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2022

Escola Comunhão Arco-Íris – Pemba


Texto de apoio de Filosofia – 11ª classe
UNIDADE TEMÁTICA - IV: INTRODUÇÃO À LÓGICA - I

Tema: Historial da lógica como ciência

O termo lógica deriva do vocábulo grego “logos” que significa: pensamento, ideia, palavra, ciência, razão, isto é,
tudo o que se refere ao saber em ordem à conquista da verdade. A lógica como ciência surge no século IV a.C, seu
fundador foi Aristóteles (filósofo enciclopedista grego/pai da lógica), mas antes dele houve o desenvolvimento do
conhecimento sobre à lógica principalmente com Platão. No entanto, Aristóteles é considerado pai da lógica porque
foi ele quem descobriu as primeiras três leis: Lei da Identidade, Lei de Não Contradição e Lei do Terceiro
Excluído, e daí o conhecimento da lógica transformou-se em ciência nas seguintes obras: Categoria, Interpretações,
Analítica, Tópicos e, sobre a Refutação dos sofistas. Estas obras foram publicadas por seu discípulo chamado
Andrónico de Rodes no livro chamado “Organon”.

Definição da lógica

Lógica: é a ciência das formas válidas do pensamento.


Lógica: é uma ciência filosófica que estuda as formas e leis do pensamento correcto.
Lógica: é o estudo das leis e formas do pensamento válido.
Objecto da lógica

A lógica como uma ciência apresenta um duplo objecto de estudo: objecto formal e objecto material.

• Objecto formal: Preocupa-se com a análise da relação dos elementos envolvidos no enunciado, se estes
são coerentes e não têm nenhuma contradição interna.
• Objecto material: Analisa não só a coerência do enunciado, mas também a sua concordância com a
realidade.

Importância/utilidade da lógica

• Ela ajuda-nos a adquirir competências que nos permitem avaliar a validade dos argumentos que nos são
apresentados, contribuindo assim para desenvolver a autonomia e o espírito crítico.
• Ela proporciona-nos meios que possibilitam a organização coerente dos pensamentos, desenvolvendo
competências argumentativas e demonstrativas, a fim de os podermos comunicar com rigor, coerência e
inteligibilidade.
• Ela permite-nos analisar diversos tipos de discurso, do científico ao político, para nos certificarmos da sua
validade formal

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Validade formal e validade material

• Validade formal: refere-se à estrutura dos elementos de um raciocínio ou argumento.


• Validade material: analisa não só a coerência, mas também à adequação do conteúdo do nosso raciocínio
ou argumento à realidade pensada.

Exemplo1: A província de Cabo Delgado localiza-se na zona norte de Moçambique.

Exemplo2: Se a vida é sagrada, o aborto é imoral; a vida é sagrada; logo, o aborto é imoral.

Para ambos exemplos:


Validade formal: verdadeira ou V.F - V
Validade material: verdadeira ou V.M – V

NB: Não basta que as premissas e a conclusão de um argumento obedeçam somente a validade formal para que o
argumento seja verdadeiro. Caso a validade formal seja falsa automaticamente a material também será falsa. Por
outro lado, se a validade formal for verdadeira a material é indefinido, isto é, pode ser verdadeira ou falsa
dependendo da realidade tida. Entretanto, um argumento é falso ou incoerente quando apresenta contradições
exemplo: (A relva é e não é verde) assim sendo, V.F – F e V.M - F.

Exercícios de aplicação

“Existo e não existo. Chamo-me Pedro e não me chamo Pedro. Sou moçambicano e não o sou. Nesta noite, cheia de sol, há
algumas nuvens brancas espalhadas pelo céu azul. São dez horas e sessenta e três minutos, pelo que só faltam cinco horas
para as onze. Saio de casa, e entro para a cozinha. A chuva cai. É bom caminhar sobre este piso enxuto. Os cães ladram. O
silêncio é total. Como não tenho amigos, vou até à praça para me encontrar com eles. Já me disseram que sou doido. Mas, se
sou doido, então não sou doido”.

Justifique a sua resposta tendo em conta com as validades lógicas.


1. Tendo em conta com o exposto acima, o discurso é coerente?
2. Em 322, Aristóteles recebeu um E-mail do seu mestre Platão.
3. Ouvi o som da campainha, mas ninguém tocou.

Divisão da lógica

Lógica espontânea: É a ordem que a razão humana segue naturalmente nos seus processos de conhecer e nomear
as coisas.

Lógica como ciência: Aparece a partir do momento em que o homem toma os seus processos cognitivos como
objecto de estudo.

Tema: A linguagem como fundamento da condição humana

Quando afirmamos que a linguagem é o fundamento da condição humana, pretendemos dizer que o uso desta faz
parte essencial do quotidiano e da forma intrínseca de ser e de existir do ser humano. Pois não há actividade
humana que não comporte, na sua essência, o uso da linguagem, facto que resulta da necessidade que o homem tem
de comunicar com os outros.

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A linguagem humana é a base de toda a cultura e, consequentemente, o fundamento da humanidade. O choro da


criança à nascença é uma manifestação desta necessidade de comunicar com o mundo exterior, que são os outros
seres humanos.

Linguagem e comunicação

Linguagem: é um processo de comunicação de uma mensagem entre dois sujeitos falantes pelo menos, sendo um
destinador/emissor, e o outro destinatário/receptor. A linguagem está relacionada à comunicação; onde há
comunicação, há linguagem, assim vice-versa.

Comunicação: É o processo de transmissão e recepção de mensagem simples ou complexas por meio oral, escrito
ou gestual. Nos dias actuais a comunicação abrange os meios habituais que resultam de novas tecnologias (Rádio,
TV, Telemóvel, Fax, Internet, etc.). Ela ocorre quando interagimos com outras pessoas utilizando a linguagem;
palavras, gestos, movimentos, expressões faciais.

Modelo de comunicação de Roman Jakobson

Roman Jakobson, linguista americano, propôs um modelo de comunicação, que marcou uma época e que continua
a ser estudado até hoje. Para Jakobson os elementos da comunicação são: emissor, mensagem, receptor, contexto,
código e contacto. Assim sendo, ele somente acrescentou os três últimos.

Além de ter acrescentado estes três (3) elementos Jakobson atribuiu uma função de linguagem a cada um dos
elementos da comunicação. Tal como se pode ver o esquema concebido por linguista.

Contexto
(Função referencial)

Emissor Mensgem Receptor


(Função emotiva) (Função poética) (Função persuasiva)

Canal/Contacto
(Função fática)

Código
(Função metalinguística)

Descrição das funções da linguagem, segundo Roman Jakobson:

• Função referencial/informativa: Está centrada no contexto. Neste tipo de discursos, o emissor (locutor)
centra a sua mensagem de forma predominante no contexto (ou referente). Este tipo de discurso é
caracterizado pela objectividade, neutralidade e imparcialidade, visto que, o emissor pretende transmitir
sempre informações.
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Exemplo: As notícias jornalísticas, as informações técnicas e científicas.

• Função emotiva/expressiva: Está centrada no emissor. Predomina neste tipo de discurso, a atitude do
emissor perante o referente (objecto) produzindo, uma apreciação subjectiva. No discurso oral, a tonalidade
da voz do emissor é inconstante, ora sobe, ora baixa, ora é grossa, ora é fina e moderada, dependendo do
que ele deseja do seu interlocutor (convencer, ridicularizar, instruir, demonstrar, etc.).

• Função persuasiva/apelativa: Está centrada no destinatário ou receptor. Trata-se de um tipo de discurso


em que o emissor procura influenciar, seduzir, convencer ou mandar no receptor, provocando nele uma
reacção.

• Função poética/estética: Está centrada na mensagem. Os emissores por norma mostram-se empenhados
em embelezar e melhorar as suas mensagens. Exemplo: a poesia, algumas publicidades e obras de arte.

• Função fática: Está centrada no contacto/canal. Com estes discursos os interlocutores procuram assegurar,
prolongar/interromper a comunicação ou verificar o seu meio usado funciona.

• Função metalinguística: Está centrada no código. Com os discursos os interlocutores procuram definir ou
clarificar o sentido dos signos para que sejam compreendidos entre si.

Tema: Linguagem, pensamento e discurso (uma relação triádica)

Linguagem, pensamento e discurso são validades inseparáveis. Mediante a linguagem os seres humanos
comunicam entre si os seus pensamentos em forma de discurso oral, escrito ou gestual. Assim sendo, a relação que
existe entre ambos é pelo facto de:

• A linguagem ser um instrumento e meio ao serviço do pensamento. Ela é o suporte do pensamento.


Mediante o uso da linguagem os seres humanos exprimem os seus pensamentos. Por isso a linguagem e o
pensamento não podem ser inseparáveis.
• A linguagem regula o pensamento. Com a linguagem o ser humano pode formular conceitos, juízos e
raciocínios.
• O discurso é uma manifestação do pensamento e um acontecimento da linguagem.

As dimensões do discurso humano

• Dimensão Sintáctica: etimologicamente, sintaxe deriva do grego sym+taxis (cor-ordem, coordenando).


Tradicionalmente define-se a sintaxe como parte da gramática que trata das regras combinatórias entre os
diversos elementos da frase. “É o conjunto de meios que nos permitem organizar os enunciados”.

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Sintaxe: coordenação das regras combinatória o que significa sequência da palavra dentro do discurso. Assim
sendo:

Uma série de letras ao acaso não é uma palavra; (Exemplo: h, m, a, o, i).


Uma série de palavras postas ao acaso não é uma frase; (Exemplo: e honesta era pobre Teresa).
Uma série de frases dispostas ao acaso não é um texto nem um discurso.

• Dimensão semântica: do grego “semantike” que significa “arte da significação ou do significado”.

Semântica: é o estudo de relações entre os signos (palavras) com os seus significados (significação) e destes com
as realidades a que dizem respeito (referência). Exemplo: “Teresa era pobre e honesta” poderá semanticamente
estar correcta, desde que efectivamente exista correspondência entre a afirmação e a realidade.

• Dimensão pragmática: preocupa-se com a utilização que fazemos da linguagem num dado contexto.

Dimensões acessórias do discurso

• Linguística: O discurso tem uma dimensão linguística, dado que é um acto individual de fala em que um
emissor enuncia algo numa determinada língua.
• Textual: O discurso efectiva-se sempre num texto escrito ou oral que se constitui como uma sequência de
enunciados ordenados de uma forma coerente.
• Lógico-racional: O discurso é formado com uma dada sequência e encadeamento logico de proposições.
• Expressiva/subjectiva: O discurso por ser do Homem, é sempre expressão do sentimento, pensamentos,
argumentos, emoções e perspectivas de um dado sujeito.
• Intersubjectiva/comunicacional: o discurso pressupõe sempre a possibilidade de comunicação entre
sujeitos.
• Argumentativa: No discurso, em situação de diálogo, os sujeitos comunicam as suas razões, argumentos e
provas para justificar os seus pensamentos e posições.
• Apofântica: O discurso é sempre um juízo sobre alguma realidade, refere a verdade/falsidade das coisas a
que diz respeito e traduz sempre uma representação real.
• Comunitária e institucional: O discurso é sempre configurativo numa língua que assimilamos à
nascença/que aprendemos depois e que pertença a uma dada comunidade/cultura.
• Ética: Qualquer interveniente numa situação de discurso deve ter (sigilo), deve-se respeitar o código de
discurso (ética da discussão). Deve-se falar sempre a verdade e evitar contradição.

Exercícios de aplicação

1. Identifique os elementos constituintes do processo de comunicação.

2. Redija um requerimento ao senhor director da sua escola cujo tema é: “pedido de bolsa de estudo”.

3. Apresente uma acta de uma reunião escolar.

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Tema: Os novos domínios da aplicação da lógica

A lógica não é uma disciplina meramente teórica/formal. Ela conhece hoje um campo prático de aplicação que
inclui novas ciências e tecnologia como:

• Cibernética: do grego “kibernéties”, que segundo Platão, significa arte de pilotar navios. Como ciência, a
cibernética remota aos anos trinta do século XX (1948) e deve a sua origem ao matemático americano
Norbert Wiener. Como definição, a cibernética é a ciência de comunicação e do controlo do homem e
máquinas.

• Informática: este conceito provém da combinação de duas palavras: informação e automática. Entretanto,
o termo foi criado em 1962 por Philipe Dreyfus. Como definição a informática é a ciência do tratamento
racional da informação por meio de máquinas automáticas.

• Inteligência artificial: é um domínio relativamente recente. Encontramos as suas raízes no grande


desenvolvimento do computador; porque esta máquina oferece enormes possibilidades de armazenamento
e processamento de informações a altas qualidades.

As linhas de investigação da inteligência artificial são três (3): simulação das funções superiores da inteligência;
modelização cerebrais explorando dados da anatomia fisiológica ou até da biologia molecular; e reprodução da
arquitectura neuronal de um cérebro humano, de forma a produzir numa máquina condutas inteligentes.

Exercícios de aplicação

1. Poderá o ser humano ser reduzido a um sistema mecânico? Justifique a sua resposta.
2. Refira quais os problemas que os novos domínios da lógica podem suscitar.
3. O que acontecerá quando as máquinas substituírem o ser humano em todas as situações?
4. Com base no texto 4 da página 134, responda à questão 1.

Tema: Princípios da razão

Os princípios da razão são fundamentos e garantia de possibilidade da coerência do pensamento. Na ausência dos
mesmos não poderíamos pensar e nem formular qualquer verdade. Assim sendo os princípios da razão são de
capital importância no entendimento da realidade.

• Princípio da identidade
Em termos de coisas:
Uma coisa é o que é.
O que é, é, o que não é, não é.
“A é A”. (“A” designa qualquer objecto do nosso pensamento).
Em termos de proposição: uma proposição é equivalente a si mesma.

Exemplo: água é água; sal é sal.

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• Princípio de Não-contradição e a negação das proposições


Em termos de coisas:
Uma coisa não pode ser e não ser simultaneamente, segundo uma mesma perspectiva.

Em termos de proposições
Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, segundo uma mesma perspectiva.
Duas proposições contraditórias não podem ser simultaneamente verdadeiras.

Exemplo: Todo o africano é honesto. Algum africano não é honesto.

• Princípio de Terceiro Excluído e a negação dos conceitos


Em termos de coisas:
Uma coisa deve ser, ou então não ser; não há uma terceira possibilidade.

Em termos de proposições
Uma proposição é verdadeira, ou então falsa; não há outra possibilidade.

Exemplo1: Ou as plantas são vegetais ou as plantas não são vegetais.


Exemplo2: Ou sou alto ou baixo.

• Razão Suficiente: “tudo quanto existe tem razão suficiente em si mesmo ou noutro considerando sua
causa.

Exemplo: A estátua de Samora Moisés Machel, foi moldada por uma razão suficiente que é o escultor.
Exercícios de aplicação

1. Explique a causa eficiente do homem.


2. Explique em que consiste o princípio da razão suficiente
3. Elabore três proposições que violem os três princípios da razão.

Tema: Lógica do Conceito/Termo

• Conceito: é a representação mental de um objecto.

Pensar num objecto é diferente ver o objecto. No conceito temos apensas a essência, as características do objecto e
não o próprio objecto. Exemplo: laranja.

Aqui nós percebemos as suas propriedades: redonda, alaranjada, doce. O conjunto destas propriedades oferece a
percepção (imagem concreta do objecto singular).

• Termo: é a expressão verbal de um conceito.

A relação entre a extensão e a compreensão do conceito

Entre a extensão e a compressão de um conceito estabelece-se uma relação qualitativa, podendo, por isso, variar na
sua razão inversa: quanto maior for a extensão, menor será a compreensão e, quanto menor for a extensão, maior
será a compreensão.

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Ser
Ser vivo
Animal
Racional
Homem
Africano
Moçambicano
Macua
Amina
Extensão Compreensão

Os conceitos que nos servem de exemplo segundo esta sequência: Ser, ser vivo, animal, racional, homem, africano,
moçambicano, Macua, Amina. Estão dispostos por ordem decrescente quanto à extensão e por ordem crescente
quanto à compreensão.

A definição
Definir significa “delimitar ou colocar limites”. Assim, definir um conceito é indicar os seus limites de modo a
não se confundir com os demais conceitos. Neste sentido, a definição é a operação lógica que consiste em
determinar com rigor a compreensão exacta de um conceito.
Exemplo: definir “cão” é evidenciar de forma rigorosa as características que o identificam “ser animal que ladra”,
distinguindo-o, deste modo, de outros.
1. Preenche o seguinte quadro: “página 143”

Tipos Subtipos Características


Essencial/metafísica
Real

Descritiva
Final
Operacional
Etimológica
Nomi
nal

Sinonímica
Estipulativa
Os indefiníveis
• Géneros supremos: são indefiníveis por excesso de extensão, por não possuírem os seus géneros mais
próximos por onde se possa incluir.
• Indivíduos: são indefiníveis por excesso de compreensão “características dos mesmos”.

Exercícios de aplicação
1. Qual será a forma canónica da extensão e compreensão dos seguintes conceitos: cão, Mueda, Moçambique, lua.
2. Classifique os conceitos e dos termos quanto à: compreensão, extensão, relação mútua, modo de significação e,
quanto à perfeição (pág. 140).
3. Defina os seguintes conceitos: arganon, peripato, peripatético, definição nominal e real.
4. Apresente as regras de definição

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
ALMEIDA, Aires, et. al. A arte de pensar: Filosofia – 10º ano. 5ª ed. Lisboa: Didáctica Editora, 2010.
BORGES, José Ferreira; PAIVA, Marta & TAVARES, Orlanda. Introdução à Filosofia -11ª classe. Maputo: Plural Editores,
2010.
CORREIA, Fátima & MAGALHÃES, João Baptista. Introdução à Filosofia. Portugal: Edição Contraposto, 1984.
DUROZOI, G. & ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia – Dicionários Temáticos. Porto: Porto Editora, 2000.
GEQUE, Eduardo & BIRIATE, Manuel. Filosofia 11: Pré-universitário. 1ª ed. Maputo: Longman Moçambique, 2010.
KELLER, Vicente & BASTOS, Cleverson L. Aprendendo à Lógica. 1ª ed. Portugal: Editora Vozes, 2000.

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