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ANOTAÇÕES LIVRO DE NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL

COACH (p. 329)

 Roda do bem estar


 Sobre o não cumprimento de metas: “se o nosso combinado dessa semana for comer uma fruta
por dia e você só conseguir comer um dia, não tem problema, pois lembre-se que não vou julgá-lo,
e a ideia é criar condições e as metas viáveis para você conseguir; não ter conseguido faz parte do
processo, então é mais uma razão pra você vir a sua consulta e explorarmos juntos as dificuldades”
 3 metas por consulta
 Se não fizer progresso significativo nas metas escolhidas no prazo de 3 a 4 semanas  hora de
questionar o quão comprometido o paciente está, o paciente pode querer mudar seus objetivos ou
ate mesmo minha abordagem  aconselhável considerar modificações e possível adaptação da
meta
- Momento de pensar novas estratégias, por exemplo, se não esta seguindo a meta de comer uma
fruta por dia  sugerir serviço de entrega de frutas
- Importante verificar qual é o impedimento para a realização da meta
 Usar a régua da prontidão, perguntar “De 0 a 10, o quão pronto você está para efetivamente
realizar essa meta?”
- Pontuação maior ou igual a 7: sinal que está pronto e mais propenso a conseguir
- Pontuação abaixo de 7: sinal de que a meta deve ser revista  perguntas “De que forma você
acha que essa pontuação pode aumentar?”
- “Fale me mais sobre sua escolha, por que não escolheu um número maior/menor?”
- As vezes um simples reajuste pode torná-la viável, exemplo ao invés de 3x/semana, 1x/semana
- Outras vezes, o paciente percebe que não está realmente pronto, e então escolhe outra meta
para aquele momento
 Para quando o paciente está em um momento mais contemplativo e apresenta ambivalência em
relação a mudar algum comportamento, ou mesmo em colocar sua meta em prática  balanço
decisório
- Pedir que o paciente escreva as razões e os aspectos positivos envolvidos na mudança do
comportamento proposto e em seguida as razões e os aspectos positivos em não mudar o
comportamento proposto
- Pode complementar com pedindo que o paciente pontue de 0 a 10 o quanto ele atribui de
importância em manter um hábito (0: pouco importante, 10: muito importante), que vai gerar um
escore de resistência, assim como pontuar da mesma maneira sobre a importância de mudar um
hábito, que vai gerar um escore de motivação  refletir com o paciente sobre pontos de
resistência que ficam mais claros e que podem ajudar a readaptar as metas para que se tornem
viáveis
 Lapsos e recaídas: são normais e fazem parte do processo, momento de reforçar estratégias bem-
sucedidas anteriormente, trabalhar com o resgate da sensação de autoeficácia e autoestima,
abordando quando o paciente teve sucesso anteriormente e explorar essas situações com
perguntas do tipo: Como foram as experiências em que teve sucesso?, Como você se sentiu?, O que
e quem te ajudou?, O que será essencial para obter o mesmo sucesso?
- Perguntar: O que você ganha com recaídas? O que você pode fazer para minimizar a
vulnerabilidade para as recaídas? O que pode ser feito para manter o comportamento positivo?
 Talvez pedir para fazer uma lista de como se sentiu quanto cumpriu as metas (entraria no balanço
decisório)
 Estratégias de ação de acordo com cada estágio de mudança
ENTREVISTA MOTIVACIONAL (p. 201)
 Criar atmosfera de acolhimento
 Espírito da EM: parceria, compaixão, aceitação e evocação
 “Você parece frustrado. Por um lado, parece que está determinado em mudar sua alimentação,
mas por outro lado existem várias razões pessoas para não fazer essas mudanças. Você me relatou
vários momentos em que suas escolhas alimentares pareciam estar mais de acordo com seu estilo
de vida, mas parece que isso se perdeu por alguma razão. Você conseguiria identificar essas
razões?"
 ”Como você acha que essa mudança pode melhorar a sua vida? Quais são as razões para você
querer essa mudança?”
 Habilidades interpessoais: respeito, empatia, colaboração ativa e saber escutar
 Etapas da EM
- Envolver: ouvir compassivamente, acolher
- Focar: direcionar para as questões relacionadas a alimentação
- Evocar: o TN guia o paciente na identificação de seus reais interesses pessoais e as motivações
internas para realizar mudanças; perceber frases do paciente que indiquem que está oposto a
mudança (status quo) ou a favor da mudança (mudança de fala); fazer perguntas abertas, ouvir as
respostas, trazer reflexões, lembrar de deixar o paciente propor soluções para os próprios
“problemas”, lembrar que não estou aqui para consertar comportamentos “errados” (meu papel é
ajudar na autonomia do paciente)
 Casos de resistência, discórdia: “Parece que X alimento é importante para você. Como você
acha que poderia incluir eles na sua alimentação de forma equilibrada/de outra forma?”
- Planejar: definição em termos quantitativos e com prazo determinado; importante o paciente
encontrar suas próprias soluções
- Promoção da autoeficácia: “Acho que você tem todas as ferramentas para mudar e está
determinado a comer menos chocolates” “Você está me dizendo que gosta muito de comer frutas
e que esta planejando como incluir mais delas no seu dia a dia?” “ Você demonstrou que realmente
quer aumentar seu consumo de água”
- Administração das expectativas: “Você acha que seria possível reduzir para uma barrinha de
20g se você me disse que atualmente come 2 barras de 120g por dia?” “Acha que é possível incluir
essas frutas que você gosta todos os dias, mesmo me dizendo que não tem tempo para comprar?”
- Promoção da autonomia: “Como você acha que podemos fazer essa mudança?” “Como você
acha que poderia tornar possível essa disponibilidade de frutas em casa?” “Como você acha que
poderia aumentar essa disponibilidade?”
- Compartilhar informações: pedir permissão, “pesquisas demonstram/outros pacientes-pessoas
tiveram benefícios com/alguns pacientes na sua situação”, contar sobre situações que podem
indicar riscos  evitar falar que está errado, responder de forma positiva “Hum, estou preocupada
com essa ideia de fazer essa dieta. Você tem ideia por quê?”, explorar (o que sabe/ o que quer
saber?), oferecer (compartilhar, checar o que ele sabe “como você mesma disse...”), explorar
(entender e refletir sobre as informações, “o que você achou sobre isso?” “o que você pensa sobre
essas informações?”)
- Encerramento: resumo do que foi discutido na consulta, reforçando qual comportamento o
paciente quer mudar, verificando na escala de prontidão sua confiança para essa mudança,
ajudando o paciente a pensar sobre as possíveis barreiras para essa mudança e as formas de
contorná-las. Fechamento: reforçar a confiança no paciente na sua capacidade de atingir a meta
“Você fez um bom plano e eu acredito que você vai conseguir fazer essa mudança. Estou aqui para
te ajudar no que você precisar”
- Retorno: avaliar o progresso em relação as metas trabalhadas, se forem encontradas dificuldades
 explorar as barreiras encontradas e revisar o quanto a meta é realista, acessando novamente a
prontidão para mudança
ATIVIDADES E EXERCÍCIOS BASEADOS NAS ABORDAGENS DA NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL
(p.547)
 Diagrama dos círculos  Quadro de prós e contras  escala de prontidão para a mudança
 Plano de ação:
- Qual mudança quero fazer?
- Quais são os 3 melhores motivos para fazer essa mudança?
- O quanto essa mudança é importante numa escala de 0 a 10?
- Como eu planejo fazer essa mudança?
- Quais estratégias e instrumentos eu pretendo usar?
- Quais planos eu tenho para os momentos difíceis?
- Como outras pessoas ao meu redor podem me ajudar?
- Como vou monitorar meu progresso?  calendário ou agenda visível para anotar os dias em que
conseguiu cumprir a meta

 “Numa escala de 0 a 10 (nem um pouco confiante, totalmente confiante), o quanto você está
confiante de que vai atingir seu plano?”

 Retorno: iniciar a conversa retomando a meta proposta seguindo o roteiro:


- “De forma geral, como você avaliaria seu progresso desde a última consulta?”
Escala Gray de progresso da meta proposta, de 0 a 10, com 0 sendo “eu não fui bem” e 10 sendo
“eu fui muito bem”
- “O que foi bem desde a última consulta?”
- “O que não fui muito bem desde a última consulta?”
- “O que você poderia fazer para melhorar?”
- “O quanto você está motivado a X?”
Escala de grau de motivação, 0 sendo “nem um pouco motivado” e 10 sendo “totalmente
motivado”
 Se a nota for menor que 5, perguntar “O que você pode fazer para ficar mais motivado e
alcançar um número maior?”

- “ O quanto é importante para mim nesse momento X?”

Escala de grau de importância para a mudança, 0 sendo “não é nada importante” e 10 “totalmente
importante”

 Se a nota for menor que 5, perguntar “Quais as razões para essa meta não ter tanta
importância nesse momento?”
- “O quanto eu estou confiante em continuar a X?

Escala de grau de confiança para a mudança, sendo 0 “nem um pouco confiante” e 10 “totalmente
confiante”

 Se a nota for menor que 5, perguntar “O que falta para que você tenha mais confiança nessa
mudança?”

- Depois disso, o TN deve resumir e refletir: identificar e enfatizar possíveis mudanças de discursos
e trabalhar a motivação, a importância e a confiança nessa mudança

- Se mesmo assim, o indivíduo não se sentir confortável com a meta inicial, o TN pode sugerir
trabalhar com uma nova meta do diagrama dos círculos e dizer que está confiante de que o
paciente conseguirá trabalhar a nova meta

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