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22882020 4715
Abstract The scope of this article is to present Resumo Este artigo tem por objetivo apresentar
and analyze the institutional governance profile e analisar o perfil de governança institucional das
of the 434 regional interagency committees ope- 434 comissões intergestores regionais em funcio-
rating in 25 states of the Brazilian Federation. namento em 25 estados da federação brasileira.
The data were taken from the National Survey Os dados são da Pesquisa Nacional das Comissões
of Regional Interagency Committees (CIR), a Intergestores Regionais (CIR), um estudo censi-
census conducted in the years 2017 and 2018, tário realizado nos anos de 2017 e 2018, e foram
and were collected through a questionnaire coletados por meio de um questionário aplicado
applied to the coordinators/directors/presidents aos coordenadores/diretores/presidentes das CIR.
of the CIR. The composition of the CIR profile A composição do perfil das CIR foi realizada em-
was carried out using an analysis matrix speci- pregando uma matriz de análise especificamente
fically developed for this study, which combines desenvolvida para este estudo, que combina 23
23 variables organized in five dimensions of ins- variáveis organizadas em cinco atributos da go-
titutional governance: institutional legitimacy, vernança interna dessas instâncias: legitimidade
compliance and consistency of operation, quality institucional, adesão e regularidade de funciona-
of structure and operating conditions, federati- mento, qualidade da estrutura e condições de fun-
ve equilibrium and quality of decision-making. cionamento, equilíbrio federativo e qualidade do
The results show, on the one hand, an interagen- processo decisório. Os resultados mostram, por um
cy institutional governance system consolidated lado, um sistema de governança institucional in-
throughout the national territory, with signifi- tergestores consolidado em todo o território nacio-
1
Departamento de Ciências cant acceptance by the state and municipal sphe- nal, com significativa adesão das esferas estadual
Sociais, Escola Nacional
de Saúde Pública Sergio res and clearly defined and publicized operating e municipal e regras de funcionamento definidas e
Arouca, Centro de Estudos rules. On the other hand, it reveals a complex of publicizadas. Por outro, um complexo de instân-
Estratégicos, Fundação levels characterized by marked limitations in fi- cias caracterizadas por expressivas limitações de
Oswaldo Cruz. R. Leopoldo
Bulhões 1480, Manguinhos. nancial and human resources and management recursos financeiros, humanos e de infraestrutu-
21041-210 Rio de Janeiro infrastructure, in addition to action concentra- ra de gestão e atuação concentrada em problemas
RJ Brasil. ted on emergency problems in the management emergenciais da gestão da rede de ações e serviços
assismafort@gmail.com
2
Departamento de of the network of health care and services. de saúde.
Promoção da Saúde, Key words Federalism, Regionalization, Gover- Palavras-chave Federalismo, Regionalização, Go-
Universidade Federal da nance, Interagency Commissions vernança, Comissões Intergestores
Paraíba. João Pessoa PB
Brasil.
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Ouverney AM et al.
(1) legitimidade institucional, (2) adesão e re- Estratégia de coleta de dados e realização
gularidade de funcionamento, (3) qualidade de dos estudos-pilotos estaduais
estrutura e condições de funcionamento, (4) Uma vez concluída a etapa de elaboração, os
equilíbrio federativo e (5) qualidade do processo representantes de cada estado (SES e COSEMS)
decisório. forneceram planilhas que continham os nomes,
Por sua vez, a capacidade de atuação das CIR funções e os e-mails dos coordenadores/direto-
na política regional de saúde, dimensão externa, res/presidentes das respectivas regiões de saúde.
foi definida a partir de 7 (sete) propriedades: (1) Em seguida, foram organizados grupos de mo-
qualificação das instâncias técnicas, (2) aprofun- nitoramento por estado, compostos por, pelo
damento de análise dos temas relevantes, (3) per- menos, dois pesquisadores do grupo de coorde-
meabilidade do colegiado ao debate técnico (4) nação da pesquisa e os representantes de SES e
articulação de recursos estratégicos, (5) mobili- COSEMS. As listas de e-mails foram inseridas na
zação de atores relevantes, (6) protagonismo nos plataforma do Survey Monkey e organizadas por
processos de planejamento regional em saúde e estado e região de saúde.
(7) centralidade na definição de estratégias de Os links contendo o questionário da pesquisa
qualificação da gestão regional do SUS. foram enviados para cada um dos coordenado-
Esse artigo apresenta especificamente os re- res/diretores/presidentes, seguindo uma sequên
sultados relativos à organização institucional das cia previamente definida em conjunto com os
CIR, dimensão interna, cujas variáveis compo- representantes de cada estado. Logo após o enca-
nentes dos 5 atributos acima apresentados serão minhamento dos links, os pesquisadores envia-
definidas na seção de sistematização e análise dos vam também um e-mail explicando a natureza
dados. da pesquisa e a forma de preenchimento do ques-
Considerando a necessidade de elaborar um tionário, além de disponibilizarem seus contatos
estudo nacional e extenso das características ins- pessoais para o esclarecimento dúvidas.
titucionais das CIR, garantir a comparabilidade A estratégia de coleta de dados foi concebida
dos resultados e obter dados para todo o país, de forma a ser iniciada nas cinco grandes regiões
do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste
optou-se, logo nas primeiras reuniões, pela rea-
e Sul), de forma simultânea, porém escalonada.
lização de um censo a partir da aplicação de um
Assim, foram escolhidos cinco estados, um em
questionário.
cada região, para testar a estratégia de imple-
mentação da pesquisa, sendo estes: Pará, Paraíba,
Elaboração do questionário e realização
Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Paraná.
do pré-teste
A formulação das questões que compuseram
Monitoramento dos respondentes
o texto da base do questionário foi realizada ao
Ao longo de todo o processo de coleta dos
longo dos meses de março e abril. Logo em se-
dados, os pesquisadores mantiveram contato
guida, procedeu-se a inserção das questões no
constante com os respondentes e com os repre-
software Survey Monkey24, considerando os ga- sentantes das SES e COSEMS, criando uma sis-
nhos de funcionalidade de gestão, praticidade de temática de acompanhamento conjunto diário,
coleta, segurança, velocidade da tabulação e ob- que envolveu, inclusive, a formação de grupos de
tenção de resultados. Nessa fase, também foram Whatsapp de uso contínuo. Para cada estado, foi
conduzidos diversos testes pela equipe de pesqui- gerado um painel de monitoramento do retorno
sa, visando avaliar a qualidade das funcionalida- dos questionários, contendo informações sobre
des programadas e mensurar o tempo médio de o estágio de preenchimento por CIR, tempo de
resposta do questionário. preenchimento, percentual de questionário par-
Finalmente, em maio, foram realizadas ofi- ciais e completos por UF, entre outros.
cinas com gestores e técnicos indicados pelas Mensalmente, eram realizadas reuniões de
secretarias estaduais de saúde e COSEMS de coordenação da pesquisa para avaliar o anda-
cada estado, visando realizar o pré-teste do ins- mento da coleta dos dados, com análises por UF
trumento e construir a estratégia de aplicação sobre o estágio de andamento da pesquisa e as es-
do mesmo junto aos coordenadores/diretores/ tratégias adotadas para acelerar o preenchimento
presidentes da CIR nas regiões de saúde. Após os dos questionários. Periodicamente, eram envia-
ajustes e correções realizadas a partir do pré-tes- dos a CONASS e CONASEMS boletins de infor-
te, o questionário era composto por 80 questões mação sobre o estágio de realização da pesquisa.
distribuídas nos cinco atributos de organização O processo completo de coleta de dados da
institucional abordadas acima. primeira fase da pesquisa foi realizado em nove
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2. Tipo de Deliberação CIB (74,4%) 7. Início efetivo de 2010 ou antes (22%) 12. Número de salas Uma (85,5%)
legislação de Portaria GAB/SES (9,7%) atuação da CIR 2011-2012 (53,9%) Duas (10,6%)
criação Portaria GAB/GOV (6,9%) 2013-2016 (20%) Três ou mais (3,9%)
Outros (9%) Não sabe/não respondeu (4,1%)
3. Existência Sim, padronizado SES (54,4%) 8. Interrupções no Nenhuma (78,1%) 13. Funcionamento da Diário (59,4%)
e natureza do Sim, específico da região (42,6%) funcionamento até 1 a 3 vezes (15%) Secretaria Executiva 1-3 vezes/semana (4,1%)
Regimento Não, em elaboração (1,8%) 2017 4 ou mais vezes (6,9%) Quinzenal (3,2%)
Interno Não, não é necessário (1,2%) Mensal/dias reunião CIR (12,9%)
Não há SE (15%)
Outros (5,4%)
4. Forma de Grupo de trabalho SES/SMS (30,4%) 9. Frequência de Mensal (94,5%) 14. Número Nenhum (15,9%%)
elaboração do CIB (27,2%) ocorrência de reuniões Bimestral (4,1%) Funcionários da Um (47,2%)
Regimento Mediação do COSEMS (23,3%) ordinárias Trimestral (1,2%) Secretaria Executiva Dois (21,9%)
Interno Centralizado GAB/SES ou DRS/SES (6,1%) Outro (0,2%) (além do SE) Três ou mais (15%)
Outros (12,9%)
5. Condução CIB (50,9%) 10. Frequência de >90%-100%: (17,7%) 15. Total estimado de Até R$ 20 mil (78,1%)
do processo de Regional SES (13,8%) comparecimento dos >80%-90%: (23,5%) recursos financeiros >R$ 20 mil a R$ 50 mil (10,6%)
implantação GAB/SES (13,8%) membros >70%-80%: (22,6%) (2016) >R$ 50 mil a R$ 10 mil (6,7%)
Grupo SES/municípios (11,5%) >60%-70%: (17,1%) >R$ 100 mil (4,6%)
Outros (10%) >50%-60%: (11,1)
0%-50%: (6,2%)
Fonte: Elaborado pelos autores. Pesquisa Nacional das CIR (Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz).
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Quadro 3. Equilíbrio Federativo e Qualidade do Processo Decisório das CIR. Brasil, 2018 (%) (N=434).
Equilíbrio Federativo Qualidade do Processo Decisório
16. Todos os SMS da região (99,5%) 20. Presença Regularmente (36,2%)
Composição Diretores regionais da SES (78,1%) de reuniões Convocação SE/Câmara Técnica (34,1%)
do Representantes Diretoria COSEMS (64,3%) técnicas Convocação Coord./Presid. (16,1%)
Colegiado Nível Central SES (27,4%) prévias Não há necessidade (13,6%)
da CIR Representantes MS (12,4%)
(mais Diretores Hospitais Regionais (11,5%)
citados)
17.Atores Presidente/coordenador (74%) 21. Quórum >30% a 50% membros (8,8%)
que definem Membros do colegiado (52,5%) mínimo para >50% a 60% membros (82,8%)
a pauta das Secretário Executivo (a) (52,1%) abertura das Acima de 60% membros (6%)
reuniões Gestores/técnicos das SMS (31,1%) reuniões (1ª Outros (3,2%)
Coordenador da câmara técnica (21%) chamada)
Gestores/técnicos da SES (18,2%)
18. Fatores Solicitações das SMS (88%) 22. Forma de Apresentações/informes e debates (70,7%)
de definição Decisões da CIB (77%) participação Apresentações/informes (21,9%)
da pauta Solicitações da SES (67,3%) dos Apenas assistir (7,4%)
das reuniões Demandas Câmara Técnica/CIR (59,7%) convidados
(mais Legislação da CIT/MS (38,9%)
citados) Agenda do COSEMS (35%)
19. Natureza Gestores/técnicos da SES (84,1%) 23. Principais Pactuação Fluxos intermunicipais (68,9%)
dos Gestores/técnicos das SMS (81,1%) temas Credenciamento políticas federais (62,7%)
convidados Técnicos/apoiadores do COSEMS (73,7%) discutidos Problemas de saúde pública (57,6%)
(mais Representantes hospitais privados/ (mais Repasses financeiros da SES (52,1%)
citados) filantrópicos. (38,7%) citados) Expansão e Qualificação da AB (44,9%)
Representantes Consórcios (22,6%) Regulação rede privada/filantrópica (32,5%)
Fonte: Elaborado pelos autores. Pesquisa Nacional das CIR (Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz).
de investimentos, o que correspondente, em mé- temas. Da mesma forma, gestores e técnicos esta-
dia, a R$ 1.667,00 mensais. duais e municipais que participam das reuniões
Durante as oficinas realizadas com represen- realizando apresentações ou informes também
tantes das SES e dos COSEMS, foram registrados influenciam esse processo, embora em proporção
diversos relatos de que muitas CIR ainda eram menor das CIR do que os demais atores.
financiadas por recursos provenientes da Política A natureza federativa das CIR é corroborada
Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no pela presença dos secretários municipais de saú-
SUS (ParticipaSUS). de e de representantes da SES em praticamente
todas as regiões de saúde. A participação muni-
Equilíbrio federativo cipal envolve todos os secretários municipais de
Conforme apresentado no Quadro 3, a com- saúde em cada região, o que mostra não só a re-
posição do colegiado abrange essencialmente os levância atribuída às CIR pelos governos locais,
secretários municipais de saúde, os diretores das mas também a capilaridade desse arranjo institu-
regionais de saúde da SES, representantes dos cional. O mesmo de ser afirmado em relação aos
COSEMS e representantes do nível central da governos estaduais.
SES. Em algumas CIR, foi relatada a participação Assim, a presença extensa de representan-
de representantes do Ministério da Saúde e dire- tes de ambas as esferas permite compor pactos
tores de hospitais regionais. e consensos que levam a decisões marcadas por
A definição das pautas das reuniões não é níveis mínimos de equilíbrio federativo, apesar
prerrogativa exclusiva do presidente/coordena- de possíveis diferenças de poder e domínio de re-
dor ou do secretário executivo da CIR, uma vez cursos em cada região de saúde.
que todos os membros que compõem o colegiado Esse equilíbrio também pode ser encontrado
(secretários municiais e representantes da SES) no processo de definição das pautas das reuniões
também são atores relevantes na proposição de das CIR, momento em que se decide quem in-
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neiro e inovador, conduzido por alguns estados, ordenação gerencial das atividades cotidianas
na década 1990, de criação das CIBs regionais de articulação regional. Em boa parte dos casos,
como dispositivo para conformar um sistema de ambos são funcionários estaduais ou municipais
governança territorial mais capilarizado do que que deslocam parte de sua carga horária semanal
as CIB, além da manutenção das estruturas re- para as atividades da CIR e, portanto, não pos-
gionais de gestão, como as diretorias regionais de suem remuneração específica para o exercício
saúde, que definem a presença das SES nas regi- dessas funções.
ões do estado. Da mesma forma, não há, na quase totalidade
O segundo é o papel exercido pelo Ministério dos casos, alocação orçamentária exclusiva para o
da Saúde na indução de arranjos institucionais custeio das atividades das CIR, sendo os recursos
prévios às CIR, em especial, os CGR, que esti- utilizados na compra de passagens, serviços de
mularam a nacionalização dessas inovações. Fi- terceiros e material de consumo, principais gas-
nalmente, cabe apontar o papel dos COSEMS na tos, provém do orçamento geral das SES e SMS, o
implementação das presidências regionais e dos que não garante fonte regular de financiamento
projetos de apoio institucional nos territórios, dessas instâncias. Tal situação gera insegurança
em vários estados, quevalorizou as lideranças sobre a estabilidade de funcionamento das CIR,
regionais dos gestores e conferiu destaque aos desmotivando gestores e técnicos e reduzindo
desafios da consolidação do SUS nas regiões de as expectativas de ambos sobre essas no plane-
saúde26. jamento e na gestão regional do SUS. Além disso,
Em síntese, o sistema de governança interna os aportes de recursos federais para apoiar o fi-
das CIR é o resultado de um processo de difusão nanciamento dessas instâncias foram interrom-
de inovações impulsionado pela ação contínua e pidos na última metade de década, sinalizando
cooperativa das três esferas da federação brasi- perda de legitimidade e relevância de seu papel
leira, em movimentos complementares ao longo nas estratégias nacionais de coordenação federa-
das três últimas décadas. tiva do SUS.
Além do subfinanciamento, a concentração
As CIR como instâncias subfinanciadas exclusiva dos debates e decisões em temas e ques-
e concentradas nas questões emergenciais tões emergenciais da gestão dos sistemas locais e
da gestão local do SUS regionais de saúde consiste em outra limitação
Entretanto, o mesmo padrão de governança relevante identificada na pesquisa, pois indica
não se observa nos demais atributos de organiza- um deslocamento dessas instâncias de sua fun-
ção institucional das CIR. As situações mais crí- ção essencial que consiste em debater e deliberar
ticas foram observadas na qualidade da estrutura sobre o planejamento regional de médio e longo
e condições de funcionamento dessas instâncias, prazo, definindo estratégias para reconfigurar, de
em virtude do baixo aporte de recursos financei- maneira maia racional, o financiamento e a orga-
ros, gerenciais e técnicos a elas disponibilizados. nização da rede de serviços na região.
Apesar de grande parte das CIR possuir espa- Outra questão relevante identificada no con-
ço próprio disponibilizado pelas SES, na maioria teúdo das reuniões e consensos foi o uso dessas
dos casos esses não são exclusivos, ou seja, nem instâncias como espaço para elaboração e apro-
sempre estão inteiramente à disposição das ativi- vação de planos operativos de programas e po-
dades das CIR. Esse padrão de precariedade se re- líticas federais para implementação de linhas de
flete principalmente na infraestrutura, em geral, cuidado específicas, denominadas redes temáti-
reduzida ao mínimo necessário, tendo sido fre- cas, como a Rede Cegonha. Isso mostra o poten-
quentes os casos de gestores que mencionaram, cial das CIR como dispositivo de coordenação
nas oficinas regionais, que aportavam computa- federativa na implementação de políticas nacio-
dores, telefones celulares, carros e recursos finan- nais, mas também pode esvaziar a coordenação
ceiros próprios para sustentar o desenvolvimento estadual dessas estratégias de natureza macror-
de atividades cotidianas prévias e posteriores às regional, acentuando tendências de coordenação
reuniões do colegiado. direta entre o Ministério da Saúde e os municí-
Assim, embora a grande maioria das CIR pios.
tenha reportado a presença de uma secretaria Portanto, o principal desafio para a susten-
executiva com funcionamento regular, a mesma tação e o aperfeiçoamento desse sistema de go-
possui, em geral, apenas um funcionário, além vernançainterna das regiões de saúde consiste na
do próprio secretário executivo, o que impõem continuidade da ação conjunta das três esferas,
expressivas limitações sobre a capacidade de co- em especial, no aporte de iniciativas nacionais e
4725
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