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Teoria econômica: “valida, mas é uma tese discutível, pois não dá para explicar todos as
questões”;
o Capitalismo como origem do imperialismo;
o Imperialismo (lenin, Rosa Luxemburgo) é a “Ideia de monopólio de capital
(financeiro, capital dos bancos que investem e possuem interesses)”;
o Mesmo que a teoria tenha problemas, não pode negar que no nível mais profundo
o imperialismo é um fenômeno econômico;
o “embora a teoria clássica do imperialismo econômico seja aniquilada, isso não
permite necessariamente refutar sua conclusão de que o imperialismo, no nível
mais profundo, é essencialmente econômico.”
Teoria Psicologicas: são justificativas a posteriori, são nebulosas e a-históricas;
o Distorção/má leitura do Darwin. Ele diz que a evolução do mais apto é
consequência, já a leitura inverte, coloca como justificativa inicial para a
dominação;
o Visão crista de que: os cristãos devem converter os pagões. Visão de que as
religiões de matriz africana são “demoníacas”;
o “partilha da África se devia, em parte não desprezível, a um impulso “missionário”,
em sentido lato, e humanitário, com o objetivo de “regenerar” os povos
africanos11. Já se afirmou, além disso, que foram os missionários que prepararam
o terreno para a conquista imperialista na África oriental e central, assim como em
Madagáscar12. No entanto, se é verdade que os missionários não se opuseram à
conquista da África e que, em certas regiões, dela participaram ativamente, esse
fator, por si só, não se sustenta como uma teoria geral do imperialismo, em razão
de seu caráter limitado.”
“As teorias psicológicas, embora possam conter algumas verdades que ajudam a
compreender a partilha da África, não conseguem explicar por que essa partilha se deu
num determinado momento histórico.”
Teoria diplomática: disputas internas da Europa;
o “Um objetivo básico tanto das teorias psicológicas como das diplomáticas, a elas
aparentadas, é acabar com a ideia de que a partilha da África se deve a motivos
econômicos. Mas a tese do prestígio nacional mostra-se pouco convincente
precisamente quando os fatores econômicos a ele concomitantes são eliminados
ou minimizados demais.”
Autor diz que a partilha da africa deve ser examinado a partir da áfrica, e não um
apêndice da história europeia;
Teoria da dimensão africana:
o Não nega a perspectiva econômica, contudo mostra que houve uma mudança.
Uma expansão econômica se torna uma conquista militar, pois houve resistência
(mostra que houve resistências, uma agencia da parte africana, deste modo, a
África não é passiva neste processo). “motivos de ordem essencialmente
econômica que animaram os europeus e que a resistência africana à invasão
crescente da Europa precipitou a conquista militar efetiva”;
Primeiramente há uma abordagem diplomática, que propõe uma relação
de submissão, o que não é aceito;
“embora a causa imediata da partilha fossem as rivalidades econômicas
entre os países industrializados da Europa, ela constituía ao mesmo tempo
uma fase determinante nas relações de longa data entre a Europa e a
África. Hardy julgava que a resistência africana e à crescente influência
europeia precipitou a conquista efetiva, tal como as rivalidades comerciais
cada vez mais exacerbadas das nações industrializadas levaram à partilha.”
o introduz a ideia de que não era inevitável, algo inscrito à história da África, se
tornando seu devir e ponto central da história africana;
“processo de devoração da África pela Europa”;
o “explica a partilha levando em consideração tanto os fatores europeus como os
africanos”;
Conduta da europa muda após 1876 e 1880 em relação a África:
o 1876 – Conferencia Geografica de Bruxelas organizado por Leopoldo I, rei dos
Belgas em 1865. (exploração do território Áfricano, o que levou a criação do
Estado livre do Congo. Portugueses também começam a explorar o continente;
o “A ação de Portugal e França entre 1876 e 1880 indicava claramente que estavam
comprometidos na exploração colonial e na instauração de um controle formal na
África. Isto obrigou finalmente o Reino Unido e a Alemanha a abandonar sua
preferência pelo controle informal em favor de um domínio efetivo, o que os levou
a anexar territórios na África oriental, ocidental e meridional a partir do final de
1883.”
O congresso de Berlim (15 de novembro de 1884 a 26 de novembro de 1885, realizada por
Bismarck) não é o começo do processo, mas uma resposta;
o “inicialmente, não tinha por objetivo a partilha da África”
o A avanços europeus anteriores;
o Projetos estão se intercalando (territorialmente). Devido a possíveis guerras na
Europa devido a disputas de terra na África, Bismarck chama para um conferencia
para evitar essas guerras; (congresso de Berlim)
o Congresso de Berlim não faz a partilha (mito), mas delimita códigos/regras de
tomada/conquista; artigo 34-35 do congresso
1º regra (34): Quem ocupar uma área deve avisar o resto (evitar ocupar
área já ocupadas). “toda nação europeia que, daí em diante, tomasse
posse de um território nas costas africanas ou assumisse aí um
“protetorado”, deveria informá-lo aos membros signatários do Ato, para
que suas pretensões fossem ratificadas”;
Esfera de influência: ligado ao conceito de hinterland: “posse de
uma parte do litoral acarretava a do hinterland sem limite
territorial.”
2º regra (35): Não basta dizer que é meu, deve-se ocupar efetivamente.
“ocupante de qualquer território costeiro devia estar igualmente em
condições de provar que exercia “autoridade” suficiente “para fazer
respeitar os direitos adquiridos e, conforme o caso, a liberdade de
comércio e de trânsito nas condições estabelecidas”. Era a doutrina dita de
ocupação efetiva, que transformaria a conquista da África na aventura
criminosa que se verá.”
Protetorado com ocupação militar; art.35
o O congresso traz a consequência de um aumento da corrida de conquista. “Antes
da conferência de Berlim, as potências europeias já tinham suas esferas de
influência na África por várias formas: mediante a instalação de colônias, a
exploração, a criação de entrepostos comerciais, de estabelecimentos
missionários, a ocupação de zonas estratégicas e os tratados com dirigentes
africanos. Após a conferência, os tratados tornaram-se os instrumentos essenciais
da partilha da África no papel. Eram de dois tipos esses tratados: os celebrados
entre africanos e europeus, e os bilaterais, celebrados entre os próprios
europeus”;
Por que conseguiram conquistar? 1)” graças às atividades dos missionários e dos
exploradores, os europeus sabiam mais a respeito da África e do interior do continente –
aspecto físico, terreno, economia e recursos, força e debilidade de seus Estados e de suas
sociedades – do que os africanos a respeito da Europa”; 2) Poder militar, técnico, recursos
economicos e medico (combater a malária) dos Europeus. 3) Europeus agiram em grupo,
enquanto os africanos, tinham um histórico longo de rivalidades e conflitos e rivalidades
interestatais e intraestatais. “[...] a conduta dos países africanos foi assinalada não só pela
falta de solidariedade, de unidade e de cooperação, mas também pelo fato de alguns deles
não hesitarem em se aliar aos invasores europeus contra seus vizinhos [...]”;
Em nenhum momento a resistência foi superada. A conquista é relativamente fácil devido
a superioridade da tecnologia militar, contudo a implementação da administração
enfrenta uma resistência constante e continua;
O imperialismo é um fenômeno europeu e, deste modo, é próprio da história europeia e
não africana. Do ponto de vista da África, deve-se observar a partir de uma perspectiva da
ocupação;