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12 Super Dicas de
Português para concursos
Em concursos úblicos

#QUESTÃO 08
No trecho – Ainda que as mulheres tenham tido papel de agente nesse processo, o estudo ressalta que elas
são às principais vítimas da gentrificação… (4o parágrafo) – a expressão destacada confere ao trecho ideia
de
A) oposição.
B) adição.
C) condição.
D) conclusão.
E) concessão.

COMENTÁRIO
AINDA QUE é conjunção subordinada adverbial concessiva, ou seja, estabelece relação semântica de
concessão entre orações. É possível substituir a conjunção “ainda que” por “embora”, que também é
concessiva. Registra-se, aqui, que a conjunção concessiva apresenta ideia de oposição, contraste, quebra
da expectativa gerada. Porém a letra E traz o nome da conjunção, sendo a opção mais correta. No caso da
letra A, fala-se em conjunção adversativa, que mais comumente recebe essa ideia de oposição.

Friso então que é essencial, além de observar a semântica, decorar as conjunções adversativas e
concessivas, que não há nem uma conjunção igual.

Gabarito: Letra E

#QUESTÃO 09
Indique a alternativa em que a partícula “se” não tem valor de pronome apassivador:
A) Ouviam-se gargalhadas e pragas.
B) Destacavam-se risos.
C) Trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons dias.
D) Não sei se vou te amar mais.

COMENTÁRIO
O pronome apassivador segue dois passos:
1º passo: pergunta O QUÊ/QUEM?
A resposta é o sujeito da oração, fazendo com que o verbo concorde.
2º passo: é possível reescrever a oração.

Vamos às frases:
Na letra A, “Ouviam-se gargalhadas e pragas.” Ouviam-se o quê? A resposta é “gargalhadas e pragas”, que
é o sujeito da oração. É possível reescrever a oração.
Ouviam-se gargalhadas e pragas. = gargalhadas e pragas foram ouvidas.

Na letra B, “Destacavam-se risos.” Destacavam-se o quê? A resposta é “risos”, que é o sujeito da oração.
É possível reescrever a oração.
Destacavam-se risos. = Risos foram destacados.

Na letra C, “Trocavam-se .... as primeiras palavras.” Trocavam-se o quê? A resposta é “as primeiras
palavras”, que é o sujeito da oração. É possível reescrever a oração.

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Trocavam-se as primeiras palavras. = as primeiras palavras foram trocadas.

Na letra D, “Não sei se vou te amar mais”, o SE é uma conjunção integrante, pois está relacionada ao verbo
“saber” (Não sei ISSO).

Gabarito: Letra D

#QUESTÃO 10
Em “Há pessoas que compram uma roupa e só a usam um ano depois", a concordância verbal é estabelecida
corretamente, atendendo à Norma Padrão da Língua Portuguesa.
Assinale a alternativa que também apresenta a correta concordância do verbo destacado, conforme a Norma
Padrão da Língua Portuguesa:
A) Houveram pessoas que receberam as temidas correntes pela Internet.
B) Outros haverão de perder o hábito de aguardarem a ocasião especial.
C) Podiam haver complicações caso eu não repassasse a corrente.
D) Tinham recebido as cartas anônimas haviam quinze dias.

COMENTÁRIO
O verbo haver é impessoal quando significar existir, ocorrer, acontecer ou indicando tempo passado.
Nesse caso, o sujeito será inexistente, fazendo com que o verbo fique sempre no singular. Se haver não
for igual a existir, ocorrer, acontecer ou não indique tempo passado, haver será pessoal, haverá sujeito,
fazendo com que o verbo concorde.

Na letra A, O verbo haver significa existir (Houveram pessoas = Existiram pessoas), logo, é verbo impessoal,
ficando no singular, ou seja, a forma correta é “houve pessoas”.

Na letra B, O verbo haver não significa existir, ocorrer, acontecer, nem indica tempo passado, logo, o verbo
é pessoal, tendo como sujeito a palavra “outros”, nesse caso, fará concordância com ele.

Na letra C, O verbo haver é impessoal (Podia haver = podiam existir), pois significa existir, como é verbo
principal de uma locução verbal, contamina o verbo auxiliar “podiam”, que também deve ser utilizado no
singular (Podia haver)

Na letra D, O verbo haver está indicando tempo passado, ou seja, é verbo pessoal, ficando no singular
(havia quinze dias)

Gabarito: Letra B

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#QUESTÃO 11
Assinale a alternativa em que, com a mudança da posição do pronome em relação ao verbo, conforme
indicado nos parênteses, a redação permanece em conformidade com a norma-padrão de colocação dos
pronomes.
A) ... há melhora nas escolas quando se incluem alunos com deficiência. (incluem-se)
B) ... em educação especial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. (se contam)
C) Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de aula. (concebe-se)
D) Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno... (encarrega-se)
E) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo. (confunde-se)

COMENTÁRIO
As duas principais regras de colocação pronominal são:
1) Não se inicia frase por pronome oblíquo.
2) Com fator atrativo, usa o pronome antes do verbo.

Na letra A, a conjunção “quando” é fator atrativo, obrigando o uso do pronome antes do verbo.

Na letra B, o uso do se antes do verbo fere o princípio de que não se inicia frase por pronome oblíquo. No
caso, a ênclise é obrigatória.

Na letra C e E, a palavra negativa “não” é fator atrativo, obrigando o uso do pronome antes do verbo.

Na letra D, A colocação pronominal é facultativa, possibilitando o uso do pronome antes ou depois do


verbo, com substantivos, ou seja, o uso de “profissional preparado” torna facultativo a colocação
pronominal (um profissional preparado se encarrega / encarrega-se)

Gabarito: Letra D

#QUESTÃO 12
Considere o período selecionado a seguir.
Contudo, como esperar que se enfatize a solidariedade num mundo regido pela competitividade?
Assinale a opção em que a reescritura do trecho obedece às convenções relacionadas ao uso da vírgula.
A) Como esperar, contudo, que se enfatize num mundo regido pela competitividade, a solidariedade?
B) Como esperar contudo, que se enfatize, num mundo regido pela competitividade, a solidariedade?
C) Como esperar, contudo que se enfatize, num mundo regido pela competitividade, a solidariedade?
D) Como esperar, contudo, que se enfatize, num mundo regido pela competitividade, a solidariedade?

COMENTÁRIO
Para esse tipo de questão, iremos seguir a regra do tudo ou nada, ou seja, se houver termo intercalado, é
necessário pontuar antes e depois, ou não pontuação em ambos os casos.

Para isso, é necessário destacar logo os termos intrusos, vamos à frase da questão.

Destacando os termos intrusos, teremos.

Como esperar contudo que se enfatize num mundo regido pela competitividade a solidariedade?

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Percebeu os dois termos intrusos? A conjunção “contudo” e o adjunto adverbial “num mundo regido pela
competitividade. Logo, se for pontuar, é necessário pontuar antes e depois nesses dois termos intrusos.

Logo, a forma correta é:


Como esperar, contudo, que se enfatize, num mundo regido pela competitividade, a solidariedade?

Observou que o emprego da pontuação foi para sinalizar um elemento intruso.

Nas outras alternativas, o erro estar em isolar o termo intruso APENAS por uma vírgula.

Gabarito: Letra D

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COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS

Por onde começar?


O estudo do Português para concursos deve ser iniciado por Morfologia, assunto base para a maioria
dos outros conteúdos. Um erro, que eu cometia ao estudar para concursos, era começar a estudar Português
por Fonética e Fonologia, mas por que afirmo ter sido um erro? Porque são assuntos independentes que,
além de não serem tão explorados em Provas para Concursos, não me davam a base necessária para a
compreensão do que realmente é cobrado nas provas.
O fundamento, que você deve aplicar nos seus estudos, é a interconexão entre os conteúdos da
gramática, não se estuda de forma isolada, é necessário compreender essas ligações, e é aí que você vai
compreender e aplicar bem as regras. Por exemplo, na Morfologia, o Artigo é a classe que define ou indefine
o Substantivo; na Sintaxe, o Artigo funciona como um Adjunto Adnominal, função que está junto ao nome.
Essa relação entre morfologia e sintaxe é chamada de morfossintaxe, e você deve conectá-los!
Eu só passei a compreender mais o nosso Português, quando percebi que há uma sequência lógica e
que esta deve ser seguida para melhor fixação das regras, ou seja, é necessário estudar primeiro Regência
para por conseguinte estudar Crase, por exemplo. E de nada adianta pegar uma Gramática, decorar centenas
de regras, se você não as coloca em prática, nos exercícios, nas questões. Tive dentre vários depoimentos
de alunos, um que me disse ter lido cinco vezes uma Gramática! Gramática não é para ler como um conto
de fadas, e sim para consultar, tirar dúvidas.

5 regras para o estudo do português

Regra #01: Paciência


Outro erro cometido no início dos meus estudos foi achar ser necessário decorar todas as regras,
exceções e tal. Isso era ruim, um martírio para mim porque é impossível aprender tudo! Foi aí então que
coloquei os pés no chão e comecei a observar o que realmente era cobrado nas provas de concursos e então
foquei nesses assuntos, para fortalecer uma base no que é importante para as provas.
Se você está começando ou já estuda a um certo tempo, tenha paciência, trace uma linha lógica de
estudos, e foque no que realmente é cobrado nas provas. Vou citar um exemplo, o conteúdo de
fonética e fonologia, na banca cespe, foi cobrado em menos de 0,05% das questões, ou seja, é um
assunto que se estuda a depender da banca do seu concurso, aproveite o máximo de tempo nos
assuntos mais cobrados.

Regra #02: Contato diário


Sabendo que não é necessário decorar tudo em gramática para conseguir ser aprovado, o ideal é que
você tenha contato diário com os conteúdos de português, pois será com a constância de estudos, de rever
as principais regras, de responder a exercícios e questões, que você dominará as bases para realizar uma
boa prova.
Portanto, siga um roteiro de estudos de português direcionado para o concurso a que você aspira,
analise as provas anteriores, as questões da banca, e perceba onde você deverá gastar mais tempo e esforço
para aprender.

Em 2012, ano que comecei a estudar, havia estudado o conteúdo de morfologia, e depois comecei a
ver o assunto de verbos, e foi uma época bem desmotivante, pois não conseguia aprender, ficava
meio perturbado com tanto assunto, foi aí então que percebi que aquele assunto podia ser estudado

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depois, e se a banca do meu concurso tivesse o hábito de cobrança... Trocado em miúdos, não adianta
ficar perdendo tempo com assuntos hiper difíceis, não compreender nada e deixar de estudar o que é
mais comum nos concursos.

Regra #03: Planejamento


Eis um dos pilares para que você consiga êxito nas provas de concursos: o planejamento. Então, trace
metas e objetivos, defina conteúdos, períodos de revisão, de simulados. É interessante que você planeje um
período, mesmo sem edital vigente, para concluir os conteúdos de português, eu recomendo um período de
6 meses, em que você foque nos principais conteúdos, fazendo uma base sólida, para, somente depois,
seguir adiante para assuntos mais difíceis.

Vou elencar abaixo os assuntos que você pode definir nesse estudo de 6 meses.
✓ Em gramática: Morfologia, regência, crase, sintaxe, concordância e pontuação.
✓ Em organização do texto: interpretação e compreensão de textos, tipologia textual, citação do
discurso e coesão textual.

Professor, mas você se esqueceu dos assuntos: fonética e fonologia, acentuação gráfica, ortografia,
formação de palavras, figuras de linguagem, funções da linguagem.
Bem, são assuntos que não estão presentes na maioria dos editais ou que o estudo por ser feito após
a publicação do edital, por serem assuntos mais básicos.

Regra #04: Método escadinha


Com o passar do tempo, percebi que um dos segredos para aprender português é escalonar os
conteúdos, fixar bases e compreender que há uma sequência lógica ideal para seguir. A base da gramática
que vai te levar ao alto nível de estudos da gramática é a morfologia, sempre comece por morfologia.

Mas por que morfologia? Esse assunto te dará a base para a compreensão da regência, da crase, da
sintaxe, da concordância, da pontuação. Em muitos casos, eu respondo a uma questão de sintaxe pela
análise morfológica, por exemplo, eu sei que artigo é adjunto adnominal, logo, ao identificar a morfologia
do artigo, eu identifico a sintaxe do mesmo.

Outra relação importante, que eu até falo nas minhas aulas, é que você não pode classificar uma
oração subordinada, sem antes, classificar o conectivo que a inicia, por exemplo, a oração subordinada
adjetiva é iniciada por pronome relativo, ou seja, é necessário classificar o “que” primeiro, para depois
classificar a oração.

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Abaixo segue um esquema do estudo da gramática que eu considero ser


A MELHOR ORDEM DE ESTUDOS DA GRAMÁTICA

Morfologia é o emprego das classes gramaticais: Artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo,
advérbio, preposição, conjunção, interjeição.

Regência é o emprego ou não de preposição: É dividida em regência verbal e regência nominal.

Crase é a junção da preposição “A” + artigo ou pronome: A base para compreensão da crase é a regência,
identificar os termos que regem o emprego da preposição A. Também é importante saber identificar as
classes gramaticais.

Sintaxe é o emprego das funções sintáticas na oração: Sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
adjunto adnominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto. A base para sintaxe está na morfologia.
Além disso, estuda-se em sintaxe as orações coordenadas e subordinadas.

Pontuação é o emprego de pontuação nos termos da oração: Vocativo, aposto, termos enumerativos,
oração adjetiva, adjunto adverbial, oração adverbial, elipse. A base para pontuação está na sintaxe.

Morfologia, sintaxe e pontuação estão presentes, em grande maioria, em todas as provas de concursos.

Regra #05: Ciclo de estudos

Analise bem o concurso que vai prestar, identifique a banca examinadora, baixe provas anteriores e,
assim, você vai perceber quais são os conteúdos mais comuns, após isso, defina um ciclo de estudos, com
prioridade para aqueles assuntos que vão representar em torno de 70% da prova, os que realmente sempre
são cobrados. Como falei anteriormente, não precisa aprender tudo, você precisa, primeiramente, fixar uma
base naquilo que vai te render mais frutos.

Em 2012, eu não sabia para qual concurso prestar, então eu peguei e imprimi 12 editais anteriores de
concursos, colei os conteúdos no meu quarto e comecei a destacar os conteúdos que eram cobrados
em todos aqueles concursos, a minha ideia era ir se preparando, sem edital, e quando algum daqueles
concursos saísse, iria apenas adaptar o meu ciclo de estudos. Eu lembro que, quando saiu o edital do
IF, já tinha estudado 90% do edital, o que eu fiz foi adaptar o meu ciclo de estudos para revisar o que
eu já tinha estudado, e estudar o que não tinha estudado, com prioridade para os assuntos mais
recorrentes da banca desse concurso .

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Modelo de ciclo #01


Faz uma leitura do PDF para ter uma base para assistir ao vídeo da aula, seguido de revisão e resolução de
questões de um simulado.

Modelo de ciclo #02


Este outro modelo inverte a posição do PDF + VÍDEO, assim, o estudo parte do ponto mais demorado
(videoaula) para o menos demorado (leitura), ou seja, assiste à aula primeiro, faz anotações, adquire uma
base com as explicações do professor e depois vai fixando o conteúdo com leituras repetidas do PDF, seguido
de revisão e resolução de questões de um simulado.

O estudo da gramática
As provas de concursos de português seguem o uso normativo da gramática, mas devemos saber que
por mais que existam regras, há também divergências dos gramáticos quanto a alguns assuntos, aqui, o
importante é identificar, por meio das questões, o que a banca do seu concurso segue. Alguns editais trazem
a referência bibliográfica, indicando autores, gramáticos da língua que você deve ter como norte.
É necessário pegar uma gramática e sair decorando tudo? NÃO, pois isso é impossível, e pode ter
certeza de que é mais desmotivante do que parece, o que eu recomendo, a priori, é iniciar os estudos da
gramática por morfologia, adquirir uma base para enfrentar outros assuntos como sintaxe e pontuação.

Vou relatar algo que aconteceu comigo:


Um dos meus erros ao iniciar os estudos de gramática foi começar por fonética e fonologia, erro, pois
é um assunto menos recorrente nas provas e que não há ligação com outros assuntos, ou seja, não
me dava a base que sustenta a gramática.
Outro erro que cometi foi, em morfologia, ter perdido certo tempo tentando decorar o que era
substantivo comum, próprio, derivado, composto, sobrecomum, comum de dois gêneros, epicenos,
plural de substantivos compostos e tal. Além de ser extenso, pouco é explorado na prova. O que se
cobra é a identificação que aquela palavra é substantivo e pronto.

Se eu soubesse disso na época em que estudava, possivelmente teria sido aprovado mais cedo em
algum concurso.

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Outro detalhe que chamo a atenção é ter cuidado com aqueles grupos de facebook, whatsapp, em
que muitos postam questões pegadinhas que, posso afirmar que quase sempre, não contribuem em nada
para o estudo da gramática para os concursos. Acontece que muitos querem se sentir superiores, trazendo
pegadinhas para fazer os outros errarem. Além de fazer você errar, torna a ser desmotivante, pois a
tendência é errar mais questões do que o comum. Eu não estou, aqui, dizendo-te para não estar nesses
grupos, a minha intenção é dizer para você ter cuidado e não se desmotivar quando isso acontecer com
você.
Por falar em erro, não poderia aqui deixar de falar da ortografia, sabe aquele assunto, cheio de regras
do uso do r, rr, ss, s, por aí vai, é mais um assunto que, em minha análise, não vale a pena investir tempo,
além de não existir regra que aplique a todos os casos, é quase impossível aprender essas regras, vale mais
insistir em outros assuntos mais recorrentes em provas. Até porque em muito cobra-se o vocabulário, às
vezes, aparece uma palavra que poucas pessoas conhecem. Mas se quiser investir em ortografia, estude:
uso dos porquês, onde x aonde, mal x mau, uso do hífen, acentuação gráfica, dentro outros.

Olha o que aconteceu comigo no concurso do IFCE/2013


Caiu uma questão de ortografia com a palavra gorjeta, ocorre que existe uma regra simples que diz
após “R” escreve-se com “G”, porém a palavra “gorjeta” entra na exceção dessa regra. Foi a partir
daí que percebi que não valia a pena investir nesse assunto, passei a investir nos três assuntos de
gramática mais explorados: morfologia, sintaxe e pontuação.

O contato diário com as regras, a repetição da leitura, a fixação por meio de mapas mentais, a
resolução de exercícios, questões e simulados são de suma importância para a aprendizagem da gramática.

Abaixo, elenco algumas estratégias que utilizei durante a minha preparação.


✓ Não utilize caderno, mas sim folhas brancas, é uma ótima alternativa, pois você consegue elaborar o
seu próprio material e sempre que precisar, conseguirá anexar conteúdos novos, extras.
✓ Leia o material antes da videoaula, isso te ajudará a ter uma base do que será explicado em aula.
✓ Só assista a mesma aula se necessário, ao repetir várias vezes a mesma aula se cria a falsa ilusão de
aprendizagem, o ideal é assistir à aula e repetir por leitura os materiais e as anotações.
✓ Só responda a questões dos assuntos que você estudou, ao responder de assuntos não estudados,
facilitará com que erre e ao mesmo tempo poderá criar desmotivação.
✓ Crie ciclos de revisão dos conteúdos de gramática, ao demorar muito tempo para ter contato com o
assunto, poderá cair na curva de esquecimento.
✓ Tire os últimos 10 dias para a prova do concurso para fazer revisões e resolver questões e simulados,
com foco na banca do concurso.
✓ Quando parar de estudar por um certo tempo, ao voltar, procure revisar todo o conteúdo já
estudado, não comece a estudar do zero, pois isso você já o fez.

O que estudar em gramática:


✓ Morfologia, regência, crase, sintaxe, concordância, pontuação.

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O estudo de interpretação de textos

Muitos concurseiros menosprezam o conteúdo de interpretação de texto, acreditam que é apenas


ler e analisar as questões na hora da prova. Se você soubesse a importância da interpretação, focaria em
compreender as técnicas que norteiam o uso da compreensão e da interpretação de textos. No meu curso,
por exemplo, desenvolvi uma metodologia que faz com que meu aluno acerte mais de 80% das questões de
interpretação de textos com técnicas que funcionam.

“A leitura, assim, é entendida como a atividade de captação das ideias do autor, sem se levar em
conta as experiências e os conhecimentos do leitor, a interação autor-texto-leitor com propósitos
constituídos sociocognitivo-interacionalmente. O foco da atenção é, pois, o autor e suas intenções, e
o sentido está centrado no autor, bastando tão-somente ao leitor captar essas intenções.”
Koch e Elias (2015, p. 11)

A leitura é fundamental para que você consiga acertar as questões na hora da prova, mas importante
ainda é compreender qual o tipo de leitura você terá que seguir, por exemplo, na prova do concurso, você
deve captar as ideias do autor, possuindo apenas o papel passivo, de ler e captar as informações do texto,
ou seja, as conclusões das alternativas não são suas, e, sim, do autor, com base no texto.

O segredo, então, é ter um papel de advogado na prova, ou seja, mesmo não concordando com as ideias do
autor, o seu dever, na prova, é defendê-lo com base no que está escrito no texto. Para deixar claro, se o
autor do texto dizer que “pau é pedra”, você irá marcar isso como verdadeiro, não se pode, assim, utilizar o
conhecimento de mundo para extrapolar o texto, mas o que vem a ser extrapolação de texto? Extrapolar é
assinalar uma alternativa verdadeira sem que haja para isso uma base no texto. Vou deixar um exemplo
prático para você perceber:

São atividades essenciais do brasil a economia, a saúde e a educação. O que é extrapolar este texto?
É afirmar que uma quarta atividade, laser, por exemplo, é essencial, sem que haja comprovação no
texto. Por outro lado, ocorre redução ao afirmar que só, somente ou apenas economia e saúde são
atividades essenciais do Brasil, ou seja, eram 3, você disse só, somente, apenas 2 delas.

Outro ponto fundamental de estudos é a diferença entre compreensão e interpretação, alguns


acham que são iguais, que não há diferença entre os conceitos, mas posso afirmar: após descobrir a diferença
e sua implicação na hora da prova, passei a analisar as questões de duas maneiras:
✓ Se o comando da questão for de compreensão, a análise será objetiva.
✓ Se o comando da questão for de interpretação, a análise será subjetiva.

A compreensão de texto é o que está no texto, análise objetiva, ou seja, todos os dados, fatos, estão
no texto, basta comparar o que está na alternativa com o que está escrito no texto.

A interpretação de texto é o que está além do texto, é concluir, deduzir, subentender, inferir,
depreender. Com isso, as respostas tendem à subjetividade, mas, aqui, a atenção recai para interpretar
somente o que está escrito no texto, não se pode, pois, extrapolar os limites da interpretação.

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