Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ABORDAGEM PSICANALITICA
MATUPÁ, 27-04-2020
PRIMEIRA SESSÃO
A SEGUNDA SESSÃO:
Em nossa segunda sessão, como temos um foco, direcionei meu cliente a falar mais
sobre seu envolvimento com as drogas e qual explicação ele dava para este envolvimento ,
quais os sentimentos ou justificativas usava para explicar e manter seu vício.
Além da redução dos sintomas, através das técnicas da psicanalise, trabalhamos para
alcançar uma expansão intrapsíquica, no sentido do aumento do conhecimento sobre si
mesmo que posteriormente reflete no aumento de possibilidades de escolha do meu cliente.
Para que toda essa interpretação e este autoconhecimento aconteçam, procurei estabelecer
com meu cliente um vínculo de total confiança possibilitando no setting terapêutico um lugar
onde o paciente se sentisse à vontade para falar tudo que tivesse que falar.
TERCEIRA SESSÃO
A droga é significada dentro da rede de elementos em que cada sujeito se estrutura
psicologicamente, logo de maneira única para cada um. Na terceira sessão buscamos falar
sobre o objeto de angustia que estava por trás do uso da droga, pois sabemos que este uso
consiste em um recurso para alivio de angustia.
Embora a ingestão da droga propicie um efeito imediato de prazer, a compulsão que
deriva do seu uso contínuo produz sofrimento, pois aprisiona o sujeito a um modo de
satisfação libidinal exclusivamente através da droga. Este aprisionamento remete a outra
modalidade de obtenção de prazer regulada pelo regime do gozo. Neste circuito, só o recurso
solitário da droga satisfaz. Com isso, o sujeito passa a não reconhecer outras formas de busca
de prazer. Na sessão inicial o paciente acreditava que a droga não lhe trazia malefícios, já em
nossa terceira sessão conseguia compreender como a droga ocupava um lugar em sua vida,
de certo modo preferencial, onde o ato de fumar se tornou a única forma de prazer absoluta
que encontra, substituindo momentos em família por momentos com a droga, ou seja ele
conseguiu compreender que sim, o uso da droga gera malefícios físicos e sociais em sua vida,
e embora não admitisse inicialmente que havia uma angustia por trás deste uso, que fumava
só porque gostava de fumar, o paciente conseguiu compreender também através da técnica
de associação livre e interpretação que por trás do uso da droga há uma angustia em relação
ao seu passado que lhe gera sofrimento e como meio de anestesiar esta angustia ele passou a
utilizar a droga.
QUARTA SESSÃO
Na quarta sessão continuamos focados no tema especifico previamente definido na
primeira sessão. Ao compreender o papel que a droga assumiu em sua vida e visualizar fatos
do passado que influenciaram no atual vicio, a motivação para parar de usar a droga aumentou
significavelmente e também o próprio falar foi terapêutico.
O tratamento para abuso de substancias geralmente é longo, mas quando o paciente se
encontra com um alto grau de motivação e consegue compreender o papel da droga na sua
vida, as mudanças e resultados acontecem de forma mais rápida.
A mente é povoada por modelos de relações com o outro (objeto) e consigo (Self), que
são construídos ao longo de toda a vida, a partir das projeções e introjeções de impulsos
amoroso e agressivos. Nesta sessão em especifico trabalhamos na interpretação dos modelos
de relação que o paciente havia construído sobre si e sobre o mundo e posteriormente
atribuímos a estes novos modelos mais adaptativos, com uma compreensão diferenciada da
antiga, onde a angustia que meu paciente possuía pode ser dissipada na formação de um novo
modelo de relação.
QUINTA SESSÃO
4.1 A avaliação:
4.2 O término:
Em nossa última sessão explanei sobre os resultados obtidos com o processo
psicoterapêutico e expliquei ao meu paciente que o tratamento para abuso de drogas é um
processo continuo. O paciente havia tomado a iniciativa de suspender a droga e agora teria
que lidar com os efeitos da abstinência e então recomendei que o mesmo procurasse um
médico para avaliar a necessidade de uso de um fármaco para auxiliá-lo no alivio dos
sintomas gerados pela falta da droga. Seria ótimo se continuássemos o tratamento, mas já que
agora esta opção não tem validade, encerramos o processo psicoterapêutico, ambos felizes
com o resultado alcançado.