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SELEÇÃO PÚBLICA DE PROFESSORES PARA ATENDER

NECESSIDADES TEMPORÁRIAS DAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA


ESTADUAL DE ENSINO
EDITAL Nº 009/2021 - SEDUC/CE, DE 05 DE OUTUBRO DE 2021
Portaria Nº 001/ 2022- EEFM PROFESSORA ADALGISA BONFIM SOARES

PLANO DE AULA

CANDIDATO (A): Cariny Cardoso de Sousa

ESCOLA: CEJA Prof.ª Maria Eudes Veras

TEMA: Modernismo Brasileiro

SÉRIE/ANO: EJA Semipresencial – Ensino Fundamental e Ensino Médio

DISCIPLINA/COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa / Linguagens,


Códigos e suas Tecnologias

CONTEÚDO: Língua Portuguesa / Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

METODOLOGIA:

Momento 1 - Ativando conhecimentos prévios

A professora buscará investigar os alunos a respeito dos saberes


adquiridos sobre o Modernismo. A partir dos conhecimentos prévios da turma,
a professora fundamentará o assunto e sua importância cultural no Brasil. Além
disso, apresenta aos alunos os aspectos culturais do século XIX, sobretudo o
romantismo literário e as características das transformações políticas, sociais e
econômicas do início do século XX no Brasil, no tempo ajustado de 25 minutos.

Momento 2 – Desenvolvimento do assunto


A professora explicará aos alunos que o marco fundamental inaugurador
do Modernismo brasileiro foi a Semana de Arte Moderna de 1922. Ela apontará
alguns de seus antecedentes. Ressaltará que, em 1912, Oswald de Andrade
fez uma viagem à Europa. Lá, teve contato com o Futurismo de Marinetti e
ficou muito impactado por esse movimento avesso ao passado, às tradições e
ao sentimentalismo e entusiasta do futuro e do dinamismo. Em 1915, Monteiro
Lobato publicou as crônicas Urupês e Velha Praga, nas quais condena o
regionalismo sentimental e idealista. O escritor Graça Aranha, por sua vez,
publicou Estética da Vida, no qual condena, em 1921, os padrões estéticos da
época.
Contextualização
A primeira discussão que a professora precisará nortear é exatamente
em torno do conceito de “moderno”. Quando os modernistas o evocam, o que
queriam dizer? A introdução do assunto também requer que se considere que o
Modernismo não é uma invenção brasileira. Em toda a Europa, diversas
correntes modernistas experimentavam novos padrões estéticos, propondo
novas formas de se fazer arte. O Modernismo brasileiro, no entanto, fará uma
apropriação particular desses modelos estrangeiros e não se reduzirá a
nenhum deles. Isso porque seu problema central é a busca de uma identidade
nacional, o que o situa diante de uma questão de histórica de primeira ordem.
Esse é o segundo principal ponto a ser apresentado nesse momento, no tempo
aproximado de 30 minutos.

Momento 3 – Atividade

Para tratar dessas questões, a professora recorrerá ao “Manifesto


Antropófago”, escrito por Oswald de Andrade e publicado na emblemática
Revista de Antropofagia em 1928. Ela deverá disponibilizar uma cópia do
“Manifesto” a todos os alunos. Iniciará por uma leitura conjunta do texto em
sala de aula. Em seguida, dada a complexidade das discussões apresentadas
no texto, os alunos deverão conjuntamente realizar uma pesquisa de
aprofundamento. Seu objetivo é que se esclareçam os diálogos históricos e
conceituais envolvidos no “Manifesto”. A professora apresentará questões que
deverão ser respondidas em grupos. Essas respostas serão redigidas para
proporcionar o debate posterior. Para tanto, será interessante que os
estudantes tenham acesso aos smartphones com Internet. A seguir serão
apresentadas questões para favorecer a dinâmica das atividades de pesquisa.

 Como o autor qualifica o Brasil?


 “Contra todas as catequeses”, “contra todos os importadores de
consciência enlatada”. Como podemos compreender essas referências?
 Quem foi Sigmund Freud? Montaigne? Rousseau?
 O que é a Revolução Bolchevique? O que é o Surrealismo?
 Quem foi Padre Antônio Vieira? Goethe? Dom João VI?
 Por que você acha que o autor os menciona na discussão?
 Diante das suas respostas anteriores, como você definiria a
Antropofagia?
 Por que ser “Antropófago” segundo o autor?
Ao final da aula, a professora fará a correção das atividades e
solucionará possíveis dúvidas que surgirem, no tempo estipulado de 30
minutos.

Recursos

Texto impresso, caderno, caneta, lápis, borracha, pincel, lousa,


apagador e Smartphone com Internet.

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM:

Os estudantes serão avaliados, em um primeiro momento, pela


participação/interação com a professora e com os outros alunos.
Em um segundo momento, os estudantes serão avaliados através da
atividade proposta pela professora em sala.

REFERÊNCIAS:

AMARAL, Emília; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo. Novas Palavras. 2. ed.


São Paulo: FTD, 2003.
ORLANDI, E. P. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso.
Campinas: Pontes, 1987.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e Modernismo brasileiro.
17. ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

________________________, ______ de ______________ de 2022.


Local e Data

_____________________________________
Assinatura do Candidato
ANEXO I
A primeira fase do Modernismo aconteceu de 1922 a 1930,
época em que surgiram diversas revistas de arte: Klaxon (1922),
Estética (1924), A Revista (1925), Madrugada (1925). Ao mesmo
tempo, surgiram também grupos de escritores com propostas
inovadoras para a literatura.

Klaxon foi a primeira revista a circular após a Semana de Arte


Moderna. Foi publicada em nove edições de maio de 1922 a janeiro de
1923. A palavra klaxon, de acordo com o dicionário Aurélio, significa
“buzina de automóvel”; a proposta do movimento era fazer barulho no
mundo das artes e anunciar as novidades.

Movimentos lançados nos primeiros anos do Modernismo brasileiro:

Movimento Pau-Brasil – Lançado em 1924 por Oswald de Andrade.


Exaltava o presente e a redescoberta do Brasil. Na área da linguagem,
combatia a linguagem retórica e vazia.

Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta Liderado por Cassiano


Ricardo e Menotti Del Picchia. Recusava o contágio das ideias
européias e propunha o nacionalismo de modo ufanista. A partir de
1926, passou a ser chamado de Grupo da Anta, animal mítico para a
cultura tupi.
Movimento Antropofágico – Lançado com a Revista de Antropofagia,
foi desdobramento do Movimento Pau-Brasil.

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