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Crescimento Econômico e
Economia Regional
8.1 Introdução
• Motivação
• Hipóteses
– Modelo de um setor: regiões produzem com mesma função de produção
– Existe livre mobilidade dos fatores de produção entre as regiões
– Economia competitiva
– Tecnologia de produção com retornos constante de escala e produto obtido a
partir de capital (K) e trabalho (L); para uma região j e α > 0:
Q j / L j = F (K j / L j ,1) Þ Q j = L j .F (K j / L j ,1) = L j . f (k j )
(2)
Onde F (K j / L j ,1) = f (k j ) e k j = K j / L j .
PMgK A = f k A [
PMgL A = f (k A ) - k A . f k A ] para A
PMgK B = f k B PMgL B = [ f (k B ) - kB . fk B
] para B
– Além disto, neste processo, nenhuma região deve apresentar perda produtiva,
uma vez que sempre poderá produzir a mesma quantidade com combinações
diferentes de fatores (isoquanta negativamente inclinada); há, desta forma,
ganho de Pareto com ajustamento dos fatores
8.2 Ganhos de eficiência e alocação regional de fatores
de produção
• Tais implicações podem ser facilmente percebidas através da tradicional
Caixa de Edgeworth considerando o equilíbrio e os níveis de produção nas
duas regiões A e B
8.2 Ganhos de eficiência e alocação regional de fatores
de produção
– Note-se, além disto, que o processo de ajustamento garante igualdade de
salários e remuneração do capital para todos os agentes do país, ou seja, o
ajuste faria desaparecer a desigualdade regional
• Contudo, maior (menor) acumulação de capital nas regiões mais ricas (pobres)
tende a gerar rendimentos marginais menores (maiores) para o investimento neste
fator nestas regiões
– Acumulação de capital
K! j = sY j - dK j (2)
¶ ln L j 1 ¶L j
L j (t ) = L0 e nt Þ ln L j = ln L0 + nt Þ = =n (3)
¶t L j ¶t
– Taxa de crescimento da tecnologia igual a g:
A! (4)
A = A0 .e Þ = g
gt
A
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais
– O equilíbrio de longo prazo é aquele em que as taxas de variação das variáveis são
constantes e diferentes níveis iniciais de renda para as regiões implicam diferentes
dinâmicas até este equilíbrio
Onde y j = Y j / A j .L j e k j = K j / A j .L j .
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais
k! j / k j = K! j / K j - A! j / A j - L! j / L j Þ K! j / K j = k! j / k j + A! j / A j + L! j / L j ou
K! j / K j = k! j / k j + g + n (6)
Ou seja, a taxa de crescimento do capital por trabalho efetivo é dada pela diferença
entre a taxa de acumulação de capital e a soma das taxas de progresso técnico e
crescimento populacional.
!
Como y j = k aj , também sabemos que y! j / y j = a .k j / k j , ou seja, a taxa de
De (2) K! j = sY j - dK j Þ K! j / K j = sY j / K j - d
De (6) K! j / K j = k! j / k j + g + n , assim:
k! j / k j = sY j / K j - n - g - d ou k! j = sy j - (n + g + d )k j (7)
(n+g+δ)k
sy
k* k
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais
– Por sua vez, como na equação (9) só o nível progresso técnico varia no tempo, o
crescimento de longo prazo do produto per capita depende apenas da taxa de progresso
técnico:
D(Y j / L j ) A! j
a /( 1-a )
æ ö
ln(Y /L )
s
= ln A(t ) + ln .çç
*
÷÷ Þ = =g
è n + g +d
j j
ø Yj / Lj Aj
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais
• No longo prazo, as dinâmicas de renda per capita de duas regiões serão sempre as
mesmas se estas apresentarem a mesma taxa de progresso tecnológico
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais
• Dinâmica transitória
– O modelo também permite observar possíveis disparidades entre regiões com respeito
às dinâmicas para o equilíbrio de longo prazo (dinâmica transitória)
– Para perceber este resultado note-se que a acumulação por trabalho efetivo é dada pela
relação:
k! j / k j = sy j / k j - (n + g + d ) = sk aj -1 - (n + g + d )
O que indica que a taxa de acumulação de capital e, assim, produto na transição para
estado estacionário será mais alta na economia com menor nível inicial de capital
(região mais pobre)
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais
• Dinâmica transitória
– Graficamente
n+g+δ
sk a -1
kj ki k* k
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais
• Dinâmica transitória
– Tal expressão pode ser utilizada para expressar o crescimento da renda per
capita. Inicialmente, nota-se que:
a
æ Yj ö æKj ö 1-a !
ç ÷=ç ÷ A Þ g Y = ag K + (1 - a ) A
çL ÷ çL ÷ j j
A
è j ø è j ø Lj Lj
! A! ! A! !
k j / k j = gKj - Þ gKj = k j / k j + = k j / k j + g
L
A L
A
j j
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais
– Finalmente,
A!
g Y j = ag K j [ ]
+ (1 - a ) = a sy (ja -1 / a ) - (n + g + d ) + ag + (1 - a )g
A
Lj Lj
! Y $(
α −1)/α
.A(
1−α )/α
g Y j = α s ## j && − α ( n + δ ) + (1− α ) g
Lj " Lj %
Na verdade este resultado pode ser aplicado para análise das trajetórias se
crescimento de duas economias (ex. regiões): se tais economias apresentam
parâmetros comuns (tx. de poupança, progresso técnico e tecnologia), a mais
pobre crescerá mais rapidamente. Tal propriedade é conhecida na literatura
como convergência entre tal conjunto de economias.
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais
n+g+δ
sk a -1
K01 k02 k*
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades
regionais
n1+g1+δ
n2+g2+δ
gi = α + β ln y0i + ei
Onde gi é ataxa de crescimento da renda per capita e y0 é a renda per
capita incial. Para convergência absoluta: estimativa para β <0
gi = α + β ln y0i + Xiγ + ei
onde, agora, Xi representa um vetor de variáveis que inclui variáveis que
determinam nível de renda per capita de longo prazo (investimento em capital
humano, por exemplo). Para convergência condicional: estimativa para β <0
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais
0,4
0,3
0,2
0,1
0
100 200 300 400 500 600 700 800 900
-0,1
-0,2
-0,3
-0,4
-0,5
-0,6
-0,7
8.3 Modelo Neoclássico de crescimento e disparidades regionais