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º ano – 2023
3.º GRUPO
Exercício n.º 39
Exercício n.º 40
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b) É um mandato sem representação;
c) É um contrato celebrado em nome próprio, sob condição resolutiva;
d) É um contrato celebrado em nome alheio, sob condição suspensiva;
e) É uma figura contratual autónoma, com regime específico, legalmente
tipificada.
Exercício n.º 41
B vendeu ainda a A ou a quem este indicasse nos oito dias seguintes uma mota pelo
valor de 8.000.000 Kwanzas. De seguida A dirigiu-se à seguradora AAA para tratar dos
seguros dos veículos tendo aproveitado ainda para efectuar um seguro de vida no valor
de 40.000.000 Kwanzas indicando a namorada como beneficiária.
2.ª Hipótese: Nessa mesma tarde, ao saber da atitude de a, C telefonou para o stand,
solicitando a B a montagem de um leitor de CD. Porém horas depois A e C tiveram uma
enorme discussão, razão pela qual, de imediato, A telefonou a B informando-o de que,
afinal, o carro ficava para si.
3.ª Hipótese: Assim que teve conhecimento do contrato entre A e B, C vendeu o carro
ao vizinho D, por 14.000.000 Kwanzas.
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Ao saber do sucedido A furioso telefonou logo a B, informando-o que ficava tudo sem
efeito, pelo que, horas depois B vendeu e entregou o descapotável a E.
4.ª Hipótese: Logo que teve conhecimento, C declarou a sua concordância com o seguro
efectuado mediante fax enviado quer a A quer à seguradora; horas depois casou com F
por quem se apaixonara perdida e subitamente.
5.ª Hipótese: B não entregou o carro, invocando que A lhe devia, havia um mês, a
6.000.000 Kwanzas que lhe emprestara por uma semana, e, ainda, que o cheque de
16.000.000 Kwanzas que recebera não tinha provisão.
6.ª Hipótese: B não entregou o descapotável alegando que, dias antes, adquirira um
esquentador avariado a C, que se recusava a efectuar a sua reparação ou substituição.
7.ª Hipótese: A e C morreram num acidente de viação, pelo que os herdeiros de ambos
exigem à seguradora o pagamento de 40.000.000 Kwanzas.
8.ª Hipótese: A procedeu de imediato ao registo da aquisição da mota a seu favor e dois
dias depois escreveu a B indicando G como adquirente.
9.ª Hipótese: Seis dias depois, A telefona a B, informando que a mota ficaria para H, que
lhe conferira poderes para adquirir em seu nome veículos motorizados.
10.ª Hipótese: No dia seguinte A escreve a B, informando de que a mota ficaria para I,
juntando uma declaração de concordância assinada por este. Porém posteriormente,
ambos se recusam a pagar 8.000.000 Kwanzas a B.
11.ª Hipótese: Oito dias depois A envia um fax a B informando de que a mota ficaria
para J; no dia seguinte entrega-lhe uma declaração de concordância assinada por este
último.
Ricardo escreveu a Saladino nos seguintes termos: «Obrigo-me pela presente a pagar-
te Kz. 200.000 em troca de me entregares, até ao primeiro dia do jejum, um parecer
sobre a validade jurídica de um regulamento que autorize os docentes universitários a
punir com severidade alunos prevaricadores impenitentes.» No dia aprazado, Saladino
apresentou a obra, pedindo justa retribuição. Ricardo, porém, respondeu-lhe:
«Quatrocentos e cinquenta e sete, pazinho!»
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Saladino retorquiu: «És um cão infiel. Para mais, perdi com isto a possibilidade de fazer
outros pareceres, pelos quais me pagariam Kz. 500.000, além de ter comprado diversas
obras exclusivamente para melhor satisfazer o teu pedido, num montante de Kz.
1.000.000»
Quid juris?
3 – Na gestão de negócios:
a) representativa, pressupõe-se a existência de procuração;
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b) representativa, o gestor pratica actos (materiais ou jurídicos) em nome do
dominus;
c) não representativa, é inaplicável o instituto da ratificação.
Estava a linda Inês posta em sossego, de seus anos colhendo o doce fruto, naquele
engano da alma, ledo e cego, que a Fortuna não deixa durar muito, quando um AVC a
pôs em coma prolongado. Pedro, seu sempre-noivo, decidiu impedir a desgraça de se
avolumar e tomou por isso as rédeas da vasta e verde quinta no município da Muconda,
que a súbita doença da menina deixara ao abandono e cujos portões e actividade Inês
sempre lhe franqueara. Por não ter acesso às contas bancárias da desditosa, ele próprio
foi dando o dinheiro necessário ao andamento da empresa: as culturas foram-se
fazendo, os credores foram sendo pagos, realizaram-se as benfeitorias necessárias, tudo
à custa de bom Pedro. E outros credores foram aparecendo, devido a algumas compras
a crédito celebradas pelo príncipe em nome da quase morta (a ela foram os valores
facturados, aliás), entre as quais a de um tractor todo XPTO.
Eis senão quando Inês acorda de seu sono profundo e, regressada ao Mondego,
agradece escarninhamente a Pedro e manda-o passear.
O nobre e triste rapaz, algo desconsolado, exige todavia que a ingrata o reembolse de
tudo quanto gastara. E pretende ainda ser remunerado, que não é de borla que se tem
um gestor agrícola com MBA a tomar conta das couves. O vendedor do tractor também
gostava de haver o seu. Quid juris?
Fernanda colecciona arte africana do século XIX. Estava ausente do país quando
apareceu no mercado certa estatueta que Fernanda com certeza gostaria de ter.
Heliodora, comerciante de arte, comprou a estatueta com a exclusiva intenção de a
entregar a Fernanda.
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Aliás, são raros os clientes com os interesses desta, com quem Heliodora não pôde
contactar antes da compra. O negócio foi feito por 200.000 Kz.
Ao regressar, porém, Fernanda comunica a Heliodora que não está disposta a pagar
aquele valor pela estatueta e muito menos estaria disposta a pagar a comissão de
20.000 Kz. que a comerciante pede. Quid juris?
Ricardina e Sílvia construíram casas geminadas. Por erro grave dos electricistas,
aconteceu porém que a electricidade consumida nalgumas divisões de Sílvia procedia
da instalação de Ricardina, e foi esta que a pagou à EDEL. Nem Ricardina poderia
recusar-se a fazer o pagamento, nos termos das disposições legais relevantes. Terá
algum crédito sobre a vizinha?
Jerónimo foi pescar para a ilha dos Padres, no Mussulo. Leopoldo queria fazer o mesmo,
mas, como não tinha barco nem lhe davam boleia, seguiu clandestinamente no barco
de Jerónimo. E com tanta sorte e eficiência que só foi descoberto já no fim da viagem
de regresso. Pode Jerónimo exigir-lhe o pescado?
Efigénia pretendia pagar a renda de kz. 120.000 a Florinda, sua senhoria. Ao fazer o
pagamento — por transferência bancária, como sempre — Efigénia enganou-se a
escrever o NIB, de modo que o dinheiro foi parar à conta de Gertrudes. Coincidência das
coincidências, Efigénia devia Kz. 60.000 a Gertrudes! Quid juris?
Dâmocles contratou Eliseu para varrer e lavar o pátio em volta do seu armazém.
Combinaram o preço de Kz. 16.000. Eliseu, por engano, varreu e lavou também o pátio
de Félix, por pensar que aquele espaço era ainda de Dâmocles. Só no fim do trabalho é
que se descobriu o lapso. Félix estava fora e, se tivesse assistido à coisa, nem teria
permitido a limpeza, porque dois dias depois seriam (e vieram a ser) descarregadas no
seu pátio várias carradas de areia e pedra destinadas a obras no armazém. Quid juris?
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Caso prático n.º 51
Segismundo, que é jóquei, pegou sem autorização no cavalo de Teobaldo e ganhou com
ele uma corrida, recebendo o prémio de Kz. 2.000.000. Quando devolveu o cavalo, este
estava bastante cansado e magoado nas patas. Teve de ser tratado para não adoecer, o
que ficou em cerca de Kz. 200.000. Que pretensões de Teobaldo teriam acolhimento
jurídico?
Valéria furtou 10.000 m3 de água de uma conduta da EPAL, que usou na sua exploração
agrícola, em Viana. Suponha que a EPAL fornece água aos agricultores da zona a Kz. 100
por m3, sendo certo que nessa estação não houve qualquer falta de água no
abastecimento da EPAL. Que valor lhe deve Valéria?
Suponha agora, no caso anterior, que Zulmira tinha recebido o terreno por doação
ignorando em absoluto a origem do furo e sem que o doador dele tivesse conhecimento.
E Xavier tinha abandonado o terreno antes dessa doação. Quando Zulmira tomou conta
do sítio, destruir o furo foi uma das primeiras coisas que fez, para alargar a casa ali
existente. Aparece agora Xavier a pedir uma «indemnização». Quanto?
Por lapso seu, António entregou à Boncentrados de Bomate, SA., mais duas carradas de
tomate do que esta lhe havia comprado. Os administradores da BB aperceberam-se da
coisa, não tocaram no tomate a mais e deixaram-no nos depósitos à espera que António
aparecesse. É claro que, quando António deu pelo lapso, já o tomate se tinha tornado
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imprestável para consumo. Naquela zona, as carradas de tomate vendem-se a Kz.
100.900, mas António produ-las a menos de Kz. 100.000, por os seus terrenos serem
muito férteis. Quid juris?
Adérito fotografou de avião o bonito palácio de Belmira. Gastou cerca de Kz. 400.000
com o voo e as fotografias, mas vendeu-as a uma revista por Kz. 2.000.000. Quid juris?
Asdrúbal fez reparações na casa de Belarmino, que lhe pagaria por isso Kz. 6.000.000. A
casa valia Kz. 30.000.000 e passou a valer Kz. 40.000.000 após as reparações. Belarmino
nunca pagou a Asdrúbal. Aliás, Belarmino também não conseguiu pagar a sua dívida de
Kz. 40.000.000 ao banco CCC, que tem, como garantia, uma hipoteca sobre a casa de
Belarmino. CCC promoveu a penhora e venda judicial da casa, por Kz. 40.000.000,
conseguindo pagar-se integralmente. Não há, porém, outros bens no património de
Belarmino, e Asdrúbal pretende exigir Kz. 6.000.000 ao banco, pois só à sua custa se
valorizou a casa em Kz. 10.000.000. Quid juris ?
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a uma conta a prazo em que nunca mexia. A conta de Antónia é remunerada a 1% ao
ano; a de Beatriz, a 3%. Quid juris?
Os terrenos de Carlota e Diana são contíguos e cobertos por floresta. Por falta de
cuidado das donas, estão ambos cheios de mato, designadamente nos espaços que, nos
termos da lei, deviam servir de corta-fogos. Preocupada com o perigo de incêndio a que
o seu terreno estava sujeito, Carlota aproveitou a ausência de Diana para limpar ambos
e contratou Eduarda para fazer o serviço, a quem pagou à hora. O que Carlota não sabia
era que Diana pretendia mudar de exploração: uns dias depois, Diana mandou deitar
abaixo todas as suas árvores e iniciar a construção de uma instalação pecuária. Já tinham
começado os trabalhos quando Diana soube da intervenção de Carlota, que pretende
ser «indemnizada». Quid juris?
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