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União das Faculdades de Mato Grosso UNIFAMA.

Maria Caroline Martins Nervis, 8° semestre.

TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

MATUPÁ/ 30-03-2020
PRIMEIRA SESSÃO
O paciente Eduardo Ramom Luffe, tem 25 anos, é formado em odontologia, casado há
5 anos e pai de uma menina de 4 anos. É bem sucedido na profissão, porém pretende
trabalhar em outro ramo (marketing na internet). Paciente é usuário de droga há 7 anos.
Começou a usar quando ainda estava na universidade (19 anos). Relata que desde criança se
irrita com muita facilidade, e sente-se sempre muito ansioso. Não gosta de frequentar festas
ou lugares com muitas pessoas, mesmo que seja da própria família. Acredita que a droga o
acalma, ajuda ele a se concentrar e estudar. Eduardo procurou psicoterapia porque está
preocupado com sua saúde no futuro. Acredita que a droga lhe traz muitos benefícios, porém
tem medo de que possa interferir na sua saúde física futuramente e gostaria de tentar parar
de fumar.
Durante a primeira sessão estabeleci confiança e rapport com meu paciente, expliquei
para o ele sobre o processo da terapia cognitiva e sobre o modelo cognitivo (ou seja, como
seus pensamentos influenciam suas emoções e comportamentos). Coletei informações de sua
história ( queixa atual, história do problema, antecedentes, comorbidades).
Utilizei as informações para estabelecer uma meta compartilhada com o paciente.
Estabelecemos juntos o número de sessões, valor da sessão, horário e frequência.
Estabelecemos uma agenda, da qual expliquei que durante nossas próximas semanas vamos
adequando/atualizando conforme houver necessidade.
O diagnóstico deste paciente pelo relato que o mesmo trouxe, sugere um transtorno
de ansiedade generalizada e também abuso de substancias. Para o tratamento expliquei ao
paciente que iremos aprender técnicas para lidar com a ansiedade e também trabalharemos
na identificação dos pensamentos disfuncionais e pensamento automáticos que levam o
paciente a possuir esta ansiedade exacerbada que o leva posteriormente ao uso de drogas.
Como o motivo principal trazido pelo paciente é a vontade de parar de fumar, deixei como
tarefa de casa, que o mesmo buscasse diminuir durante esta semana a frequência com que ele
utiliza a droga, utilizando apenas um dia sim, dia não. E também pedi que anotasse quais os
eram os pensamentos que tinha sempre que sentisse vontade de fumar.
Resumidamente, estabelecemos uma agenda, realizei uma checagem de humor,
identificamos os problemas e estabelecemos metas, eduquei o paciente sobre o processo
psicoterapêutico e o modelo cognitivo, identifiquei as expectativas do paciente em relação à
terapia, eduquei o paciente sobre seu transtorno e estabeleci a tarefa de casa. Antes de
encerrar a sessão explanei um resumo da nossa primeira sessão e pedi ao paciente que desse
um feedback. E assim encerramos nossa primeira sessão.

A SEGUNDA SESSÃO:
Na segunda sessão iniciei uma breve atualização do estado do paciente, fizemos uma
checagem de humor para verificar como o mesmo estava se sentindo e como havia passado a
semana. Realizei uma ponte com a sessão anterior, verificando se o paciente recordava o que
havíamos conversado e se desejava colocar algo mais em nosso roteiro já estabelecido.
Revisamos a tarefa de casa, verificando as anotações que o paciente havia realizado. Junto
com o paciente buscamos identificar quais eram os pensamentos automáticos e disfuncionais
associados ao uso da droga e qual a crença central que sustentava estes pensamentos. Realizei
com o paciente uma psicoeducação de como a droga produz um mecanismo de recompensa
em seu corpo e como os seus pensamentos disfuncionais reforçam o comportamento de abuso
das substâncias. Apresentei um quadro ao paciente com vantagens e desvantagens para o uso
da droga o que ajudou aumentar seu grau de motivação para parar de utiliza-la. Como nova
tarefa de casa pedi ao paciente que tentasse ficar sem fumar até nosso próximo encontro.
Realizei um resumo, pedi ao paciente um feedback e encerramos nossa segunda sessão.

TERCEIRA SESSÃO
Na terceira sessão iniciei uma breve atualização do estado do paciente, fizemos uma
checagem de humor para verificar como o mesmo estava se sentindo e como havia passado a
semana. Fizemos uma ponte com a sessão anterior e revisamos a tarefa de casa o paciente.
Verificamos a agenda e trabalhamos na modificação validação de seus pensamentos
disfuncionais, substituindo estes por pensamentos funcionais. Através da técnica de
validação dos pensamentos, revisamos a validade dos pensamentos e verificando que os
mesmos estavam distorcidos diante a realidade trabalhamos na substituição destes por novos
pensamentos reais adequados. Com o total corte da droga, o paciente começou a apresentar
sintomas que estavam influenciando no seu humor que estava ficando muito irritado e tenso.
Ensinei então ao meu paciente uma técnica de relaxamento com exercícios respiratórios e
relaxamento muscular progressivo, visando à diminuição da ansiedade e contribuindo no
manejo da fissura. Revisamos nosso quadro de vantagens e desvantagens sobre o uso da
droga e fizemos um novo quadro sobre as vantagens e desvantagens da fissura, com isso
aumentamos o grau de motivação do paciente para continuar sem utilizar a droga. Como
tarefa de casa, utilizando a técnica da distração, pedi ao paciente para que buscasse encontrar
formas de distrações que lhe geravam prazer, anota-las e realiza-las em casa. Isto o ajudará a
substituir o prazer que era gerado pelo uso da droga e também a controlar sua ansiedade.
Realizei um resumo. Pedi ao meu paciente um feedback e assim encerramos nossa terceira
sessão.

QUARTA SESSÃO
Na quarta sessão fizemos uma checagem de humor e atualizamos o estado do paciente.
Fiz uma ponte com a sessão anterior, revisando a tarefa de casa. Nesta sessão com objetivo de
prevenir recaída, fizemos cartões de enfrentamento com as vantagens que o paciente obteve
ao parar de utilizar a droga, os quais ele irá deixar nos locais da casa onde costumava fumar,
isto fará com que o paciente reflita sobre como o ato de utilizar a droga lhe gera benefícios e
atuará como um reforçador para não voltar usá-la. Realizamos um treinamento de
assertividade para que o paciente possa responder de forma adaptativa há pensamentos ou
pessoas que estimulem o uso da droga. Como tarefa de casa o paciente irá colar os cartões de
enfrentamento nos locais em que costumava usar a droga. Ao final da sessão realizei um
resumo sobre a nossa sessão e pedi um feedback. E assim encerramos a quarta sessão.

QUINTA SESSÃO

A avaliação:

A avaliação dos resultados, demonstrou como obtivemos êxito naquilo que o paciente
havia direcionado. Através das técnicas da teoria cognitiva comportamental, conseguimos
identificar as crenças centrais do paciente, modifica-las e assim substituir os pensamentos
disfuncionais para pensamentos adequados a realidade. Trabalhando a restruturação cognitiva
conseguimos fazer com que o paciente modificasse os pensamentos que o levavam a acreditar
que era dependente do uso da droga e que só era capaz de se acalmar através disso. Através
das técnicas de relaxamento conseguimos controlar os sintomas de fissura e ansiedade. Com a
técnica da distração, substituímos o prazer que antes só era obtido através do uso da droga por
atividades saldáveis que não geravam desvantagens e com o uso da técnica de cartões de
enfrentamento, reforçamos o comportamento de que não utilizando a droga ele obteria muitas
vantagens.

O término:

Em nossa ultima sessão realizei um resumo de tudo aquilo que fizemos durante o
processo psicoterapêutico, recapitulando nossas metas e agenda, demonstrando como
havíamos alcançado aquilo que o paciente desejava. Pedi ao paciente um feedback sobre todo
processo terapêutico e o comuniquei sobre a importância de continuar exercendo na sua vida
tudo aquilo que aprendeu durante o processo psicoterapêutico. Nos despedimos, e assim
encerrei a quinta e ultima sessão.

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