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Circuitos em vez de linhas

Abrir a mente para a ideia de que A não é a única causa de B

Muitos estudiosos estudaram esse tópico, mas um deles fez uma das contribuições mais
notáveis no assunto, esse sendo Magorah Maruyama, ele analisou o feedback positivo e
negativo da dinâmica de um sistema. Observando que:

Os processos de Feedbacks Positivos em sistemas onde mais leva a mais e menos leva a
menos, são importantes para explicar a aceleração da mudança de um sistema.

Os processos de Feedbacks negativos onde novas ideias se chocam com suas antecessoras,
criando um novo caminho para o sistema trilhar, são importantes para explicar a estabilidade
de um sistema.

Magorah criou um tipo de análise circular mostrando como o feedback positivo pode mudar
um sistema complexa, por exemplo uma pequena rachadura em uma rocha pode coletar agua
que quando congela expande, assim aceitando mais agua, mas também aceita mais
organismos e terra, ou até mesmo permitindo que uma semente germine criando vegetação,
assim o processo descontrolado cria diferenciação.

E isso mostra como A não causa B, pois as coisas não são determinadas por causas simples,
mas sim por acontecimentos iniciais de grande probabilidade que podem se intensificar para
dar espaço para coisas de pequena probabilidade.

Agora a imagem a seguir mostra oque acabei de falar de uma forma pratica falando da inflação
de preços, a maioria das pessoas quando analisa esse problema tende a pensar em um motivo
somente porem esse tipo de problema dezenas de origens, o problema é que esse tipo de
raciocínio linear faz a base para soluções lineares que não resolverão nada.

Padrões chave

Então quando analisamos situações como circuitos em vez de linhas , inevitavelmente vamos
chegar em um quadro mais completo do sistema em estudo, isso tem suas vantagens porque
quando vemos a situação dessa maneira temos a oportunidade de procurar por ligações
chaves de feedbacks positivos e negativos que definem algo chamado de padrão de
atração( configuração de Feedbacks positivos e negativos que definem uma situação) assim
podemos saber como lidar com a situação, além disso podemos encontrar pontos onde será
vantajoso intervir para reforçá-lo ou para ajudar a mudança para que outro padrão de atração
seja formado. Porem esse tipo de analise pode ser esmagadora por seu nível de complexidade,
por isso cautela é útil para manter a situação o mais direta possível.
Mas nem tudo são rosas quando se trata de analisar esses circuitos, por muitas vezes quando
analisamos um problema como um circuito podemos perceber que isso não passa de só uma
parte de um problema maior e esse problema maior parte de outro problema, por esse motivo
temos que sempre que analisarmos um sistema procurar por atalhos e concessões, caso
contrário não conseguiremos prosseguir.

Vantagens e limitações da metáfora do fluxo

Nesse capitulo ele fala da importância de sabermos da lógica nas mudanças que nos cercam
diariamente par termos um maior controle dessas mudanças, ele basicamente diz que
devemos parar de somente reagir as coisas como se elas fossem inevitáveis e passarmos a
tentar influenciar a própria origem das mudanças.

O livro fala sobre 4 ideias alternativas que se complementam nessa ideia:

1. A Autopoiese, nessa ideia ele diz que as relações entre organizações e ambientes são
muito egocêntricas, sugerindo que as organizações e indivíduos a partir da auto-
reflexão terão a oportunidade de adotar identidades novas que quebram seus limites,
abrindo caminho para padrões sistêmicos de evolução.
2. O Caos e Complexidade, nessa ideia ele fala que as organizações e suas relações com o
ambiente são parte de um padrão de atração, as organizações tem suas regras básicas
sobre cultura, informações, atitudes, crenças e identidade, essas mantendo as relações
organização-ambiente da mesma forma indefinidamente, mas quando essas regras
encontram um pouquinho de caos elas são forçadas a mudar, o único problema dessa
ideia é conduzir os sistemas para o caminho desejado.
3. A casualidade mútua nos encoraja a ver os padrões de atração e os processos de
mudança na forma de circuitos, depois de ver o sistema por completo vamos
rapidamente ver a arbitrariedade de qualquer distinção entre organização e ambiente.
4. Na análise dialética a ênfase está na compreensão dos paradoxos e tensões criados
sempre que elementos de um sistema tentam abrir caminho em determinada direção.
Nos convidando para encontrar maneiras pelas quais as tensões básicas possam ser
reestruturadas para criar novos caminhos para o desenvolvimento.

Todas essas ideias têm uma coisa em comum, ela nos encoraja a buscar um entendimento
reflexivo da lógica que conduz o fluxo a nossa volta e a direcionar e estruturar essa lógica
sempre que pudermos.

A desvantagem de ver as coisas dessa forma é que nem todos os administradores gostam de
aceitar “impotência” que temos sobre as mudanças, muitos já tentaram pesquisar sobre como
moldar essas regras que controlam as mudanças mas sempre chegam na mesma conclusão: “A
natureza segue seu próprio ritmo”

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