uma pele lisinha e sem rugas.

Ivo Pitanguy

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FISIOPATOLOGIA DO ENVELHECIMENTO

Inúmeros procedimentos podem ser realizados para amenizar as marcas do presente e


obter o chamado envelhecimento sustentável, como a toxina botulínica, os preenchimentos
faciais, o microagulhamento, a laserterapia, o lifting não cirúrgico, além do assunto
abordado neste guia prático: a bichectomia. No entanto, para entender a bichectomia, é
preciso, antes, saber como ocorre a fisiopatologia do envelhecimento e, em seguida,
conhecer a parte técnica, que é relativamente simples.

O envelhecimento facial é um processo tridimensional que afeta todos os tecidos por


igual. Didaticamente, pode ser dividido nos três terços da face horizontalmente: o terço
superior, o médio e o inferior. Em uma pessoa jovem, a proporção entre essas três partes
é perfeita. O envelhecimento se inicia pelo alongamento do terço superior (hipotrofia do
tecido ósseo cartilaginoso e dos tecidos moles); em seguida, avança para o terço médio; e,
por fim, atinge o terço inferior, cuja altura é reduzida pela perda de estrutura óssea da
maxila e da mandíbula, isto é, os tecidos moles são adelgaçados e, consequentemente, a
largura aumenta, o que torna esse terço o de maior evidência.

Terço superior
Terço superior

Terço médio Terço médio

Terço inferior Terço inferior

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NO TERÇO SUPERIOR, O ENVELHECIMENTO ESTÁ RELACIONADO:

ao dano crônico pela luz ultravioleta;

aos músculos intrínsecos da expressão facial e a suas influências na pele;

às mudanças gravitacionais da perda da elasticidade tecidual.

NO TERÇO MÉDIO, PODE-SE OBSERVAR O


ENVELHECIMENTO DA SEGUINTE MANEIRA:

efeitos do fotoenvelhecimento;

perda do tecido subcutâneo;

perda de elasticidade cutânea e remodelamento de estruturas ósseas e


cartilaginosas;

enfraquecimento do septo orbital, ocasionando protrusões da gordura da


pálpebra inferior ou superior; entretanto, algumas pessoas podem experimentar
perda do tecido subcutâneo palpebral, o que provoca aspecto de afundamento;

na região malar, perda de volume da gordura bucal localizada entre o músculo


masseter anteriormente e o bucinador posteriormente;

inelasticidade e alongamento dos mecanismos de suporte da ponta nasal, resul-


tando em ptose da ponta nasal e em aparente alongamento do terço médio da face.

NO TERÇO INFERIOR DA FACE, OCORREM:

dano crônico pela luz ultravioleta;

perda da gordura subcutânea;

alterações devidas aos músculos da expressão facial e do pescoço;

mudanças gravitacionais por perda da elasticidade tecidual e remodelamento de


estruturas ósseas e cartilaginosas;

perda generalizada de tamanho e de volume provocada pela dentição e pela


reabsorção dos ossos maxilares e mandibulares;

afilamento e protusão do queixo, por rodar anteriormente;

diminuição do volume labial. A ptose da ponta nasal também pode contribuir


para a aparência de lábio superior diminuído.

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É IMPORTANTE RESSALTAR QUE O ENVELHECIMENTO FACIAL É TRIDIMENSIONAL,
INERENTE AO SER HUMANO, E AFETA POR IGUAL:

ossos músculos pele tecido adiposo

CAMADAS TECIDUAIS

Epiderme

Epiderme

Derme

Músculo

Gordura

Osso

EM TODOS ESSES SEGMENTOS TECIDUAIS, OCORREM OS SEGUINTES EFEITOS APARENTES:

gravidade; reabsorção óssea;

flacidez e ptose dos tecidos subcutâneos; perda de elasticidade;

redução de colágeno; alterações na textura da pele;

atrofia e hipertrofia do tecido adiposo; relaxamento e redução da força muscular.

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V ale salientar que esse processo é inerente ao ser humano, e cada pessoa tem uma
percepção subjetiva sobre seu envelhecimento. Para tentar desacelerar o inevitável,
pode-se lançar mão dos procedimentos de harmonização orofacial. Essas alterações
começam em um nível anatômico abaixo da superfície da pele (invisível) e então se
tornam clinicamente visíveis. Para desenvolver a melhor estratégia terapêutica, é
fundamental considerar os tipos de mecanismos de envelhecimento presentes nos
compartimentos dos tecidos individuais, a interação regional com estruturas adjacentes
e o contexto global da face como um todo.

Alguns acreditam que a bichectomia pode levar à percepção


de envelhecimento precoce, mas essa impressão será
desmistificada ao longo deste guia prático.

A velocidade do envelhecimento é praticamente uniforme em todas as regiões da face,


em termos de alterações da gordura subcutânea, havendo maior concentração em
pontos específicos. Alguns estudos comparam os sítios de distribuição de gordura
subcutânea com aqueles dos sinais clínicos de envelhecimento. As primeiras regiões
que apresentam perda de gordura são as periorbitais e as periorais. A atrofia da gordura
profunda é afetada pela diminuição do fluxo sanguíneo relacionada à idade. Portanto,
de maneira geral, a gordura subcutânea desempenha importante papel no processo
inicial de envelhecimento da face.

H istoricamente, a cirurgia de bichec- tesia é local. Em alguns casos, porém,


tomia surgiu há mais de 20 anos. De indica-se uma leve sedação, de acordo
início, era empregada por médicos, com a necessidade do paciente. A incisão
com intenção estética, sobretudo na para ter acesso às bolas de Bichat é intrao-
década de 80. Hoje, tanto médicos ral, constando também na literatura
como cirurgiões-dentistas têm realizado outros tipos de técnicas extrabucais, que,
esse procedimento com a mesma maes- no entanto, por não serem usuais entre
tria e aptidão. Os dentistas, cabe ressaltar, dentistas, não serão abordados neste
o adotam com objetivos funcionais há guia, cujo objetivo é apontar uma técnica
muito tempo, para, por exemplo, corre- segura, prática e adequada. O procedi-
ção de fístulas bucossinusais, enxertos mento tem duração média de 40 minutos,
livres e pediculados para reparação de mas, dependendo da destreza e experiên-
malformações ou sequelas de neopla- cia do operador, pode levar um tempo
sias. A bichectomia consiste na remoção ainda menor. Não há necessidade de
parcial ou total do corpo adiposo bucal internação hospitalar; o paciente recebe
(bola de Bichat) para melhorar o brilho alta no mesmo dia.
na região do arco zigomático e/ou corri-
gir possíveis deformidades. Como em todos os procedimentos de har-
monização, questionou-se inúmeras vezes
Tornou-se um procedimento estético qual seria o âmbito de atuação de cada
muito comum em ambiente ambulato- área. No caso específico dos dentistas, é
rial, mas pode ser realizado em centro evidente a aptidão, e há, inclusive, respal-
cirúrgico. Na clínica ambulatorial, a anes- dado legal para sua atuação.

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LEGISLAÇÃO
Segundo a Lei 5.081, de 24 de agosto de 1966:
“Art. 6º – Compete ao cirurgião-dentista:
I – Praticar todos os atos pertinentes à odontologia, decorrentes de conhecimentos adquiridos
em curso regular ou em cursos de pós-graduação”.
Os cursos de graduação, assim como os de pós-graduação e os livres (onde se encontra a
maioria dos cursos de harmonização facial da atualidade), podem credenciar a realização
desse procedimento, não sendo necessária especialidade para a ministração dos cursos nem
qualquer pré-requisito para o aluno, que precisa apenas estar formado, com a devida
inscrição no conselho regional, e ter sido credenciado para a realização do procedimento.
Já a Resolução 63 do Conselho Federal de Odontologia, de 8 de abril de 2005, diz:
“Art. 43 – É vedado ao cirurgião-dentista o uso da via cervical infra-hioidea, por fugir ao
domínio de sua área de atuação, bem como a prática de cirurgia estética, ressalvadas as
estético-funcionais do aparelho mastigatório”.

Isso mostra que o corpo adiposo bucal (CAB) se situa na região


determinada para o campo de ação dos dentistas.

ÁREA DE ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA

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HISTÓRICO

M arie François Xavier Bichat (1771-1802) foi um anatomista e fisiologista francês, consi-
derado o pai da moderna histologia e patologia. Embora tenha trabalhado sem microscópio,
conseguiu fazer avançar significativamente o entendimento do corpo humano. Pioneiro na
distinção dos conceitos de tecidos como entidades, sustentou que doenças acometiam os
tecidos, e não todo o órgão. Seguia a corrente filosófica do vitalismo, que se expandiu pela
Europa como reação ao materialismo mecanicista que havia imperado durante a primeira
parte do século XVII. Bichat é um dos 72 nomes de personalidades registrados na Torre Eiffel.

Imagem de domínio público.

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A nteriormente, em 1732, Heister descreveu a glândula parótida e a bola de Bichat como
uma única estrutura glandular, à qual chamou de “glândula molar”. Shattock, em 1909 (TOS-
TEVIN; ELLIS, 1995), confirmou a natureza adiposa do CAB como completamente distinta do
tecido adiposo subcutâneo; para ele, seriam dois aspectos teciduais, um contínuo e outro
lobular. Segundo Gaughran (1957), o CAB consiste em um corpo principal alojado sobre o
periósteo maxilar e o bucinador, do qual se estendem quatro processos: temporal profundo,
temporal superficial, pterigoide e bucal. O corpo adiposo encontra-se encapsulado na boche-
cha por um envelope facial derivado da fáscia parotídeo-massetérica. Em 1986, Tideman e
colaboradores descreveram com detalhes a anatomia, a vascularização e a técnica cirúrgica
empregada. Eles sugeriram que o suprimento sanguíneo para o CAB é derivado dos ramos
bucal e temporal profundo da artéria maxilar, do ramo transverso da face da artéria temporal
superficial e de pequenos ramos da artéria facial. Uma informação importante sobre a anato-
mia do corpo adiposo foi abordada em um estudo em cadáveres frescos realizado por Stuzin
e colegas (1990). Os autores verificaram que a relação anatômica do CAB com o espaço mas-
tigatório e as estruturas anexas foi constante em todas as 12 amostras. A média de peso
encontrada para cada peça foi de 9,3 g, e o volume médio, de 9,6 ml.

O corpo adiposo bucal – em inglês, bucal fat pad (BFP), também chamado coxim mastigatório,
coxim de sucção, almofada de sucção ou coxim gorduroso bucal – é constituído de uma estru-
tura gordurosa encapsulada com metabolismo totalmente distinto da gordura subcutânea. Não
existe relação entre o CAB e a massa corpórea do indivíduo. Portanto, ele é constante e muito
pouco variável de uma pessoa para outra, assim como de um lado para o outro (SHATTOCK, 1909).

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ANATOMIA TECIDUAL EM CORTES

Ducto
parotídeo

Gordura subcutânea

SMAS

Masseter

Nervo
facial

CAB

Bucinador

Mucosa jugal

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O propósito da bichectomia é
devolver a função mastigatória
removendo excesso de tecido,
assim como promover o afinamento
do rosto. Uma forma de reduzir o
tamanho das bochechas é retirar
esses coxins gordurosos, o que deixa o
rosto mais fino, contribuindo para sua
harmonia, além de promover melhor
definição da linha da mandíbula e pescoço
(efeito blush).

As bochechas são maiores na infância e dimi-


nuem de tamanho de acordo com o envelheci-
mento, conforme mencionado anteriormente
em “Fisiopatologia do envelhecimento”. Acredi-
ta-se que o CAB tenha algumas funções, como
auxiliar na sucção durante a amamentação. Ao
realizar a sucção, o bebê faz o movimento com a
língua e a mucosa jugal. Se os coxins gordurosos não
estiverem em posição, sustentando os tecidos, a
mucosa jugal colaba, impedindo a amamentação. Isso
explica o fato de as crianças lactentes terem as bochechas
maiores que as mais velhas. Outra função importante da
bola de Bichat é a de proteção. Esse acúmulo de gordura
serve como um coxim protetor de estruturas neurovasculares
da face.

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