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DOD Plus – O que se entende por “correição parcial”? Em tabela: fl.

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Correição parcial
(CPP)

 1C (posição majoritária): recurso residual (caráter subsidiário);


Natureza
 2C: não é recurso.

Corrige erro de ato processual que causou gravame à parte (error in procedendo). Sendo de duas espécies:
 Equívoco do juiz na apreciação do fato ou da interpretação da lei;
Finalidade
 Abuso do juiz (por ilegalidade ou excesso).
Ex.: paralisação injustificada do processo; dilação abusiva dos prazos.

Somente em casos de error in procedendo.


• Obs1. Não se admite correição parcial baseada em error in judicando (erro de julgamento).
• Obs2. Não se admite correição parcial se houver previsão específica de recurso para reformar a decisão (caráter
subsidiário da correição parcial).
Cabível
• Obs3. Não se admite correição parcial para impugnar ato das partes, de serventuários, dos tribunais ou de seus
membros, mas apenas e tão somente atos de juízes de primeiro grau, comissivos ou omissivos.
• Obs3.1. Entretanto, há posição da doutrina que admite em face de decisão monocrática de desembargador
quando não caiba recurso – não se admitindo em ato decidido por colegiado (Gustavo Badaró).

Momento Combate decisões de juiz de primeiro grau proferidas entre o inquérito policial até a fase de execução penal.

A depender da Lei de Organização Judiciária estadual ou do regimento interno do respectivo tribunal. Ainda assim,
há duas posições:
 1C: considerando se tratar de recurso residual, aplica-se o rito do agravo de instrumento ou RESE, a
depender do regimento interno do TJ ou TRF. No TJSP, adota-se o rito do agravo de instrumento (arts.
Procedimento
211 a 215 do RITJSP), ou seja, conforme o art. 1015 a 1020 do CPC/2015.

 2C: não é espécie de recurso, cabível mediante petição simples.


• Obs. Para Leandro Barreto, a doutrina majoritária defende o rito do RESE.

Possui efeito devolutivo, admitindo-se o juízo de retratação do juiz de primeiro grau. Não havendo, remetem-se os
autos ao TJ ou TRF.
Efeitos Em regra, não possui efeito suspensivo. Mas Gustavo Badaró entende possível, nos termos do art. 3 do CPP
combinado com o art. 995, parágrafo único, do CPC/2015, se houver risco de dano grave, de difícil ou impossível
reparação, desde que demonstrada a probabilidade do provimento do recurso.

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