Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo:
Neste artigo temos a pretensão de apresentar em linhas gerais as teses defendidas pela Nova
Crítica do Valor (NCV), além de referências sobre alguns de seus precursores. Pela designação NCV
entendemos uma frente da batalha de ideias anticapitalistas, que surgiram e se desenvolvem em torno
de coletivos teóricos que se apresentam publicamente sobretudo por intermédio de publicações aber-
tas, em especial as revistas alemãs Krisis e Exit!.
palavras-chave: Crítica do valor. Crítica do trabalho. Pós-marxismo.
Abstract:
In this article we claim to present an overview of the theses defended by the New Critique
of Value (NCV), and references to some of their precursors. By NCV we mean a field of the battle for
anti-capitalist ideas that emerged and developed around theoretical groups that present themselves
publicly through open publications, in particular the German journals Krisis and Exit!.
Keywords: Critique of Value. Critique of labor. Post-Marxism.
Introdução
1 Professor Adjunto no Departamento de Sociologia e Ciência Política da UFMT. Mestre em Estudos de Cultura
Contemporânea pela UFMT e Doutor em Sociologia pela UNICAMP.
omistas, para designar a figura do detentor de bens e valores que os emprega para obter lucros. Foi
usado nesse sentido por Adam Smith (1723-1790) e por Anne Turgot (1727-1781), por exemplo. Se
nos restringíssemos à definição dada por estes autores capitalismo significaria o sistema econômico
que tem em seu centro a figura do capitalista. Anticapitalismo, neste contexto, seria apenas a teoria e
a prática que combateriam a figura do capitalista. Esta definição, todavia, seria extremamente prob-
lemática, uma vez que para muitos dos autores deste período, como François Quesnay (1694-1774) e
o próprio Turgot, o representante mais exemplar de capitalista é o fazendeiro e não o empreendedor
da indústria (JESSUA, 2011). Seria preciso uma ideia consistente sobre o que é o capitalismo para
que sua crítica intelectual e prática possa ter também consistência.
É neste sentido que dizemos que a teoria anticapitalista consistente nasceu junto com o tra-
balho e a prática de Karl Marx (1818-1883) e seus colaboradores. E isto pela simples razão de que
antes dele ainda não era possível vislumbrar com nitidez os contornos do que seria “capitalismo”. Do
ponto de vista descritivo, a princípio, poderíamos considerar o capitalismo como a grande indústria,
movimentada pela economia monetária do trabalho assalariado, regulada pelo estado-nação.
Poder-se-ia dizer que bem antes de Marx já havia ideias comunistas rondando a moderni-
dade, como as do publicista francês François Noël Babeuf. É perfeitamente possível considerar
Babeuf um comunista (ainda que um comunista “primitivo” ou “proto-comunista”) pois é com ele
que pela primeira vez se torna claro um programa político e social de igualitarismo de tipo comuni-
sta (VOVELLE, 2000); trata-se de um político e intelectual que se junta à longa corrente daqueles
que fizeram de suas próprias vidas uma batalha pela justiça e pela equidade. Contudo, dificilmente
poderíamos chamá-lo de anticapitalista, uma vez que a ordem social erguida pela grande indústria,
movimentada pela economia monetária do trabalho assalariado e regulada pelos estados-nação, ainda
não tinha se desenvolvido a ponto de delinear suas feições mais básicas.
Talvez ele pudesse ser considerado anticapitalista no sentido que a palavra “capitalista” tinha
para Quesnay, isto é, no sentido de um sistema econômico centrado na figura do capitalista individual,
cujo exemplar mais típico é o fazendeiro. E, de fato, a mais contundente das teses de Babeuf é contra a
propriedade privada da terra, que, segundo ele, deveria ser inteiramente nacionalizada e redistribuída
equitativamente; imposta apenas como propriedade coletiva. A propriedade privada, todavia, não é
um princípio capaz de abarcar nenhum dos pilares principais do capitalismo mencionados em nossa
descrição do capitalismo dada acima.
Com Marx nasce uma teoria anticapitalista como delineamento de uma prática comunista
concreta, para além de objeções morais e de idealizações acerca de uma sociedade futurista.
Ajudado pelo afastamento histórico, Ingo Elbe (2013)2 resumiu de modo formidável as leitu-
ras da teoria marxiana centrais até então realizadas. Segundo ele, depois dos escritos de Marx, temos
em nosso acervo crítico o marxismo, ou o marxismo tradicional, isto é, as interpretações dos escritos
2 Todas as citações deste artigo de Elbe foram traduzidas pelo autor deste artigo.
de Marx ligados primariamente aos partidos políticos e representativos de trabalhadores. Temos, ain-
da, os marxismos, ou modos dissidentes de leitura dos textos de Marx.
O marxismo tradicional é fundamentalmente aquele canonizado nas obras de Engels e Kaut-
stky e que serviram de base para o assim chamado marxismo-leninismo. Esta leitura se acostumou e
se adaptou inteiramente aos esquemas canônicos de leitura voltados para as camadas “exotéricas” das
obras de Marx, isto é, os textos do filósofo e líder operário que serviam sobretudo para a divulgação
e para a agitação política3. Os marxismos dissidentes, em especial o denominado marxismo ocidental
e a Nova Leitura de Marx (a neue Marx-Lektüre), se detiveram em uma leitura do Marx “esotérico”,
isto é, nos textos marxianos com maior densidade e alcance analítico e crítico.
Outrossim, os marxismos dissidentes se desenvolveram amiúde fora dos partidos e mesmo
de grandes instituições de pesquisa (exceção é a Escola de Frankfurt) na condição sobretudo de um
marxismo underground.
Ainda segundo Elbe, o marxismo tradicional tem como um de seus cânones mais impor-
tantes a obra Anti-Dühring [1877] (1976) de Engels. Kautsky nunca escondeu o fato de que todos os
intelectuais à sua volta liam O Capital de Marx pelas lentes deste livro de Engels; em grande medida
pode-se dizer que o marxismo tradicional é um “engelsianismo” (2013, p. 2/13). Três são os pilares
do marxismo tradicional, segundo Elbe: 1) a tendência ao determinismo ontológico; 2) a interpre-
tação historicista do método formal-genético e 3) a crítica do estado restrita ao conteúdo. Veremos a
seguir rapidamente cada um destes pilares.
3 Segundo Marcel Van der Linden (1997, p. 448) o primeiro a propor a distinção entre um Marx “exotérico” e um
Marx “esotérico” foi Stefan Breuer (1977). Distinção esta que exerceu um papel crucial em Robert Kurz ([1998], 2005) e
nos demais autores da NCV.
Reduzida ainda mais às “três leis da dialética” e aos “cinco modos de produção”, a doutrina
engelsiana do desenvolvimento foi elevada à categoria de doutrina oficial de estado pelo stalinismo.
A potência do estado soviético era constantemente proclamada como advinda da capacidade de seus
dirigentes de “aplicar conscientemente” e de “acelerar” os movimentos da história com base no con-
hecimento de suas “leis”, em um misto paradoxal de voluntarismo e determinismo: a vontade tudo
pode na medida em que se conhece e aplica o conhecimento sobre as leis de movimento da realidade
objetiva independente dos agentes envolvidos nesta.
Segundo Ingo Elbe, neste tópico o marxismo-leninismo é, ainda mais explicitamente, engel-
sianismo. A interpretação de Engels da simultaneidade histórica e lógica do livro 1 de O Capital é a
dominante nos cem anos que sucederam a primeira publicação deste livro.
A interpretação engelsiana da crítica da economia política marxiana como uma obra fun-
damentalmente histórica, apenas refletindo “logicamente” o desenvolvimento histórico é o funda-
mento da tese de Hilferding de que “de acordo com o método dialético, a evolução conceitual corre
em paralelo com a evolução histórica” (HILFERDING apud ELBE, 2013, p. 5/13). Mesmo um dos
marxismos dissidentes, o chamado marxismo ocidental, seguiu em grande medida esta tese de En-
gels-Hilferding.
4 As aspas indicam citações de Engels de sua resenha à Contribuição à Crítica da Economia Política (1859) de
Marx.
O principal resultado desta tese é a visada ao passado com categorias e conceitos próprios
das sociedades capitalistas. Toda a história humana passa a, indiferentemente, ser uma história da
apropriação do trabalho alheio. Entretanto, a especificidade das categorias valor e dinheiro são intei-
ramente subestimadas e a distinção marxiana entre valor e forma valor fica inteiramente obscurecida5.
Até os anos 60, os teoremas de Engels continuam a ser transmitidos sem disputas.
Junto com sua fórmula (uma vez mais tirada de Hegel) da liberdade como sendo a
consciência da necessidade, e os paralelos esboçados entre as leis naturais e os pro-
cessos sociais, eles deram sustentação para um “conceito de emancipação” sócio-tec-
nológico de acordo com a seguinte premissa: a necessidade social (sobretudo a lei
do valor), que opera anarquicamente e descontroladamente no capitalismo será, por
meio do marxismo como ciência das leis objetivas da natureza e da sociedade, ge-
renciadas e aplicadas de acordo com um plano. Não o desaparecimento das deter-
minações de forma capitalistas, mas, antes, seu uso alternativo é o que caracteriza
este “socialismo de adjetivos” (termo de Robert Kurz) e esta “economia política
socialista” (ELBE, 2013, p. 5/13).
Em Ludwig Feuerbach Engels afirma que o fato de todas as necessidades nas socie-
dades de classe serem articuladas através da vontade do estado é “o aspecto formal
do tema – aquele que é autoevidente”. A questão principal para uma teoria materi-
alista do estado, entretanto, é “qual é o conteúdo desta vontade meramente formal?”
A resposta desta questão, baseada puramente baseada em conteúdo, concernente à
vontade do estado é para Engels o reconhecimento de “que na história moderna a
vontade do estado é, como um todo, determinada pelas necessidades cambiantes da
sociedade civil, em face da supremacia desta ou daquela classe, em última análise
pelo desenvolvimento das forças produtivas e das relações de troca” (ELBE, 2013,
p. 5/13)7.
Gert Schäfer (1990, p. 99) já havia compreendido bem os limites desta concepção engelsi-
ana:
Mais tarde [em relação a 1886, JN] Engels assegurou que “nós todos” colocamos e
5 A observação de Marx em uma nota de O Capital (1996, p. 205, n. 119) contra Smith e Ricardo, caberiam, pois,
como uma luva para o próprio Engels e seus seguidores.
6 Para um estudo marxológico que separa cuidadosamente as considerações de Marx das de Engels a respeito do
estado, cf. Tamy Pogrebinschi (2009), para um estudo confrontando os textos de Marx e os de Engels, cf. Norman Levine
(1975).
7 As aspas indicam citações de Engels de Ludwig Feuerbach.
tínhamos que colocar “o acento principal na dedução das ideias políticas, jurídicas e
semelhantes, bem como nas ações mediadas através destas ideias, a partir das relações
econômicas básicas”. “E ao fazer isto descuidamos do lado formal em benefício do
conteúdo: o modo como estas ideias, representações, etc., surgem”. Engels consid-
erou esta falta de mediação entre conteúdo e forma (“sempre dei por esta falta post
festum”) como um dos “lados da coisa, a qual... todos nós descuidamos, muito mais
do que ela merecia” (Engels a Franz Mehring, 14/07/1893).
Retomando as observações de Schäfer, Elbe percebe que, para Engels, o estado e seus des-
dobramentos políticos e jurídicos passam a ser explicados quase que inteiramente pelo seu respectivo
poder e pertencimento de classe. “A partir deste modo de considerar o estado histórico-universal-
mente fixado no conteúdo, pode-se deduzir que Engels perde de vista a questão realmente interes-
sante, nomeadamente, sobre o porquê do conteúdo de classe no capitalismo tomar a forma específica
da autoridade pública” (2013, p. 5/13).
O resultado mais importante desta visão estreita do marxismo tradicional é que ele concebe
o planejamento econômico estatal e a socialização direta como equivalentes. A tarefa do movimento
operário passaria a ser “comandar” o poder centralizador, planejador e monopolizador advindo do
desenvolvimento mesmo do capitalismo, alterando-lhe somente o conteúdo classista, que, ademais,
seria uma consequência natural da “obsolescência” da classe burguesa. E aqui novamente, caberia
uma longa mas crucial observação de Gert Schäfer:
O estado, concebido apenas por intermédio de uma fixação de conteúdo, passa a ser deter-
minado inteiramente pela classe social que tem dominância sobre seu aparelhos, sendo as classes, por
sua vez, determinadas sobretudo pela propriedade privada dos meios de produção; sendo esta última
determinação, não obstante, inelutavelmente jurídica ela própria.
Lenin escrevia com toda clareza em 1917 que para ele “transição socialista” significava que
8 A expressão “marxismo ocidental”, como lembra Elbe, parece ter vindo logo que História e Consciência de
Classe foi publicado. Ela serve como referência geral mas já foi bastante e acertadamente criticada como referência a um
conjunto de teses ou uma “escola”. O uso da expressão foi consagrado por Perry Anderson (1976)
… o grande recurso cultural que Marx usava na crítica da economia política – o ide-
alismo clássico alemão – não estava sujeito aos mesmos problemas de recepção do
pensamento hegeliano que em outros países. Assim, enquanto na Itália e na França
as novas leituras de Marx tendiam para um preconceito anti-Hegel como reação
em face dos modismos hegelianos anteriores e contra o “marxismo hegeliano”, os
debates alemães conseguiram esboçar um quadro mais matizado e informado do
vínculo Marx-Hegel. Um fato crucial foi que eles viram que ao descrever a estru-
tura lógica da totalidade real das relações capitalistas, Marx em O Capital ficou em
dívida não tanto com a concepção de Hegel de história dialética, mas com a dialética
sistemática da Lógica. Assim, o novo marxismo crítico, algumas vezes denominado
depreciativamente de Kapitallogik tinha menos em comum com o marxismo crítico
anterior de Lukács e de Korsch do que com o de Rubin e Pachukanis. A Nova Leitu-
ra de Marx não era uma escola homogênea mas uma abordagem crítica envolvendo
sérios argumentos e discordâncias que não obstante compartilhavam um certo dire-
cionamento (ENDNOTES, 2010, p. 5/17)
Três são os autores mais expressivos deste primeiro momento da Nova Leitura de Marx:
Hans-Jürgen Krahl10 (1943-1970) cujos escritos mais importantes foram recolhidos em Constituição
e Luta de Classes ([1971], 2008), Hans-Georg Backhaus, cuja obra principal, que foi gestada desde
esses anos é Dialética da forma-valor ([1997], 2011) e Helmut Reichelt, o mais conhecido deles,
cuja obra Sobre a estrutura lógica do conceito de capital em Karl Marx (2013) , pode ser apontada
como a mais importante da primeira “rodada” de debates da Nova Leitura de Marx. Krahl, Backhaus
e Reichelt significam tanto uma ruptura quanto um desenvolvimento da reflexão filosófico-crítica da
Escola de Frankfurt. Mais ainda: a Nova Leitura de Marx rompeu definitivamente com os limites
engelsianos que comprimiam a leitura dos textos de Marx e as críticas do capitalismo delas derivadas.
9 Outras releituras importantes deste momento foram as de Tronti e do obreirismo na Itália e a do estruturalismo
de Althusser na França, que, todavia, estão mais próximas das tentativas de releitura de Marx do marxismo ocidental e de
seus limites.
10 Curiosamente, Krahl foi um dos líderes do movimento estudantil antiautoritário que interrompeu uma aula de
Adorno em protesto, e Adorno, em resposta, chamou a polícia em um polêmico episódio que antecedeu sua morte em
1969. Krahl morreu em um acidente de carro no ano seguinte.
Saído diretamente do debate aberto pela Nova Leitura de Marx, o assim chamado “debate
derivacionista” recolocou em questão o problema do estado, de um modo profundamente divergente
do modo engelsiano-leninista. O modo distinto conforme o qual Pachukanis colocou o problema foi
redescoberto. Lembremos da proposição pachukaniana:
Ainda que não se mostre consciente disso, Pachukanis colocou as premissas engelsianas
em cheque, de um modo muito semelhante àquele de Isaak Rubin (1980) ao tratar dos problemas da
crítica da economia política11. É por esta picada que avançam os autores dos debates derivacionistas,
dentre os quais se destaca Joachim Hirsch (1990, 2010)12.
11 Como faz notar Endnotes (2010, p. 16/17, n. 51), Rubin pouco influenciou os debates alemães inicialmente.
12 Para materiais sobre o debate derivacionista cf. (HOLLOWAY & PICCIOTO, 1978).
destes debates, começamos a ver agora como na Alemanha o retorno crítico a Marx
sobre a base das lutas do final dos anos sessenta teve consequências concretas (e
muito radicais) para a forma que concebemos a superação do modo de produção
capitalista (ENDNOTES, 2010, p. 7/17)
Considerações finais
O debate aberto pela Nova Leitura de Marx, que pode ser caracterizado pelo recurso à di-
alética sistemática da forma valor se espalhou a seguir por vários países, sem que necessariamente
possamos encontrar nisso uma relação de influência direta, mas de simultaneidade. Diversos autores
mais ou menos ligados a movimentos sociais e mais ou menos acadêmicos, se detiveram nas questões
postas pela crítica marxiana das formas sociais do valor. Estes autores podem ser relacionados aqui
no que segue (de modo não exaustivo): Roman Rosdolsky (2001), Cristopher Arthur (2004), Alfredo
Saad-Filho (2002), Werner Bonefeld (1992), Michael Eldred (2010), Michael Heinrich (2004), Pat-
rick Murray (2005), Geert Reuten (2005), Fred Moseley (2004), Felton Shortall (1994), Ruy Fausto
(1983, 2002), Tony Smith (1993), Claudio Napoleoni (1980, 1988), Jean-Marie Vincent (1987), Ingo
Elbe (2010, 2013), Massimo De Angelis (2007), e, a nosso juízo, em destaque: Slavoj Žižek (2012,
2013), Moishe Postone (2006, 2014), John Holloway (2003, 2013) e Kojin Karatani (2003, 2014),
além da Nova Crítica do Valor, com autores como Robert Kurz (1993, 1997, 2003, 2004, 2005a,
2005b) e Anselm Jappe (2006, 2013) para nomear apenas dois.
Referências bibliográficas
ANDERSON, Perry. Considerações sobre o marxismo ocidental. Tradução: Carlos Cruz. Porto:
Afrontamento, 1976.
ARTHUR, Christopher J. The New Dialetic and Marx’s Capital. Leiden/Boston: Brill, 2004.
BACKHAUS, Hans-Georg. Dialektik der Wertform – Untersuchungen zur marxschen Ökonomiekri-
tik. 2ª ed. Freiburg: Ça ira, 2011.
BIDET, Jacques; KOUVELAKIS, Stathis. Critical Companion to Contemporary Marxism. Chicago:
Haymarket Books, 2009.
BONEFELD, Werner. Social Constitution and the form of Capitalist State. IN GUNN, Richard et alii.
Open Marxism. Vol I. Dialectics and History. London: Pluto Press, 1992.
BREUER, Stefan. Die Krise der Revolutionstheorie- Die Negative Vergesselschaftung und Arbeit-
metaphysik bei Herbert Marcuse. Frankfurt am Main: Syndikat Autoren, 1977.
ELBE, Ingo. Marx im Westen – Die neue Marx-Lektüre in der Bundesrepublik seit 1965. 2ª ed. Ber-
lin: Akademie Verlag GmbH, 2010.
__________Between Marx, Marxism, and Marxisms – Ways of Reading Marx’s Theory. ViewPoint
Magazine. Disponível em http://viewpointmag.com/2013/10/21/between-marx-marxism-and-marx-
isms-ways-of-reading-marxs-theory/ (tradução de Alexander Locascio), 2013.
ELDRED, Michael. Critique of Competitive Freedom and the Bourgeois-Democratic State. 2ª ed.
KARATANI, Kojin. Transcritique. On Kant and Marx. Tradução: Sabu Kohso. Cambridge, MIT
Press, 2003.
________________. The Structure of World History. From modes of production to modes of ex-
change. Tradução: Michael Bourdaghs. Durhan/London: Duke University Press, 2014.
KRAHL, Hans Jürgen. Konstitution und Klassemkampf: Zur historischen Dialektik vön bürgerlich
Emanzipation und proletarischer Revolution. 5ª ed. Frankfurt am Main: Neue Kritik, 2008.
KRISIS. Manifesto Contra o trabalho. Tradução: Heinz Dieter Heidemann e Claudio R. Duarte. São
Paulo: Conrad, 2003.
KURZ, Robert. O Colapso da Modernização. 2ª ed. Tradução: Karen Elsabe Barbosa. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1993.
_____________. Os últimos combates. Petrópolis: Vozes, 1997.
_____________. Para lá da luta de classes. Exit! On-line em português; Disponível em http://obeco.
planetaclix.pt/rkurz139.htm, 2003.
_____________. Com todo vapor ao colapso. Juiz de Fora: UFJF/Pazulin, 2004.
_____________. O duplo Marx. Exit! Online em Português. Disponível em http://obeco.planetaclix.
pt/rkurz8.htm, 2005a.
______________. A Substância do Capital. 1ª parte. Exit! Online em Português. Disponível em
http://obeco.planetaclix.pt/rkurz203.htm, 2005b.
_____________. Razão Sangrenta. Ensaios sobre a crítica emancipatória da modernidade capitalista
e de seus valores ocidentais. Tradução: Fernando R. de Moraes Barros. São Paulo: Hedra, 2010.
LêNIN, Vladimir Ilitch. O Estado e a Revolução. Campinas: FE/IFCH, 2011.
LEVINE, Norman. Tragic Deception: Marx contra Engels. Pennsylvania: Clio Books, 1975.
MARX, Karl. Ad Feuerbach IN LABICA, Georges. As “Teses sobre Feuerbach” de Karl Marx.
Tradução: Arnaldo Marques. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
___________. Grundrisse. Tradução: Nélio Schneider e Mario Duayer. São Paulo: Boitempo, 2011.
___________. O Capital. Livro 1. Tomo 1. Tradução: Regis Barbosa e Flavio R. Kothe. São Paulo:
Abril Cultural, 1996.
MERLEAU-PONTY, Maurice. As Aventuras da Dialética. Tradução: Claudia Berliner. São Paulo:
Martins Fontes, 2006.
MOSELEY, Fred. Money and Totality: Marx’s Logic in Volume 1 of Capital. IN BELLOFIORE,
Ricardo; TAYLOR, Nicola (ed.). The Constitution of Capital. New York: Palgrave Macmillan, 2004.
MURRAY, Patrick. Money as Displaced Social Form: Why value cannot be independent of price. IN
MOSELEY, Fred (ed.). Marx’s Theory of Money – Modern Appraisals. New York: Palgrave Macmil-
lan, 2005.
NAPOLEONI, Claudio. O Valor na Ciência Econômica. Tradução: Ana Falcão Bastos e Luís Leitão.
São Paulo/Lisboa: Martins Fontes/Presença, 1980.
_________________. Smith, Ricardo, Marx. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
NASCIMENTO, Joelton. Crítica do Valor e Crítica do Direito. Contribuição para uma crítica pós-
marxista da forma jurídica. São Paulo: PerSe, 2014. (no prelo).
POGREBINSCHI, Tamy. O Enigma do Político: Marx contra a política moderna. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2009.
POSTONE, Moishe. Time, Labor and Social Domination. Cambridge: Cambridge University Press,
2006.
REICHELT, Helmut. Sobre a estrutura lógica do conceito de capital de Karl Marx. Tradução: Nélio
Schneider. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
REUTEN, Geert. Money as Constituent of Value. IN MOSELEY, Fred (ed.). Marx’s Theory of Money
– Modern Appraisals. Palgrave Macmillan, 2005.
ROSDOLSKY, Roman. Gênese e estrutura de O Capital de Karl Marx. Tradução: César Benjamin.
Rio de Janeiro: EDUERJ/Contraponto, 2001.
RUBIN, Isaak Ilich. A Teoria Marxista do Valor. Tradução: José B. de S. Amaral Filho. São Paulo:
Brasiliense, 1980.
SAAD-FILHO, Alfredo. The Value of Marx Political Economy for contemporary capitalism.
London/New York: Routledge, 2002.
SCHÄFER, Gert. Alguns problemas decorrentes da relação entre dominação ‘política’ e ‘econômica’.
In: REICHELT, Helmut et alii. A Teoria do Estado - Materiais para a reconstrução da teoria marxista
do Estado. Tradução: Flavio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.
SHORTALL, Felton. The Incomplete Marx. Aldershot/Brookfield: Avebury/Ashgate, 1994.
SMITH, Tony. Dialectical Social Theory and Its Critics. From Hegel to analytical marxism and
postmodernism. Albany: State University of New York Press, 1993.
THERBORN, Göran. From marxism to Pos-Marxism? London/New York: Verso, 2008.
VAN DER LINDEN, Marcel. The Historical Limits of the Worker’s Protest: Moishe Postone, Krisis
and the “commodity logic”. International Review of Social History, nº 42, 1997.
VINCENT, Jean-Marie. Critique du travail: Le faire et l’agir. Paris: Presses Universitaires de France,
1987.
VOVELLE, Michel. Introdución a la historia de la Revolución francesa. Tradução: Marco Aurelio
Galmarini. Barcelona: Editorial Critica, 2000.
ŽIŽEK, Slavoj. Vivendo nos tempos do fim. Tradução: Beatriz Medina. São Paulo: Boitempo, 2012.
____________. Menos que nada. Tradução: Rogério Bettoni. São Paulo: Boitempo, 2013.