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Pelotas - RS
Fevereiro de 2018
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SUMÁRIO
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
INTRODUÇÃO
Espaço educacional
DESENVOLVIMENTO
Projeto Pedagógico
Plano I
Plano II
Plano III
Plano IV
Plano V
Plano VI
Plano VII
Plano VIII
REFLEXÕES E PROBLEMÁTICAS
Metodologia e abordagem
Problemas e resoluções
Formação docente
Conceito de experimentos
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
LISTA ANEXOS
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1° Encontro 17/10
2° Encontro 24/10
3° Encontro 31/10
4° Encontro 7/11
5°/ 6° Encontro 14/11
7° Encontro 12/12
8° Encontro 19/12
9° Encontro Não foi possível a realização
10° Encontro Não foi possível a realização
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INTRODUÇÃO
Espaço educacional
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acolhesse todos os participantes, por conter material de apoio e computadores,
por oferecer um quadro branco para exposições e por situar-se dentro do âmbito
frequentado pelo público alvo. O LAMPELL demonstrou estar preparado e possuir
a estrutura ideal para o nosso curso.
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DESENVOLVIMENTO
Projeto Pedagógico
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
1. Dados de identificação
Instituição: LAMPELL/Universidade Federal de Pelotas
Disciplina: Literatura Brasileira
Projeto: Laboratório Modernista: Da ruptura ao Fragmento.
Estagiários: Erivelton de Lima da Cruz e Carina Peixoto Maciel
Público alvo: Nível médio/Acadêmico
Carga horária: 20 horas (120 min/aula) / 10 Encontros.
Horário: Terças-feiras, das 9 às 11. 15 Vagas.
2. Consideração inicial
Este projeto visa como objetivo proporcionar aos participantes uma visão ampla sobre o
período Modernista, Semana de 1922, e como a criação estética e social desta fase
desenvolveu-se e preocupou-se com a formação de uma identidade e cultura brasileira.
Abordaremos os manifestos desde de suas origens europeias até a produção nacional
brasileira, os quais os debates sobre sua função e sua importância estendem-se aos dias de
hoje, sendo que o objetivo dos modernistas, a independência cultural ou a criação definitiva de
uma identidade brasileira não se estabeleceram de forma concisa.
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Empregaremos o princípio da literatura como um direito humano partindo da percepção
que os bens intelectuais de reflexão são necessários para um cidadão empoderado e
consciente de sua condição humana. O trabalho com a história da literatura pretende fornecer
paralelos com a realidade do participante e como ela é, e foi, influenciada pela produção
intelectual dos cânones e as propostas de seus respectivos períodos. Iniciaremos os trabalhos
através da questão: Qual o papel da literatura e sua importância? Como é feito o trabalho com
o texto literário? E através dessas questões expandir as possíveis resoluções que abrangem a
recepção da literatura em sentido lato. Posteriormente, partiremos dos conceitos de
periodização e dos movimentos Parnasiano e Simbolista, entre o fim do séc. XIX e início do
séc. XX, que trará junto com a análise do texto literário a percepção da tradição que envolvia
estes períodos, e que existia com foco na escolha da forma e de vocábulos cultos. Advinda a
visão do conceito de tradição introduziremos o papel das vanguardas europeias que vieram se
contrapor a esta tradição estabelecida, trazendo uma ideia de ruptura a produção da época,
porém a reflexão sobre que tipo de ruptura houve a partir dessa recepção será feita com os
participantes. Esta ideia de ruptura, como rompimento de conteúdo e estrutura, estabeleceu-se
de uma forma direta no Brasil a partir do ano de 1922, dentro da Semana de Arte de São
Paulo, que através da propagação de ideias trazidas por escritores de São Paulo darão início
ao movimento artístico modernista brasileiro.
Caracterizado essas transformações dentro da produção cultural veremos através das
lentes da análise literária as mudanças que a ruptura modernista alcançou, principalmente
exposta através da intergenericidade - a presença de um gênero dentro de outro - prevalente
na crônica e na produção modernista como um todo, e a composição fragmentada dentro da
poesia da fase heroica modernista, bem caracterizada através da produção de Mário de
Andrade e Oswald de Andrade.
Por fim, o laboratório será caracterizado através de diversas atividades que serão
guiadas junto aos participantes com o intuito de induzi-los à reflexão sobre a complexidade
imbuída no desenvolvimento de sentidos dentro da produção deste período, e estas atividades
poderão ser expostas, apresentadas e visualizadas junto a eventos que serão organizados
pelo grupo.
3. Justificativa
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As principais questões que este projeto tem como princípio levantar são: a importância
e a discussão sobre a ideia de ruptura que houve na semana de arte de 1922 e como esta
ideia atingiu a produção modernista e contemporânea em sua complexidade de
desenvolvimento de sentidos dentro da produção considerada canônica nos dias de hoje;
explorar a receptividade desta nova abordagem literária que foi criada a partir do intuito da
formação de uma nova identidade brasileira.
4. Conteúdos
5. Objetivos
5.1 Gerais
⎯ Refletir sobre a mudança de uma perspectiva dentro da produção cultural brasileira antes e
após a Semana de Arte Moderna de São Paulo de 1922.
5.2 Específicos
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⎯ Refletir com os participantes as semelhanças dos conteúdos abordados entre os autores.
⎯ Desenvolver a recepção do gênero crônica como um meio que recebe todos os gêneros.
⎯ Verificar a produção modernista e suas correntes.
⎯ Produzir experimentos com os participantes que fomente o ‘espírito da época’.
6. Divulgação
7. Recursos
⎯ Quadro branco.
⎯ Material impresso, adequado a cada aula (Jornais, Textos impressos, xerox).
⎯ Canetas para quadro branco (Azul e Vermelha).
⎯ Material para a produção de livretos
⎯ Equipamento sonoro e visual para elaboração de sarau e exibição de produção dos
participantes. (TV, Projetor, Computadores, Câmeras, Gravadores)
8. Abordagem metodológica
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dialeticamente os problemas. ”
CANDIDO (2004)
9. Fundamentação teórica
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“Entre nós, o fracasso dos gêneros se expressa, de maneira muito particular,
na proliferação da crônica – o lugar, por excelência, da ausência de gênero. Na
crônica, tal qual a praticou seu grande mestre, Rubem Braga, tudo é possível,
da ficção clássica à moda de Clarice às interrogações existenciais de um
Carlinhos Oliveira, do lirismo despudorado do próprio Braga à filosofia
disfarçada em desafogo de um Paulo Mendes Campos. ”
CASTELLO (2007)
Outro viés que as aulas irão partilhar será do trabalho de MARCUSCHI (2008) que
aborda o princípio de intergenericidade que vamos poder verificar na crônica brasileira, como
um fator predominante depois da Semana de Arte de 22.
MARCUSCHI (2008)
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É inegável a influência francesa nas suas concepções estéticas, principalmente
na preocupação com “o espírito moderno”, idéia popularizada pelo futurismo
e desenvolvida por Apollinaire (L’Esprit nouveau et les poètes, 1918) e que,
após a morte deste, motivou a fundação da revista L’Esprit nouveau (1920),
que exerceu também indiscutível influência na teoria poética de Mário de
Andrade
BOSI (2000)
CANDIDO (1992)
10. Procedimentos
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na produção modernista brasileira, entre outros.
Na segunda etapa, os ministrantes trabalharão o período que antecede o modernismo
partindo de uma sensibilização poética que consistirá na distribuição de cópias dos poemas
que serão trabalhados, a fim de que ocorra a leitura individual com o propósito de uma prévia
familiarização e reflexão por parte dos participantes sobre este conteúdo. Posteriormente, os
ministrantes deverão explorar a abordagem histórica partindo de um viés de caráter
questionador a respeito do papel da literatura, bem como a formação do cânone, podendo
assim trazer dados que possam auxiliar o aluno a visualizar as características e origens do
modernismo comparadas diretamente com os períodos parnasianos, simbolistas considerados
“tradição”.
Na terceira etapa, os ministrantes deverão adentrar aos conceitos e propostas das
vanguardas europeias e em seu respectivo período histórico que terá influência direta no
conceito de moderno e na sua relação determinante para a construção dos movimentos
literários artísticos.
Na quarta etapa, os ministrantes deverão abordar diretamente a semana de arte
moderna de 1922, e como sua produção e suas propostas vão gerir o desenvolvimento do
movimento que caracterizamos como modernista brasileiro. Nesta etapa iremos inserir e
enfatizar principalmente as relações essenciais que foram feitas entre as vanguardas
europeias e os organizadores da semana de arte de São Paulo.
A quinta etapa, será dedicada para a produção dos “experimentos” pelos participantes.
Os ministrantes irão orientar os participantes na escolha dos produtos culturais que poderão
realizar, como: poesias, contos, crônicas, vídeos-textos entre outros, que posteriormente serão
exibidos, debatidos e expostos ao fim do projeto.
11. Cronograma
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se mostrou no Brasil.
⎯ Poesia: “O incêndio de Roma” e “Abyssus”, Olavo
Bilac.
3° Encontro 31/10 Tradição ⎯ Verificar como a produção simbolista e parnasiana
se mostrou no Brasil.
⎯ Poesia: “Incensos” e “Luz dolorosa”, Cruz e Souza
⎯ Texto de apoio: “Les fleurs du mal”, Charles
Baudelaire
4° Encontro 7/11 Transição ⎯ Verificar os surgimentos de ideias de uma ruptura
conceitual futura.
⎯ Poesia: “Psicologia de um vencido”, Augusto dos
Anjos.
⎯ Prosa: “Numa e a Ninfa”, Lima Barreto e “Os
sertões”, Euclides da Cunha.
5° e 6° 14/11 Vertente ⎯ Verificar os surgimentos das vanguardas europeias
Encontro e seus manifestos.
⎯ Manifestos: Surrealista, André Breton. Futurista,
Filippo Marinetti. Dadaísta, Hugo Ball. Cubista,
Guillaume Apollinaire.
⎯ Início dos experimentos dos participantes
7° Encontro 12/12 Vertente e Introdução sobre a Semana de Arte de 1922 e suas
Ruptura consequências
⎯ Música: “o Trenzinho do caipira” e “as bachianas”,
Villa Lobos
⎯ Artes plásticas: Anita Malfatti e Tarsila do Amaral.
⎯ Escultura: Brecheret
⎯ Exibição de trecho da série ‘um só coração’
dramaturgia da semana de 22.
⎯ Produção de experimentos dos participantes
8° Encontro 19/12 Ruptura e ⎯ Abordagem das propostas pelo movimento
identidade modernista brasileiro e os manifestos
⎯ Manifestos: “Manifesto Antropofágico” e “Manifesto
da Poesia Pau-Brasil”, Oswald de Andrade.
⎯ Produção de experimentos dos participantes
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9° Encontro Definir Identidade e ⎯ Verificar as propostas dos manifestos dentro da
produção produção modernista
⎯ Poesia: “Meus oito anos”, “Pronominais”, “Crônica”,
Oswald de Andrade. “O trovador”, “Lembranças do
losango Cáqui” Mario de Andrade.
⎯ Prosa: “Memória sentimentais de João Miramar”
Oswald de Andrade
⎯ Produção de experimentos dos participantes
10° Encontro Definir Crônica ⎯ Contextualização da continuidade do movimento
modernista
⎯ Debate: Reflexão: gênero, autor, conteúdo e o
período histórico.
⎯ Finalização de experimentos dos participantes
⎯ Organização de exibição dos experimentos e
produção de um sarau
⎯ Encerramento do projeto
⎯ Socialização: Opiniões finais, Debate sobre o
desenvolvimento dos trabalhos e experimentos,
críticas, comentários, elogios.
12. Avaliação
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13. Bibliografia
CASTELO, José. O fracasso dos gêneros. In: _____. A literatura na poltrona. Rio de Janeiro: Record,
2007.
CANDIDO, A. A vida ao rés-do-chão, in: A crônica. O gênero, sua fixação e suas transformações no
Brasil. Campinas/Rio de Janeiro: Ed. Da Unicamp/Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992.
____________. O direito à literatura. E outros ensaios. Coimbra: Angelus Novus, 2004.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção de texto, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola Editorial, 2008.
AGUIAR, Flávio. As questões da crítica literária. In: MARTINS, Maria Helena (Org.). Outras leituras.
São Paulo: Ed. Senac; Itaú Cultural, 2000.
ROSENFELD, A. Reflexões sobre o romance moderno. In: Texto/contexto. São Paulo: Perspectiva,
1969.
BILAC, Olavo, “O incêndio de Roma” In Poesias. Panóplias, 1888
____________. “Abyssus” in ____________.Via Láctea, Antologia: Poemas. São Paulo; Martin
Claret, 2002.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 37ª Ed. São Paulo: Cultrix, 2000.
BAUDELAIRE, Charles. As Flores do Mal. Trad., introd. e notas de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1985.
CRUZ E SOUZA, J. “Incensos”, “Luz dolorosa” in ____________.Obra completa. Org. Andrade Murici.
2ª reimpressão da 1º Edição (atualizada em 1995). Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
ANJOS, Augusto dos. “Psicologia de um vencido” in ____________. Eu e outras poesias. São Paulo:
Martin Claret, 2008.
BARRETO, L. Numa e a Ninfa. Coleção de Autores Modernos da Literatura Brasileira, volume 3,
Rio de Janeiro: Garnier – Brasiliense, 1983.
CUNHA, E. Os Sertões. Rio de Janeiro: Record, 1998.
ANDRADE, Oswald de. Memórias sentimentais de João Miramar / Serafim Ponte Grande. (Coleção
Literatura Brasileira Contemporânea no. 5) Rio de Janeiro: Livraria José Olimpio Editora: Editora
Civilização Brasileira: Editora Três, 1973.
____________. “Lembranças do Losango Caqui” “o Trovador” in ____________. Poesias completas I.
São Paulo: Martins Editora, 1955.
____________. Manifesto Antropófago. In: Revista de Antropofagia. Reedição da Revista Literária
publicada em São Paulo – 1ª e 2ª dentições – 1928- 1929. São Paulo: CLY, 1976. p. 3;7.
____________.. Manifesto pau-brasil. In: Do pau-brasil à Antropofagia e às utopias – Obras
completas –6. Rio de Janeiro, MEC/ Civilização Brasileira, 1972. p. 3-10.
MARINETTI, F. T. Manifesto Futurista. Paris. Le Fígaro, 1909.
RICHTER, Hans. Dadá: arte e antiarte. Ed. Martins Fontes. 1993.
BRETON, André. Manifestos do Surrealismo. Rio de Janeiro: Ed. Nau, 2001.
APOLLINAIRE, G. O Manifesto Cubista. Publicado em 1913.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda européia e modernismo brasileiro: apresentação
dos principais poemas, manifestos, prefácios e conferências vanguardistas, de 1857 a
1972. Petrópolis, RJ: Vozes,1997.
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Plano I
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
Plano de Aula I
1. Dados de identificação
2. Conteúdos
⎯ Abordagem metodológica
⎯ Conceito de Literatura
⎯ Historiografia e periodização
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3. Objetivos
3.1 Gerais
⎯ A partir da apresentação das metodologias e das correntes teóricas-criticas
almejamos que os participantes compreendam a abordagem que os textos literários serão
trabalhados dentro dos encontros posteriores.
3.2 Específicos
⎯ Apresentar a proposta do projeto e dos experimentos.
⎯ Explanar os conceitos básicos da literatura.
⎯ Expor a periodização historiográfica da literatura que será empregada.
4. Recursos
▪ Quadro branco
▪ Canetas para Quadro Branco
▪ Xerox (Cópias dos poemas)
5. Fundamentação teórica
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contato com alguma espécie de fabulação.
CANDIDO (2004)
6. Procedimentos
Terceiro momento: A exposição direta no quadro sobre o período histórico que será
abordado dentro do curso. Será feita uma linha temporal no quadro para que os
participantes sejam contextualizados sobre a época que será trabalhada. A linha temporal
conterá as datas essenciais, nomes dos autores, as obras, e os cortes lógicos que
houveram para a formação da literatura modernista. Será explicitado também a proposta
de experimentos e a metodologia de leitura que o curso irá trabalhar, partindo de uma
leitura junto a teoria da recepção, posteriormente uma verificação dos elementos formais e
finalizando com um pequeno comentário adjunto a teoria crítica-sociológica.
7. Avaliação
A avaliação desta aula será feita através da construção do objetivo geral e da
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atuação dos participantes no desenvolvimento do encontro.
8. Bibliografia
Relato
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literatura. Depois que os alunos verificaram o teor, os aspectos dos livros, as
diferenças físicas e igualdades textuais, os mesmos foram usados para guiar uma
pergunta de diferenciar o texto literário em oposição ao que não é definido literário.
Este debate gerou reflexões e raciocínio pertinentes ao desenvolvimento do
trabalho como um todo: se o autor disser que é literatura é literatura? Quais
entidades autorizam a literatura? Literatura é a transposição da realidade para o
ilusório? Literatura é só ficção? Durante o debate a frase com definição de
literatura para Antônio Cândido foi colocada no quadro para enriquecer a
atmosfera e as ideias do grupo.
(CANDIDO, 1972:53)
(LAJOLO, 1981:38).
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Passados os dois tópicos adentramos o a discussão sobre autor e obra e o
conhecimento sobre as leituras que os participantes tinham de literatura mundial e
brasileira. Durante o debate foi referenciado, citado, diversas vezes o texto
norteador de T.S. Elliot e o seu teor sobre a formação do talento e da tradição.
Finalizado o debate, decidimos com grupo fazer um pequeno intervalo de
15 minutos. Na volta do intervalo houve uma exposição didática com envolvimento
dos participantes de quais seriam suas expectativas do período histórico que
iremos abordar. Foi exposto uma pequena linha do tempo com os movimentos
abordados, autores e datas importantes para o trabalho.
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no laboratório demonstrou uma atmosfera mais amigável e produtiva. Sentamos
todos em volta da grande mesa ao centro.
Aguardamos o próximo encontro e começamos já a preparar a próxima aula, com
foco no grupo estabelecido e suas leituras.
Plano II
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
Plano de Aula II
1. Dados de identificação
2. Conteúdos
3. Objetivos
3.1 Gerais
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⎯ Verificar como a produção parnasiana mostrou-se no Brasil no fim do séc. XIX,
através da poesia e obra do autor Olavo Bilac.
3.2 Específicos
⎯ Adentrar aos preceitos do conceito de Parnasos.
⎯ Explicitar a estrutura do poema categorizado como ‘tradição’.
⎯ Explorar noções de métrica, versos e rimas.
⎯ Abordar acontecimentos do período histórico do autor e sua recepção pelo público.
4. Recursos
● Quadro branco
● Canetas para Quadro Branco
● Xerox (Cópias das poesias)
● Aparelho de TV
5. Fundamentação teórica
BOSI (2000)
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No segundo momento deste plano propusemos uma atividade diferenciada, pois a
fundamentação da atividade se encontrou na utilização da internet como ferramenta de
veiculação entre os materiais que disponibilizamos com fonte de livros e o conteúdo
disponível no Youtube, o que acarretou na explicitação da inclusão de recursos modernos
e atualizados com uso de ferramentas das tecnologias da informação e comunicação,
TIC’S, as quais foram fundamentais para definirmos o sentido da atividade, pois sem a
plataforma utilizada o trabalho não seria possível.
Nossa proposta foi trazer o vídeo que se encontra na internet o qual carrega a
ideologia do autor do canal “Papo com o Machado”, com intuito de gerar um debate de
como esta leitura pode contrastar com a proposta primeira do escritor Olavo Bilac. O uso
do vídeo como um item autoral carregado de possíveis interpretações e ideologias torna
possível o exercício de construção de sentido, alguns contrastantes, que acabam por
vezes eclodindo no consciente coletivo.
A tecnologia e o livre acesso à informação nos tornam autônomos, e uso dela no
dia-a-dia do professor acaba cada vez sendo mais importante.
PERRENAUD, 2000.
6. Procedimentos
28
empregada em sua construção. Durante a análise, serão feitos comentários que auxiliem
os participantes a explorar uma diversidade de compreensão da polissemia que carrega o
texto literário para uma maior compreensão da produção do autor.
No segundo momento, iremos colocar no quadro o poema “Língua portuguesa”, e
posteriormente exibi-lo sendo recitado em um vídeo retirado youtube com objetivo de guiar
um debate sobre a intenção de Olavo Bilac. Levantaremos questionamentos de como autor
do vídeo expõe a sua leitura do poema em contraste com as propostas de Bilac.
7. Avaliação
A avaliação desta aula será feita através da construção do objetivo geral e da
atuação dos participantes no desenvolvimento do encontro.
8. Bibliografia
9. Anexos
Relato
29
Sendo o movimento posterior contrário a esse estado institucionalizado. Em nosso
recorte decidimos caracterizar como tradição a corrente Simbolista e a corrente
Parnasianista, os dois de origem francesa e datadas do final do séc. XIX. Como
nos traz ELLIOT:
Plano III
30
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
2. Conteúdos
⎯ Período Literário: Simbolismo
3. Objetivos
3.1 Gerais
⎯ Verificar como a produção simbolista mostrou-se no Brasil no fim do séc. XIX,
através da poesia e obra do autor Cruz e Souza.
3.2 Específicos
⎯ Adentrar aos preceitos das origens do movimento.
⎯ Explicitar a estrutura do poema categorizado como ‘tradição’.
⎯ Explorar noções de métrica, versos e rimas.
⎯ Abordar acontecimentos do período histórico do autor e sua recepção pelo público.
Verificar a produção de autores de outros autores, como Baudelaire.
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4. Fundamentação teórica
BOSI (2000)
LEMINSKI (1998)
5. Recursos
⎯ Quadro branco
32
⎯ Canetas para Quadro Branco
⎯ Xerox (Cópias dos poemas)
6. Procedimentos
7. Avaliação
A avaliação desta aula será feita através da construção do objetivo geral e da
atuação dos participantes no desenvolvimento do encontro.
8. Bibliografia
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Porto Alegre, 1990. (2ª edição 1998)
9. Anexos
Relato
Plano IV
34
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
Plano de Aula IV
1. Dados de identificação
2. Conteúdos
⎯ Período Histórico-Literário: Pré-modernismo
3. Objetivos
3.1 Gerais
⎯ Verificar com os participantes o início das mudanças nos paradigmas literários no
fim do séc. XIX.
3.2 Específicos
⎯ Adentrar aos preceitos de definição do moderno.
⎯ Abordar acontecimentos do período histórico do autor e sua recepção pelo público.
⎯ Verificar a produção de autores como: Augusto dos Anjos, Monteiro Lobato, João
Simões Lopes Neto, Euclides da Cunha.
⎯ ⎯ Verificar os surgimentos de ideias de uma ruptura futura.
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⎯ ⎯ Poesia: “Psicologia de um vencido”, Augusto dos Anjos.
⎯ Prosa: “Numa e a Ninfa”, Lima Barreto e “Os sertões”, Euclides da Cunha.
⎯
4. Fundamentação teórica
BOSI (2000)
5. Recursos
⎯ Quadro branco
⎯ Canetas para Quadro Branco
⎯ Xerox
6. Procedimentos
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sobre a fase histórica, suas características e como os diversos conflitos da época
acabaram por começar a refletir diretamente na produção literária, possibilitando um
sincretismo entre diversos autores e técnicas. Criaremos um fio condutor subjetivo
evidenciando as questões que os pré-modernistas abordaram, que acabou tendo papel
central no projeto político do modernismo brasileiro.
No segundo momento, iremos começar com a distribuição de cópias impressas de
um poema de Augusto dos Anjos. Em seguida, um dos ministrantes irá pedir para que seja
feita a leitura do poema em voz alta por um dos participantes. Após a leitura em voz alta do
poema, “psicologia de um vencido”, serão feitas perguntas de compreensão global e
aprofundada partindo de uma concepção da teoria da recepção.
A análise dos poemas em conjunto com os participantes irá verificar neste
momento: os elementos formais, o conteúdo abordado pelo autor, os temas, a estilística
empregada em sua construção. Durante a análise, serão feitos comentários que auxiliem
os participantes a explorar uma diversidade de compreensão da polissemia que carrega o
texto literário para uma maior compreensão da produção do autor.
7. Avaliação
A avaliação desta aula será feita através da construção do objetivo geral e da
atuação dos participantes no desenvolvimento do encontro.
8. Bibliografia
ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. São Paulo: Martin Claret, 2008.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 37ª Ed. São Paulo: Cultrix, 2000.
JAUSS, Hans Robert. et al. A literatura e o leitor: textos de estética da recepção.
Coordenação e tradução Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1979.
9. Anexos
Relato
37
No quarto encontro iniciamos com a exibição de um vídeo que expõe uma
relação histórica com a guerra de canudos e os conflitos presentes no início do
séc. XX. Os conflitos ficam evidentes como estopim na produção dos autores da
fase pré-modernista. Foi feita com os participantes a exposição sobre a vida de
Euclides da Cunha e suas especificidades. O ministrante colocou no quadro as
três características, os três grandes pontos de contato, entre os autores do pré-
modernismo: Regional, Marginalizado e condição social, política e econômica do
Brasil. Estes temas modernos começam a surgir dentro da prosa mesmo que a
estética presa aos conceitos da época acaba por começar uma base sincrética
para o movimento e projeto político que o modernismo irá estabelecer em 1922.
Após este momento foi apresentado como a poesia fora trabalhada neste
período através da poesia única de Augusto dos Anjos. O ministrante fez a leitura
do poema "Psicologia de um vencido" e em conjunto com os participantes
elaborou-se e dialogou-se sobre as questões e propostas abordadas pelo autor.
Augusto dos Anjos mesmo que ainda carregando elementos de sua época -
ligado a escolha das formas clássicas de rimas e do soneto - ele aborda uma nova
temática totalmente nova para o período: o verme, a morte, o fisiológico, biológico.
Augusto dos Anjos faz de sua poética o bisturi das palavras. No fim do
encontro os participantes leram, comentaram, e discutiram sobre o poema "Ideia"
e "Versos íntimos", e como eles dialogavam com as propostas do autor.
Plano V
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
38
CENTRO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
Plano de Aula V
1. Dados de identificação
2. Conteúdos
⎯ Vanguardas europeias
⎯ Futurismo
3. Objetivos
3.1 Gerais
⎯ Verificar com os participantes a origem das mudanças que irão ser propostas na
semana de 22, através dos manifestos das vanguardas europeias.
3.2 Específicos
⎯ Adentrar aos preceitos de definição do moderno.
⎯ Abordar acontecimentos do período histórico dos autores.
⎯ Verificar os surgimentos das vanguardas europeias e seus respectivos manifestos:
Surrealista, Futurista, Dadaísta e Cubista.
4. Recursos
⎯ Quadro branco
⎯ Canetas para Quadro Branco
⎯ Xerox
⎯ Tela para exibição das obras
5. Procedimentos
39
Os ministrantes irão guiar perguntas sobre como o gênero manifesto é constituído e
qual sua função dentro da cultura. Começaremos a discussão do manifesto futurista e sua
inserção histórica, e como as ideias de Marinetti serão recepcionadas pelos modernistas
brasileiros.
Este movimento de leitura do manifesto Futurista será feito com todos os
manifestos, com a proposta de uma leitura crítica de cada autor e intenção de seu projeto
político/ideológico. Durante a discussão dos manifestos serão exibidos aos participantes,
obras que fazem parte do projeto político/estético do manifesto discutido. As vanguardas
serão trabalhadas na seguinte ordem: Futurismo, Dadaísmo, Cubismo e surrealismo,
representado respectivamente por Filippo Marinetti, Tristan Tzara e Hugo Ball, Guillaume
Apollinaire e André Breton.
6. Fundamentação Teórica
7. Avaliação
A avaliação desta aula será feita através da construção do objetivo geral e da
atuação dos participantes no desenvolvimento do encontro.
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8. Bibliografia
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 37ª Ed. São Paulo: Cultrix, 2000.
JAUSS, Hans Robert. et al. A literatura e o leitor: textos de estética da recepção.
Coordenação e tradução Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1979.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda européia e modernismo brasileiro:
apresentação dos principais poemas, manifestos, prefácios e conferências
vanguardistas, de 1857 a 1972. Petrópolis, RJ: Vozes,1997.
MARINETTI, F. T. Manifesto Futurista. Paris. Le Fígaro, 1909.
9. Anexos
Relato
41
manifesto técnico futurista com objetivo de verificar diretamente na produção dos
autores e como este projeto mostrou-se, os ministrantes colocaram no quadro
estas características.
Plano VI
42
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Plano de Aula VI
1. Dados de identificação
2. Conteúdos
⎯ Vanguardas europeias
⎯ Surrealismo, Dadaísmo e Cubismo
3. Objetivos
3.1 Gerais
⎯ Verificar com os participantes a origem das mudanças que irão ser propostas na
semana de 22, através dos manifestos das vanguardas europeias.
3.2 Específicos
43
⎯ Adentrar aos preceitos de definição do moderno.
⎯ Abordar acontecimentos do período histórico dos autores.
⎯ Verificar os surgimentos das vanguardas europeias e seus respectivos manifestos:
Surrealista, Futurista, Dadaísta e Cubista.
4. Recursos
⎯ Quadro branco
⎯ Canetas para Quadro Branco
⎯ Xerox
⎯ Tela para exibição das obras
5. Procedimentos
6. Fundamentação Teórica
44
posteriormente através de suas ondas de transformações conceituais tanto no campo
estético, quanto no campo do conteúdo. Como explicita Telles.
7. Avaliação
8. Bibliografia
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 37ª Ed. São Paulo: Cultrix, 2000.
JAUSS, Hans Robert. et al. A literatura e o leitor: textos de estética da recepção.
Coordenação e tradução Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1979.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro:
apresentação dos principais poemas, manifestos, prefácios e conferências
vanguardistas, de 1857 a 1972. Petrópolis, RJ: Vozes,1997.
RICHTER, Hans. Dadá: arte e antiarte. Ed. Martins Fontes. 1993.
BRETON, André. Manifestos do Surrealismo. Rio de Janeiro: Ed. Nau, 2001.
APOLLINAIRE, G. O Manifesto Cubista. Publicado em 1913.
9. Anexos
45
Relato
46
Figura 3 Exposição Hugo Ball
47
Finalizamos o encontro com comentários sobre o curta e fazendo
encaminhamentos para próximo encontro.
Plano VII
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
2. Conteúdos
⎯ Semana de arte moderna de São Paulo
⎯ Primeira fase do modernismo brasileiro
3. Objetivos
3.1 Gerais
⎯ Verificar com os participantes como organizou-se e as propostas construídas
dentro da semana de 1922 em São Paulo
48
3.2 Específicos
⎯ Construir como definiu-se as propostas dos escritores da fase heroica do modernismo
brasileiro
⎯ Abordar acontecimentos do período histórico dos autores.
⎯ Adentrar a importância da semana de 22
⎯ Verificar as principais propostas dos escritores: Mário de Andrade e Oswald de
Andrade.
4. Recursos
⎯ Quadro branco
⎯ Canetas para Quadro Branco
⎯ Xerox
⎯ Tela para exibição das obras
5. Procedimentos
49
6. Fundamentação Teórica
A semana de arte de 1922 foi caracterizada por muitos críticos como o marco do
que concebemos como o modernismo brasileiro e sua formação inicial. Na semana de arte
de São Paulo a efervescência de ideologias e propostas trazidas pelos autores que
conheciam as vanguardas europeias, fez eclodir uma idealização de ruptura com os
movimentos estabelecidos na época, a tradição parnasiana, realista e simbolista.
BOSI (2000)
BOSI (2000)
50
7. Avaliação
8. Bibliografia
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 37ª Ed. São Paulo: Cultrix, 2000.
JAUSS, Hans Robert. et al. A literatura e o leitor: textos de estética da recepção.
Coordenação e tradução Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1979.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro:
apresentação dos principais poemas, manifestos, prefácios e conferências
vanguardistas, de 1857 a 1972. Petrópolis, RJ: Vozes,1997.
9. Anexos
Relato VII
Neste encontro iniciamos com a discussão sobre a classe social que trazia
para o Brasil este novo projeto político. Indagamos juntos aos participantes sobre
como muitas das propostas tidas como brasileiras, foram trazidas por uma classe
elitizada da cultura brasileira. Personagens como Graça Aranha, Paulo Prado e
Anitta Malfatti já tinham um grande prestígio antes mesmo da semana moderna.
Trouxemos um pequeno excerto da série “Um só Coração” que dramatiza um
pouco da efervescência deste período, sendo bem interessante visualizar alguns
pontos de disputa que aconteceram. Dois casos ficaram bem conhecidos nessa
época a carta de Monteiro Lobato à Anitta Malfatti por usar arte inovadora
/moderna e a leitura do poema “Os sapos”, de Manuel Bandeira, que foi recebida
no primeiro dia da semana de arte por vaias.
51
Exibimos com os participantes algumas obras dos principais expoentes do
movimento e comentamos principalmente suas influências diretamente ligadas aos
movimentos vanguardistas europeus. O projeto político de uma nova arte
brasileira tomava força mais forte que nunca. A poesia e prosa dos Andrades
tornaram-se os ápices das propostas dos intitulados “modernistas”.
Ao fim deste encontro, exibimos um vídeo com a apresentação de uma das
obras de Villa Lobos que foi um marco na semana arte, por trazer a relação direta
entre a música regional e um classicismo, muitas vezes relegado às classes mais
elitizadas.
Plano VIII
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
52
2. Conteúdos
3. Objetivos
3.1 Gerais
⎯ Debater com os participantes as propostas construídas dentro da semana de
1922 em São Paulo
3.2 Específicos
⎯ Construir como definiu-se as propostas dos escritores da fase heroica do modernismo
brasileiro em relação ao manifesto antropofágico
⎯ Abordar acontecimentos do período histórico dos autores.
⎯ Adentrar a importância da semana de 22
⎯ Verificar as principais propostas dos escritores: Mário de Andrade e Oswald de
Andrade.
4. Recursos
⎯ Câmera
⎯ Gravador de som
⎯ Xerox
⎯ Tela para exibição das obras
5. Procedimentos
Durante este encontro iremos nos reunir em um grande grupo e gravar uma
grande discussão sobre como realmente deu-se a ruptura e propostas trazidas pelos
autores da fase heroica do modernismo brasileiro, e pela semana de arte de 1922.
No primeiro momento deste último encontro do curso iremos abordar os principais
pontos que os autores da fase heroica trouxeram, conjuntamente a análise do manifesto
antropofágico de Oswald de Andrade e como sua recepção e produção dialogam
diretamente com as propostas do período
No segundo momento da discussão, serão levantadas propostas sobre o movimento
53
modernista e sua percepção cultural.
No terceiro momento, teremos a apresentação e discussão dos experimentos
produzidos pelos participantes durante o laboratório.
Para o encerramento, os alunos irão individualmente gravar um pequeno feedback
de toda experiência e expectativas que obtiveram com a participação no laboratório
modernista.
6. Fundamentação Teórica
BOSI (2000)
7. Avaliação
A avaliação desta aula será feita através da leitura dos experimentos dos
participantes e da participação no vídeo da discussão. Posteriormente será exibido o vídeo
e os experimentos dos alunos no blog de panorama de literatura brasileira.
54
8. Bibliografia
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 37ª Ed. São Paulo: Cultrix, 2000.
JAUSS, Hans Robert. et al. A literatura e o leitor: textos de estética da recepção.
Coordenação e tradução Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1979.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro:
apresentação dos principais poemas, manifestos, prefácios e conferências
vanguardistas, de 1857 a 1972. Petrópolis, RJ: Vozes,1997.
9. Anexos
-Manifesto antropofágico, Oswald de Andrade.
Relato
55
56
REFLEXÕES E PROBLEMÁTICAS
Metodologia e abordagem
57
suportar uma análise polissêmica e aberta a múltiplas proposições não deve ter
atribuído a si o título de literário.
Problemas e resoluções
Formação docente
58
demonstrou ser a melhor forma de aprender sobre o que está sendo ensinado. O
conteúdo só fazia sentido quando o movimento que tínhamos com os participantes
era de troca, era de uma reflexão construída em conjunto.
Acredito que a liberdade de trabalho que nos foi proporcionada por nosso
orientador, pelos participantes e pelo espaço que aplicamos este curso teve um
papel direto no retorno da formação acadêmica que tive. Os cursos de intervenção
são propostos com este objetivo, mas muitas vezes por um apego academicista os
graduandos tornam-se máquinas de produzir conteúdo ausente de reflexão. O
momento em que o acadêmico se dispõe a produzir algo, a liberdade deve estar
diretamente ligada à sua forma de pensar e existir como ser formador. Uma
educação libertária só será verdadeira quando todas as vozes forem ouvidas e
valorizadas como únicas, e ao mesmo tempo coletivas.
Conceito de experimentos
59
participantes que obtivemos até o fim do curso não conseguimos levar adiante
estas proposições e obtivemos apenas um experimento como retorno. O
experimento recebido conseguiu cumprir com seu papel de ligação do participante
com a proposta de trabalhar literatura e criação literária de uma forma
experimentalista.
Concluindo, esta atividade como todo nos serviu como preparo para
trabalhos futuros ficando evidente a necessidade de termos uma base mais sólida
de participantes para a real efetivação dessa atividade.
60
CONCLUSÃO
61
BIBLIOGRAFIA
ELIOT, Thomas S. Tradição e talento individual. In: __ Ensaios. São Paulo: Art
Editora, 1989.
BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. 2.ed. São Paulo: Cultrix, 1975
62
LISTA ANEXOS
Plano de Aula II
- Poemas: Língua Portuguesa e Incêndio de Roma.
Plano de Aula IV
- Poesia “psicologia de um vencido” e “versos íntimos”, Augusto dos anjos.
Plano de Aula V
- Manifesto Futurista, Marinetti.
- Obras de arte: Dog on a leash, Giacomo Balla, Parole in Libertà, Filippo
Tommaso Marinetti, O ciclista, Natalia Goncharova e Charge of the lancers,
Umberto Boccioni.
Plano de Aula VI
- Manifesto dada, Hugo Ball.
63