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Critérios gerais de transcrição paleográfica

Na transcrição dos documentos que a seguir publicamos, seguimos essencialmente os


critérios apresentados por Avelino de Jesus da Costa, nas Normas gerais de transcrição
e publicação de documentos medievais e modernos, Coimbra: INIC, 1993, que, nos
aspetos fundamentais, se enunciam:
1. Desdobram-se as abreviaturas sem sublinhar as letras que lhes correspondem. As
abreviaturas com mais de um valor desabreviam-se conforme o contexto vocabular e
morfológico requere.
2. Atualiza-se o uso de maiúsculas e minúsculas.
3. Atualiza-se o uso os i, y e j, ou u e v, conforme tinham valor de vogal ou consoante.
4. Coloca-se ou retira-se a cedilha do c, conforme se justifique.
5. Ignorara-se os sinais gráficos ou de pontuação colocados no texto, mas insere-se
alguma pontuação para tornar os documentos mais compreensíveis.
6. Mantém-se os caldeirões que o texto apresenta, utilizando o sinal ¶.
7. Os erros existentes nos documentos, que dificultam o sentido dos mesmos, foram
corrigidos, indicando-se em nota a forma textual. Nos outros casos, porém, mantêm-se
os erros, mas assinalando-os com [sic] ou assinalando-os em nota de rodapé, para não
induzir o leitor em erro.
8. As omissões do texto ou reconstituições de formas textuais incompletas, regra geral
por esquecimento de sinais de abreviatura, são indicadas por letras, sílabas ou palavras
em itálico e entre parêntesis retos.
9. As partes truncadas ou ilegíveis dos documentos, sempre que possível, completam-se
por outras fontes ou formulações similares entre parêntesis retos e no mesmo tipo de
letra do texto.
10. Utiliza-se ponteado dentro de parêntesis retos [...] para indicar as palavras ou frases
que não puderam ser lidas.
11. As leituras duvidosas são seguidas de uma interrogação entre parêntesis (?).
12. As letras, palavras ou frases entrelinhadas colocam-se entre parêntesis angulosos <
>.
13. Separam-se as palavras incorretamente juntas e unem-se os elementos dispersos da
mesma palavra. As proclíticas e as palavras aglutinadas separaram-se por apóstrofe
(d’arma), exceto quando podem considerar-se um só vocábulo (todollas).
14. Mantêm-se as consoantes duplas em posição intervocálica, mas reduzem-se a
simples quando no início das palavras; nãos e alteram, todavia, vogais duplas seja em
que posição estiverem.
15. O til das abreviaturas nasais desdobra-se em m ou n segundo o critério seguido pelo
texto, quando essas palavras aparecem desabreviadas. Caso contrário, usa-se o m e o n
de acordo com o contexto etimológico mais corrente na época. Manteve-se o til quando
a sua substituição por m ou n modificava a pronúncia da palavra (ex.: hũa).
16. Os acentos são introduzidos apenas para evitar erros de pronúncia ou interpretação,
sobretudo em palavras homógrafas.
18. No caso do manuscrito, os fólios foram indicados entre parêntesis retos.

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