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Alterações patológicas dos envoltórios fetais

Hidropsias Schistossomus fetais

O filhote desenvolve uma má formação fetal que tem o


É o acúmulo anormal de líquido seroso em tecidos e/ou
abdômen com uma fenda
cavidades
Os órgãos se desenvolvem fora da cavidade abdominal
Possuem 3 tipos:
O feto tem a coluna flexionada, os membros possuem artroses
 Hidropsias dos envoltórios fetais – principalmente no
e são projetados para a cabeça
âmnio e alantóide
 Hidropsia do feto – fica no próprio filhote Mais comum em bovinos! “monstros fetais”
 Hidropsia da placenta – bovino e equinos (edema de
placenta)

O acúmulo de líquido anormal modifica o curso da gestação Em pequenos animais, o mais comum são afecções

e pode interferir na data de parto, ou ocasionar a morte do hepatorrenais junto com a hidropsia

embrião devido ao líquido em excesso Hidronefrose – acúmulo de urina no parênquima renal e a

O filhote não vai conseguir nascer sozinho porque vai ter o hidropsia geralmente se acumula no alantoide

diâmetro da placenta maior que o canal do parto da mãe Acúmulo de líquido no rim → perda do parênquima →
acúmulo de liquido no alantóide

➔ TEORIAS PARA A ETIOPATOGENIA

Alterações microestruturais e funcionais no corioalantoide


levam a produção exacerbada de fluido intrauterino

A análise do líquido indica alterações nas concentrações de


eletrólitos (sódio, cloro, potássio e creatinina) → fluido com
composição anormal

Torções/compressões do cordão umbilical → transudação de


líquido

 A pressão hidrostática dentro do filhote aumenta e


Hidropsia dos envoltórios fetais
forma fluido dentro da cavidade

Aumento exagerado do líquido fetal Período mais comum da ocorrência é no TERÇO FINAL DA
GESTAÇÃO (45 dias)
Pode ocorrer em 2 locais:
DIAGNÓSTICO: ultrassom (pequenos)
 Saco amniótico (hidrâmnio)
 Alantóide (hidroalantoide) – mais comum Em grandes animais da para sentir na palpação o aumento
abdominal
O líquido se acumula tanto na membrana quanto na cavidade
RAIO-X: observa o útero aumentado, mas não fecha o
ESPÉCIE MAIS ACOMETIDA: bovinos – doença dos bovinos
diagnóstico
Quando acomete as cadelas, todos os fetos da ninhada são
afetados (geralmente)
➔ TRATAMENTO
ETIOPATOGENIA: desconhecida, porém está relacionada a
fatores, principalmente reprodutivos → GRADES ANIMAIS: Indução do parto

 Clonagem, produção em vitro (grandes animais)  Drenagem dos fluidos


 Hidropsia acompanhada com má formação fetal  Cesariana
(anencefalia, hidrocefalia, Shistossomus reflexus,
distúrbios hepatorrenais) PEQUENOS ANIMAIS: cesariana eletiva – acompanhada
 Hidronefrose (alantóide) Nunca induzir o parto, e sim ir para cesariana
Associado a ascite/anasarca, pode ter hidrocele (Acúmulo de
Hidropsia do feto
líquido no cordão umbilical), hidrâmnio e hidroalantoide
concomitante
Acúmulo do líquido nas cavidades do feto ou no tecido
subcutâneo

HUMANOS: edema maciço do recém-nascido (relacionado


Molas
incompatibilidade de grupo sanguíneo)

ANIMAIS: relacionado com más formações, doenças Processos patológicos placentários que causam a morte do
associadas que vao resultar no edema dos envoltórios fetais embrião na maioria dos casos
as vezes junto com o do filhote
Quando o animal morre, ocorre a reabsorção do embrião, mas
DOENÇAS ASSOCIADAS COM O EDEMA DO FETO: os anexos fetais continuam se desenvolvendo mesmo que não
tenha mais o embrião
 Hidrocefalia – acúmulo de líquido nos ventrículos
 Hidranencefalia – o animal não tem parênquima Anexos fetais continuam se desenvolvendo
encefálico, somente líquido
ANIMAIS ACOMETIDOS: bovinos, carnívoros e suínos.
 Ascite - acúmulo de líquido na cavidade do feto
Também acontece em seres humanos
ANASARCA → edema generalizado subcutâneo do feto
TIPOS DE MOLAS:
RISCO DE DISTOCIA: maior diâmetro, maior dificuldade no
 Cística
parto
 Hidatiforme
Vilo – placenta do filhote  Vilosa
 Hemorrágica
Criptas – placenta da mãe
 Carnosa
Geralmente os filhotes que nascem com hidropsia morrem
após o nascimento devido a existência da má-formação
associada ➔ TEORIAS PARA ETIOPATOGENIA

Não se sabe o certo origem da mola

➔ TEORIAS PARA A ETIOPATOGENIA Pode estar relacionada ao desenvolvimento tumoral – uma


falha na divisão celular faz com que esses envoltórios
ASCITE FETAL: o animal que nasce morto com ascite fetal,
continuem crescendo por um erro genético
pode ter falecido ainda prematuros, na vida intrauterina e
entrado em estado de decomposição onde leva o acumulo de  Alteração no trofoblasto
liquido
Causas traumáticas
 Os filhotes que nascem ainda vivos e tem hidropsia
Resultado de má formação
podem ter alguma doença infeciosa, defeito de
desenvolvimento onde há compressão da cavidade
peritoneal – aumentando a pressão hidrostáticas
1. MOLA CÍSTICA
A ascite fetal é um tipo de hidropsia do feto! E não das
membranas fetais É um processo simples, no qual os anexos fetais, após a
destruição do embrião, formam uma bolsa com conteúdo
ANASARCA: são filhotes que estão em uma gestação normal, líquido
chegam a “termo” e ocorre uma falha na segunda fase do
parto e o filhote não é expulso do canal do parto Formam “cisto”

Enquanto o filhote fica parado no canal do parto, começa a ter


um processo inflamatório e acumula líquido no subcutâneo
2. MOLA HIDATIFORME
do animal
Caracterizado pelo edema excessivo da placenta pelo acúmulo
Não sei sabe ao certo o porquê o animal já desenvolve a de fluidos dentro do parênquima viloso
anasarca ainda na fase fetal, mas pode esta associada as
outras má formações que esse filhote pode apresentar Os vilos (Parte da placenta do filhote que gruda no
parênquima do útero) sofrem má formações, originam
microcistos e ocorre a ausência de vasos sanguíneos fetais
Má formação dos vilos → microcistos → sem vasos
sanguíneos → o filhote não se desenvolve ou vem a óbito logo
quando nasce

MOLA HIDATIFORME PARCIAL: alguns vilos, mesmo com os


microcistos, estão normais e o filhote consegue se
desenvolver parcialmente. O feto está sempre malformado e
nunca esta viável

MOLA HIIDATIFORME COMPLETA: todos os vilos da


placenta irão estar acometido pelos microcistos

Vai ter os envoltórios fetais, mas não tem embrião

3. MOLA VILOSA

Se origina de um crescimento exuberante das vilosidades do


córion

4. MOLA HEMORRÁGICA

Ocorre após a morte traumática do embrião e hemorragia


intensa da placenta

Vai se formar um grande coágulo dentro dos envoltórios fetais

O coágulo envolve o produto e se organiza

Trauma mais recente!!

5. MOLA CARNOSA

É uma fase do desenvolvimento da mola hemorrágica, após


muito tempo de evolução

O coágulo organizado perde sua coloração intensa, tornando


um aspecto cárneo

Trauma mais antigo!!

➔ DIAGNÓSTICO

SINAIS CLÍNICOS: não possui sinal clínico na mãe

PALPAÇÃO: útero aumentado com flutuação, sem feto

Consegue afirmar que tem mola, mas não o tipo


Complicações placentárias na gestação múltipla patológica

O cão e gatos são pluríparas – tem sempre vários filhotes Distúrbio digestivos e metabólicos – pouca suplementação
para muito filhote
Identifica-se quando está presente um número de fetos maior
(número anormal) considerado normal naquela espécie/raça Dificuldade locomotora – peso, dor nas articulações

Distocia – insuficiência nas contações, atonia uterina

 Faz muita força, não consegue parir todos os filhotes,


exaustão

Feto com baixo peso ao nascimento – menor sobrevida

➔ EVOLUÇÃO

Labrador – 7 filhotes GRANDES ANIMAIS: indução do parto ou abortamento de


um dos embriões
Pinscher – 2 filhotes
CADELAS: acompanhamento gestacional para uma suposta
Sempre que tem um número maior que o que esperado por
cesariana
aquela placenta, ela fica sobrecarregada
Grandes chances de complicação cirúrgica

➔ ETIOLOGIA
➔ DIAGNÓSTICO
Femeas com fatores genéticos e predisposição para liberar um
número maiores de oócitos + boa alimentação + hormônios US: antes da mineralização dos filhotes, conta as vesículas
regulados
RAIO-X: contar o número de filhotes com mais exatidão →
Gêmeos são derivados de divisão de um ovulo fertilizado ou diagnostico definitivo, lateral e ventro dorsal
de dupla ovulação – grandes animais
45 dias para mineralização completo
OVULAÇÃO SINCRÔNICA: Ovulações ocorrendo em ovários
diferentes com separação de até 1 dia

Ovula os dois ovários depois de pouco tempo – resulta em ➔ TRATAMENTO


uma maior probabilidade de fecundação
PEQUENOS ANIMAS: parto assistido
OVUAÇÃO ASINCRÔNICA: Ovulações ocorrendo em um
Cesariana como tratamento de eleição
intervalo de 2 a 10 dias, sendo ou não em ovários diferentes
Fator hereditário! Retirar femea da reprodução
Muito comum em cadelas (superfetação – fetos de idades
diferentes) – filhotes não sobrevivem

Se a femea cruza mais de uma vez, os filhotes podem ter pais


diferentes

➔ DESVANTAGEM

Essa fêmea irá ter problemas durante a gestação, devido ao


número de filhotes

E após a gestação, pouco leite, déficit metabólico

Transtorno respiratório – compressão do diafragma

Distúrbio circulatório – compressão dos grandes vasos


abdominais, prejuízos no DC
Morte embrionária e morte fetal

Morte embrionária ➔ GENÉTICOS

Acontece até a completa morfogênese, depois disso é a morte Anormalidades numéricas dos cromossomos – distúrbios

fetal na distribuição de cromossomos ou cromátides durante a

 Desde o momento da fecundação até a diferenciação Euploidias 3n - ocorrer em decorrência da poliespermia

total dos órgãos Entrada de dois genomas paterno, acrescenta maior número

Ocorre a reabsorção embrionária – embrião não é eliminado de cromossomos

através da vulva Aneuploidias 2n + 1 – falha no pareamento das cromátides

Perda da morfologia da vesícula embrionária Afetam apenas um dos pares de cromossomos e prejudica o

PERÍODO EMBRINÁRIO: desde a fertilização até o fim do fenótipo do individuo

estágio de morfogênese A morte embrionária não traz problema para a mãe

Maior parte ocorre nos primeiros dias após a fertilização e


durante o processo de implantação
Morte fetal

Se não tiver um acompanhamento gestacional com US, não Acontece após a completa morfogênese
tem como saber se houve morte embrionária (perda da
vesícula) Mumificação fetal

O animal não apresenta sinal clínico Feto enfisematoso

Maceração fetal

Causadas por agentes infecciosos e por fatores não


infecciosos ➔ MUMIFICAÇÃO FETAL

Conjunto de modificações que um feto morto sofre no 2° ou


➔ FATORES INFECCIOSOS último terço da gestação

Brucelose Não expulso do útero e não contaminado (cérvix fechada)

Herpesvirus Ocorre a desidratação sem contaminação por bactérias

Toxoplasmose PROCESSO ASSÉPTICO DE INVOLUÇÃO DO FETO

Erliquiose  Reabsorção dos líquidos fetais


 Reabsorção de líquidos do interstício fetal –
Campilobacteriose desidratação do feto
 Endurecimento de partes moles
 Ressecamento da placenta e aquisição de tonalidade
➔ FATORES NÃO INFECCIOSOS mais escura

Idade – fêmeas idosas tem maior dificuldade de implantação Para que ocorra a mumificação fetal as cadelas precisam que
na parede uterina ao mesmo tempo esteja acontecendo uma gestação
acontecendo normalmente – progesterona
Reconhecimento materno ineficiente – cães e gatos não têm
ETIOLOGIA: torção do cordão umbilical
Temperatura
 Problemas placentários (redução das vilosidades
Genéticos
placentárias)
 Traumatismo
 Progestágenos de longa duração – vacina anti cio!

SINAIS CLÍNICOS: inespecíficos em gatas e cadelas


O filhote mumificado pode causar uma distocia no parto
impedindo que os outros filhotes nasçam

DIAGNÓSTICO: ultrassonografia

 Ausência dos batimentos cardíacos


 Sem líquido no subcutâneo do animal

No raio x o filhote adquire um formato de “C”, a cabeça do


animal cai – NÃO FECHA DIAGNÓSTICO

TRATAMENTO: cesariana

O animal que teve uso de progestágenos de longa duração


não consegue parir (não tem a queda da progesterona)

➔ FETO ENFISEMATOSO

Alterações enfisematosas do feto morto retido no útero

O tempo de evolução é de 24 a 72h

ETIOPATOGENIA: parto laborioso

Crescimento de bactérias anaeróbias responsáveis pela


putrefação, com produção de gás no tecido subcutâneo do
filhote

SINAIS CLINICOS: debilidade maternal, corrimento vaginal


com odor fétido

 Desintegração do feto e crepitação do tecido


subcutâneo

Nesses casos é necessário realizar a ovariohisterectomia do


animal!! Risco de necrose

➔ MACERAÇÃO FETAL

Processo séptico de destruição do feto morto retido no útero

Inúmeras bactérias da vagina penetram pela cérvix ou


multiplicação de microrganismos do próprio útero

O período de evolução é de mais de 3 dias

Caracteriza-se pelo amolecimento e até liquefação dos tecidos


moles do feto, permanecendo íntegro apenas o esqueleto

ETIOLOGIA: torção do cordão umbilical

 Problemas placentários
 Traumatismo
 Progestágenos de longa duração

Abertura da cérvix → contaminação do feto e anexos


(Tritrichomonas foetus)

DIAGNÓSTICO: raio x e us

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