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ROTEIRO DE SESSÃO DE AVALIAÇÃO

1. DEFINIÇÃO DA PAUTA – oferecendo previsibilidade e dizer o que esperar

Hoje vou precisar te fazer muitas perguntas para que eu possa entender melhor o seu caso e,
caso seja preciso, fazer um diagnostico. Talvez eu precise te interromper ou perguntar
novamente para ter a informação que preciso, se isso te incomodar, voce me avisa?

Agora vou te dizer o que esperar, esse momento é o que chamamos de “definição de pauta”, é
o que vamos fazer no inicio de cada sessão.

Primeiro, vou perguntar o que te motivou a buscar por terapia, quais são seus sintomas e
como tem funcionado no seu dia-a-dia e sobre a sua história.

Depois, vou perguntar o que está indo bem na sua vida e quando foi o melhor período da sua
vida. Depois vou pedir que você me conte alguma coisa que acha que eu deveria saber. Está
tranquilo para você?.

Após isso, vou te explicar um pouco como funciona a TCC e te dar minha visão sobre seu caso
segundo ela. Depois, vou te perguntar como tudo isso parece para você.

No final, vamos definir os objetivos amplos para o seu tratamento, sobre como você gostaria
que su vida fosse diferente e especificar na próxima sessão. Então vou lhe perguntar se você
tem alguma pergunta ou preocupação. OK? Mais alguma coisa que deseja abordar hoje?

AVALIAÇÃO

Queixa principal – o que te motivou a buscar por terapia?

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Sintomas – a partir do problema, anote seu pensamento, emoção e comportamento

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- nos sintomas – quando começou, tem a ver com algum evento traumático, qual a frequência
e intensidade dos sintomas, eles acontecem sempre que vem a situação fóbica?

Como tem funcionado – como é sua rotina diária, o que faz desde a hora em que acorda até a
hora em que vai dormir?

- como você passa seu tempo, seu dia - ‘’ você pode me contar o que faz desde a hora em que
acorda pela manhã até a hora em que vai dormir à noite?” fim de semana é diferente?

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PONTOS POSITIVOS

Quando foi o melhor período da sua vida? O que fez deste esse melhor período?

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Pontos fortes – se eu perguntasse para um amigo seu, quais seriam os pontos fortes que ele
diria sobre você?

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DEFININDO OBJETIVOS E RELATANDO SEU PLANO DE TRATAMENTO GERAL

- agora eu gostaria de definir com voce alguns objetivos e te dizer como acho que você vai
melhorar:

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- “Depois definiremos objetivos mais específicos para o tratamento. A cada sessão,


trabalharemos em direção aos seus objetivos. Vamos descobrir que obstáculos podem
interferir e faremos solução de problemas.”

“Então este será nosso plano de tratamento geral: definir os objetivos, começar a trabalhar na
direção deles, um por um, e aprender habilidades. De fato, é assim que as pessoas melhoram,
fazendo pequenas mudanças em seu pensamento e comportamento todos os dias. [solicitando
feedback ] Agora me diga, existe algo no que eu acabei de dizer que não lhe pareceu correto?”

ESTABELECER COLABORATIVAMENTE UM PLANO DE AÇÃO

- fácil para que o paciente se acostume a ideia de que é importante que ele prossiga no
trabalho da sessão durante a semana

Plano de ação:

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RESUMIR A SESSAO E PEDIR FEEDBACK

- resumir para dar ao paciente um quadro claro do que foi feito, relembrando-o de que o
tratamento começará na semana seguinte.

- “Alguma pergunta final? Ou houve alguma coisa que você achou que eu entendi mal ou não
entendi?”
PRIMEIRA SESSÃO

-mO objetivo mais importante na primeira sessão é inspirar esperança. Você faz isso
fornecendo psicoeducação (p. ex., pesquisas mostram que a terapia cognitivo-comportamental
[TCC] é efetiva para o problema do cliente), reiterando o plano de tratamento geral,
expressando diretamente sua confiança de que você pode ajudar o cliente a se sentir melhor e
identificando os valores, aspirações e objetivos dele.

- Tente identificar um ou mais dos pensamentos automáticos do cliente em algum momento


durante a sessão. Depois você pode introduzir ou reintroduzir o modelo cognitivo. Ou pode
apresentar um exemplo.

- procure oportunidades durante a sessão para gerar emoções positivas, por exemplo, fazendo
os clientes criarem uma imagem visual nas suas mentes em que concretizam suas aspirações,
tendo uma breve conversa sobre seus interesses e valores e/ou usando autoexposição.

VERIFICAÇÃO DO HUMOR

- dar a justificativa de que nos ajuda a verificar se ele está fazendo progresso com o passar do
tempo

- é bom pedir que o cliente classifique seu sentimento de bem-estar em uma escala de 0 a 10.
É especialmente crítico verificar o nível de suicidalidade do cliente. Neste caso, faça uma
avaliação do risco (Wenzel et al., 2009) para determinar se você precisará passar a próxima
parte da sessão (ou a sessão inteira) desenvolvendo um plano para manter o cliente seguro.

- Também pode ser importante verificar mais especificamente outros problemas, como sono,
sintomas de ansiedade e comportamentos impulsivos.
- “Como você se sentiu esta semana?” - certifique-se de que ele não esteja relatando como se
sente apenas naquele dia, mas que está lhe fornecendo uma visão geral do seu humor na
última semana.

- Avise o cliente que você gostaria de continuar verificando seu humor a cada semana

VERIFICAÇÃO DA MEDICAÇÃO/OUTROS TRATAMENTOS

- Quando os clientes tomam medicação para suas dificuldades psicológicas, você irá verificar
brevemente a adesão, os problemas e os efeitos colaterais. É importante formular a questão
da adesão em termos da frequência – não: “Você tomou sua medicação esta semana?”, mas
“Quantas vezes nesta semana você conseguiu tomar sua medicação na forma prescrita [pelo
médico]?”.

- quando o seu cliente estiver tomando medicação ou recebendo um tipo de tratamento


diferente, você deve obter a permissão dele e então periodicamente contatar seu médico para
trocar informações. Você pode ajudar o cliente a responder aos obstáculos que estão
interferindo na sua adesão plena. Quando o cliente tem preocupações com questões como
efeitos colaterais e adição aos medicamentos, ajude-o a anotar perguntas específicas para
fazer ao seu médico e sugira que anote as respostas do médico.

DEFINIÇÃO DA PAUTA INICIAL

- Quando você explica a justificativa sobre porque estruturar a sessão, deixa o processo da
terapia mais compreensível para os clientes – o que ajuda a obter sua participação ativa de
uma forma estruturada e produtiva

- “o que eu gostaria de fazer agora é definir a pauta. [fornecendo uma justificativa] A razão
para definirmos uma pauta é que eu possa descobrir o que é mais importante para você e
então possamos descobrir juntos como usar nosso tempo. Já que esta é nossa primeira sessão,
temos muito a discutir, e teremos menos tempo para falar sobre os itens da sua pauta.
Teremos muito mais tempo a partir da próxima semana. (pausa) Tudo bem?”

- “A primeira coisa que quero fazer é ter uma atualização do que aconteceu entre a última
sessão e esta [fornecendo uma justificativa] para que eu possa ver se há outras coisas
importantes para incluirmos hoje. Eu gostaria de ver o que você conseguiu fazer no seu Plano
de Ação e depois conversar um pouco sobre seu diagnóstico.”

- “também definiremos alguns objetivos e, se tivermos tempo, falaremos sobre algumas coisas
que você pode fazer esta semana como parte do seu novo Plano de Ação.”

- Esteja alerta a questões potencialmente importantes que surjam durante a sessão. Você e o
cliente podem decidir juntos se uma nova questão é mais importante do que as da pauta
original. Mas seja cuidadoso, não deixe que o cliente se desvie e fale sobre um problema
diferente sem chamar a atenção dele para isso. Se isso acontecer, tome uma decisão
colaborativa sobre continuar a falar sobre o novo problema ou retornar ao original.

ATUALIZAÇÃO E REVISÃO DO PLANO DE AÇÃO

- “O que aconteceu entre a última sessão e esta que eu deva saber?”. Isso conduz a uma
recontagem de experiências negativas, em especial no começo do tratamento. Então
perguntaríamos: “O que aconteceu de positivo?”. Como você verá a seguir, na terapia
cognitiva orientada para a recuperação , tendemos a começar por experiências positivas e
ajudamos os clientes a tirarem conclusões adaptativas. A atualização frequentemente está
entremeada com uma revisão do Plano de Ação.

- exemplo de tirar conclusão positiva – diante do relato da experiência positiva, faço Abe focar
nessa experiência e tirar conclusões positivas sobre ela e sobre si mesmo.

➢ “ Então, o que teve de bom em levá-lo?”


➢ [fazendo mais perguntas para ajudar Abe a reexperimentar o evento positivo]
➢ [tentando despertar uma crença nuclear positiva] Abe, o que isso lhe diz sobre você, o
fato de ter conseguido levá-lo para tomar sorvete?

REVISANDO O PLANO DE AÇÃO

- Se você e o cliente combinaram um Plano de Ação durante a avaliação, é importante


descobrir o que ele fez e em que medida isso foi útil.

DIAGNÓSTICO E PSICOEDUCAÇÃO SOBRE DEPRESSÃO

- É aconselhável deixar que o cliente saiba como você fez o diagnóstico e oferecer alguma
psicoeducação inicial sobre a condição dele, queremos que ele comece a atribuir parte dos
seus problemas ao seu transtorno, e não ao seu caráter.

- “Eu sei disso porque tenho um livro que me ajuda a diagnosticar os problemas que as pessoas
têm quando vêm me ver. Ele é conhecido como DSM. Ele lista os sintomas da doença real
chamada de depressão.”

- Depois de descrever seus sintomas, quero oferecer esperança a Abe. – “Felizmente,


pesquisas mostram que existe um tratamento de fato bom para isso: a TCC. Esse é o tipo de
tratamento que eu faço.”

PSICOEDUCAÇÃO SOBRE O MODELO COGNITIVO

- explico, ilustro e registro o modelo cognitivo com os próprios exemplos de Abe. Também
peço que Abe coloque em suas próprias palavras o que eu havia dito para que eu possa
verificar a compreensão dele.

- “Agora, se você tivesse tido outro pensamento, será que teria se sentido de forma diferente?
Se você tivesse tido tais pensamentos, como acha que teria se sentido?”

- “Uma das coisas que será realmente importante neste tratamento é que você aprenda a
identificar seus pensamentos automáticos. Isso é apenas uma habilidade, como aprender a
andar de bicicleta. Vou lhe ensinar a fazer isso. E depois vamos descobrir se um pensamento é
100% verdadeiro ou 0% verdadeiro ou algo em um ponto intermediário.”

- “Então você poderia me dizer com suas próprias palavras sobre o que estávamos falando
aqui?”

DEFININDO UM ITEM DO PLANO DE AÇÃO PARA REFORÇAR O MODELO COGNITIVO

- A seguir, sugiro que Abe procure pensamentos automáticos depressivos durante a semana.
Peço que ele preveja um pensamento automático e lembre que eles podem ser verdadeiros ou
não.

- “Isto é o que eu gostaria que você fizesse esta semana. Observe quando seu humor estiver
piorando ou quando não estiver sendo produtivo. Então se pergunte: “O que estava passando
pela minha mente?” Depois gostaria que você anotasse seus pensamentos. Mas então se
lembre de que eles podem não ser verdadeiros, ou pelo menos não completamente
verdadeiros.”

- “E se você pudesse prever, o que seria um desses pensamentos?”

- verificar se a pessoa precisa de um lembrete, como um elástico no braço ou um alarme

IDENTIFICANDO VALORES E ASPIRAÇÕES

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DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS E MOTIVAÇÃO

- mudar é difícil, entao, pode ser útil pensar na motivação para lidar com a ansiedade e ser
honesto com seus desafios

- isso é um lembrete do que a redução da sua ansiedade pode fazer por você e pode ajuda-lo a
antecipar possíveis obstáculos para fazer essa mudança

- seu paciente enfrentará desafios se decidir fazer uma mudança

DEFININDO OBJETIVOS

- “podemos falar sobre alguns objetivos específicos que você poderia ter? Como gostaria que
sua vida fosse diferente?”

- “Você estaria disposto a olhar essa lista durante a semana para ver se há algum objetivo que
queira riscar, acrescentar ou mudar?”

- Quando o cliente responde “Eu não sei” às suas perguntas para definição dos objetivos, você
pode, em vez disso, tentar a pergunta do “milagre”. A terapia breve focada na solução sugere
que você faça uma pergunta como a seguinte: “Se acontecesse um milagre e você não
estivesse deprimido quando acordasse amanhã, o que seria diferente? Como alguém saberia
que você não está mais deprimido?”. Ou você pode descobrir se o cliente acha que há
desvantagens em definir objetivos.

- Algumas vezes, o cliente expressa objetivos que são muito amplos (p. ex., “Não quero mais
ficar deprimido” ou “Quero ser mais feliz” ou “Só quero que tudo melhore”). Para ajudá-lo a
ser mais específico, você pode perguntar: “Se [você não estivesse mais deprimido/se estivesse
mais feliz/se tudo estivesse melhor], o que estaria fazendo de diferente?”.

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