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POOOOSOPSPSOCOOOOOOOOOOOO
O morfema
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d seguir no estudo da linguagem, teremos que examinar 0s morfemas e ,
\ . suas combinagdes. Procedendo desse modo, a análise da estrutura
a linguagem passa a processar-se num plano essencialmente diferente.
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seu significado. Já *Went then I é inint
significado e conteúdo semelhantes, algumas das quais contenham * j da estruturs.do inglês estabelecida.
o morfema hipotético, enquanto outras o não contenham. Podemos fntimas, ãl&â enquanto
tomar boy /boy/ para termo de comparação, e ele serviria para con- V_.,,Ía..o-bããncn- mais soltas, como ss frases, permitem ums
firmar o exemplo que acabamos de discutir. A necessidade desta liberdade maior/ Porém, mesmo as sequências mais longas apre-
condição é-nos revelada pelos seguintes exemplos: bug [bóg/, bee [biy], * sentam restrições definidas quanto i ordem, embora, por veses,
beetle] [biytil], butterfly [bstorflay/. Parecer-nos-4 ridicula a suges- bastante subtis. Tomemos como exemplo Jokn came, He went
tão de que, visto todas estas formas incluirem /b/ e significarem todas - away. Esta sequência poderis implicar que Jois fez ambas as
«<las uma variedade de insecto, /b/ deveria ser uma morfema. Mas coisas. Mas He came. John went away já não poderá, decerto, ter
isto é apenas porque, como falantes da lingua, nés sabemos que /og/, esse significado. É necessário que uma referência específica a uma
liyl, [iytil] e [storflay/ não existem como morfemas associáveis & pessoa preceda uma referência pronominal s esss pessoa, s menos
estas palavras. Fmalmente, é necessirio assegurarmo-nos de que que se utilize algum artifício especial. Esta é ums peculiari-
aquilo que isolémos são, na verdade, morfemas simples, e nio com- dade da estrutura do inglês, não da lógica, nem do cardcter geral
binações (cf. 5.5.). O método para levar a cabo tal anslise será esbogado da linguagem, visto que outras linguas apresentam regras bastante
nos dois capftulos que se seguem. diferentes.
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são morfemas simples. A origem grega do morfema -0~ pode contri- “importancia, quer como instrumento, quer como compreensio da
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86 que se limitam a ser diferentes, cada uma parecendo inteiramente
forma como a língua opera, dificilmente poderá ser exagerada. É ele natural aos seus falantes.
que está por detrás das duas unidades básicas da deserigio
tica, o fonema e o morfema, bem como doutros conceitos menores, “ pode olªâ
por exemplo o de grafema. O princípio em causa é largamente res- onada. e caso, & selecção é determinada pelo
ponsável pelo grande desenvolvimento da teoria e tócnicas lingufs- morfema ou Ea_.».uBl especificos que formam os contextos, e não
ticas. A inaplicabilidade (tanto quanto sabemos) do conceito a certas por qualquer trago forolégico. O plural de oz é ozen [áksin/. [-in] é
disciplinas afins constitui o-principal factor de diferenciação entre a um alomorfe do morfema de plural, o qual só é usado com este radical,
ciência lingufstica e outros tratamentos do comportamento humano. laks/. Para o falante que conheça esta forma (de uso muito limitado,
excepto como exemplo gramatical), [-in/ é seleccionado sutomatica-
5.24 Diz-se de qualquer fenémeno que 6 condicionadose ocorre mente depois de [áks/, e [*4ksiz| é rejeitado como incorrecto. Não há
sempre que se verificam certas condigdes definfveis, o que não equi- nenhum aspecto fonológico nesta seleoção. Bozes, fozes, azes são
vale a dizer que ele é causado por essas condições. Tudo o que se pre- foneticamente semelhantes, mas usam f[iz/. A peculiaridade reside
tende dizer é que ambos ocorrem, de algum modo, simultaneamente, em /aks/ como morfema; a selecção é morfologicamente condicionada.
de tal forma que poderemos predizer um s partir do outro. «Não há
fumo sem fogos e endo hd fogo sem fumos, são duas afirmagdes tipicas 5.26 Os conceitos de alomorfe e de morfema necessitam dumsa
de condicionamento. Só uma delas pode ser, hipoteticamente, uma notação adicional que evite longas circunlocuções. À variação,
sfirmagio de causa, e não hé razão para presumirmos que alguma como a que se verifica entre alomorfes, será indicsãs pelo simbolo ~,
das duss o seja necessariamente. Os trés alomorfes do morfema de que deverá ler-se ¢varia coms, ou «alterns com», ou simplesmente, «ou».
plural, [-z], |-s] e |-iz] são condicionados, uma vez que cada um Podemos, pois, escrever [~z — —s — —iz/ para indicar que estes devem
deles ocorre spenas quando certas condições claramentedefinidas | ser tomados como alomorfes dum só morfems. A mesma téenica
se % Neste caso, o factor condicionante 6 a natureza foné- pode ser utilizada para identificar o morfema.
“tica dos fonemas precedentes: /-z/ só ocorre depois de sons sono- Se o morfema tiver numerosos alomorfes, como scontece com
ros, /-s/ só depois de sons surdos e /-iz/ só depois de fricátivas e afri- tantos, seré incémodo ter que os emumerar s todos sempre que O
cadas. Podemos, pois, dizer que são fonologicamente neuw_eouwmou morfema é mencionado. Em vez disso, é sconselhável termos um
Isto significa que, se 35«—8«3««9%9.;%&9?% da di: único simbolo para indicar o morfems como tal, sbrangendo todss as
%ÉSE todo o rigor qual dos três formas variantes sob as qusis possa sparecer. Utilizaremos, pars esse
| quer local em que qualquer deles possa aparecey/ Como falantes fim, a chaveta, { ). Dentro desta podemos colocar quslquer designação
1do inglés, fazemos esta seleeção dum modo inconsciente e automático. * do morfema que acharmos conveniente. Como é evidente, uma vez
“ Como linguistas, podemos formular uma descrição dos nossos próprios seleccionada uma, já não teremos liberdsde pars escolber outrs arbi-
hábitos, e, com base nessa descrição, proceder deliberadamente selec- trariamente. Por exemplo, poderiamos escolher {-s} ou {~z}, ou diver-
“ção correcta. A descrição formal só será válida na medida em que pro- sas outras designagdes, para o morfems de plursl em inglés. Contudo,
duza o mesmo resultado do hábito subconsciente do falante da língua. para seguirmos uma notação já estabelecida, seleccionsmos o sim-
Esta seleceção automática faz parte da estrutura do inglês e bolo {~Z,}. Se definirmos prevismente este simbolo como equivalente
terá que ser aprendida. Não é apenas maturals, mesmo que assim @ [~z -8 u iz ~=in .../, não teremos outrs vez que especificar os
nos pareça. A um estrangeiro pode até parecer muito pouco natural. alomorfes inclufdos. (-Z,) ler-se-4 «o morfems Z ums.
A verdade 6 que ela nem sequer é um trago universal do ingls.
Nas Montanhas Azuis da Virginia, [-iz/ 6 usado não só depois 5.27 Será conveniente, nesta alturs, recapitulsr os vérios
de [s,7,5,% ¢/, mas também depois de [spstsk/. Deste modo, tipos de notagio que irão ser utilisados:
wasps, posts e tasks pronunciam-se [whspiz/ [péwstiz/ e fteskiz/, [ ] indica uma transerigio fonétics, ns qual a pronúncia é
e não /wásps/, pówsts/ e /tésks/, como na maioria dos dialectos. reproduzida tal qual é ouvids, sem representar, necessariamente,
Em ambas as variedades dialectais, a forma é fonologicamente condi- os tragos significantes.
cionads; em ambas a selecção é completamento automática e regular.
| | indica uma transcrição fonémica, na qual a pronúncia é
reproduzida de forma a representar todos os traços distintivos, ou
pertinentes, e nada mais.
( ) indica uma representação morfémica; na qual um símbolo í
seleccionado arbitrariamente é usado para representar um morfema, !
abrangendo todos os seus alomorfes. Esta representação não nos ;
dá qualquer informação directa sobre a pronúncia. Í
0 stdlico indica a ortografia, a maneira tradicional de grafar,
a qual tanto pode aproximar-se da representagio fonémica como
pode não dar quase nenhuma informagdo directa acerca da prontncia.
A relagio entre a grafia e a pronúncia varia de lingua para lingua.
* * indica glosas, tradugdes ou outras indicagdes sobre o signi-
ficado de unidades lexicais ou morfolégicas.
* indica que uma forma é impossivel ou desconhecida.
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