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Direito: é a ordem jurídica que faz com que seja possível a convivência humana em
sociedade, ou seja, é um conjunto de regras e padrões que orientam o comportamento dos
indivíduos e que estabelecem ainda as regras da organização dessa sociedade, bem como as
instituições que lhe servem de estrutura
- o direito surge porque o Homem tem de aderir a certos tipos de regras (de modo
a conseguir viver em grupo)
- pode tratar-se de: ordem de trato social (regras de boa educação; não tem
envolvente jurídica), ordem jurídica (mais perigosa por ter coercibilidade) e ordem
moral e religiosa (não se pode agir de forma coerciva)
- são efetivas ou podem ser efetivadas no âmbito do meio social através do recurso
à coercibilidade que leva à sua imperatividade, o que leva a que quando exista uma
violação haja uma consequente sanção
- A ordem social e a ordem jurídica não existem uma sem a outra. A ordem jurídica é
um espelho da ordem social, logo se os valores desta se alteram, mais tarde ou mais cedo, a
ordem jurídica vai também alterar-se
- A ordem social é mais forte que a ordem jurídica. Pode haver uma ordem social não
coincidente com a ordem jurídica ou vice-versa, mas mais tarde ou mais cedo é a ordem
social que vai prevalecer, obrigar e pressionar a ordem jurídica a alterar-se
- ex.: mentir a um pai não tem consequências jurídicas, mas se o pai mentir ao filho,
ao ponto de comprometer a segurança do mesmo, poderá vir a ter (mais tarde)
consequências jurídicas
As regras de trato social destinam-se a permitir uma convivência mais agradável entre
as pessoas, mas não são necessárias à subsistência da vida em sociedade, ou seja, são
normas de sã convivência, logo se não forem cumpridas não põem em causa a sociedade.
Contudo, aquele que as não cumprir enfrenta a reprovação social da sua conduta e poderá
ver-se afastado ou segregado do convívio social por inconveniência do seu comportamento,
especialmente no seio de círculos sociais que respeitam e valorizam essas regras.
Ramos de Direito:
» natural/positivo
» privado/público
» nacional/internacional
- os tribunais são a aplicação concreta das normas jurídicas/da ordem jurídica e daí
também os tribunais se especializarem de acordo com os ramos do direito
- se, por exemplo, a norma estiver no Código Civil, então é direito positivo
- normas que gozam da aplicabilidade direta, o que significa que não é necessário
qualquer ato de reação por parte das ordens jurídicas dos Estados-membros para que o
regulamento aí produza os seus efeitos
- cada Estado-membro pode ajustar à sua maneira tendo em conta a sua realidade
empresarial, por exemplo
- não é uma aplicação direita, mas têm de ser transpostas; o ato de transpor é o
ato de receber a diretiva na ordem jurídica
- em certas ocasiões a diretiva que não foi transposta pode ser aplicada
diretamente; as pessoas não podem ser prejudicadas pela atitude do Estado-membro
- A Europa concluiu que o não seguimento das diretivas por parte de todos os
países não respeitava o princípio da igualdade (principal objetivo) e criou um tribunal
internacional - Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE). O fim/objetivo deste
tribunal é tratar das situações de diretivas não transpostas
Efeito Direto: se numa situação anormal uma norma não tiver sido transposta e alguém
se sentir prejudicado por esse motivo, tem direito a reclamar e o indivíduo em questão tem
direito a ser beneficiado. Deste modo, pessoas com direitos postos em causa ou
prejudicadas, podem através de tribunais nacionais e TJUE, invocar a não transposição da
diretiva obrigando a ter uma recompensa pela prejudicação
» Efeito Direto Vertical: quando há conflito que envolve uma entidade pública e um
cidadão, necessitando sempre de haver uma entidade pública
» Efeito Direto Horizontal: conflito entre privados (duas empresas ou dois cidadãos,
por exemplo)
- tem uma força qualificada, não podendo ser alterada por outra lei
A constituição surgiu depois do 25 de Abril 1974 pós ato revolucionário com o objetivo
de acabar com o regime ditatorial. Antes desta prevalecia uma constituição (1933) que não
defendia de todo a liberdade onde ninguém era tratado de forma igual perante a lei.
- Maneiras de escrever:
- Tudo em Portugal tem de estar em conformidade com a Constituição (art. 3º, nº3)
- estão interligados
- nº1: a regra base é a que todos (palavra-chave) têm os direito e deveres que
estão na Constituição; natureza universal dos direitos e dos deveres
- nº2: não inclui a palavra cidadão (art. 4º); não se pode tratar da mesma
maneira uma empresa como se trata de um cidadão individual
- a igualdade perante a lei por vezes não é suficiente para garantir a igualdade
- justiça não é tratar toda a gente de forma igual, mas é tratar o igual por igual
e o desigual por desigual
- reatroatividade: exemplo do emigrante nos EUA e que possa ser expulso por
ter cometido um crime ou (em alguns Estados) por ter ultrapassado o limite de
velocidade nos últimos 5 anos; tem efeito sobre factos passados
- ter todos os criminosos presos mas pagar o preço de ter alguns inocentes
também presos VS não ter nenhum inocente preso mas pagar o preço de alguns
criminosos estarem à solta
- se duas pessoas não tiverem um sentido pacífico, então não têm o direito a
reunir-se e a polícia pode intervir
Estes poderes deverão estar repartidos por diferentes órgãos e independentes entre si,
evitando-se assim que um só órgão ou uma só pessoa concentre em si todo o seu poder.
Órgãos de Soberania: são elementos integrantes do Estado, sendo através deles que
este exerce as suas funções legislativa, executiva, judicial e política
- Presidente da República
- Assembleia da República
- Governo
- Tribunais
Divisão dos poderes: os poderes não são estanques. Para uma mesma decisão é
necessária, muitas vezes, a intervenção de vários órgãos. O exercício da função está dividido
por diferentes órgãos, que colaboram entre si e se fiscalizam mutuamente. Exemplo disto é
o facto de tanto a Assembleia da República (AR) como o Governo terem poder legislativo
- A Assembleia tem de facto poder legislativo, podendo aprovar ou não uma lei
- Conselho de Ministros: órgão de decisões do governo (art. 200º, nº1, alínea d) CRP)
- artigo 164º
- artigo 165º
Decreto-lei: ato legislativo aprovado e destinado apenas ao Governo (artigo 198º). Não
aprova leis
- é nos tribunais de reside este poder judicial, pois só eles têm como função aplicar
a justiça
- art. 202º: a administração da justiça está nas mãos dos tribunais, ou seja, cabe
aos mesmos dizer o que é justo e injusto
- art. 203º: diz-nos que os tribunais são independentes e que apenas estão sujeitos
à lei
- art. 221º: diz que o Tribunal Constitucional é o único órgão que tem competência
de dizer se uma norma é constitucional ou não
2) Tribunal Constitucional
- Geral ≠ Individual
- Abstrata ≠ Concreta
- significado literal: origem ou fundamento das normas jurídicas (de onde vêm)
Fontes de Direito:
- lei
- costume
- jurisprudência
- doutrina
- equidade
- Só os factos sociais é que podem ser fontes de Direito e não os factos individuais
- A lei contêm direito, mas não pode ser visto como direito propriamente
- Se a sociedade direta fosse chamada para fazer Direito, faria através do costume
Lei Material: toda a fonte voluntária de normas (ex.: regulamentos do Governo e das
autarquias)
Lei Formal: só se elencada no artigo 112º da CRP (apenas lei da AR, DL do Governo e
DLR das RA)
- Norma especial ≠ norma excecional. A norma especial ainda respeita a norma geral,
enquanto a norma excecional é completamente oposta à norma geral.
- Norma especial: uma ambulância, em emergência, pode ir até aos 180 km/h
O Direito existe para além da lei, porque existem regras da sociedade, religião,
familiares, etc. No entanto, as pessoas cumprem muito mais o que está escrito na lei, do que
as normas que não estão escritas.
Jurisprudência: é uma fonte de direito porque o direito aparece pela mão dos tribunais,
ou seja, são todas as normas que surgem a partir do funcionamento dos tribunais
Equidade: uma solução equitativa, é uma solução justa e é isto que os juízes procuram
fazer, todavia é a lei que diz qual é a solução
- art. 4º do CC: norma que fala do valor da equidade e em que situações a lei
permite que a equidade seja aplicada
- a equidade só vale como fonte de direito quando é a lei que estipula as regras do
jogo, logo a equidade não tem autonomia
- a lei e o costume
- fontes que não precisam de nenhuma outra fonte, porque têm efeito por si
próprias
- fontes que precisam de outra fonte, neste caso, são dependente e controladas
pela lei
- só tenho legítima defesa se for reagir a uma agressão: atual e contrária à lei
(ou seja, a pessoa tem de me bater ilegalmente)
- art. 339º: não se fala de agressões, ou seja, não se está a atuar para se
proteger de uma agressão; mais focado no património
- O estado de necessidade, a legítima defesa e a ação direta não são obrigações, ou seja,
não são deveres de nenhum cidadão
Integração de lacunas na lei:
- Em 99% dos casos se é individual então é concreta, mas não é assim completamente
mecânico
- Ser geral ou não também está relacionado com o art. 13º da CRP
- Normas individuais e concretas podem levar a haver alguma desigualdade e isso vai
“contra” o nº2 do art. 13º da CRP