O documento discute o conto "O Monstro" de Humberto de Campos, que faz um diálogo intertextual com a narrativa bíblica da criação no Gênesis. No entanto, o autor propõe uma inversão de sentido, retratando a criação como caótica e imperfeita ao invés de ordenada, com Deus cometendo erros e criando seres desafortunados.
O documento discute o conto "O Monstro" de Humberto de Campos, que faz um diálogo intertextual com a narrativa bíblica da criação no Gênesis. No entanto, o autor propõe uma inversão de sentido, retratando a criação como caótica e imperfeita ao invés de ordenada, com Deus cometendo erros e criando seres desafortunados.
O documento discute o conto "O Monstro" de Humberto de Campos, que faz um diálogo intertextual com a narrativa bíblica da criação no Gênesis. No entanto, o autor propõe uma inversão de sentido, retratando a criação como caótica e imperfeita ao invés de ordenada, com Deus cometendo erros e criando seres desafortunados.
Curso: Licenciatura em Letras/Português na Modalidade Educação a Distância
Disciplina: Estudos Literários Maranhenses Professor: Rafael Campos Quevedo Estudante: Ivaneusa Andréa Costa Tutora: Gleicilene Viana Ramos
Atividade
A respeito do conto de Humberto de Campos intitulado "O monstro" é possível
dizer que o autor propõe um diálogo intertextual com um texto bíblico, mas o faz de modo a transgredir ou modificar o sentido do texto original. Explique a que narrativa bíblica estamos nos referindo, como se dá esse diálogo intertextual e qual a inversão de sentido que o autor propõe em seu texto
O conto "O Monstro" de Humberto de Campos pode ser interpretado como
uma reinterpretação ou diálogo intertextual com a narrativa bíblica da criação do mundo, que é encontrada no livro de Gênesis, no Antigo Testamento da Bíblia. No entanto, ao invés de simplesmente seguir o relato bíblico, o autor propõe uma inversão de sentido e uma crítica à visão tradicional da criação.
Na narrativa bíblica de Gênesis, Deus cria o mundo em seis dias,
começando com a luz e terminando com a criação do ser humano, que é feito à Sua imagem e semelhança. A criação é vista como um ato divino de ordem e perfeição, onde tudo é feito de acordo com o plano de Deus e considerado bom.
Em "O Monstro", Humberto de Campos inverte esse sentido de ordem e
perfeição. O autor descreve um Deus criador que é negligente, desatento e, às vezes, até mesmo cruel em sua criação. No conto, Deus cria um ser disforme e monstruoso, o qual Ele próprio considera um erro e uma aberração. Essa criação não é feita de acordo com um plano divino perfeito, mas parece ser resultado de um capricho divino descuidado.
Portanto, o diálogo intertextual aqui está na inversão do sentido da criação.
Enquanto a narrativa bíblica retrata a criação como um ato de ordem e perfeição, "O Monstro" apresenta a criação como caótica e imperfeita. O autor questiona a ideia de um Deus perfeito e benevolente ao retratá-Lo como alguém que comete erros e cria seres desafortunados. Essa inversão de sentido serve como uma crítica à visão tradicional da criação e da divindade, explorando temas de imperfeição, acaso e o sofrimento inerente à existência. Portanto, Humberto de Campos usa o diálogo intertextual para desafiar e transgredir a interpretação tradicional da criação do mundo.