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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE HUMANIDADES I
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS
LICENCIATURA EM LETRAS – PORTUGUÊS E INGLÊS

THALLYSON PINHEIRO DE LIMA

ESQUEMA – LINGUÍSTICA: FUNCIONALISMO


PROFESSORA DOUTORA CAMILA STEPHANE CARDOSO SOUSA

FORTALEZA – CE
2023.2
O Funcionalismo é um conjunto de teorias
linguísticas que partem do princípio de que é na interação
que a gramática da língua se constrói, porque, para satisfazer
os interesses dos falantes, o falante recorre a infinitas
possibilidades de combinações formais de que a língua
dispõe, sempre motivadas pela pragmática e pela
semântica. Essas considerações justificam um ponto de
partida para uma análise linguística, uma vez que, para se analisar uma língua, é preciso focar no
seu funcionamento, no seu uso real, de modo a captar a sua essência enquanto mecanismo vivo
que se desenvolve em função da comunicação, seu fim maior.
O Funcionalismo é uma teoria geral que busca explicar a gramática e o que é língua a partir
da interação. Ou seja, uma teoria que explica como a língua funciona.

Língua: Linguagem:
- Criada a partir da linguagem. - Todo e qualquer tipo de comunicação.
- Limitada apenas para a espécie humana. - Instrumento de transmissão de informação.
- Possui articulação fonológica e morfológica. - Inúmeras espécies possuem linguagens.

Língua pode ser definido de várias maneiras a depender da teoria. Pode ser um sistema, um
instrumento de comunicação, um dispositivo inato, um conjunto de signos ideológicos, etc... Para
o funcionalismo, a língua é um instrumento de comunicação que serve para a interação, e
interação, por sua vez, é um evento sociocomunicativo.
- Interação: Evento sociocomunicativo com vários contextos.
- Contexto: Participantes em um espaço e em um momento.
Pragmática USO
A pragmática estuda que tipos de informações eu devo selecionar e como eu devo organizar
nos eventos sociocomunicativos, ela busca a função comunicativa e determina a forma (outras
estruturas linguísticas). O uso determina a organização das demais unidades linguísticas
(semântica, sintática, morfológica e fonológica). Exemplo:
A depender do uso, o termo “aí” pode convocar diferentes elementos
linguísticos:
Aí como dêitico de tempo:
“Eu ralei meu joelho, foi aí que eu percebi que não devia correr rápido.”
Aí como dêitico de espaço:
“Foi aí que te assaltaram?”
Aí como conjunção, cópula: Ken Hyland, foto colorida,
retirado de “Wikipédia”.
“Hoje eu acordei, aí me arrumei, aí fui para a escola, aí estudei, aí
Disponível em:
merendei...” https://pt.wikipedia.org/
wiki/Ken_Hyland
Função Papel comunicativo Interação
Relação Forma Forma + Forma = Sintaxe
Forma + Conteúdo = Semântica
Forma + Contexto = Pragmática

Todo ato de comunicação possui um objetivo. As funções de linguagem


são formas de utilização da linguagem para cumprir determinado objetivo,
de acordo com a intenção de quem fala ou traz a mensagem. Em outras palavras,
funções da linguagem são recursos de ênfase que atuam segundo a intenção do
produtor da mensagem, cada qual abordando um diferente elemento da
comunicação. De acordo com o linguista Roman Osipovich Jakobson, os
componentes das funções da linguagem podem ser divididos como:
- Emissor: quem envia a mensagem (pode ser uma única pessoa ou um grupo Roman Jakobson, foto
de pessoas) também conhecido como remetente. colorida, retirado de “Portal
Entretextos”. Disponível em:
- Receptor: quem recebe a mensagem (um indivíduo ou um grupo), também https://www.portalentretext
conhecido como destinatário. Como em situações de comunicação real o os.com.br/post/roman-
jakobson
emissor e o receptor trocam de papel, costuma-se dizer que emissor e receptor
são interlocutores.
- Mensagem: objeto físico da comunicação, aquilo que se transmite.
- Referente ou Contexto: objeto ou a situação a que a mensagem se refere, o que está na
mensagem.
- Canal ou Contato: meio pelo qual a mensagem é transmitida. Um microfone, a internet, ou até
mesmo o ar atmosférico.
- Código: conjunto de signos convencionais dos interlocutores no ato da comunicação. Língua
portuguesa, inglesa, etc.

No entanto, cada linguista descreve as funções da linguagem de acordo


com suas teorias. Do ponto de vista da Linguística Sistêmico-Funcional de
Michael Alexander Kirkwood Halliday, que se opõe à tradição gerativa, temos
apenas três funções da linguagem que envolvem a cognição, as funções sociais
e o código. Halliday rejeita explicitamente a abordagem ligada à tradição
gerativista, a proposta formalista mais conhecida. Para ele, o uso da lógica
formal nas teorias linguísticas é "irrelevante para a compreensão da
linguagem", bem como considera o uso dessas abordagens como
"desastrosas para a linguística". No Brasil, as ideias de Halliday foram Michael Halliday, foto colorida,
difundidas a partir da década de oitenta, sendo utilizadas em áreas como a retirado de “In Memoriam:
análise do discurso, o ensino de língua estrangeira, o ensino de língua M.A.K. Halliday”. Disponível em:
materna, a educação a distância, a tradução, a linguística de corpus e o https://domainthirtythree.com/
2018/04/19/in-memoriam-m-a-
estudo de semióticas visuais. k-halliday/
Ü

Para Halliday, as funções Ideacional, Interpessoal e Textual ocorrem ao mesmo tempo, ou seja, as
funções da linguagem funcionam em consonância uma com a outra, exceto em estruturas sem o
status oracional ou uma expressão tautológica (pleonasmo ou qualquer tipo de informação
irrelevante para a interação). Já para Jakobson, a função Referencial se sobressai dentre as outras.

DISCURSO Funcionalismo Holandês Relevo Discurso Transitividade


Funcionalismo Norte-americano
Pragmática Morfossintático
TEXTO e Semântico
Comunicação Relevo Discursivo + Figura + Fundo
Informação - importante (periférica, sec.)
Pragmática Informação + importante (primário)
TRANSITIVIDADE Figura + Transitivo
Fundo - Transitivo
SÍNESE DO VERBO Ação do verbo
- Ação / Agente
Aspectos morfossintáticos possuem - Agente afetado
maior transitividade - Aspecto pontual
- Aspecto de terminação
Competência com o discurso:
Saber utilizar os elementos e ferramentas corretas para a interação. Não depende da competência
linguística. Adaptação do comportamento social para determinados contextos. Saber como
escolher utilizar, adequar e orientar as informações no contexto interacional. A competência com o
discurso convoca a gramática.

Função Pragmática:
Informação Tema, rema, figura, fundo, tópico, comentário, dado, novo etc.
Função Semântica:
Significado Agente, paciente, instrumento, locativo, atributivo, portador etc.
Função Sintática:
Forma Sujeito, núcleo do predicado, complemento, adjunto, objeto direto etc.
Siga os exemplos abaixo: OBS: Os componentes
pragmáticos, semânticos e
Eu chutei o balde sintáticos não são iguais, mas
Pragmática Tema Rema trabalham juntos. A linguística
Semântica Agente Ação Paciente funcionalista trabalha essa
Sintaxe Sujeito Núcleo do Objeto integração de como a gramática
predicativo direto
se relaciona com o discurso.

O balde foi chutado por mim


Pragmática Tema Rema
Semântica Paciente Ação Agente
Sintaxe Sujeito Núcleo do Agente da
predicativo passiva

Hoje Eu chutei o balde


Pragmática Tema Rema
Semântica Tempo Agente Açao Paciente
Sintaxe Adjunto Sujeito Núcleo do Objeto
adverbial predicativo direto

O príncipe matou o dragão. O príncipe é astuto.


Pragmática Figura Fundo
Tema Rema Tema Rema
Semântica Agente Ação Paciente Agente Estatuto Atributo
Perfectiva Imperfectiva
Aspecto Pontual Não pontual
Modo Realis Realis
Sintaxe Sujeito Núcleo do Objeto Sujeito Núcleo do Adjunto
predicativo direto predicativo adnominal

O fluxo de informação é um processo de comunicação dinâmico, que ocorre em diferentes


ambientes informacionais, com o objetivo de transmitir informações, com valor agregado, de um
emissor para um receptor ou múltiplos receptores, visando responder as mais complexas
necessidades informacionais e possibilitando a geração de conhecimento. Categorias como Dado
e Novo (categorias inferíeis) servem para mapear a pragmática e convocam a forma.
Para que o fluxo informacional funcione, é necessário equilibrar a quantidade de informações
dadas e novas, não se pode exagerar em nenhuma das duas. É necessário explicar algo que já
sabemos antes de explicar algo novo.
INFORMAÇÃO NOVA

FLUXO TEXUAL

INFORMAÇÃO DADA
(Sempre inicia-se uma comunicação com uma informação dada)
O Círculo Linguístico de Praga ou "Escola de Praga" foi um grupo de críticos literários e
linguistas estabelecidos na cidade de Praga. Seus membros desenvolveram métodos de estudos
semióticos e de análise estruturalista entre os anos 1928 e 1939. Depois da segunda Grande
Guerra o Círculo se desfez, mas os membros a Escola de Praga continuaram como uma força
fundamental. Roman Jakobson, figura central do Formalismo Russo, havia participado tanto do
Círculo Linguístico de Moscou quanto da Sociedade para o Estudo da Linguagem Poética
(OPOJAZ), em São Petersburgo, antes de mudar-se para a Checoslováquia, em (1920), para
fundar o Círculo Linguístico de Praga em (1926). Para o CLP, a fala determina/organiza a língua.
Análise Enunciado (Unidade funcional) Informações Dinamismo Comunicativo
Sentença (Unidade formal) Semântica, Sintaxe, Morfologia e Fonologia
Enunciado:
Distribuição de informações que se manifesta na sentença.
Perspectiva Funcional da Sentença:
Existe uma unidade linguística que está acima da sentença que serve para organizá-la, a função.
Interação (Dik):
2 Papeis ativos Falante e Ouvinte
Antecipa e Interpreta as informações
Expressão
INFORMAÇÃO:

Sujeito Verbo Complemento


Carrega menos informação NOVA

Relaciona informação com a estrutura gramatical. Também trabalha com a transitividade e a


relação entre o uso e a forma. Veja o argumento dos verbos:
___ cheguei. ___ quebrei ___. ___ entreguei ___ ___.
Arg.1 Arg.1 Arg.2 Arg.1 Arg.2 Arg.3
Nova Dada Novo Dado Dada ou Nova

A dinâmica pode oscilar dependendo da dependência de contexto, da ordem das palavras, da


entonação e dos papéis semânticos.
1) DEPENDÊNCIA DE CONTEXTO:
CONTEXTO Situação + Dependente Tema e Informação Dada
Texto (cotexto) + Independente Rema e Informação Nova
Exemplo:
Aqui está frio.
Independente, rema e informação nova.
Dependente, situacional, tema e informação dada.
2) ORDEM DAS PALAVRAS:
A ordem sintática das palavras altera a semântica.
+ Esquerda + Direita

Dada/Tema Nova/Rema
3) ENTONAÇÃO:
Entoação é a variação da altura e duração utilizada na fala que incide sobre uma palavra ou
oração, e não na pronúncia simples de fones, fonemas ou sílabas. Entonação e ênfase são
elementos prosódicos da linguística.
As funções linguísticas da entonação são exercidas em instâncias superiores às dos fones,
fonemas e palavras, sendo considerada, portanto, um componente linguístico suprassegmental.
Muitas línguas usam a entonação sintaticamente, por exemplo, para expressar surpresa ou ironia,
e, mais comumente, para distinguir uma declaração simples de uma interrogação. O português
pertence a este grupo de línguas, também chamadas de pitch-accent.
Outras línguas, como Mandarim, o Tailandês e o Japonês, usam a variação tonal para
implicar diferentes significados nas palavras, essas línguas são chamadas de línguas tonais.
No alfabeto fonético internacional, a mudança de entonação é marcada com [↗] e a queda com [↘].
Davi fez a tarefa.
[dɐ.ˈvi ˈfey.zə tɐ.ˈɾɛ.fə ↘]
Temos uma entoação grave e breve, e sua cadeia falada tem final descendente por ser uma
afirmação.
Davi fez a tarefa?
[dɐ.ˈvi ˈfey.zə tɐ.ˈɾɛ.fə ↗]
Notamos, portanto, que a entoação se torna mais aguda, e a duração da palavra tarefa é alongada,
modificando sua cadeia falada para um final ascendente por ser uma interrogação.
4) PAPÉIS SEMÂNTICOS:
Termo que designa a interpretação semântica de um SN argumento, ou seja, de um SN
semanticamente associado a um item lexical com estrutura argumental.
- Para verbos de ação como quebrar, correr, cortar, lutar, trocar etc.:
_____ VERBO _____
Agente Paciente
- Para verbos de estado como ser, estar, permanecer etc.:
_____ VERBO _____
Portador Qualidade
- Para verbos de afeto como amar, abraçar, gostar etc.:
_____ VERBO _____
Experienciador Fenômeno
- Para verbos de elocução como falar, dizer, comentar, chamar etc.:
_____ VERBO _____
Locutor Dito
- Para verbos de percepção como olhar, ver, ouvir, escutar etc.:
_____ VERBO _____
Observador Observado
OBS: Os quatro critérios ocorrem simultaneamente para classificar o que é tema/dada e
rema/novo na situação comunicativa.

A Linguística Sistêmico-Funcional (LSF) é uma teoria linguística de abordagem funcionalista da


linguagem, desenvolvida desde os anos 1960 por Halliday, que tem como princípio básico a
concepção do sistema linguístico como um potencial de significação que se instancia em unidades
semânticas que, contextualizadas em uma situação concreta, constituem textos. Essa teoria nos
permite a descrição gramatical do texto, mas antes, também, cria ferramentas de análise que
possibilitam descrever a forma como os elementos léxico-gramaticais estão organizados e por que
se organizam de tal forma.
- Contexto e Língua
Sistema Paradigma
Função
“Língua é um sistema de signos.”
Função Sintagma Significado
Paradigma Significante
Análise Sistêmico-Funcional:

Cultura
Situação
Conteúdo
Gramática
es
xpr sã
E

Ideacional:
Reflexão do ponto de vista sob o mundo que engloba os recursos linguísticos especializados na
construção e articulação de experiências, sejam elas reais, imaginárias, concretas, abstratas, etc.
Interpessoal:
Ação sob o mundo organizado para a encenação de papéis e relações sociais. Assim, trata de
significados que exprimem a intersubjetividade na linguagem, incluindo a expressão de
posicionamentos discursivos, a negociação de tais posicionamentos e a realização de diferentes
tipos de (inter)atos de fala.
Textual:
Organização do texto e da mensagem caracterizada por uma estrutura periódica, análoga a uma
onda ou a pulsos de informação, indo e voltando periodicamente.

Gêneros textuais
Campo Relações Modo
Ideação Negociação Periodicidade
Conjunção* Avaliatividade Identificação
Transitividade Modo oracional Estrutura temática
Taxe* Modalidade Estrut. informacional
Tonicidade
Tom Tonalidade
Ritmo

CULTURA: Gêneros Textuais.


SITUAÇÃO: Registro.
CONTEÚDO: Discurso.
CONJUNÇÃO: Elo entre partes do texto.
Avaliatividade: Capacidade de avaliação de um texto.
Para analisar a Transitividade na FUNÇÃO IDEACIONAL:
- Processos Material
- Participante Mental
- Circunstâncias Relacional
Comportamental
Verbal
Existencial
OBS: Processos Interpessoais não recebem classificações nos processos Ideacionais.
Polaridade (não, nem), modalidade (poder, dever), modo (declarativo, interrogativo e imperativo)
e interjeições não recebem classificações pois são próprios dos processos interpessoais.
1) PROCESSO MATERIAL:
Insidie sob a ação, o acontecimento. Tem como unidades:
Ator: Agente principal
Meta: Objetivo
Beneficiário: Cliente (Serviço) / Recebedor (Bem)
Escopo: Processo e Entidade
Atributo: Qualidade concedida
Os processos materiais podem ser criativos (quando a entidade passa a existir) ou
transformativos (quando a entidade já existia e é alterada, transformada, destruída etc.).
EXEMPLOS:
Thallyson fez um bolo.
thallyson: Agente.
fez: Processo material criativo.
um bolo: meta.
O bloco de Letras Libras foi construído.
o bloco de Letras Libras: Meta.
foi construído: Processo material criativo.
Amanhã iremos retirar o poste quebrado.
amanhã: Circunstância temporal.
Ø (nós): Agente.
iremos retirar: Processo material transformativo.
o poste quebrado: Meta.
Usando um alicate, o dentista tirou o meu dente amarelo.
usando um alicate: Escopo de processo.
o dentista: Agente.
tirou: Processo material transformativo.
o meu dente amarelo: Meta.
2) PROCESSO MENTAL:
Insidie sob o pensamento, o afeto, o desejo, a percepção etc. Tem como unidades:
Experienciador: Agente que experiencia.
Fenômeno: O que é experienciado.
EXEMPLOS:
Eu vi você ontem no ônibus.
eu: Experienciador.
vi: Processo mental.
você: fenômeno
ontem: Circunstância de tempo.
no ônibus: Circunstância de local.
Só ouço rock.
Ø (eu): Experienciador.
só: Fenômeno.
ouço: Processo mental.
rock: Fenômeno.
3) PROCESSO RELACIONAL:
Identifica, qualifica, segmenta, divide, organiza ou classifica uma entidade por outra(s). Ela é
dividida em modos e tipos.
MODO IDENTIFICATIVO: TIPO INTENSIVO:
Unifica, identifica como único. Atua sob a relação.
MODO ATRIBUTIVO: TIPO POSSESIVO:
Classifica em conjuntos, qualifica, segmenta. Atua sob posse, pertence.
TIPO CIRCUNSTÂNCIAL:
Atua sob circunstâncias.
PARTICIPANTES DOS PROCESSOS RELACIONAIS IDENTIFICATIVOS:
Identificado: Aquele que é identificado como único.
Identificador: Aquele que identifica.
PARTICIPANTES DOS PROCESSOS RELACIONAIS ATRIBUTIVOS:
Portador: Aquele que possui algum atributo.
Atributo: Algo que o portador possui.
EXEMPLOS:
O Zoológico de Fortaleza é o Sargento Prata.
o zoológico de Fortaleza: Identificador.
é: Processo relacional identificativo intensivo.
o Sargento Prata: Identificado.
Eu tenho duas casas na Serrinha.
eu: Portador.
tenho: Processo relacional atributivo possessivo.
duas casas: Atributo.
na Serrinha: Circunstância de local.
Thallyson é o monitor de fonologia.
thallyson: Identificado.
é: Processo relacional identificativo intensivo.
o monitor de fonologia: Identificador.
Amanhã terei aula de Funcionalismo com a Camila.
amanhã: Atributo circunstancial temporal.
Ø (eu): Portador.
terei: Processo relacional atributivo circunstancial.
aula de funcionalismo: Atributo.
com a Camila: Circunstância de companhia.
4) PROCESSO VERBAL:
Insidie sob o ato de elocução, sinalização, demonstração e atos de fala. Existem seis unidades
possíveis nos processos verbais.
Dizente: Agente que fala, comunica, diz algo.
Citação: Processo falado por meio de um discurso direto.
Relato: Processo falado por meio de um discurso indireto.
Verbiagem: Processo falado por meio da nomeação de um dito, conteúdo, língua, resumo.
Receptor: Aquele que recebe o conteúdo dito.
Alvo: Entidade receptora que sofre um efeito em consequência dos atos de fala.
DISCURSO DIRETO é aquele que reproduz exatamente a fala de outrem, ipsis litteris, sem
mudanças no conteúdo do discurso.
DISCURSO INDIRETO é a forma de dizer caracterizada por uma intervenção do autor que interfere
na fala ao usar suas próprias palavras para referenciar as de outrem.
EXEMPLOS:
A professora disse para mim ‘você passou’.
a professora: Dizente.
disse: Processo verbal.
mim: Receptor.
você passou: Citação.
Eu falei para você não pegar esse ônibus nesse horário.
eu: Dizente.
falei: Processo verbal.
você: Receptor.
não pegar esse ônibus: Relato.
nesse horário: Circunstância temporal.
Falaram comigo em Japonês.
Ø (eles): Dizente.
falaram: Processo verbal.
comigo (para mim): Receptor.
Japonês: Verbiagem.
O réu foi condenado pelo Juiz a prestar serviço comunitário.
o réu: Alvo.
foi condenado: Processo verbal.
juiz: dizente.
prestar serviço comunitário: Relato.
5) PROCESSO EXISTENCIAL:
Insidie sob o ato de fazer existir, apresentar uma entidade. Só possui uma unidade:
Existente: Aquele que é apresentado, que existe.
EXEMPLOS:
Tem 35 alunos na sala.
tem: Processo existencial.
35 alunos: Existente.
na sala: Circunstância de local.
Surgiram caranguejos na sunga daquele surfista bonitão.
surgiram: Processo existencial.
caranguejos: Existente.
na sunga daquele surfista bonitão: Circunstância de local.
6) PROCESSO COMPORTAMENTAL:
Define comportamentos. Só possui duas unidades:
Comportante: Aquele que se comporta.
Comportamento: O próprio comportamento do comportante.
EXEMPLOS:
O meu primo dormiu.
o meu primo: Comportante.
dormiu: Comportamento.

Meu celular toca música.


meu celular: Comportante.
toca música: Comportamento
REFERÊNCIAS
E. PORTER AND DAVID I. YOON. DOMAIN THIRTY-THREE. In Memoriam: M.A.K. Halliday; 2018.
Disponível em: https://domainthirtythree.com/2018/04/19/in-memoriam-m-a-k-halliday/
Roman Jakobson, Language in Literature, ed. Krystyna Pomorska and Stephen Rudy (Cambridge,
Mass., 1987).
J. Guinsburg (org.) Círculo lingüístico de Praga. SP: Perspectiva.
Circulo Linguístico de Praga: Estruturalismo e Semiologia. Globo - RS. 1978.
Roman Jakobson, Language in Literature, ed. Krystyna Pomorska and Stephen Rudy (Cambridge,
Mass., 1987).
Halliday, M. A. K. 1985. Introduction to Functional Grammar. London: Arnold.
Halliday, M. A. K.; R. Hasan. 1985. Language, Context and Text: A Social Semiotic Perspective. Geelong:
Deakin University Press.
Halliday; M. A. K., J. J. Webster, eds. 2009. Continuum Companion to Systemic Functional
Linguistics. London: Continuum.
Fuzer, C.; S. R. S. Cabral. 2014. Introdução à gramática sistêmico-funcional em língua portuguesa.
Campinas: Mercado de Letras.

➔ Arquivo produzido por:

Thallyson Pinheiro (Aluno de Letras Português – Inglês / UFC)


Encontre mais materiais de estudo no endereço abaixo:
https://allmylinks.com/thailspinh
Bons estudos!!!

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