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DESPESAS PROCESSUAIS

Compreende: a) custas dos atos processuais; b) indenização de viagem; c) remuneração do


assistente técnico; d) diária da testemunha.
A regra é que sejam pagas antecipadamente, salvo as disposições concernentes da justiça gratuita.
Porém, nem todos são obrigados a pagar antecipadamente: a) MP; b) Fazenda Pública; c) Defensoria
Pública. Nestes casos serão pagas ao final pelo vencido.
Exceções em que a Fazenda Pública deverá pagar antecipadamente:
1) Súmula 190 STJ – Na execução fiscal, processada perante a Justiça Estadual, cumpre à
Fazenda Pública antecipar o numerário destinado ao custeio das despesas com o transporte
dos oficiais de justiça.

2) Súmula 232 STJ – A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do
depósito prévio dos honorários do perito.
Se a perícia for determinada de ofício pelo juiz ou requerido por ambas as partes os honorários serão
rateados.
Perícia requeria por Fazenda Pública, Ministério Público ou Defensoria Pública:
1) Será realizada por entidade pública; ou
2) Com previsão orçamentária: adiantamento; ou
3) Sem previsão orçamentária: exercício seguinte ou ao final pelo vencido;

Perícia requeria por beneficiário da justiça gratuita


1) Será realizada por servidor do poder judiciário ou órgão público conveniado;
2) Particular, neste caso será pago por orçamento da União ou Estado

OBS: Se as custas forem requeridas pelo MP como fiscal da ordem jurídica ou de ofício pelo juiz
quem pagará será o Autor e, se for o caso, será ressarcido.
OBS: É adequada a inclusão dos honorários periciais quando o dispositivo da sentença com transito
em julgado condena o vencido, genericamente, ao pagamento de custas processuais.
OBS: Se cada litigante for vencido em parte a distribuição será proporcional. Exceto se for
sucumbente em parte ínfima.
OBS: Na jurisdição voluntária as despesas serão adiantadas pelo requerente e depois rateadas entre
os interessados.
OBS: Nos juízos divisórios? Se houver litígio segue a regra geral. Se não houver haverá a divisão
proporcional.
OBS: Se houver transação? Se não tiver nada constante no acorda as despesas são divididas
igualmente.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Possui natureza alimentar.
Quem paga os honorários sucumbenciais é o vencido.
Todavia, pode ocorrer casos em que em razão do Princípio da Causalidade o próprio vencedor
poderá ter de pagar (pois foi ele o responsável pelo processo). Ver art. 85 §10 e art. 90.
OBS: no caso de desistência da execução por falta de bens para penhorar quem terá de pagar os
honorários será o executado.

Quanto são cabíveis os honorários?


- Reconvenção
- cumprimento de sentença provisório ou definitivo
- execução resistida ou não
- recursos interpostos cumulativamente
OBS: cabe honorários também em reclamação.

OBS: os honorários de sucumbência decorrentes de ação de cobrança de cotas condominiais não


possuem natureza propter rem.
OBS: se o valor da causa for irrisório o juiz utilizará o juízo de equidade.

É possível fracionar o crédito de honorários em ação contra a fazenda pública se estiverem em


litisconsórcio ativo facultativo simples a fim de fugir do precatório? NÃO! Pois estaria burlando o
precatório, segundo o STF.

JUSTIÇA GRATUITA
Possui previsão constitucional. É garantia fundamental.
Cuidar!! Assistência Judiciária Gratuita VS Justiça Gratuita
Assistência Judiciária Gratuita: compreende o patrocínio de causas, consulta gratuita. Normalmente é
realizada pela própria Defensoria Pública.
Justiça Gratuita: benefício processual consistente na dispensa do pagamento das despesas
processuais e honorários advocatícios.
OBS: O fato de estar representado pela DP (assistência judiciária gratuita) não defere
automaticamente a justiça gratuita.
CUIDAR! O beneficiário não fica afastado das custas e honorários, há somente uma suspensão pelo
prazo de 5 anos.
OBS! Para que uma pessoa jurídica estrangeira faça jus a justiça gratuita não precisa estar residente
no Brasil.
OBS! A justiça gratuita pode ser requerida a qualquer momento.

O que compreende a justiça gratuita? (art. 98, §1º CPC)


CUIDAR!! O beneficiário não fica dispensado das multas.
LITISCONSÓRCIO
É a ampliação subjetiva da demanda. É a pluralidade de sujeitos em um dos polos da demanda.
Justificativa: a) economia processual; b) segurança jurídica.
Classificação
 Ativo e Passivo

 Inicial ou Ulterior

 Facultativo (não há uma obrigatoriedade em litigarem em conjunto):

a) Comunhão de direitos ou obrigações;


b) Conexão entre o pedido ou causa de pedir;
c) Afinidade de questões por ponto comum de fato ou direito;

 Necessário (as partes devem obrigatoriamente a litigarem juntos):


a) em razão de disposição legal;
b) pela natureza da relação jurídica a eficácia depender da citação de todos;

OBS! Parte de uma corrente existe que não pode existir litisconsórcio ativo necessário, pois violaria a
liberdade de uma das partes em querer litigar.
OBS! Nem todo litisconsórcio necessário será unitário. Ex: ação de usucapião ou demarcação de
terras.
OBS! Segundo o STJ na demarcação parcial de terras não haverá litisconsórcio necessário.

 Unitário e Facultativo

Tratamento aos litisconsortes


Litisconsortes simples – São tratados como litigantes distintos. São autônomos. Não se beneficia nem
é prejudicado.
Litisconsorte Unitário – Os atos e omissões não prejudicarão os outros, mas poderão beneficiar.

OBS! O pedido de limitação de litisconsorte multitudinário INTERROMPE o prazo para resposta.


OBS! É possível que um litisconsorte requeira o depoimento pessoal de outro.

CUIDAR!!!! Se haver litisconsórcio e apenas uma das partes apresentar resposta e o outro for revel,
não haverá mais prazo em dobro.
Súmula 641 – STF – Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes
haja sucumbido.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Ocorre quando um terceiro que não é autor nem réu passa a integrar o processo e exercem atividade
postulatória.
A intervenção de terceiros te o objetivo de: a) economia processual; b) garantir o contraditório de
terceiros; c) garantir a harmonização das decisões.

Natureza jurídica
É um incidente processual.

Classificação
 Espontânea\Voluntária: assistência, amicus curiae.
 Provocada: denunciação da lide
OBS! Oposição não é mais intervenção. Atualmente é um procedimento especial.

ESPÉCIES DE INTERNVEÇÃO -> LER DANIEL ASSUMÇÃO

PROCESSOS NOS TRIBUNAIS


Função Nomofilácica – dever dos tribunais de uniformizarem seus julgados.

- Estabilidade = dever dos tribunais observarem seus próprios precedentes.


- Coerência = dever dos tribunais não observarem seus próprios precedentes.
- Integridade = dever de decidirem de acordo com a unidade do ordenamento jurídico.

A alteração de tese jurídica poderá ser precedida de AUDIÊNCIA PÚBLICA, PARTICIPAÇÃPO DE


PESSOAS E ORGÃOS e dependerá de FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA E ESPECÍFICA.

TÉCNICAS DE SUPERAÇÃO DE PRECEDENTES

 OVERRULING = O precedente perde sua força vinculante e é substituída por outro


entendimento. É a SUPERAÇÃO TOTAL.

 OVERRIDING = Há apenas uma SUPERAÇÃO PARCIAL do precedente.

PRECEDENTES VINCULANTES
Estabelecido no art. 927 do CPC:
1) Decisões do STF em controle concentrado;
2) Súmulas Vinculantes;
3) IAC ou IRDR;
4) Recurso extraordinário ou especial REPETITIVOS;
5) Súmula do STF em matéria constitucional;
6) Súmula do STJ em matéria infraconstitucional;
7) Orientação do plenário ou órgão especial a que estiverem vinculados;

 Distinguishing – A não aplicação de um precedente em razão de sua distinção da razão de


decidir.

PROCEDIMENTO NOS TRIBUNAIS


É dividida em duas fases:
1º PERANTE O RELATOR
2º PERANTE O COLEGIADO

Regra geral é decidido pela colegiado, mas pode proferir algumas espécies de decisões.

Incumbe ao relator:
a) Homologar autocomposição;
b) Determinar a produção de provas;
c) Analisar tutela provisória;
d) Não conhecer recurso inadmissível;
e) Negar provimento (de forma monocrátiva) que for contrário a julgados de natureza vinculante;

Incumbe ao relator dar provimento após apresentação de contrarrazão quando a decisão recorrida for
contrária a julgado vinculante.
OBS! Antes de considerar inadmissível o recurso o relator deve intimar para em 5 dias sanar o vício.

OBS! Enunciado 551 do FPPC – Cabe ao relator antes de não conhecer recurso por
intempestividade, conceder o prazo de 5 dias úteis para que o recorrente prove qualquer causa de
prorrogação, suspensão ou interrupção do prazo recursal a justificar a intempestividade do recurso.

AMPLIAÇÃO SUBJETIVA
OBS! Não existe mais os EMBARGOS INFRINGENTES, pois foi substituído pela técnica do art. 942
do CPC (ampliação subjetiva dos julgadores). Essa técnica não é unânime.
É aplicável:
a) Apelação não unânime independente do conteúdo;
b) Ação rescisória quando o resultado for a rescisão, devendo ocorrer em órgão de maior
composição. Cuidar que neste caso não há convocação de novos julgadores. Vai para órgão
maior;
c) Agravo de instrumento quando reformar a decisão que julga procedente parcialmente o mérito;

Essa técnica é obrigatória!


A técnica NÃO SE APLICA:
a) IAC;
b) IRDR:
c) Remessa necessária;
d) Decisões não unânimes proferidas pelo Plenário ou Corte Especial;

Essa técnica é aplicável tanto para questões de mérito quanto ao JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
RECURSAL.

INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA - IAC


Cabível no julgamento de RECURSO (qualquer espécie recursal) ou REMESSA NECESSÁRIA ou
COMPETENCIA ORIGINÁRIA.
Quando? Resolver questão de DIREITO com GRANDE REPERCUSSÃO SOCIAL e SEM
REPETIÇÃO DE MULTIPLOS PROCESSOS.
Não cabe IAC quando couber IRDR.
A instauração é de OFÍCIO pelo relator ou a requerimento por uma das partes.

INCIDENTE DE ARGUIÇÃO INCONSTITUCIONALIDADE


Cláusula Full Bench (Reserva de Plenário) – Quórum qualificado para declaração de
inconstitucionalidade. Voto da maioria absoluta pelos membros ou órgão especial.
Incidente é cabível para o controle DIFUSO de constitucionalidade.
Cabível perante qualquer tribunal.

Quem pode suscitar? A) MP; b) qualquer parte; c) o próprio julgador.

Em que momento? Até o final do julgamento, até mesmo depois da arguição.


Após o julgamento pelo cabimento do incidente o processo é transferido para o órgão a fim de
analisar a inconstitucionalidade. Há a participação de dois órgãos: a) originário e b) órgão especial ou
pleno.
O julgamento terá efeito vinculante.
É possível a intervenção do amicus curiae.
Não cabe recurso da decisão que julga a inconstitucionalidade, exceto embargos de declararação.

Quando é dispensado?
- Quando o órgão fracionário (órgão originário) rejeitar a alegação de inconstitucionalidade.
- Quando já tiver sido resolvida pelo mesmo tribunal ou STF
- Causa já tramitar no órgão ou tribunal pleno
INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS
Requisitos cumulativos:
a) Repetição de processos;
b) Risco de ofensa a isonomia e decisões contraditórias;
c) Questão unicamente de direito;
d) Causa deve tramitar no tribunal;
OBS! A repetição não precisa ser de uma grande quantidade, mas uma quantidade suficientemente
grande que justifique.
OBS! Se o processo já foi julgado, não caberá o IRDR para aquele processo, mesmo que pendente
de julgamento de embargos.
OBS! NÃO É CABÍVEL o IRDR se tribunal superior já tiver afetado recuso para julgamento em
repetitivo.
OBS! O pedido é requerido ao presidente do tribunal pelo JUIZ ou RELATOR (por ofício) e PARTES,
MP, DEFENSORIA PÚBLICA.
OBS! Não há pagamento de custas, pois é um incidente e não recurso.
OBS! O juízo de admissibilidade é feita pelo órgão colegiado, sendo vedada a decisão monocrática.
OBS! A decisão de admissibilidade do IRDR é irrecorrível. Porém, satisfeito o requisito faltante poderá
ser proposto novo incidente.
OBS! O órgão competente para julgar o IRDR é aquele mencionado no regimento interno.
OBS! Com a admissão haverá a suspensão dos processos individuais e coletivos. Não basta a
instauração do incidente. A suspensão não depende da demonstração de perigo.
OBS! A suspensão aplica-se também aos processos tramitando nos juizados especiais.
OBS! IMPORTANTE! Regra geral a admissão do IRDR importará na suspensão dos processos
tramitando perante a região do respectivo tribunal. PORÉM, se demonstrada a existência de
divergência em mais de um estado ou região o STF ou STJ poderá realizar a suspensão nacional.
OBS! A suspensão durará por 1 ano. Após, a suspensão cessa.
OBS! Da decisão do IRDR caberá os seguintes recursos:
a) Recurso especial;
b) Recurso extraordinário com efeito suspensivo automático e repercussão geral presumida;
c) Embargos de declaração;
OBS! A inobservância do IRDR justifica a interposição de Reclamação.

AÇÃO RESCISÓRIA
É ação autônoma de impugnação que objetiva a desconstituição de decisão transitada em julgado e
seu novo julgamento.
Meios de impugnação da coisa julgada:
1) AÇÃO RESCISÓRIA: Discute a validade da sentença e a justiça da sentença. Prazo de 2 anos
em regra.
2) QUERELA NULITATIS: Discute a nulidade da sentença. Pode ser invalidada após o prazo da
ação rescisória. Aqui há um vício transrescisório.
Objeto da ação rescisória:
a) Decisão interlocutória;
b) Decisão unipessoal;
c) Acórdão;
d) Sentença;
OBS! Cabe ação rescisória que não seja de mérito quando embora não seja de mérito IMPEÇA:
A) Nova propositura da demanda (sentenças que extingue sem mérito);
B) Admissibilidade de recurso correspondente;
OBS! É cabível a rescisória da rescisória se houve a contaminação da decisão que julgou a primeira.
OBS! Quem julga a rescisória é um tribunal.
OBS! A rescisória pode ter por objeto apenas um capítulo da decisão.
OBS! Não é necessário o esgotamento das vias recursais para propor ação rescisória.
CUIDAR! Os atos de disposição de direitos que tenham sido homologados em juízo (acordos) estão
sujeitos à AÇÃO ANULATÓRIA e não ação rescisória.

São legitimados para a ação rescisória:


a) Quem foi parte no processo ou seu sucessor;
b) Terceiro interessado;
c) MP;
d) Aquele que não foi ouvido no processo em que era obrigatório;

Prazo
Regra geral é de 2 anos do transito em julgado da última decisão proferida no processo. Prazo é
decadencial.
Exceções do prazo:
- art. 975 § 2 do CPC
- art. 975 § 3

Hipóteses de rescindibilidade
1) Decisão proferida por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
Se houver sentença penal absolutória por ausência de fato ou autoria o pedido rescisório será
indeferido.
Porém se a absolutória foi pela falta de provas o pedido rescisório poderá ser normalmente julgado.
Se o julgado tiver sido praticado por órgão colegiado e um dos julgadores tiver incidido nas hipóteses
desse inciso poderá ser rescindido. Ainda que um só tenha incidido.

2) Proferida por juiz impedido ou juiz absolutamente incompetente;


A suspeição não justifica a rescisória.
O impedimento não precisa ter sido arguido no processo originário.
3) Resultar de dolo ou coação ou simulação ou colusão;

4) Decisão que ofender a coisa julgada;

Se houver conflito de coisas julgadas quem prevalecerá será a QUE POR ÚLTIMO TRANSITAR EM
JULGADO.

5) Violar manifestamente uma ordem jurídica;


Pode ter violado tanto uma lei, decreto, etc.

6) Fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo crimina;

7) Após o transito em julgado prova nova tenha sido obtida, cuja existência o autor ignorava ou de
que não podia fazer uso;
Outra hipótese de cabimento estabelecido no CPC:
1) Na execução contra a fazenda pública cabe arguir em impugnação a inexiquibilidade do título
após decisão do STF quanto a sua inconstitucionalidade – art. 535, § 5°;

Procedimento da ação rescisória


 Necessário o depósito de 5% sobre o valor da causa e será perdido se a decisão for unânime
pela improcedência.
OBS! Nem sempre junto com o pedido de rescisão haverá o pedido para proferimento de novo
julgamento.
OBS! A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, EXCETO
se for deferida uma decisão nesse sentido.
OBS! O depósito não será exigido da União, Estados, DF, Municípios e suas autarquia e fundações
públicas ou pela pessoa beneficiária da justiça gratuita.
OBS! O teto do depósito será de 1000 mil salários mínimos.
OBS! O valor da causa será o valor da ação originária rescindenda corrigida monetariamente.
OBS! Para a rescisória na contestação há um prazo mínimo de 15 e máximo de 30 dias.
OBS! Alegações finais é de 10 dias.
No julgamento pode existir dois juízos:
a) Juízo rescindente (juízo desconstitutiva): análise do mérito se a decisão deverá ser rescindida;
b) Juízo rescisório: proferimento de nova decisão

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL
Criada com base na Teoria dos Poderes Implícitos.
Objetiva dar efetividade a suas decisões e defender sua competência.
 Possui previsão na CF e CPC
Diferença entre Reclamação Constitucional e Correição Parcial:

A reclamação possui natureza jurídica de AÇÃO.


Há o ônus da sucumbência na Reclamação.

Competência
É de todos os tribunais.
OBS! Não cabe reclamação contra decisão transitada em julgado; não esgotadas as instâncias
ordinárias.
OBS! Não cabe reclamação para o controle de aplicação de entendimento firmado pelo STJ em
recurso especial repetitivo.

Cabimento
a) Preservar competência do tribunal;
b) Garantir a autoridade das decisões do tribunal;
Aqui pressupõe-se um processo prévio. Cabe reclamação para o mesmo tribunal.
c) Garantir observância de súmula vinculante;
d) Garantir observância de decisão proferida em controle concentrado;
e) Garantir observância do acórdão em IRDR e IAC ou REX e RESP repetivivos;

OBS! Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido APÓS o
esgotamento das vias administrativas.
OBS! Não cabe reclamação contra órgão legislativo que edita norma com conteúdo que afronta SV.
OBS! Na reclamação o réu será o BENEFICIADO do ato reclamado e não o órgão jurisdicional que
descumpre a decisão.
OBS! Reclamação exige prova pré-constituída
OBS! Reclamação não está sujeita a prazo.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
Quem pode suscitar?
a) Qualquer das partes;
b) MP;
c) Juiz;
As partes suscitam por meio de petição.
O juiz suscita por meio de ofício.

OBS!! Se a parte já arguiu incompetência em sua resposta, não poderá suscitar o conflito. Poderá ser
utilizado somente um deles.
OBS! Quem julga é sempre tribunal.
OBS! Em algumas situações o relator pode decidir monocraticamente. (art. 955)
OBS! Após declaração dos juízo competente em regra os atos praticados já praticados serão
preservados. O juiz se manifestará sobre a validade de quais atos são anulados.

HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA


A partir da EC 45 passou a ser do STJ.
Carta rogatória: meio adequado para executar decisão interlocutória estrangeira. Nesse caso não
precisará fazer uso da Ação de Homologação de sentença estrangeira.
É possível a homologação de decisão arbitral estrangeira pelo STJ.
É possível a homologação parcial de decisão estrangeira.

A sentença estrangeira passa a ter eficácia no território nacional para a sentença a partir da
HOMOLOGAÇÃO e para a decisão interlocutória a partir do EXEQUATUR.
OBS! A SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL produz efeitos no Brasil
independentemente de homologação pelo STJ.
OBS! No caso de competência exclusiva da autoridade brasileira a decisão não será homologada.
OBS! A competência para executar sentença estrangeira é do juízo federal.

MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS


São de três espécies:
a) Recursos
b) Ações autônomas de impugnação
c) Sucedâneos recursais
RECURSO
É o remédio processual com o objetivo de INVALIDAR, REFORMAR, ESCLARECER ou
COMPLEMENTAR a decisão judicial.
Atos sujeitos a recurso é somente aquele com CONTEÚDO DECISÓRIO.
Únicos recursos previstos (rol taxativo):
a) Apelação
b) Agravo de instrumento
c) Agravo interno
d) Embargos de declaração;
e) Recurso ordinário;
f) Recurso especial;
g) Recurso extraordinário;
h) Agravo em recurso especial ou extraordinário;
i) Embargos de divergência;

OBS! Remessa necessária não é um recurso.


OBS! Somente sentença está sujeita a remessa necessária. Acórdão, decisão interlocutória e
sentença arbitral não estão sujeitas à remessa necessária.
OBS! Súmula 45 do STJ – No reexame necessário é proibido ao tribunal agravar condenação imposta
à Fazenda Pública.
OBS! A desistência do recurso não depende de concordância da parte contrária. É diferente da
desistência da ação.

EFEITOS RECURSAIS
 OBSTATIVO: efeito que impede a ocorrência do transito em julgado.

 DEVOLUTIVO: o recurso devolve ao tribunal o processo para reexame das matérias discutidas.

Dimensão Horizontal/extensão: delimitação o que se submeterá ao tribunal para análise.


Dimensão Vertical/Profundidade: refere-se quanto aos fundamentos/argumentos dos pontos
delimitadosm

 SUSPENSIVO: impedimento de que a decisão surta efeitos imediatos. A interposição decorre


da previsão de tal efeito em lei. A regra geral é de que os recursos NÃO possuam efeitos
automáticos.

A apelação tem, em regra, efeito suspensivo.

 REGRESSIVO: efeito que possibilita ao juiz retratar-se da decisão.

Ex: apelação da decisão que indefere a PI; apelação contra sentença que extingue sem mérito;
apelação contra sentença de improcedência liminar do pedido; no agravo interno; recurso
especial e extraordinário repetitivos.

 EXPANSIVO: pode ser SUBJETIVO ou OBJETIVO.

Subjetivo: recurso que atinge outras pessoas. Ex: recurso interposto por um dos litisconsortes a
todos aproveita, salvo se distintos os objetivos.
Objetivo: recurso se refere a apenas uma parte da decisão, mas ela se estende a outra parte
que com ela também está vinculada.

 TRANSLATIVO: possibilidade de reconhecimento de matérias de ordem pública pelo tribunal.

 SUBSTITUTIVO: efeito segundo o qual há a substituição da decisão impugnada.

REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE

REQUISITOS INTRÍNSECOS
Cabimento
Está relacionado com sua PREVISÃO LEGAL, ADEQUAÇÃO e PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE.
Princípio da Fungibilidade decorre de outros princípios, dentre os quais, BOA FÉ PROCESSUAL,
PRIMAZA DA DECISÃO DE MÉRITO e INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS.
Requisitos para aplicação do Princípio da Fungibilidade: a) dúvida objetiva, b) inexistência de erro
grosseiro; c) o recurso errado tenha sido apresentado no prazo do recurso certo.
OBS! Há algumas hipóteses de fungibilidade expressa no CPC.
OBS! Há previsão expressa da fungibilidade para RESP e REX.
OBS! Não cabe mais de um recurso para a mesma decisão em razão do princípio da
unirrecorribilidade. Mas há exceções: a) decisão que afronta lei federal e CF caberá RESP e REX
simultaneamente; b) embargos de declaração com o recurso.
Legitimidade
Pode ser interposto pelo vencido, terceiro prejudicado ou MP.
OBS! O amicus curie não pode recorrer, execeto embargos de declaração e da decisão que decide o
IRDR.

Interesse recursal
Necessário estar presente utilidade e necessidade.
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer
Renúncia ao direito.
Reconhecimento da procedência do pedido.
Desistência.

REQUISITOS EXTRÍNSECOS
Prazo
OBS! Cabe ao recorrente no ato da interposição do recurso comprovar a existência de feriado local.
OBS! O prazo em dobro da defensoria se aplica também aos escritórios de prática jurídica.
Cuidar prazo em dobro para recurso da DP, MP, Fazenda Pública, litisconsortes com defensores
diferentes, etc.
Súmula 641 – STF – Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes
haja sucumbido.
OBS! Se durante o prazo de interposição haver o falecimento do advogado ou da parte, o prazo será
restituído.

Preparo
Valor pago para interpor o recurso, exceto se for beneficiário da justiça gratuita.
Porém, alguns recursos não exigem preparo.
EXCEÇÃO! Excepcionalmente, o recurso no caso dos JEC, o preparo poderá ser apresentado nas 48
horas seguintes a interposição.
Pode ocorrer:
a) Falha na comprovação: o equívoco no preenchimento não implicará a aplicação da pena de
deserção. Neste caso o relator concederá o prazo de 5 dias para sanar.
b) Ausência de preparo: Neste caso deverá complementar em dobro. Neste caso, se
complementar de forma insuficiente, ai sim haverá deserção.
c) Preparo insuficiente: Haverá intimação para em 5 dias completar o valor.

A defensoria pública na qualidade de curadora especial não há necessidade de pagamento de


preparo.

Regularidade formal
Apresentação das razões, peças obrigatórias, comprovação da repercussão geral no RE, capacidade
postulatória, comprovação de divergência jurisprudencial para recursos específicos.
Recursos subordinados
São recursos que são interpostos em razão da interposição de outro.
Espécies:
a) RECURSO ADESIVO
b) APELAÇÃO DO VENCEDOR CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

RECURSO ADESIVO (art. 997§ 1º)


CUIDAR!!! Recurso adesivo não é espécie de recurso. É apenas forma diferenciada de interposição
de recurso.
Necessário demonstrar a sucumbência recíproca.
Necessário da vontade da outra parte em recorrer.
Prazo para apresentar o recurso adesivo é no prazo das contrarrazões.
Recurso adesivo é cabível para: APELAÇÃO, RECURSO EXTRAORDINÁRIO, RECURSO
ESPECIAL.
O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente.
OBS! Mesmo sendo totalmente vencedor na demanda a parte vencedora pode interpor recurso
adesivo com a finalidade de majorar os honorários, entendimento do STJ.

Súmula 326 do STJ – Na ação de indenização por dano moral a condenação em montante inferior ao
postulado na inicial não implica sucumbência recíproca.
OBS! CUIDAR! Concedida tutela antecipada em sede de RECURSO ADESIVO, não se admite a
desistência do recurso principal de apelação, ainda que a desistência tenha sido apresentada antes
do julgamento dos recursos.

APELAÇÃO
Pode ser interposta contra sentença e decisões interlocutórias não impugnáveis por agravo de
instrumento. Portanto, pode ser que a apelação tenha por objetivo impugnar somente uma decisão
interlocutória.
O recurso de decisão interlocutória poderá ser feita também em preliminar em contrarrazões. Essa é
uma espécie de recurso subordinado, pois como o vencedor não é sucumbente não poderia ingressar
com Apelação. Fica obrigado a discutir a decisão interlocutória necessariamente de forma vinculada a
prévia interposição de apelação.
OBS! Não há mais juízo de admissibilidade pelo juízo de primeiro grau. Se o juiz não receber a
apelação poderá ser utilizada reclamação.
OBS! Há a extinção da figura do revisor.
OBS! A regra é que a sentença tenha efeito suspensivo, EXCETO nas seguintes hipóteses: a)
homologa divisão ou demarcação de terras; b) condenação a pagar alimentos; c) extingue sem
resolução do mérito ou julga improcedente os embargos do executado; d) julga procedente o pedido
de instituição de arbitragem; e) confirma, concede ou revoga a tutela provisória; f) decreta a
intervenção.
OBS! Apelação possui efeito de retratação naquelas hipóteses: a) indefere a inicial; b) liminarmente
improcedente o pedido; c) extingue sem resolução.
CUIDAR! A apelação é dirigida ao juízo de primeira instância.

TEORIA DA CAUSA MADURA (art. 1013): ocorre quando o próprio tribunal quando do julgamento de
recurso entende já ser capaz de julgar o recurso, não sendo necessário retornar os autos para o
primeiro grau. Hipóteses: a) reformar a sentença fundada com base no art. 485; b) decretar a nulidade
da sentença por ela não ser congruente com os limites do pedido ou causa de pedir; c) omissão de
um dos pedidos; d) anular sentença por falta de fundamentação; e) quando reformar sentença que
reconheça decadência ou prescrição.
CUIDAR! A teoria da causa madura pode ser aplicada em APELAÇÃO e AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
CUIDAR! Não é cabível a teoria da causa madura em RESP em razão da necessidade de
prequestionamento.

AGRAVO DE INSTRUMENTO
Recurso que visa recorrer de decisões interlocutórias dentre aquelas estabelecidas no art. 1015.
Recurso cabível também para decisão interlocutória parcial de mérito.
Porém há decisões interlocutórias que são SEMPRE AGRAVÁVEIS:
a) Proferidas em liquidação de sentença;
b) Cumprimento de sentença;
c) Execução de título executivo extrajudicial;
d) Falência;
e) Inventário;

Correntes referentes o rol do art. 1015:


No entendimento do STF o rol do art. 1015 é de TAXATIVIDADE MITIGADA, por isso admite a
interposição de agravo quando verificada a URGÊNCIA decorrente da INUTILIDADE do julgamento
da questão em apelação.
Hipóteses de cabimento

- Tutela Provisórias
Inclusive quando o juiz condiciona a apreciação da tutela provisória a alguma exigência não prevista
em lei.

- Mérito Do Processo
OBS! A decisão que aplica multa por não comparecimento em audiência não é agravável.
OBS! A decisão que afasta a alegação de prescrição É RECORRÍVEL por agravo.

- Decisão que Rejeita Convenção De Arbitragem


Ainda que não se refira expressamente acerca de arbitragem, é cabível a interposição de agravo de
instrumento contra decisão relacionada a definição de competência, a despeito de não estar
previsto expressamente no rol. STJ faz uma interpretação analógica.

- Incidente de desconsideração da personalidade jurídica


Se for decidido em sede de decisão interlocutória.

- Rejeita o pedido de concessão de gratuidade OU concede pedido de revogação do benefício


Há um efeito suspensivo automático, pois tendo sido agravado pela parte, enquanto não houver
decisão, não precisará recolher.

- Exibição ou posse de documento ou coisa contra a PARTE CONTRARIA (e não sobre um terceiro)

- Exclusão de litisconsorte
Somente será cabível caso haja a EXCLUSÃO. Não se aplica aos casos de indeferimento do pedido
de exclusão (STJ).
- Rejeita o pedido de limitação do litisconsórcio
Somente quando rejeita.
- Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros

- Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo nos embargos à execução


Em regra não é necessário a garantia do juízo, exceto se quiser efeito suspensivo dos embargos à
execução.
Apesar de não estar expressamente previsto no inciso, É ADMISSÍVEL a interposição de Agravo de
Instrumento contra decisão que NÃO CONCEDE efeito suspensivo aos embargos. Observar que não
conceder é diferente de CONCEDER, MODIFICAR ou REVOGAR.

- Versem sobre a redistribuição do ônus da prova

- Outros casos expressamente previstos em lei

Procedimento do Agravo
Petição é direcionada diretamente ao tribunal.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Cabível contra QUALQUER DECISÃO JUDICIAL a fim de: a) esclarecer obscuridade ou contradição;
b) omissão; c) erro material.
OBS! Embargos de declaração não precisa ser precedido de preparo.
Dever de autorreferência: dever do tribunal seguir sua própria jurisprudência. Neste caso, caberá
embargos de declaração em caso de inobservância.
A omissão para a qual é cabível embargos de declaração pode se dar na hipótese do I, art. 1022 do
CPC: a) Considera-se omissa a decisão que deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento
de repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso concreto.
Além disso, considerar-se-á omissão nas hipóteses do § 1 do art. 489: a) se limitar a indicação,
reprodução ou paráfrase de ato normativo sem explicar sua relação com a questão; b) empregar
conceitos jurídicos indeterminados; c) invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer decisão;
d) não enfrentar todos os argumentos quando forem capazes de em tese infirmar na conclusão; e)
limitar a invocar precedente de súmula sem demonstrar que se ajusta ao caso concreto; f) deixar de
seguir enunciado de súmula, jurisprudência sem demonstrar a sua distinção ou superação.
CUIDAR! A coisa julgada não alcança o erro material. Mesmo após o transito em julgado a sentença
poderá ser corrigida.
O CPC alterou a Lei 9099 retirando dentre as hipóteses “dúvida”.
A natureza jurídica possuirá a mesma natureza do ato que foi objeto dos embargos. (Ex. se
embarguei uma sentença os embargos possuirá natureza jurídica de sentença).
OBS! Embargos INTERROMPE prazo para interposição de outros recursos tanto para embargante
quanto para embargado. Tanto no CPC quanto no JEC.
OBS! Embargos não possuem efeito SUSPENSIVO.
OBS! Os embargos podem alterar a decisão embargada. Chamados de embargos de declaração com
efeitos infringentes.
OBS! No caso de embargos protelatórios há a possibilidade de ser punido com multa.

AGRAVO INTERNO
Visa combater decisões unipessoais.
Agravo interno manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime há a previsão do
pagamento de multa.
OBS! É possível a aplicação do Princípio da Fungibilidade entre o Agravo Interno e Embargos de
Declaração.

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL


Dirigido ao STJ e STF nos casos previstos na CF.
Nesse recurso é dispensado o prequestionamento.
Não há ROC adesivo.
Não é aplicável a ampliação subjetiva
Não tem efeito suspensivo automático

Dirigido ao STF
Cabimento:
a) Combater de ACÓRDÃO proferido em sentença MS, HD e MI por tribunal superior quando
DENEGATÓRIA a decisão (ou seja, é privativa do impetrante);
b) Processos em que forem parte de um lado ESTADO ESTRANGEIRO/ORGANISMO
INTERNACIONAL e de outro MUNICÍPIO ou PESSOA RESIDENTE OU DOMICILIADA NO
PAÍS; (OBS! Aqui não precisa ser denegatória) OBS! Aqui da primeira instância o recurso vai
direto ao STJ.

Dirigido ao STJ
Cabimento:
a) Combater de ACÓRDÃO proferido em sentença em MANDADO DE SEGURANÇA por tribunal
quando DENEGATÓRIA a decisão (ou seja, é privativa do impetrante);
CUIDAR! Não se admite ROC ao STJ contra TURMA CÍVEL, ACÓRDÃO DO TRT, ACÓRDÃO DO
TER
CUIDAR Cabível somente contra decisão de TJ ou TRF.

OBS! Tanto o ROC ao STJ ou STF não cabe contra decisão monocrática de relator.

RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS
São recursos extraordinários: RESP e REX.
Os recursos extraordinários são de fundamentação vinculada.
Esses se recursos não servem para reanálise de prova.
Súmula 279 – STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
Súmula 7 – STJ: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.

OBS! Não admite-se para interpretação de cláusulas contratuais.


Súmula 05 – STJ – A simples interpretação de cláusula não enseja recurso especial.
Súmula 454 – STF – Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso
extraordinário.

É necessário o esgotamento das vias ordinárias.

CUIDAR! Para o RESP e REX há duplo juízo de admissibilidade.


OBS! O STJ ou STJ poderão desconsiderar VÍCIO FORMAL de recurso tempestivo quando não
reputarem grave.
OBS! RESP e REX não possuem efeito suspensivo automático. Somente haverá efeito suspensivo no
recurso de IRDR.
OBS! Para RESP e REX deve haver prequestionamento.
OBS! Súmula 98 do STJ – Embargos de declaração manifestados com notório propósito de
prequestionamento não tem caráter protelatório.
OBS!  Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para
fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados,
caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
OBS! É possível a interposição simultânea do RESP e REX. Se haver justificativa para cabimento de
ambos e não houver a interposição de ambos os recursos, haverá será conhecido.
OBS! Súmula 126 do STJ – É inadmissível recurso especial quando o acórdão recorrido assenta em
fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo e
a parte vencida não manifesta recurso extraordinário.

RECURSO ESPECIAL
Promove o controle das decisões dos tribunais e a uniformização da interpretação das leis federais.
OBS! Não cabe RESP de decisão de Tuma Recursal, pois não é Tribunal.
Hipóteses de cabimento:
a) Contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhes vigência: Não cabe RESP contra regimento
interno de tribunal.
b) Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal: Objetivo é preservar a lei
federal.
c) Dar a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal: a divergência
deve ser de tribunais diversos
OBS! É possível que o RESP seja conhecido como REX com base no art. 1.032. O inverso também
acontece com base no art. 1.033.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Objetiva garantir a integridade do ordenamento jurídico constitucional.
Cabimento:
a) Julgar em única ou última instância REX. Cabe REX contra decisão de Turma Recursal, pois
não exige que tenha sido decidido por tribunal. No precatório não cabe no precatório pois tem
natureza administrativa. Não cabe REX contra acórdão que defere liminar;
b) Contrariar dispositivo da Constituição Federal. A ofensa deve ser direta. Não pode ser reflexa.
c) Declarar a inconstitucionalidade de Lei ou Tratado Federal.;
d) Julgar válida lei ou ato de governo contestada em face da constituição;
e) Julgar válida a lei local contestada em face da lei federal;

Requisito da Repercussão Geral


Somente será recusado pela manifestação de 2/3 de seus membros.
São questões relevantes de cunho econômico, jurídico, social, político.

Presunção legal absoluta de repercussão geral


Sempre que impugnar acórdão que:
a) Contrarie súmula ou jurisprudência dominante do STF;
b) Tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo

Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de
DIREITO, haverá a afetação para julgamento.

Procedimento

1) A seleção dos recursos representativos da controvérsia (2 ou mais) é feita pelo Presidente ou Vice Presidente do
TJ ou TRF;
2) Encaminha ao STJ ou STF para afetação. O encaminhamento desses representativos importará na suspensão de
todos os processos individuais e coletivos naquele Estado ou Região;
3) Depois o Relator do tribunal superior afetará também. Neste caso ele determinará a suspensão de todos os
processos pendentes individuais ou coletivos no território nacional;

OBS! O relator do tribunal superior não fica adstrito nas afetações enviadas pelos TJ e TRFs. Ele poderá de ofício
afetar. Neste caso, pedirá aos presidentes dos tribunais o envio de representativos.

Da decisão que resolve o pedido de prosseguimento do processo (em razão do distinguising) caberá recurso.

É admitida a participação do amicus curie no RE ou REX repetitivo.


Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário

Consiste em recurso para combater decisão do 1º juízo de admissibilidade realizado pelo TJ ou TRF.

Se a decisão que admitir é irrecorrível.

OBS! Se a decisão do relator do tribunal de origem for pela inadmissão do RE ou REX repetitivo em razão da aplicação de
precedente de recurso especial repetitivo ou repercussão geral o recurso cabível será o AGRAVO INTERNO em razão da
distinção entre o RE repetitivo ou repercussão geral com o que foi decidido.

OBS! Se ambos os recursos forem inadmitidos, terá que interpor uma para cada.

OBS! Os agravos são realizados nos mesmos autos e INDEPENDE de preparo.

OBS! É possível o juízo de retratação.

OBS! É interposto perante o juízo a quo.

OBS! Se o Agravo em REX ou RESP não for conhecido poderá ser interposto agravo interno.

OBS! Não cabe embargos de declaração contra a decisão do presidente do tribunal que não admite o REX ou RESP.

Embargos de Divergência

Finalidade é uniformizar a jurisprudência interna do STF e STJ OU reformar ou anular acórdão embargado.

Os embargos são cabíveis contra acórdão de órgão fracionário de um desses dois tribunais.

Cabimento:

a) Julgamento proferido por órgão fracionário do STF ou STJ;


b) Decisão for proferido em RE ou REX;
c) Tenha havido decisão colegiada (NÃO PODE SER DECISÃO MONOCRÁTICA);
d) Demonstração da divergência no âmbito do mesmo tribunal;
e) Divergência deve ser atual (posicionamento se mantém ainda hoje);
f) Divergência diga respeito ao mérito quanto a admissibilidade do recurso especial ou extraordinário;

Embargos de Divergência DEVE PAGAR PREPARO.

OBS! Os embargos de divergência INTERROMPE o prazo para interposição de recurso extraordinário.

OBS! Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma se tiver ocorrido alteração
significativa da turma (mais da metade de seus membros).

Liquidação de sentença

Significa fixar exatamente o quantum devido.

A liquidação necessita do prévio requerimento do devedor. Juiz não pode de ofício.


É possível a existência de Liquidação de Sentença em processo autonônomo nas seguintes hipóteses: a) ação penal ex
delicto; b) sentença arbitral; c) sentença estrangeira homologada pelo STJ; d) acórdão que julga procedente a revisão
criminar; e) sentença coletiva na execução autônoma.

O juízo competente é do juiz que proferiu sentença.

CUIDAR!!! Na sentença arbitral quem é competente a realizar a liquidação é o próprio árbitro, EXCETO se houver
disposição em sentido contrário.

OBS! Não é necessário o trânsito em julgado para a liquidação. Pode ser realizada a liquidação provisória.

OBS! Pode haver a liquidação de somente parte.

Espécies de liquidação:

a) Arbitramento: quando é necessária a realização de prova técnica;


b) Procedimento comum: quando é necessário alegar e provar um fato novo;

OBS! Não existe mais liquidação por cálculo.

OBS! Súmula 344 do STJ – A liquidação por forma diversa da estabelecida na sentença não ofende a coisa julgada.

OBS! É possível a liquidação com resultado de dano zero.

OBS! Não havendo a produção de prova suficiente para fixar o valor na liquidação o juiz pode pronunciar o non liquet? Há
duas correntes:

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Fase processual a fim de fazer valer os títulos executivos judiciais.

Porém, o cumprimento de sentença pode ser um processo autônomo. (Ex. sentença arbitral)

Quando poderá ser determinado de ofício? Obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa distinta de dinheiro.

Se for obrigação de pagar dinheiro é NECESSÁRIA a provocação da parte.

OBS! Se o cumprimento for realizado após 1 ano do trânsito em julgado a intimação deve ser feita de forma pessoal do
devedor, não sendo possível a intimação na pessoa de seu advogado.

Prazo para cumprimento:

a) Quantia certa: 15 dias da intimação e não da juntada nos autos por que o ato é praticado pessoalmente pela
parte e não pelo procurador;
b) Entrega de Coisa diversa de dinheiro: o prazo é aquele que for fixado pelo juiz.
c) Obrigação de fazer e não fazer: o prazo é aquele que for fixado pelo juiz.

OBS! O ato que intima para pagar quantia certa não é recorrível.

Competência para cumprimento:


a) Regra geral é do juízo que decidiu a causa;
b) Exceção. O exequente poderá escolher pelo: a) foro do domicílio do executado; b) juízo do local onde os bens se
encontrem; c) juízo do local onde deva ser executada a obrigação.

OBS! É possível, após ao início do cumprimento de sentença, requerer o envio do cumprimento para o foro de domicílio
do réu.

Cumprimento provisório

Necessariamente deve ser precedido de requerimento do exequente.

Cumprimento é feito em autos apartados.

Incide a multa de 10% no caso do não pagamento no prazo fixado.

É possível levantar o valor desde que seja prestado caução.

É possível que o juiz dispense de prestar caução.

Cumprimento de sentença para pagamento de quantia

Prazo para pagamento espontâneo é de 15 dias úteis (prazo processual).

Não pago nesse prazo haverá acréscimo de multa + honorários.

Para pagamento de quantia certa o juiz não pode dar início de ofício.

OBS! O próprio juiz PODE controlar de ofício o excesso do cálculo.

OBS! A impugnação ao cumprimento de sentença é de CONTEÚDO LIMITADO.: a) falta ou nulidade da citação se, na fase
de conhecimento, o processo correu à revelia; b) ilegitimidade da parte; c) Inexequibilidade do título ou inexigibilidade da
obrigação; c) penhora incorreta ou avaliação errônea; d) excesso de execução ou cumulação indevida de execução; e)
incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; f) qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação desde
que posterior a sentença.

OBS! Não há efeito suspensivo automático com a apresentação da impugnação. Para obter efeito suspensivo é necessário
garantir o juízo.

OBS! No caso anterior o exequente é possível que este também preste caução para que a execução continue.

OBS! A decisão que julga a impugnação pode ser: a) decisão interlocutória; b) sentença (se extinguir a execução).

Cumprimento de sentença de obrigação de fazer e não fazer

Primeiro o juiz tentará conceder a TUTELA ESPECÍFICA. Caso não for possível o juiz buscará um RESULTADO PRÁTICO
EQUIVALENTE. Caso não seja possível o resultado prático equivalente haverá conversão em perdas e danos.

OBS! Poder Geral de Efetivação – O juiz poderá determinar as medidas necessárias para a satisfação do exequente (ex.
multas, suspensão de CNH).

OBS! É possível a fixação de multa contra a Fazenda Pública.

OBS! Em razão de que cada uma delas possui finalidade diversa É POSSÍVEL a cumulação da multa coercitiva (poder
efetivação), multa por ato atentatório da dignidade; multa por litigância de má fé.

As mesmas regras da impugnação será aplicada aqui.


Cumprimento de sentença de entrega de coisa

Regras muito parecidas com as regras do cumprimento de fazer.

Não entregue no prazo fixado, será expedido mandado de busca e apreensão (bem móvel) ou mandado de imissão na
posse (bem imóvel).

A impugnação aqui é igual as espécies anteriores.

E o direito de retenção pelo EXECUTADO? SÓ PODE SER REALIZADO NA AÇÃO DE CONHECIMENTO. Preclui.

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL

Existem dois meios de execução: a) coação; b) sub-rogação. Ambos compõe o Poder Geral de Efetivção.

- Coação: meios intimidativos indiretos a fim de cumprir a obrigação. (ex. multa)

- Sub-rogação: o estado substitui o devedor e satisfaz a obrigação (ex. penhora)

Princípios da Execução:

a) Princípio da Realidade: a execução deve recair necessariamente sobre o patrimônio do devedor e nunca sobre a
pessoa do devedor.
b) Princípio da Satisfatividade: a execução deve recair sobre todos os bens necessários para satisfazer o débito.
c) Princípio da Utilidade da Execução: não pode ser utilizado a fim de sacrificar. Deve ser utilizado para somente
satisfazer.
d) Princípio da Economia da Execução: a execução deve ser o mais econômica possível.
e) Princípio da especificidade da execução: o credor deve, na medida do possível, receber o que receberia se o
devedor tivesse cumprido sem mora. Excepcionalmente, poderá receber de forma indenizada.
f) Princípio do ônus da execução: a execução segue sob a responsabilidade do executado.
g) Princípio da dignidade da pessoa humana
h) Princípio da Disponibilidade da Execução: a execução não é obrigatória pelo credor. O credor pode desistir a
qualquer momento da execução. Se a desistência for apresentada após os embargos e versar sobre conteúdo
material, não poderá ser extinto.

Competência:

a) Regra geral é do domicílio do executado, de eleição constante do título ou de situação dos bens; OU
b) Tendo mais de um domicílio, no foro de qualquer deles; OU
c) Incerto ou desconhecido o executado, será proposta no lugar onde for encontrado ou do exequente;
d) Havendo mais de um devedor em qualquer um dos domicilio deles;
e) No lugar onde se praticou o ato ou ocorreu o fato mesmo que não mais resida o executado;

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