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ROMMEL NUNES

RAMIRO INCHAUSPE

MANUAL DA LIBERAÇÃO MIOFASCIAL

1 EDIÇÃO

PORTO ALEGRE

2020

ISBN: 978-65-00-03342-7

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Conteúdo

Introdução _______________________________________________________ 6

CAPÍTULO 01 ____________________________________________________ 8

CONCEITOS E MÉTODOS _________________________________________ 8

Apresentação .......................................................................................... 9

CAPÍTULO 02 ___________________________________________________ 15

Fáscia ___________________________________________________________ 15

Tratamento.............................................................................................
sdas 24
Modelo de Tensegridade .................................................................... 25
Modelo de Plasticidade ....................................................................... 32
Movimento Chicote .............................................................................. 38

CAPÍTULO 03 ___________________________________________________ 44

Contato _________________________________________________________ 44

CAPÍTULO 04 ___________________________________________________ 48

Uso das Mãos____________________________________________________ 48

CAPÍTULO 05 ___________________________________________________ 53

Pontos Gatilhos “trigger points” ___________________________________ 53

A
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CAPÍTULO 06 ___________________________________________________ 62

Técnicas ________________________________________________________ 62

Liberação Miofascial ............................................................................. 62


Ventosaterapia (pressão negativa) ..................................................... 65

Movimentos _____________________________________________________ 70

CAPÍTULO 08 ___________________________________________________ 71

Cervical e Trapézio _______________________________________________ 71

REGIÃO CERVICAL ............................................................................... 71


TRAPÉZIO ...............................................................................................
sdas
75

CAPÍTULO 09 ___________________________________________________ 81

ESCÁPULA, OMBRO E PEITORAL __________________________________ 81

Escápula ________________________________________________________ 81

Gua Sha .................................................................................................. 89


Ventosas ................................................................................................. 91
Pistola de Massagem ............................................................................ 93

Ombro __________________________________________________________ 94

Ventosa ................................................................................................... 98
Gua Sha ................................................................................................ 100
Ventosas ............................................................................................... 106

B
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Peitoral ________________________________________________________ 110

Ventosas ............................................................................................... 113


Gua Sha ................................................................................................ 115

CAPÍTULO 10 __________________________________________________ 117

MEMBROS SUPERIORES _________________________________________ 117

Bíceps _________________________________________________________ 117

Ventosas ............................................................................................... 122


Gua Sha ................................................................................................ 123
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 125
sdas
Antebraço ______________________________________________________ 126

Ventosas ............................................................................................... 129


Gua sha ................................................................................................. 131
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 132

Tríceps _________________________________________________________ 133


Ventosas ............................................................................................... 137
Gua sha ................................................................................................. 138
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 140

CAPÍTULO 11 __________________________________________________ 141

Coluna torácica _________________________________________________ 141

C
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Ventosas ............................................................................................... 145
Gua Sha ................................................................................................ 151
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 154

CAPÍTULO 12 __________________________________________________ 155

Coluna lombar __________________________________________________ 155

Ventosas ............................................................................................... 163


Gua Sha ................................................................................................ 168
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 170

CAPÍTULO 13 ___________________________________________________ 172


sdas
Quadril ________________________________________________________ 172

Gua Sha ................................................................................................ 175


Ventosas ............................................................................................... 179
Gua sha ................................................................................................. 182
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 183
Ventosas ............................................................................................... 185
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 186

CAPÍTULO 14 ___________________________________________________ 189

COXA (Região anterior) ..................................................................... 189


Ventosas ............................................................................................... 196
Gua Sha ................................................................................................ 198
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 199
D
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COXA (Região posterior) ................................................................... 200
Ventosas ............................................................................................... 202
Gua Sha ................................................................................................ 204
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 205

CAPÍTULO 15 ___________________________________________________ 206

PÉS E PANTURRILHA ____________________________________________ 206

Ventosas ............................................................................................... 211


Gua Sha ................................................................................................ 213
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 214
Ventosas ............................................................................................... 218
sdas
Gua sha ................................................................................................. 220
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 221
Ventosas ............................................................................................... 225
Gua Sha ................................................................................................ 226
Pistola de massagem (vibração)........................................................ 227

CONSIDERAÇÕES FINAIS _______________________________________ 228

REFERÊNCIAS __________________________________________________ 229

E
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Introdução
Cada indivíduo é único, assim como o padrão estrutural de cada

pessoa também é único, uma expressão das muitas variáveis que se

combinam para criar a forma em cada um de nós. Assim, qualquer

análise da estrutura é necessariamente limitada. Seja por escolha

consciente ou inconsciente, por design herdado ou hábito

aprendido, por trauma físico ou psicológico, moldamos nosso corpo

e, portanto, o tecido que o sustenta.

Nesta obra, orientamos você sobre os fundamentos da

liberação miofascial, individualidade biológica e as técnicas

abordadas. Cada capítulo apresenta informações claras e objetivas,

para que você compreenda os fundamentos da técnica.

Devido à natureza holística do padrão humano, é difícil fornecer

uma análise linear e metódica de todas e quaisquer possibilidades.

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A lógica por trás de uma técnica pode causar um impacto muito

diferente em cada pessoa. É entender que cada pessoa irá reagir de

uma maneira a mesma técnica, entender os conceitos DOR e

principalmente suas características e INDIVIDUALIDADE.

Imagem: Terapia manual.

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CAPÍTULO 01
CONCEITOS E MÉTODOS

Os profissionais que trabalham com qualquer método, mas

especialmente os terapeutas manuais, buscam a melhora da função

do padrão de movimento humano. Qualquer mudança de

comportamento é uma mudança de movimento. Mas para mudanças

sustentadas na base postural do movimento, é essencial a atenção

aos tecidos fasciais e suas propriedades.

Toda estrutura tangível no mundo real é um compromisso entre

a necessidade de estabilidade necessária para manter uma estrutura

coerente, para que processos repetitivos possam acontecer com

facilidade, confiabilidade e mobilidade, o que permite que a

estrutura lide com todos os tipos de experiências ambientais.

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Apresentação
Há mais de um século o tratamento manual do corpo humano é

realizado através do sistema fascial. Inicialmente, sua visão do

significado abrangente desse tipo de tecido não foi seriamente

considerada; no entanto, um número crescente de abordagens foi

sendo desenvolvido, no qual os aspectos individuais desse tecido

foram revelados com mais detalhes.

Durante a década de 1930, a ciência da anatomia concentrou-

se nas camadas fasciais da região do pescoço, com o objetivo de

descobrir os caminhos de transmissão de certos patógenos. Mais

tarde, quando começaram as pesquisas sobre a função do tecido

conjuntivo no sistema imunológico, o papel do tecido conjuntivo em

geral atraiu muito mais interesse. No entanto, as camadas de tecido

conjuntivo e suas formações especiais, as fáscias, receberam muito

menos atenção do que as áreas clássicas do sistema

musculoesquelético, sistemas orgânicos e sistemas nervosos. O

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papel desempenhado pelo tecido conjuntivo para e entre esses três

sistemas individuais era pouco conhecido.

Apesar do excelente trabalho topográfico que foi realizado até

agora, ainda hoje muitos livros de anatomia contêm apenas uma

discussão marginal do tecido conjuntivo com o objetivo de

representar claramente os detalhes do corpo. Nesses livros a maioria

das fáscias e numerosas membranas permanecem despercebidas,

consideradas material de enchimento sem importância.

Imagem: Pontos dolorosos no corpo humano.

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Embora essa descrição limitada tenha alguma utilidade em

certos ramos da medicina, ela também contribui para um

estreitamento da perspectiva, na qual nossos modelos do corpo

humano são tomados como a realidade objetiva e, portanto, a

viabilidade de outros modelos com outros esquemas e pontos de

vista de classificação é ignorada.

Enquanto isso, a ciência da anatomia nos mostrou que o tecido

conjuntivo de cada um dos sistemas mencionados acima tem

funções claramente descritíveis. Sabe-se que está tão presente nas

camadas epimisial e divisional do sistema musculoesquelético,

quanto nas camadas do tecido fascial dos órgãos e nas camadas

perineurais do sistema nervoso. A histologia é capaz de mostrar a

presença de tecido conjuntivo, que varia de grandes áreas de tecido

subdérmico ao periósteo e às menores unidades da célula.

Agora temos informações suficientes para entender as funções

de cada uma das várias camadas de tecido conjuntivo dentro de um

sistema corporal. Podemos ver como o sistema fascial envolve os

músculos individuais, os divide e os conecta ao periósteo por meio

dos tendões. Podemos ver como as membranas se estendem do

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interior do crânio por meio da dura-máter e perineúria até as

melhores arborizações do nervo nervoso. E, portanto, é possível

construirmos uma planta geral do corpo como um sistema

entrelaçado de câmaras de tecido conjuntivo.

Imagem: Modelo fáscia.

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Esse tipo de análise e classificação fornece informações sobre

as funções que o tecido conectivo desempenha para os subsistemas

anatomicamente definidos. Também sabemos quais funções gerais

o tecido conjuntivo desempenha no metabolismo e no sistema

imunológico. No entanto, ainda não está claro como surgem as

conexões entre os subsistemas individuais e como o tecido

conjuntivo, como órgão da forma, fornece os alicerces para essas

conexões no mosaico geral do corpo.

As técnicas descritas neste livro aplicam-se às camadas externa

e subdivisional, seja no sistema musculoesquelético, no sistema

orgânico ou no sistema nervoso, ou, se escolhermos as classificações

osteopáticas tradicionais, na região parietal, visceral ou craniossacral.

O objetivo do tratamento é produzir mobilidade fisiologicamente

conveniente entre os componentes individuais de uma região.

Se conseguirmos uma maior mobilidade em uma região, os

efeitos também serão sentidos nas outras regiões. Na prática do

tratamento fascial e de membrana, a interconexão tridimensional de

fáscias e membranas significa que os efeitos de uma intervenção

manual simplesmente não podem ser limitados a um subsistema

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individual do corpo. As técnicas de mobilização, assim que são

aplicadas ao sistema do tecido conjuntivo, são sempre um processo

que muda também a forma de todo o organismo. No entanto, a

maioria dos procedimentos de exame, em particular os testes de

mobilidade ministrados nas escolas manuais, referem-se apenas aos

subsistemas; portanto, existe uma lacuna de informações sobre a

forma como um único subsistema se constitui em relação à

interconexão dos sistemas entre si na prática também.

As técnicas descritas aqui abordam essa função mediadora.

Embora essas técnicas se apliquem às várias camadas individuais

desses agregados que chamamos de parietal, craniossacral e

visceral, elas também devem ser aplicadas, na medida do possível,

às inter-relações de forma mais ampla e global.

Ela se molda em torno de nossos padrões de movimento na

respiração, caminhada, ocupação e ocupação. É moldada por nossas

atitudes psicológicas, pelos movimentos que eles permitem e não

permitem. Finalmente, está sujeita às inevitáveis depredações do

envelhecimento, degeneração, desgastes.

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CAPÍTULO 02
Fáscia
O termo fáscia é usado na literatura anatômica para os tecidos

e camadas separadoras da musculatura que são compostas de

tecido conjuntivo. Em um sentido mais estrito, as fáscias consistem

principalmente em tecido conjuntivo de colágeno, cujas fibras se

cruzam em um padrão de treliça (a 45 graus). As resistentes fibras de

colágeno também são combinadas com fibras elásticas em graus

variados.

O tecido fascial tem a capacidade de retornar à sua forma

original após a deformação, e isso se deve, em grande parte, à

combinação de fibras elásticas e de colágeno no seu interior. As

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fibras de colágeno tendem a retornar à sua configuração original,

reforçada pela cooperação com as fibras elásticas.

A proporção de fibras colágenas e elásticas em qualquer área

da fáscia depende das demandas funcionais impostas ao tecido

nessa área. Se houver fortes tensões de tração no tecido, a porção

de colágeno predominará e haverá menos fibras elásticas. Se a forma

de um segmento do corpo mudar repetidamente, o equilíbrio

mudará para as fibras elásticas, que neste caso substituirão

parcialmente as fibras de colágeno.

Imagem: Modelos anatômicos.

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Em uma abordagem funcional do sistema musculoesquelético,

não é possível discutir as fáscias separadamente das fibras

musculares às quais elas pertencem. Não há tônus muscular sem um

tensionamento correspondente das fáscias, e nenhum

tensionamento das fáscias sem tônus muscular. A anatomia se refere

a essa interconexão inseparável como "unidade miofascial".

No entanto, existem também camadas de fáscias com uma

dinâmica independente surpreendente que, dificilmente, pode ser

causada por atividade muscular. Essas camadas se conectam ao

periósteo do osso por ligamentos sem musculatura interveniente.

Um exemplo é a seção inferior da fáscia lombar. Ele forma uma

unidade densamente entrelaçada com os ligamentos sacroilíacos no

lado posterior do sacro e, através dos ligamentos sacroilíacos, se

conecta ao periósteo do sacro.

As funções de investimento, diferenciação e suporte da fáscia

muscular normal variarão à medida que avançamos em direção às

origens dos músculos. As forças de tensão aumentam à medida que

nos aproximamos das origens, e isso gera uma compactação

aponeurótica do tecido. No entanto, mesmo essas estruturas fasciais

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compactas, como a “fáscia normal” dos músculos, têm uma camada

deslizante, o epimísio, por baixo delas.

O termo fáscia é frequentemente usado em anatomia também

para camadas como a fáscia endotorácica, uma camada muito fina

que consiste em grande parte de tecido conjuntivo frouxo. A fáscia

endoorácica exibe a estrutura fibrosa típica da fáscia apenas em sua

região superior, no nível da cúpula pleural. A fáscia endotorácica tem

uma função completamente diferente da fáscia muscular, pois

permite que a pleura parietal deslize em relação à parede torácica

interna.

Imagem: Fáscia muscular sob microscópio.

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O termo membrana é usado na literatura anatômica para vários

tipos de tecido conjuntivo. Os exemplos incluem as membranas

fibrosas densas e bidimensionais que conectam ossos individuais, as

membranas interósseas das extremidades, bem como elementos

anulares, como a membrana atlanto-occipital. Na literatura

osteopática, o termo fáscia é usado quase como sinônimo de tecido

conjuntivo.

Embora esse uso não possa ser totalmente justificado do ponto

de vista histológico, sua aceitação quase universal tem uma certa

validade. As várias formas de tecido conjuntivo as camadas túnicas

dos órgãos, as conexões ligamentares e membranosas entre os

ossos e suas camadas deslizantes associadas desempenham a

mesma função, apesar de suas diferenças estruturais: funções como

a regulação da manutenção da forma e a possibilidade de

movimento entre componentes únicos. A maioria dos tipos de tecido

conjuntivo desempenha essas funções de maneira semelhante e,

portanto, são comparáveis às fáscias no sentido mais restrito da

palavra. Além disso, há uma continuidade, uma interconexão global,

entre as várias formas de tecido conjuntivo. Bandas individuais, como

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as retináculos da articulação do tornozelo, são simplesmente

concentrações locais de fibras da fáscia, neste caso, como parte da

fáscia crural da perna. Em certo sentido, portanto, as bandas também

podem ser entendidas como uma forma especializada do sistema

fascial e de membrana.

Todos os tecidos conjuntivos normalmente fornecem ao

organismo uma flexibilidade e uma estabilidade conectiva, porque

são compostos de certos materiais intercelulares e também de

células. A totalidade desses materiais intercelulares é referida na

anatomia como matriz extracelular. Essa matriz é composta de fibras

colágenas e elásticas, além de substância triturada. As propriedades

do material das várias formas de tecido conjuntivo dependem muito

da proporção da fibra e da substância fundamental dentro dessa

matriz. O colágeno e as fibras elásticas têm propriedades materiais

totalmente diferentes. As fibras de colágeno geralmente podem ser

esticadas apenas até 5% do seu comprimento.

As fibras elásticas não exibem nenhuma estrutura ordenada e

são visíveis em microscópios eletrônicos como uma massa amorfa.

Eles consistem em elastina, na qual as microfibrilas estão

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incorporadas. Sua elasticidade surge da estrutura da própria elastina.

É composto de moléculas de protoelastina interconectadas,

dispostas de maneira que possam ser alongadas e, no entanto,

retornar ao seu comprimento original. As fibras elásticas podem ser

esticadas reversivelmente até 150% do seu comprimento. Dentro

desse intervalo de extensão, eles retornam ao seu comprimento

inicial, no entanto, se eles forem estendidos além disso, isto é, além

de 150% do seu comprimento inicial, ocorrerá uma deformação a

longo prazo das fibras elásticas.

Isso significa que o tecido conjuntivo que contém uma

quantidade alta de elastina é particularmente suscetível a processos

de deformação. Até certo ponto, isso explica a plasticidade dos

tecidos conectivos. Portanto, uma superextensão irreversível de

certas fibras terá um efeito de longa distância em outras áreas do

organismo, uma vez que mudanças na tensão são transmitidas por

todo o sistema interconectado de toda a rede fascial.

As propriedades do material da elastina são responsáveis pela

transmissão de forças dimensionais, juntamente com as fibras de

colágeno, que possuem uma flexibilidade mais limitada. Se a tensão

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é aplicada às fibras de colágeno, elas são puxadas de sua posição de

descanso para uma extensão linear. Se essa força é reduzida, as

forças elásticas entram em vigor, a tensão inicial do colágeno

combina com a elasticidade da elastina para puxar as fibras de volta

à sua posição de repouso. No tecido conjuntivo frouxo, o gel

intercelular amorfo, substância fundamental, desempenha um papel

nesse processo, permitindo o deslizamento das superfícies

adjacentes. A substância do solo tem uma alta capacidade de ligação

à água e, além de suas chamadas células fixas, também abriga células

livres que são capazes de vagar pelo tecido. Isso é particularmente

importante nos movimentos deslizantes dos órgãos durante o

movimento da respiração.

As fáscias musculares contêm muito pouco dos tipos frouxos de

tecido conjuntivo, mas muito mais dos componentes formados da

matriz intercelular: as fibras de colágeno levemente flexíveis e as

fibras elásticas mais flexíveis. As fibras se organizam de acordo com

a forma como as forças de tração atuam no tecido conjuntivo rígido.

Se as forças de tração vêm de várias direções diferentes, um arranjo

tecido de fibras é típico, como é encontrado nas fáscias do tecido

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muscular, por exemplo. Se, em vez disso, apenas forças lineares

forem aplicadas ao tecido, as fibras se alinharão de maneira paralela,

como pode ser visto, ao microscópio, no alinhamento levemente

cravado das fibras que formam tendões. Quando tensões pesadas

de longo prazo são aplicadas ao tecido, o colágeno rígido sobrepõe

cada vez mais a elastina. As camadas mais densas do tecido tornam-

se mais capazes de resistir à tensão, mas no processo se tornam

menos adaptáveis à medida que parte da qualidade elástica da

elastina é perdida.

Pequenas pontes elásticas também podem ser encontradas em

tecidos principalmente inelásticos. Isso pode ser encontrado, por

exemplo, na interface entre tendões e ossos. O tendão não é fixado

diretamente no osso, mas sim colado ao periósteo por uma fina

camada de tecido conjuntivo.

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Tratamento
A ampla gama de propriedades do material encontrada nas

diversas formas de tecido conjuntivo tem determinadas implicações

para o tratamento. Como todos os tecidos conectivos se

desenvolvem em um ambiente de tensões variáveis, pode ser que a

mesma fáscia com a mesma localização topográfica tenha

propriedades completamente diferentes em dois indivíduos.

Diferentes padrões de estresse criarão distribuições individuais

e distintas dos componentes de colágeno, elastina e fluidos. Por esse

motivo, não é possível estabelecer regras absolutas para o

tratamento de camadas fasciais e de membrana individuais, embora

certamente exista uma orientação técnica básica válida. Assim, por

exemplo, as camadas contendo elastina requerem um tratamento

sutil, enquanto as que contêm uma grande quantidade de colágeno

podem tolerar uma pressão bastante intensa.

Como regra, no entanto, mesmo no caso das fáscias mais duras

com uma proporção muito alta de colágeno, haverá uma camada

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deslizante que o separa das fibras musculares, que contêm uma

quantidade consideravelmente maior de líquido. Também devemos

levar em consideração essa camada deslizante ao tratar camadas

relativamente flexíveis de fáscias. Na prática, um procedimento

comprovado é aplicar pressão obliquamente à superfície da pele, a

fim de pressionar suavemente as camadas macias e afetar a camada

deslizante mais profunda.

Modelo de Tensegridade
A ideia subjacente a esse princípio estrutural é que certos tipos

de formas estáveis e adaptáveis podem ser alcançados

principalmente através da transmissão de tensão elástica. Esse

princípio estrutural foi usado pela primeira vez na arquitetura, com

elementos elásticos que definem os elos entre os componentes

sólidos. No entanto, em estruturas de tensão, não há contato direto

entre os componentes sólidos diferentemente, por exemplo, dos

componentes sólidos que formam um muro de pedra.

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Nas estruturas de tensão, a interconexão de elementos sólidos

e elásticos cria um quebra-cabeça espacial tridimensional. Se forças

externas são aplicadas a esse quebra-cabeça, todo o sistema reage

com uma redistribuição adaptativa da tensão. Essas forças externas

são assim distribuídas pelo sistema, modificando os padrões de

tensão pré-existentes no sistema. À medida que essa redistribuição

de forças ocorre, uma maior estabilidade surge através das

interações dos elementos estáveis e elásticos sob tensão.

O modelo de tensegridade já foi aplicado ao organismo

humano duas décadas atrás, com base nos rascunhos apresentados

pela arquitetura no ensino da Integração Estrutural de Ida Rolf. Esse

modelo também desenvolveu recentemente uma grande

ressonância na osteopatia.

Nos últimos anos, o modelo de tensegridade começou a ser

identificado como um esquema universal de forma em estruturas

biológicas. Donald E. Ingber demonstrou convincentemente que o

modelo de tensegridade também é adequado para descrever o

plano de uma célula.

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Se o modelo de tensegridade for usado para descrever a

estrutura do corpo humano, isto é, no nível de sua macroestrutura,

podem ser encontrados paralelos estreitos com o princípio de

construção arquitetural. O organismo humano aparece como uma

combinação dinâmica de partes sólidas, ossos e partes elásticas,

camadas miofasciais e membranas que envolvem os ossos. De várias

maneiras, esse esquema simples descreve o movimento do corpo

humano com muito mais confiabilidade do que a artrologia

tradicional. Ela esclarece o fato de que a transmissão de força no

organismo humano não ocorre de corpo sólido para corpo sólido,

mas é transmitida por meio de pontes elásticas. No entanto, em

comparação com as construções de tensegridade arquitetônica, a

construção de tensegridade do corpo humano é muito mais

complexa. O plano básico, a combinação de elementos sólidos e

elásticos, é semelhante ao plano básico de uma construção

arquitetônica. Esse plano básico pode ser chamado de “estrutura

básica” ou “esqueleto miofascial” e pode ser descrito de maneira

relativamente simples.

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No entanto, dentro desse plano básico, há uma "estrutura

interna" adicional incorporada ao corpo humano. Após uma

inspeção mais detalhada do sistema fascial e de membrana,

encontramos uma variedade de microelementos elásticos e móveis

na substância fundamental que atuam como tampões entre as fibras

de colágeno relativamente sólidas. Em contraste com o modelo

simples de tensão, o corpo humano possui superfícies deslizantes

separadas por líquidos. Além disso, o corpo contém uma série de

câmaras hidrostáticas que são parciais ou totalmente vedadas, como

encontramos nas grandes cavidades do corpo.

A tensegridade do organismo humano é, portanto, um sistema

complexo que consiste em efeitos de tração, o comportamento

deslizante de elementos individuais, o estado de suas superfícies e

os filmes líquidos que os separam. Trata-se de uma rede

tridimensional e de um sistema de superfícies deslizantes cujos

elementos têm graus variados de elasticidade.

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Imagem: Modelo de tensegridade, composto por elementos

sólidos e elásticos.

Essa estrutura diferenciada tem consequências significativas

para a prática de tratamento. O modelo de tensegridade explica por

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que uma seção do corpo pode ser tratada com técnicas fasciais e de

membrana sem que seja diretamente tocada. Devido à natureza

contínua da rede fibrosa de tecido conjuntivo, as correções podem

ser feitas em um local que afeta completamente diferentes áreas.

Isso também fornece uma nova perspectiva para examinar a

função das articulações. Se observarmos que a transmissão da

pressão através das articulações é sempre amortecida por elementos

elásticos ou líquidos, então, obviamente, precisamos apenas

direcionar nossa atenção para os ossos no diagnóstico e tratamento.

Com o auxílio do modelo de tensão, é mais fácil entender que

componentes localizados longe da junta individual podem ter

influência sobre ela. Como todas as fibras estão interconectadas, a

força que age sobre uma articulação pode ser transmitida a partes

do corpo que não possuem nenhuma conexão muscular com a

articulação.

As consequências para o lado técnico e prático também se

tornam aparentes, se é realmente verdade que todos os

componentes estão conectados um ao outro e que mesmo

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componentes fortemente conectados são incorporados em um

contexto elástico geral, deve ser possível tratar causando uma força

baixa ou relativamente baixa. Por exemplo, se um dos ossos do

metatarso é massivamente limitado em seu movimento em relação

aos ossos adjacentes, a correção desse problema normalmente

exigiria um impulso muito rápido com um baixo grau de movimento

e um impulso de alta velocidade e baixa amplitude. Se, em vez disso,

usarmos as propriedades do tecido, o contexto maior de fáscias e

bandas, precisaremos apenas de um gasto de força relativamente

baixo. Esse procedimento combina o tratamento de detalhes

significativos com o efeito em uma interconexão maior de forma e

pode-se esperar que produza um resultado mais duradouro.

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Modelo de Plasticidade
Fáscias e membranas respondem às forças que atuam através

delas. Portanto, elas não são simplesmente o tecido de

preenchimento passivo que às vezes é descrito em anatomia. As

propriedades dinâmicas de crescimento do tecido fascial do ser

humano maduro remontam aos estágios iniciais do desenvolvimento

embrionário. À medida que a cartilagem se forma no embrião, as

forças agem sobre as fibras de colágeno adjacentes à cartilagem em

uma direção específica. Isso causa um alinhamento paralelo e uma

compactação das fibras. Esse processo permite a fixação de tendões

nos ossos que mais tarde se desenvolverão no embrião.

Nos estágios posteriores do desenvolvimento, ocorre um

processo semelhante na formação das miofáscias. Durante o

crescimento e desenvolvimento das fibras musculares, a fáscia

muscular (ou miofáscia) recebe tensões mecânicas que alinham suas

fibras em determinadas direções.

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As fibras reticulares típicas da fáscia muscular geralmente

tendem a se alinhar em uma direção transversal em relação à linha

de tração do músculo. Isso ocorre porque as forças são exercidas em

várias direções espaciais. Esse arranjo em forma de tecido permite a

cooperação com a camada deslizante, ou epimísio, e a fáscia e as

fibras musculares, à medida que o músculo muda de forma. Aqui, a

proporção relativamente grande de tecido conjuntivo fibroso na

fáscia muscular atua como um limite espacial, permitindo que seja

esticado apenas até uma extensão muito limitada.

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Imagem: Fáscia muscular em modelo.

Se uma mudança de volume atua sobre uma camada fascial

sobre uma superfície grande, como podemos observar no tórax

durante a respiração, mais elementos elásticos de fibras e fluidos da

substância fundamental são integrados à fáscia. Esse processo é

evidente se observarmos a estrutura morfológica da fáscia

endotorácica.

Imediatamente após o nascimento, quando a criança está

respirando pela primeira vez, é exercido um impulso de

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alongamento em uma grande área, de fato em todas as camadas

intermediárias da parede do tórax. Nesse processo, a fáscia

endotorácica funciona como um elemento elástico deslizante entre a

parede torácica e a pleura parietal, que une de perto a pleura visceral

e, portanto, o pulmão. Forças expansivas bidimensionais são

exercidas durante a respiração e isso induz a fáscia endotorácica a se

transformar em uma camada elástica relativamente fina.

Curiosamente, ele tem uma consistência material diferente em

apenas uma pequena seção. Esta seção está localizada na região

superior da cúpula pleural, onde a fáscia endotorácica cobre as

protuberâncias da cúpula. Nesta área, a fáscia endotorácica tem uma

proporção maior de camadas fibrosas e, portanto, possui

propriedades remanescentes de uma fáscia muscular.

Esses recursos não surgem por acaso. Na seção superior da

fáscia endotorácica, na região referida na literatura como fáscia de

Gibson, forças de tração estão constantemente em ação. Existe uma

conexão direta entre a fáscia de Gibson e a coluna cervical por meio

de uma divergência de tecido em faixa da fáscia escaleno. À medida

que os músculos escalenos se contraem e elevam as costelas

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superiores, uma parte essencial do processo respiratório, as forças

de tração rítmicas agem sobre a parte superior da fáscia

endotorácica. A fáscia reage a esse efeito elástico unificado e

dependente da direção, alinhando suas fibras e substituindo

parcialmente a porção elástica das fibras por fibras de colágeno

inelásticas.

Este exemplo mostra como o esforço funcional das forças pode

ter um efeito estrutural duradouro na morfologia de uma camada

fascial individual e pode induzir diferentes tipos de estrutura tecidual

dentro da mesma fáscia, dependendo de sua função. A camada

fibrosa e menos elástica na parte superior da fáscia de Gibson é

consistente com a mecânica da tração que atua na direção superior

a cada entrada de ar e com as pequenas alterações no volume que

ocorrem lá. As finas camadas elásticas da fáscia na região torácica

média e inferior, no entanto, são mais ricas em fluidos e mais

consistentes com as mudanças manifestamente grandes no volume

respiratório que ocorrem ali; essa expansão torácica tem um efeito

bidimensional na fáscia, além das forças de tração que têm um efeito

relativamente pequeno lá.

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Essas adaptações ocorrem por um longo período de tempo. A

forma exterior do corpo está em um processo de constante mudança

através dos processos de formação de novos tecidos, realinhamento

das fibras e mudanças na hidratação dos tecidos conjuntivos.

Ao tratar as fáscias e as membranas, tentamos influenciar esse

processo de adaptação e encorajá-lo em uma direção específica.

Influenciamos o tecido para que sua tendência autorregulatória

inerente seja reforçada em uma direção mais apropriada à sua

função. De certa forma, a terapia deve acelerar os processos

contínuos e de longo prazo de adaptação funcional. A experiência

sugere que nossas intervenções terapêuticas podem levar a

mudanças imediatas no padrão das tensões nos tecidos. Os padrões

de tensão são simplesmente o entrelaçamento espacial de várias

tensões fasciais; eles persistem apesar da atividade muscular

sobreposta e de alterações posturais. Assim, além dos processos de

adaptação a longo prazo, parece haver uma mudança direta de

tensão na rede fascial que é mais ou menos irreversível.

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Movimento Chicote
A remodelagem rápida de um padrão de tensão estável pode

ser vista de uma forma bastante extrema no caso de lesão por

chicote. Nesta lesão, as porções fibrosas das fáscias e das

membranas de vários componentes do organismo são rapidamente

superestendidas dentro de uma fração de segundo. As fibras de

colágeno, que têm flexibilidade limitada, absorvem grande parte da

energia. Se ocorrerem fraturas ósseas, no entanto, grande parte da

energia é absorvida no processo do rompimento. Curiosamente, no

caso dessas lesões ósseas graves, tendem a ocorrer menos

superextensões das camadas miofasciais, enquanto o mesmo

processo sem fraturas leva a efeitos mais permanentes e graves nas

fáscias e membranas. Nesses casos, as fibras que contêm elastina são

excedidas por um múltiplo de seu comprimento inicial em alguns

locais e só conseguem parcialmente retornar ao padrão de tensão

original. Subsequentemente, efeitos severos a longo prazo podem

ser expressados de forma sintomática, por exemplo, com dores de

cabeça, desconforto no pescoço e vertigem.

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Curiosamente, mudanças permanentes na forma do organismo

podem resultar de traumas com forças relativamente pequenas

atuando no corpo. Não é tanto a magnitude das forças, mas a direção

delas que é responsável pelas mudanças no tecido. Em outras

palavras, mesmo uma força relativamente pequena pode causar

deformidades significativas se agir de uma direção específica na

fáscia que contém elastina, particularmente se essa fáscia

normalmente estabiliza vários elementos do corpo.

Imagem: Movimento de chicote cervical.

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Esse processo é mais fácil de entender se aplicarmos o modelo

de tensegridade. A estrutura do corpo é notavelmente estável

quando consideramos a natureza interconectada de seus elementos

sólidos e elásticos. Se mesmo um elemento estruturalmente vital tem

sua consistência elástica alterada irreversivelmente, um processo

muito longo de adaptação se espalha por todas as partes e, portanto,

altera todas as relações espaciais. Muitas vezes descobrimos que o

organismo se esforça para encontrar um novo equilíbrio.

Deve-se afirmar novamente: a superextensão do tecido

conjuntivo fibroso pode ser encontrada não apenas em traumas de

alta velocidade, mas também em casos com impacto em velocidade

relativamente baixa. Uma explicação possível para isso pode ser

encontrada nas diferentes propriedades do material das fáscias e

membranas. Para cada camada fascial e de membrana, existe um

valor limite das forças de retorno que atuam através da elastina.

Esse valor limite é alto em camadas que contêm uma grande

proporção de colágeno e é correspondentemente baixo em

camadas com uma grande proporção de elastina. Se a força

mecânica for maior que esse valor limite e impactar a camada

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correspondente, ocorrerá uma deformação drástica e o tecido não

poderá retornar à sua posição inicial neutra.

Os efeitos de alteração de forma que as terapias manuais

podem ter sobre os tecidos conjuntivos paralelizam, até certo ponto,

o efeito das forças envolvidas no chicote. Nesse sentido, o efeito

terapêutico pode ser visto como um "chicote" dividido em etapas

pequenas e cuidadosamente aplicadas, cada uma com um

pressuposto positivo. Atua localmente através do alongamento do

tecido. No entanto, esse alongamento modificará os padrões de

tensão apenas se o valor do limiar de extensão das camadas elásticas

for excedido.

Na prática, isso significa que, ao aplicar uma técnica, o terapeuta

deve monitorar constantemente as mudanças de tensão nos pontos

de contato para modular a intensidade do contato de acordo com a

resposta do organismo.

Todo esse processo é complexo, e a pesquisa até agora

produziu apenas algumas de suas características. Todas as terapias

manuais são aplicadas à pele, mas não sabemos realmente como

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esse contato afeta a pele e sua conexão com o tecido conjuntivo

subdérmico e com as minúsculas estruturas alveolares da camada

adiposa subcutânea e suas pontes para a pele. Podemos ter certeza,

no entanto, de que o organismo reage ao contato. Enquanto o

paciente está deitado, de forma aparentemente passiva poltrona de

tratamento, o sistema nervoso do paciente é altamente ativo.

Recentemente, a pesquisa tentou visualizar essa atividade do

sistema nervoso durante o tratamento terapêutico sob uma nova luz.

Robert Schleip resumiu as abordagens de pesquisa e, assim, chega

a uma nova interpretação da plasticidade das fáscias.

Schleip refere-se corretamente à presença de

mecanorreceptores no sistema fascial e ao possível significado dos

receptores intersticiais e das terminações de Ruffini no tratamento

miofascial. Ela enfatiza a conexão entre as fáscias e o sistema nervoso

autônomo em geral. Nesse sentido, as fáscias são “postos

avançados” do sistema nervoso autônomo.

Nesta pesquisa científica, existem inúmeras referências a esse

tipo de ligação entre o sistema nervoso autônomo e o sistema fascial

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e de membrana. Na prática terapêutica, é conhecido o efeito

duradouro do tratamento das fáscias no sistema nervoso autônomo.

Se as descobertas iniciais da pesquisa sobre a contratilidade

inerente das fáscias forem confirmadas, isso levaria a uma visão

inteiramente nova do termo plasticidade. Dessa maneira,

poderíamos chegar a uma visão mais ampla do significado

biomecânico das técnicas de fáscia e membrana.

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CAPÍTULO 03
Contato
As formas de terapia manual devem levar em consideração o

cenário terapêutico que é geralmente considerada de importância

secundária, e isso está em contraste marcante com o treinamento em

psicoterapia. Essa desconsideração do cenário terapêutico não

reflete os desafios que os terapeutas manuais enfrentam em sua

prática cotidiana.

Do ponto de vista tradicional, o terapeuta é o especialista, o

"sujeito" ativo, que trata o paciente (possivelmente não informado)

como se ele fosse um "objeto" passivo. Certamente, existe um ponto

de verdade nesse ponto de vista, porque as mãos do terapeuta

realmente estimulam o organismo do paciente de tal maneira que os

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impulsos preexistentes são guiados em outras direções e, de certa

maneira, novas realidades objetivas são criadas.

Essas novas realidades objetivas podem incluir, por exemplo,

mudanças verificáveis no trajeto do movimento de uma articulação,

melhor comportamento de deslizamento de camadas de tecido

adjacentes umas às outras e troca de fluidos melhorada entre as

cavidades do corpo.

No entanto, esse ponto de vista não leva em conta o fato de que

o tratamento manual envolve um processo de comunicação em

várias camadas, semelhante em muitos aspectos à psicoterapia. Na

prática moderna, esse fato importante é cada vez mais ignorado à

medida que o uso de dispositivos físicos começa a moldar o curso

normal da terapia. Não queremos discutir aqui quão eficazes ou

ineficazes esses dispositivos são ou quão específica ou

inespecificamente eles influenciam o corpo.

Esse tipo de pergunta crítica pode ser feita apenas no contexto

de estudos empíricos. No entanto, é uma pergunta legítima e

importante para qualquer pessoa envolvida na prática cotidiana

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explorar a maneira pela qual esse tratamento “mãos livres” difere do

tratamento em que as mãos do terapeuta são usadas. O uso de

dispositivos médicos que administram impulsos mecânicos, elétricos

ou eletromagnéticos pode, por exemplo, alterar local ou

globalmente o tônus muscular ou fornecer estímulos ao sistema

nervoso de uma maneira claramente definida. No entanto, esses

dispositivos são incapazes, ou apenas em uma extensão muito

limitada, de registrar a resposta do organismo ao mesmo tempo em

que administram os impulsos, de processar a resposta como

feedback e de usar esse feedback para modificar os impulsos

administrados de maneira durável.

Os estímulos desses dispositivos são, portanto,

fundamentalmente diferentes dos estímulos originários da mão

humana. A diferença está no fato de que a mão humana é capaz de

variar seus estímulos usando feedback do cérebro de uma maneira

quase infinita, e, portanto, é capaz de registrar as respostas do

organismo que está sendo tratado enquanto administra os impulsos.

Em outras palavras, a mão pode ser usada simultaneamente para

transmitir e receber informações; a mão fornece um estímulo e, ao

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mesmo tempo, registra o efeito desse estímulo no organismo do

paciente. Para permitir que esse processo ocorra, uma série de pré-

condições para o cenário terapêutico deve ser levada em

consideração.

Para fazer uso de ambos os aspectos do toque, transmissão e

recebimento, isto é, administração do impulso e observação da

resposta, o terapeuta deve depender de poder alternar livremente

entre o uso ativo e passivo das mãos. Veremos que, para certas

técnicas, é possível e até necessário que parte da mão seja

ativamente engatada, enquanto outra parte da mesma mão se

comporta passivamente. Esse tipo de uso diferenciado do contato

terapêutico só pode ter sucesso se o terapeuta for capaz de garantir

um ambiente "neutro". Esse cenário “neutro”, o cenário terapêutico,

é caracterizado por algumas regras básicas de comunicação.

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CAPÍTULO 04
Uso das Mãos
A primeira e geralmente aplicável distinção para o uso prático

da mão é a distinção entre peso e pressão ativa. Assim que a mão do

terapeuta é colocada na superfície do corpo do paciente, o peso da

mão, antebraço ou braço e terço do terapeuta é transferido para o

corpo do paciente. O terapeuta pode intensificar esse peso, por

exemplo, inclinando-se para a frente sobre o eixo do quadril e

adicionando o peso do tronco. Nesse caso, a coordenação do

terapeuta desempenha um papel importante na qualidade do

contato. Por fim, o contato se torna mais eficaz assim que o terapeuta

usa pressão diretiva ativa, além do peso passivo aplicado.

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No tratamento das camadas fasciais e de membrana, é essencial

que treinemos nossa própria percepção, para que possamos

diferenciar claramente as várias formas de contato. Quando o

paciente está deitado de costas e a mão do terapeuta é colocada na

superfície do corpo do paciente, o peso da mão e do antebraço do

terapeuta é transferido para o corpo do paciente, por mais

cuidadoso que o terapeuta esteja fazendo o contato. A mão do

terapeuta sendo colocada de suporte sob as costas do paciente, no

entanto, é um processo completamente diferente. Nesse caso, o

peso da mão e do antebraço do terapeuta é transferido para a mesa

de tratamento e o peso do paciente é transferido para a mão e o

antebraço do terapeuta. Ambas as formas de contato têm uma

qualidade diferente, atingem níveis diferentes e são percebidas pelo

paciente como duas maneiras fundamentalmente diferentes de

serem tocadas.

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Imagem: Terapeuta utilizando as mãos.

As técnicas de tratamento mais eficientes para o sistema fascial

e de membrana usam as duas formas de toque ao mesmo tempo. O

terapeuta pode, assim, usar uma mão dorsalmente para apoiar o

paciente deitado de costas, ou seja, para aceitar o peso, enquanto

usa a outra mão ventralmente para trabalhar com peso.

O terapeuta está, portanto, literalmente tomando o organismo

em suas mãos. Isso permite que o terapeuta considere toda a rede

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tridimensional desde o início, em vez de receber apenas uma

impressão seletiva, linear ou superficial.

Outra distinção importante é a diferença entre contato

estacionário e local e contato deslizante. Em contato deslizante, a

velocidade deve ser adaptada à tensão dos tecidos; quanto mais

densas as fibras, mais lento deve ser o contato.

O próximo passo para a diferenciação técnica do contato é a

diferenciação entre o uso da palma da mão e os dedos individuais

ou o polegar. Um grande número de combinações possíveis está

disponível na prática. Apesar de um mal-entendido generalizado, a

palma da mão é muito mais sensível do que as pontas dos dedos

para diferenciar finas distinções. Por esse motivo, o uso combinado

da palma da mão e dos dedos é particularmente eficiente quando a

palma da mão é usada com capacidade de observação e apoio,

enquanto os dedos fornecem um impulso ativo de alongamento.

Outra diferenciação de contato é possível pelo fato de que cada

um dos dedos pode ser usado para aplicar uma quantidade diferente

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de força e aplicar impulsos de alongamento em diferentes direções,

independentemente um do outro.

A condição técnica mais importante para tratar eficazmente o

sistema fascial e de membrana em sua estrutura espacial é a

independência de uma mão da outra, a independência da palma dos

dedos e do polegar e, finalmente, a independência do indivíduo,

seus dedos e polegar um do outro.

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CAPÍTULO 05
Pontos Gatilhos “trigger points”

Os Pontos Gatilhos (PGs) têm como característica dor localizada

sobre um ponto de alta irritabilidade que se apresenta na forma de

nódulo, em uma área rígida do músculo estriado esquelético sendo

sensível à palpação. Podem ocorrer em regiões de

hipersensibilidade sobre fáscias musculares tensas e quando

pressionadas, podem aumentar as características de dor referida

sobre esses locais afetados.

A dor é caracterizada como uma experiência multidimensional,

diversificando-se na qualidade e na intensidade sensorial. Os PGs

podem gerar a síndrome de dor miofascial definida como uma

disfunção neuromuscular regional, e possui como característica,

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sintomas sensoriais, motores e autonômicos, ocasionados por

pontos gatilhos miofasciais. Os PGs podem ser desencadeados por

posturas inadequadas, posições repetidas, sobrecarga de peso,

estresse físico e emocional, ocasionando tensão muscular sobre um

músculo específico ou em grupos musculares associados.

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Imagem: Localização Trigger Points.

A ativação dos PGs é quase sempre causada por um estresse na

musculatura que ocasiona o encurtamento do músculo gerando PG

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latente ou ativo ou, indiretamente, pela atividade de outros PGs pré-

existentes. Em geral, a intensidade e a área de dor referida

dependem do grau de irritabilidade dos PGs e não do volume do

músculo. Os PGs podem ser gerados em músculos localizados nas

áreas de dor referida de afecções viscerais, ou em músculo dos

mesmos segmentos medulares sensibilizados.

Estudos demonstram que na região do PG existem

anormalidades histológicas e subcelulares especialmente na região

da placa motora das fibras musculares causadas por tensões que

levam a gerar macro ou microtraumas, resultantes de concentração

tecidual e de substâncias que ativam e excitam os nociceptores,

liberando os neuropeptídios desencadeando a inflamação e

sensibilizando a região acometida. Os nódulos são constituídos de

segmentos musculares com sarcômeros contraídos.

Na região dos PGs ocorre um gasto energético maior de

elevada frequência e com conformação de espículas circundadas por

áreas eletricamente silenciosas, a atividade elétrica acontece em

decorrência de anormalidades funcionais dos fusos musculares e não

das placas motoras.

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Os PGs muito ativos produzem atividade elétrica

espontaneamente. Nessas fibras musculares a coloração é mais

densa e o diâmetro é aumentado nestes locais. Os músculos

contendo nódulos de contratura sofrem tensão aumentada tanto na

região do nódulo como nas cadeias musculares.

Imagem: Trigger point.

O estresse causado por espasmo muscular e contração

muscular sustentada intensificada pode induzir à liberação de

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substâncias que sensibilizam os nociceptores e geram dor localizada

característica dos PGs. Com o agravamento da dor pré-existente

podem ocorrer colapsos circulatórios e comprometimento

nutricional, assim como colapsos do desempenho funcional focal e

muscular. A atividade contrátil torna-se dependente da

despolarização anormal e prolongada das membranas, devido à

liberação excessiva de acetilcolina (ACh) na terminação nervosa,

podendo resultar em contração do sarcômero na região da placa

motora que persiste indefinidamente mesmo na ausência de

potenciais de ação.

A ACh quando liberada nas placas motoras das terminações

nervosas levam informações do sistema nervoso para os músculos.

Quando isso ocorre acontece gastos energéticos que são supridas

pelas mitocôndrias. O gasto energético perdendo o controle pode

ocorrer colapso da microcirculação local. A contração muscular pode

ser desencadeada pelos motos neurônios que liberam excessiva

quantidade de ACh e são ativadas pelas aderências sensoriais dos

nociceptores que endurecem e sensibilizam o músculo.

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O excesso de Ca++ sarcoplasmático ligado a actina e a miosina

causam a contração muscular e quando ligado ao trifosfato

adenosina (ATP), interagem com a actina causando a contração e o

encurtamento do sarcômero e das fibras musculares. Uma vez

liberado, o Ca++ é rapidamente recapturado pelo retículo

sarcoplasmático e a atividade contrátil desaparece. Na ausência de

ATP, as cabeças de miosina mantêm-se ligadas e o músculo mantém-

se tenso. A contração mantida e não controlada resulta em elevado

consumo energético. A interação da actina com a miosina não ocorre

quando o sarcômero está alongado.

Atualmente a fisiopatologia dos PGs não é completamente

esclarecida, e um número de alterações morfológicas, de

neurotransmissores, neurossensoriais, eletrofisiológicas e motoras

tem sido implicada em sua patogênese. Assim sendo algumas teorias

foram propostas para justificar a ocorrência das PGs.

Teoria da Crise Energética - A primeira teoria formulada para

explicar o fenômeno da formação dos PG é conhecida como teoria

da crise energética. Ela se baseia na ocorrência de alterações locais

do metabolismo muscular causando fatores para formação do PG.

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Teoria das Terminações Motoras – Essa teoria implica nas fibras

musculares e nas terminações motoras como os fatores primários no

desenvolvimento dos PG, o aumento patológico da liberação de ACh

pela terminação nervosa na placa motora gera uma contração

muscular prolongada, ocasionando alterações metabólicas. A teoria

da crise energética e a hipótese das terminações motoras são

consideradas compatíveis e complementares.

Teoria Neuropática – Nesta teoria, os PGs são decorrentes de

neuropatias motoras causadas pela compressão dos nervos motores

ativando as disfunções nas placas motoras como fator primário

desencadeante, sendo a formação dos PG um fenômeno secundário,

é a manifestação de uma dor neuropática que se apresenta

predominantemente no sistema musculoesquelético. Este

mecanismo pode sensibilizar as estruturas na distribuição da raiz

nervosa causando espasmo muscular distal e contribuindo para

alterações degenerativas em tendões e ligamentos na distribuição

da raiz nervosa afetada.

Teoria das anormalidades dos fusos musculares. Os PGs seriam

causados pela disfunção dos fusos, o que justificaria a ausência de

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anormalidades musculares localizadas em quantidade suficiente

para ser gerada na placa motora. Entretanto, os PGs correspondem

à atividade nas placas motoras, ao passo que os fusos são

distribuídos em todas as fibras musculares e não apenas na região da

placa motora.

Teoria de tecido cicatricial. Essa teoria representa os PGs, como

tecido fibrótico. Entretanto, uma avaliação rápida dos músculos

palpáveis no tratamento dos PGs e os estudos histológicos

contrariam essa hipótese.

Teoria da hipertonia-dor-hipertonia. Foi defendida no passado,

mas atualmente, não tem base científica. Essa teoria consiste na

tensão muscular inibindo a ação do musculo impedindo o arco de

movimento.

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CAPÍTULO 06
Técnicas
As técnicas utilizadas nesta obra, fazem parte do conceito de terapia
manual e instrumental, pois hoje sabemos que a fáscia pode ser liberada ou
estimulada.

Liberação Miofascial
A liberação miofascial manual e instrumental é uma técnica que

atua mobilizando manualmente ou com algum instrumento a fáscia

com o objetivo de aliviar a dor, restaurar a função e a mobilidade e

corrigir sequências de traumas físicos e emocionais. Ela permite

ajustar o alinhamento muscular, restaurar e desimpedir o movimento

de todos os tecidos e restabelecer uma textura, resistência e função

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dos tecidos. Além disso, visto quebrar o tecido cicatricial e

aderências que causam dor, rigidez, fraqueza, dormência e

disfunções relacionadas a lesões.

Somado tudo isso, uma liberação miofascial melhora a

mobilidade e a amplitude de movimento, reduz o tecido cicatricial e

as adesões, diminui os bônus dos músculos hiperativos, melhora a

qualidade do movimento, reduz a rigidez arterial e melhora a função

vascular endotelial. Ela envelheceu através de um processo chamado

histerese, que é propriedade pela qual o trabalho deformado é um

material que causa calorias, portanto, perda de energia. É possível

ativar o movimento do tecido, barreira por barreira, até que ocorra a

liberação da fáscia.

Uma técnica que provoca alterações na viscosidade da fáscia

que gera um melhor deslizamento dos tecidos, eliminando a pressão

excessiva em áreas dolorosas e restaurando ou alinhando. Ela atua

sobre as células musculares, que responde com uma contração

reflexa aos alongamentos rápidos, e sobre os órgãos tendinosos de

Golgi, que são responsáveis por captar informações proprioceptivas

de exercícios e tendões. Uma pressão exercida pela liberação

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miofascial pode inibir os fusos musculares e estimular o OTG, como

alterar ou reduzir os bônus musculares que levam a um relaxamento

muscular, permitindo que os músculos se contraiam e se alonguem

do modo mais eficiente. Ainda assim, como as melhores opções após

a liberação miofascial são devidas ao acompanhamento de

componente elétrico, para liberação de capturas cruzadas que

podem desenvolver pontos nodais da tela e alterar a viscosidade da

tela.

Uma manipulação miofascial pode ser executada com ou sem

instrumentos, ou seja, de forma manual. Um manual miofascial de

liberação envolve o uso de técnicas como fricção, deslizamento,

compressão, alongamento, percussão e vibração. Já a liberação

miofascial com instrumentos pode ser feita com vários instrumentos,

como crochê (ganchos) ou instrumentos de Gastron. Muitos desses

instrumentos foram desenvolvidos para aliviar a sobrecarga sobre a

mão do terapeuta e também para alcançar áreas em que a mão não

consegue alcançar.

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Ventosaterapia (pressão negativa)
A Ventosaterapia é a aplicação de Ventosas, colocadas sobre a

pele do paciente, exercendo sobre a mesma uma pressão negativa,

devido ao vácuo gerado em seu interior que provocará uma sucção

na pele em nós tecidos mais superficiais. Esse tipo de terapêutica

deve ser bem compreendida pois auxilia no tratamento de diversas

patologias concomitantemente com a Acupuntura, onde poderia

resumir de forma simplista, que na Acupuntura é tratada a energia e

com a Ventosa é tratada a limpeza do Sangue (Xue), promovendo a

troca de gases e eliminando a toxidade que afeta o organismo.

Segundo Yin Gang Lin e Liu Zheng Hua “Ventosa é um método

terapêutico onde um jarro ou um copo é aderido à superfície da pele

para causar uma congestão local. Isso é atingido através da criação

de uma pressão negativa dentro do corpo através da introdução de

um material aceso no interior do copo”.

A Ventosaterapia ficou, de certa forma no esquecimento,

devido à dificuldade de assimilar a sua teoria e o seu real significado,

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muitos dos profissionais atuantes faziam uso dessa ferramenta

apenas com o intuito de tirar o Sangue (Xue) do paciente,

acreditando que com esse processo, a pessoa melhoraria com a

eliminação do Sangue (Xue) ruim (Daniel Son Kim, 2002).

Nos tempos atuais há um grande aumento do número de

pessoas que buscam por terapias alternativas para solucionar

problemas relacionados à saúde, pois devido a evolução cultural dos

povos, essas medidas de tratamentos alternativos tornaram-se mais

respeitáveis e aceitos.

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I

Imagem: Ventosaterapia.

Intensidade fraca – Tonificação

Quando a aplicação da Ventosa tem uma intensidade fraca, a sucção

exercida é suave e fraca, onde a tecidos superficiais sugados para o

interior do copo não ultrapassam de 3 a 4 mm, não causando

desconforto no paciente. Este estímulo realizado faz com que o fluxo

de Qi e Sangue (Xue) se movimentem e se encaminhem para o local

estimulado permitindo que a circulação melhore.

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Intensidade Média - Tonificação

Quando a aplicação da Ventosa tem uma intensidade média,

gera uma sucção mais moderada, onde a pele e tecidos superficiais

sugados para o interior do copo não ultrapassam de 4 a 6mm, não

causando desconforto para a maioria dos pacientes. Este estímulo,

por ser moderadamente um pouco mais intenso, promove uma

maior mobilização do Qi e do Sangue (Xue), sendo muito utilizado

para liberar estagnações e estases.

Intensidade Forte - Dispersão

Quando a aplicação da Ventosa tem uma intensidade mais forte,

gera uma sucção mais intensa, onde a pele e os tecidos superficiais

sugados para o interior do copo ultrapassam a média de 8mm,

causando desconforto ao paciente, podendo também estar

acompanhado de dores na aplicação.

Relacionado ainda com os estudos de Reginaldo Filho, de

acordo com a intensidade de aplicação das Ventosas, as mesmas

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podem gerar marcas escurecidas no local da aplicação, levando

alguns dias para que as mesmas sejam eliminadas naturalmente.

Obviamente, a aplicação da Ventosaterapia em regiões do

corpo, como o rosto, que se encontra totalmente em exposição, a

aplicação deve ser de forma totalmente leve, com uma intensidade

muito sutil, para não causar constrangimento ao paciente.

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Movimentos
Neste capítulo vamos ver os movimentos e técnicas aplicadas

durante a terapia manual da fáscia, contendo liberação Miofascial

manual e instrumental, massagem desportiva, ventosaterapia por

pressão negativa, percursores e muito mais.

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CAPÍTULO 08
Cervical e Trapézio

REGIÃO CERVICAL
A região da cervical tem

músculos muito importantes que,

frequentemente, apresentam

patologias. Dentro destes músculos

podemos citar o externo-cleido-

occipito-mastoide, alvo recorrente

dos torcicolos. A tensão nesta região

pode gerar a cefaleia tensional ou

até mesmo irradiar para a musculatura do ombro.

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Nosso método preferido de liberação do músculo em questão

é através da técnica de pinça. É possível visualizar a técnica em

questão na imagem a seguir.

Faz-se a pinça, apertando a musculatura, de 30 a 90 segundos,

até liberar a musculatura. O paciente deve se manter relaxado. Esta

é uma musculatura que pode causar certa dor ou desconforto ao

realizar-se a liberação, bem como é possível alguma dor referida nas

zonas da cabeças, dos olhos ou outras regiões.

Nas regiões próximas da nuca, caso o paciente não aguente a

dor, é possível realizar uma elevação e leve rotação do pescoço,

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como forma de diminuir a dor. É importante ressaltar que o paciente

deve se manter relaxado, cabendo ao profissional sustentar a cabeça

dele.

Outros músculos importantes para a liberação são os da região

do occipito. Através do movimento de pressão, conforme imagem

que segue, é realizada a liberação.

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Imagem: Posição das mãos e direção da pressão.

Vale ressaltar que esta é uma região delicada, devendo ser

tomada todo o cuidado ao realizar a liberação. O trabalho é realizado

ao longo da cervical. É possível também utilizar uma técnica de

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massagem, porém, com uma pressão maior para liberar o músculo.

Essa liberação pode causar dor referida no ombro, cabeça ou atrás

dos olhos.

TRAPÉZIO
Outra musculatura muito importante é a da região do trapézio.

A liberação desta musculatura pode ser feita através da

digitopressão, conforme as imagens que seguem. É importante

manter a pressão até o paciente relatar o desaparecimento ou

diminuição expressiva da dor.

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É importante ir apalpando a musculatura, encontrando os pontos

gatilho, e exercendo a digitopressão para liberá-los. Seguindo todo

o trajeto do músculo.

É possível fazer a liberação através da técnica de gancho. Com o

paciente em decúbito dorsal, aplique o gancho nos pontos gatilho,

até sentir a liberação do músculo. Seguem imagens de exemplo.

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Também podemos fazer a liberação com o paciente em decúbito

ventral. Esta é uma maneira que gostamos bastante de utilizar para a

liberação da musculatura do trapézio. Segue imagem para melhor

visualização a seguir.

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Nunca se esqueça de sempre ter muito cuidado, estas técnicas

costumam causar desconforto ou até mesmo dor. Portanto, é

importante ter atenção redobrada na hora da manipulação da

musculatura do paciente.

No que se refere a liberação com instrumentos, é possível a

utilização das ventosas. Coloca-se as ventosas na região que será

liberada, por aproximadamente 3 a 5 minutos, conforme a imagem

que segue.

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Para finalizar, é possível o uso de pistola de vibração. Seguindo

toda a extensão da musculatura, até mesmo na região próxima à

cervical.

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CAPÍTULO 09
ESCÁPULA, OMBRO E PEITORAL

Escápula
Passamos a liberação da

escápula. Primeiramente,

apalpamos o músculo redondo

maior, para encontrar os pontos

gatilho. É comum que o paciente

sinta desconforto ou dor,

principalmente se a musculatura

estiver contraturada. Esta dor pode

referir para outras áreas do corpo.

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Ao encontrarmos o músculo e o ponto gatilho, utilizamos a

digitopressão para realizar a liberação miofascial. Seguramos a

pressão até a dor cessar ou diminuir. Segue imagem da técnica.

Acima visualizamos a liberação por digitopressão, com o

polegar, do redondo maior. Caso o paciente sinta muita dor,

podemos utilizar um movimento de rotação interna do braço como

forma de inibição desta dor.

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Para a liberação do redondo menor, músculo localizado abaixo

do deltoide posterior, realizamos o mesmo processo de liberação

por digitopressão, mantendo a pressão de 30 a 90 segundos,

conforme imagem abaixo.

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Por ser um rotador externo, caso a dor não passe ou o paciente

sinta muito, podemos realizar a rotação externa do braço, de maneira

passiva, para a inibição da sensação de dor. Segue imagem

demonstrativa.

Passamos para a liberação do infraespinhal, localizado abaixo da

espinha escapular, como o próprio nome sugere. Seguimos o

procedimento padrão de apalpamento da área, para localizarmos os

pontos gatilho, e ao encontrá-los, mantemos a digitopressão por um

período de 30 a 90 segundos.

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Imagem: Liberação por digitopressão utilizando o polegar.

Seguimos o mesmo procedimento para o músculo

supraespinhal, localizado na parte superior da espinha escapular.

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A liberação desta musculatura também pode ser feita através da

técnica de deslizamento. Localizamos a escápula. Ao realizar o

movimento de deslizamento, quando o paciente acusar dor,

paramos no local e realizamos uma pressão localizada para liberar o

músculo.

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Lembrando que esse movimento de deslizamento pode ser feito

com o auxílio do Gua Sha, com simples deslizamento do instrumento

ou com movimento de vibração do Gua Sha.

Muitas vezes o paciente tem dor na região do ombro devido à

ausência de mobilidade na escápula. Para ajudar com esse tipo de

problema, colocamos o braço do paciente para trás (se possível e

dentro da limitação do paciente). Colocamos então nossa mão como

forma de sustentação do ombro do paciente e procedemos a

liberação da escápula. Abaixo temos imagens do procedimento.

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Realizar essa liberação sempre com muito cuidado, prestando

muita atenção as limitações e individualidades de cada paciente.

Sempre segurando o ombro com a mão.

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Gua Sha
Podemos utilizar este instrumento para fazer a liberação desta

região, pois, muitas vezes, não conseguimos utilizar a mão na parte

interna da clavícula devido a uma tensão mais elevada da

musculatura.

Segurando o ombro, como na liberação com mobilização

anteriormente citada, utilizamos o Gua Sha para liberar a escápula.

Com a mão que apoio o ombro, empurramos o mesmo para traz, de

forma gradual, e inserimos o Gua Sha na parte interna da escápula.

Seguindo toda extensão da musculatura.

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Agora que já

liberamos a parte de cima

da escápula, passamos

para a liberação da parte

inferior da escápula. Na

imagem ao lado,

podemos visualizara localização da musculatura a ser liberada.

Com a mão em formato de concha, utilizamos a digitopressão

para empurrar a escápula, muito cuidadosamente por ser uma região

dolorosa. Fazemos então um movimento lateral para liberar e

mobilizar a escápula.

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Movimento:

Não se esqueça também de

focar nos demais músculos que

compõe a região da escápula, como

o redondo maior e menor, e do

grande dorsal.

Ventosas
Podemos, também, utilizar as ventosas para fazer a liberação

desta região de maneira estática. Colocamos os instrumentos nos

pontos gatilho e deixamos de 3 a 5 minutos.

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Porém, também é possível deslizar as ventosas na região e

trabalhar com a pressão negativa de forma dinâmica.

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Pistola de Massagem

Podemos também utilizar a pistola de massagem para liberar

esta regiãio. Localizamos o osso e atuamos tanto na parte superior

(supraespinhal) quando inferior (infraespinhal).

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Ombro
A região do ombro é alvo recorrente de patologias e dor.

Portanto, é importante trabalhar nessa região com mais calma e

atenção. Começaremos com a musculatura do deltóide posterior.

Para localizarmos a musculatura, empurramos a parte de trás

do ombro, com o paciente deitado em decúbito ventral, e assim,

facilmeente visualizamos o deltóide posterior, conforme imagem

abaixo.

Em seguida procuramos o ponto gatilho e trabalhamos com a

digitopressão. Mantendo a pressão de 30 a 90 segundos. Vamos

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trabalhando em toda a musculatura, procurando os pontos gatilho

ou de maior tensão e aplicando a digitopressão.

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Caso o paciente sinta muita dor ou não aguente, através de uma

abdução de ombro passiva, podemos inibir essa dor, para facilitar o

tratamento.

Podemos também utilizar a técnica de pinça, já vista

anteriormente, para fazer a liberação desta musculatura.

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A técnica de deslizamento também pode ser útil.

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Ventosa

Podemos realizar este mesmo deslizamento com auxílio da

ventosa:

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Ou podemos utilizá-las de maneira simplesmente estática nos

pontos gatilho, ou em conjunto com a adução e abdução passivas do

ombro do paciente.

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Gua Sha
Este instrumento pode ser utilizado tanto com o movimento de

deslizamento, quanto com o movimento de vibração, ao longo de

toda extensão do

deltóide posterior.

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Passamos agora ao deltoide medial e anterior, trabalhando com

o paciente em decúbito dorsal. Como nas etapas anteriores,

procuramos os pontos gatilho e vamos aplicar a digitopressão, ao

longo de toda extensão do músculo.

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Imagem: Liberação do deltoide medial.

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Imagem: Liberação do deltoide anterior.

Caso o paciente relate muita dor, podemos utilizar a flexão do

ombro como forma de inibir essa sensação.

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Podemos utilizar também utilizar a técnica de deslizamento para

liberar essa musculatura.

Imagem: Liberação deltoide medial.

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Imagem: Liberação deltoide medial.

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Ventosas

As ventosas também podem ser utilizadas para a liberação da

musculatura do ombro na parte medial e anterior. Podemos utilizá-

las tanto de forma estática (3 a 5 minutos), através do movimento

ativo ou passivo (abdução/adução, extensão/flexão) do ombro, e

finalmente e através do deslizamento.

Imagem: Liberação por ventosaterapia.

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Imagem: Adução e abdução ativa.

Imagem: Extensão e flexão ativa.

O paciente deve realizar até 3 séries de 10 repetições,

diminuindo a pressão das ventosas. O deslizamento com a ventosa

pode ser feito com uma “puxada” ou uma e meia, como forma de

aumentar a circulação sanguínea na área do ombro.

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Imagem: Deslizamento com ventosa.

Passamos então para a parte interna do ombro, esta deve ser

tratada com muito cuidado e pressão mínima para não machucar o

paciente. É possível que o paciente relate dormência do braço, mas

é algo normal.

Imagem: Digitopressão na parte interna do ombro.

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Uma musculatura também importante de ser liberada,

principalmente para os paciente que relatam dor no ombro, é a

grande dorsal. Ele sai da lombar e se insere no úmero. Através da

técnica de pinça, vamos liberar essa musculatura.

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Peitoral
Partimos então para a região do peitoral, começando com o

peitoral menor. Inicialmente utilizamos a técnica da pinça, com as

duas mãos, para a liberação do peitoral menor.

É possível realizar a junção da origem a inserção, puxando e

sustentando o ombro levemente para cima, em conjunto com a

digitopressão. Forma também utilizada para a inibição das possíveis

dores que o paciente possa vir a sentir quando há a liberação da

musculatura.

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Podemos utilizar também os quatro dedos da mão e, com

movimentos de pressão, empurrar levemente para cima.

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Passando para o peitoral maior, novamente começamos com a

digitopressão. Sempre lembrando de apalpar a toda a região e

exercer a pressão em todos os pontos gatilho, locais de dor e nós.

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Ventosas

Podemos utilizar as ventosas nesta região.

Imagem: Ventosaterapia no peitoral maior e menor.

Podemos também agregar o movimento ativo ou passivo, em

conjunto com as ventosas (até 3 séries de 10 vezes).

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Imagens: Abdução passiva.

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Imagem: Abdução ativa.

Gua Sha

O instrumento pode ser utilizado para a liberação desta

musculatura, seja por simples deslizamento ou por vibrações.

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CAPÍTULO 10
MEMBROS SUPERIORES

Bíceps
O bíceps é uma musculatura que pode ser bem dolorosa de ser

liberada, principalmente nas regiões mais próximas a articulação. A

liberação desta região, incluindo a do tríceps e antebraço, é benéfica

para aqueles que sofrem de epicondilite, tanto lateral, quanto media.

Diminuindo a pressão e a dor, e até mesmo aumentando a amplitude

de movimento.

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Começamos apalpando o músculo em busca de pontos gatilho

ou nós. Ao encontrá-los, utilizamos a digitopressão para começar a

liberação.

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Podemos combinar a digitopressão com a flexão/extensão (ativa

ou passivamente) do cotovelo, sem perder o ponto gatilho.

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Podemos utilizar também a técnica de pinça.

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O deslizamento ao longo de toda a extensão da musculatura

também pode ser utilizado.

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Ventosas

As ventosas podem ser utilizadas tanto de maneira fixa, como

através do deslizamento.

Imagem: Deslizamento

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Imagem: Estática com flexão/extensão de cotovelo.

Gua Sha

Podemos utilizar o Gua Sha, tanto por deslizamento, quanto por

vibração, lembrando sempre de trabalhar toda a extensão do

músculo.

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Pistola de massagem (vibração)

Por último, podemos utilizar a pistola de vibração.

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Antebraço
Nós gostamos de começar o trabalho no bíceps com a

digitopressão. Lembrando de trabalhar tanto a parte medial quanto

a parte lateral.

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Passamos então para a técnica de deslizamento, ao longo de

toda a musculatura do antebraço, nas suas completas extensões.

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Acima vemos o deslizamento na parte anterior do antebraço.

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Ventosas

Podemos utilizar as ventosas tanto de maneira fixa, como abaixo

demonstrado:

Lembrando que essa localização da foto é meramente

exemplificativa, podemos colocar ao longo de toda extensão do

músculo, dependendo das áreas contraturadas.

Podemos também unir o uso da ventosa com a flexão e extensão

do punho. Como demonstrado nas imagens abaixo.

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Por fim, ainda podemos utilizar a pressão negativa das ventosas

para fazer o deslizamento.

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Gua sha

Podemos utilizar o Gua Sha, através das duas técnicas abordadas

em outros capítulos (vibração ou deslizamento). Seguindo a extensão

da musculatura, do punho até o cotovelo.

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Pistola de massagem (vibração)

Finalmente, temos a pistola de vibração, que também pode ser

usada nessa musculatura. Lembrando sempre de se trabalhar toda a

musculatura da área.

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Tríceps
Para o tríceps, fazemos o procedimento padrão de apalpação, ao

encontrar pontos gatilho, utilizamos a digitopressão para fazer a

liberação. Podemos também utilizar a técnica de gancho.

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Imagem: Digitopressão.

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Imagem: Gancho.

Seguimos então para o deslizamento, realizando o movimento

desde o cotovelo até o ombro.

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Ventosas

Passando para os instrumentos, podemos utilizar a ventosa,

através das metodologias já trabalhadas em outros capítulos. De

forma estática ou com deslizamento.

Imagem: Liberação estática com ventosa.

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Imagem: Ventosa com deslizamento.

Gua sha

Com o Gua Sha, seguindo os passos dos capítulos anteriores,

podemos fazer a liberação com deslizamento ou vibração.

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Pistola de massagem (vibração)
Por fim, podemos utilizar a pistola de vibração.

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CAPÍTULO 11
Coluna torácica
Passemos agora para a liberação da coluna

torácica. Região esta que se encontra entre a

coluna cervical e a coluna lombar. Essa é a região

da coluna com menor mobilidade e é menos

afetada por traumatismos.

Começamos sempre com uma apalpação da

região para sentir os pontos gatilho e a tensão da

musculatura que será trabalhada. Apalpamos as

diversas musculaturas que compõe a região, como

o romboide, os serráteis e até mesmo a região inferior do trapézio.

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Ao encontrarmos pontos gatilhos ou nós na musculatura,

utilizamos a digitopressão para a liberação, percorrendo toda a

extensão da coluna torácica (de T1 a T12) em ambos os lados da

coluna. Conforme imagens abaixo.

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É importante ter muito cuidado com a pressão, para que esta não

machuque o paciente. Outra forma de realizar a liberação desta

região, se dá através do deslizamento.

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Importante também liberar a porção inferior da escápula que se

encontra na região da coluna torácica, que também pode ser feita

por deslizamento.

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Ventosas

A técnica do deslizamento pode ser utilizada em conjunto com

as ventosas, utilizando a sucção deste instrumento, deslizando-o ao

longo da coluna torácica.

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Também podemos manter as ventosas na coluna torácica, de 3 a

5 minutos.

Ainda utilizando as ventosas, podemos usar utilizar pressão

negativa em conjunto com o movimento ativo do paciente. Com as

ventosas na coluna torácica, o paciente cruza os braços e realiza a

extensão e flexão do tronco. Pode realizar 10 repetições ou até

mesmo 3 séries de 10, dependendo, é claro, do paciente.

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Outro movimento ativo do paciente que permite a liberação com

as ventosas é juntar as escápulas e em seguida relaxar.

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Seguindo nos movimentos ativos do paciente, podemos utilizar

a adução do braço, conforme imagens que seguem.

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É importante ressaltar que se deve trabalhar dentro da

amplitude de movimento do paciente. No mais, trabalhamos com

uma “puxada” da ventosa nessas técnicas de movimento ativo do

paciente.

Gua Sha
Este instrumento também pode ser utilizado para a realização da

liberação da região aqui abordada.

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Utilizando o Gua Sha, realiza-se movimentos de vibração, ou

apenas deslizamento, por todo a extensão dos músculos da região

abordada. Seguem fotos exemplificativas.

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Pistola de massagem (vibração)
O instrumento em questão é utilizado em toda a extensão da

coluna torácica, exercendo vibração sobre os pontos gatilho.

Também é possível “parar” em um ponto específico de maior dor ou

tensão.

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CAPÍTULO 12
Coluna lombar
Passamos agora a liberação miofascial da

coluna lombar, região extremamente importante

do corpo. Corriqueiramente temos pacientes que

reclamam de dor ou desconforto nesta região.

Mais de 95% da população mundial apresenta,

em algum momento da vida, dor nessa região.

Como sempre, começamos apalpando a

região para encontrar os pontos gatilho e regiões

de tensão. Esse apalpamento acontece na região

das vértebras L1, L2, L3, L4 e L5. A liberação

miofascial focará na musculatura ao redor desta região.

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O primeiro ponto que trabalhamos é o quadrado lombar através

da digitopressão. Cabe ressaltar que ao liberar essa região poderá

ocorrer dor referida nas regiões dos glúteos e das pernas.

Conforme as imagens, aplica-se a digitopressão, por toda a

região do quadrado lombar, até a região do sacro. Podemos

também atuar na região mais próxima do glúteo (conforme imagens

156
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a seguir), pois, é onde se insere o quadrado lombar. Essa é uma

região na qual muito pacientes relatam dor, portanto, é importante

não exercer pressão excessiva e manter a pressão por 30, 60 ou até

90 segundos, dependendo da necessidade do paciente.

A técnica do deslizamento também pode ser utilizada nesta

região. Pode ser usado um gel ou vaselina para a lubrificação da

157
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região do quadrado lombar. Começamos na parte superior,

deslizando com pressão até a região do sacro.

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O deslizamento pode ser feito com os dedos médio, indicador e

anelar, abrangendo uma maior área de superfície. Ressaltando que a

mesma pressão deve ser mantida ao longo da musculatura que está

sendo liberada.

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A liberação do quadrado lombar pode ser feita de forma

horizontal. Desde a coluna até a ponta da costela e também em

direção ao quadril.

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Uma forma de inibir a musculatura do quadrado lombar

(juntando a origem a inserção) é através da pressão no ponto gatilho,

seguida de uma flexão de joelho, elevação do fêmur e abdução do

quadril e segura de 30 a 90 segundos, conforme as imagens que

seguem:

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Ventosas
Podemos utilizar as ventosas, e sua pressão negativa, para liberar

a musculatura da região lombar. Utilizamos uma ou duas puxadas (no

máximo). A utilização das ventosas aumenta a circulação sanguínea

na região e, consequentemente, ajuda na liberação das toxinas.

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A contratura muscular causa a diminuição da circulação

sanguínea no local. Logo, através da pressão negativa das ventosas,

é possível causar a hiperermia (aumento da circulação) na região

trabalhada, melhorando a vascularização e ajudar na remoção das

toxinas.

Nas imagens acima mostramos, como exemplo, a técnica vertical.

Porém, é possível fazer também de forma horizontal. Lembrando que

o uso da ventosa não significa ventosaterapia, a técnica aqui utilizada

é liberação miofascial por pressão negativa, a ventosa é apenas o

instrumento.

Entretanto, podemos também utilizar a ventosaterapia, ou seja,

colocar as ventosas de forma estática, ao invés do deslizamento.

Utilizamos 3 “puxadas” e colocamos na região a ser liberada, por 3 a

5 minutos.

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Como já visto em outros capítulos, podemos utilizar a técnica da

ventosaterapia agregada ao movimento ativo do paciente.

Colocamos as ventosas na região do quadrado lombar e o paciente,

sentado e de braços cruzados, executa a flexão e extensão do tronco

(até 3 séries de 10 vezes).

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O paciente também pode executar a rotação do tronco.

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Gua Sha

Passamos, então, para a utilização do Gua Sha. Este instrumento

pode ser utilizado através da técnica de deslizamento ou de vibração.

Em sentido vertical:

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E também em sentido horizontal:

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Pistola de massagem (vibração)

Por fim, gostamos de concluir com a utilização da pistola de

vibração. Seguindo toda a trajetória do quadrado lombar,

permanecendo por alguns segundos nas zonas mais afetadas.

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Capítulo 13 `456789\\][p0o9876ewz

Quadril
Passamos então a musculatura do quadril, começando pelo

músculo iliopsoas. Este é um músculo que normalmente gera um

elevado nível de dor ao ser liberado. Logo é importante proceder

com muito cuidado.

Primeiramente apalpamos a região para encontrar o músculo. Ele

está localizado a cerca de dois dedos da espinha ilíaca antero

superior. Ao encontrarmos o músculo, fazemos a digitopressão, de

maneira levemente diagonal, em direção ao púbis.

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Outra maneira que podemos utilizar para liberar o iliopsoas, caso

o paciente não aguente a dor, é através da junção da origem com a

inserção. Fazemos isso dobrando passivamente a perna do paciente

(flexão de quadril), conforme imagem abaixo.

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Gua Sha

Podemos fazer a utilização do instrumento Gua Sha. Utilizamos o

instrumento como auxiliar, realizando o mesmo movimento da

digitopressão.

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Iliopsoas

Outro músculo importante é o ilíaco, músculo profundo que

também pode gerar for ao ser liberado. Realizamos a digitopressão

por trás da espinha ilíaca antero superior. A flexão passiva de quadril

também pode ser utilizada para diminuir a dor. Sempre muito

cuidado com a pressão para não machucar o paciente.

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Púbis

Fazemos a liberação do púbis também com a digitopressão,

utilizando dois dedos, conforme a imagem.

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Tensor da Fáscia Lata
Essa musculatura, que também será tratada nos membros inferiores,

também tem uma presença importante no quadril. Podemos fazer a

liberação através da digitopressão, somente, ou com auxílio de uma

leve elevação de perna ou até mesmo com a adução do quadril.

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Ventosas

A ventosa pode ser utilizada de maneira estática no ponto gatilho

do tensor da fáscia lata (3 puxadas).

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Podemos agregar também ao movimento de elevação de perna

(passivo) ou abdução/adução do quadril, porém com menos pressão

(2 puxadas) em 3 séries de 10 repetições.

Imagem: Elevação passiva.

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Imagem: Abdução/adução passiva,

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Gua sha

Podemos fazer uso do já mencionado Gua Sha.

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Pistola de massagem (vibração)

Podemos também utilizar a pistola de vibração para fazer a

liberação do tensor da fáscia lata.

Parte Posterior - Glúteo Médio

Encontramos o músculo e fazemos a digitopressão. Podemos

acrescentar a flexão de joelho com extensão passiva de quadril,

também com a abdução.

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Ventosas

Podemos utilizar as ventosas de maneira fixa no ponto gatilho:

Podemos combinar também com a adução/abdução de quadril,

com menos pressão, em 3 séries de 10 repetições.

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Pistola de massagem (vibração)

Podemos utilizar a pistola de vibração, deixando-á trabalhar em

cima do ponto gatilho.

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Músculo Piriforme

Músculo muito importante, que quando inflama dá uma falsa

ciatalgia. O ponto gatilho deste músculo fica no meio do caminho

entre o trocanter e o sacro. É um músculo profundo, sendo

necessário passar pelo glúteo máximo para alcançá-lo.

Imagens: Liberação do piriforme por digitopressão.

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Podemos adicionar a flexão de joelho mais uma rotação da perna

para unirmos a origem a inserção desse músculo. Dessa forma

inibimos bastante a dor.

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Capítulo 14 `456789\\][p0o9876ewz

COXA (Região anterior)

Passamos agora para os membros inferiores, mais

especificamente a parte anterior, medial e lateral da coxa. Esta região

abrange múltiplos músculos, incluindo; o reto femoral, o vasto

medial, vasto lateral, sartório, adutor e o tensor da fáscia lata.

Como de costume começamos com a digitopresão. Apalpamos

a musculatura do reto femoral e, ao encontrar um porto gatilho,

exercemos pressão de 30 a 90 segundos. Fazemos isso ao longo de

toda a extensão do reto femoral.

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Em seguida vamos ao vasto lateral, vasto medial e sartório

realizando o mesmo procedimento. Estas musculaturas tendem a

causar bastante dor, por isso, é importante atenção para não

machucar o paciente.

Imagem: Liberação do vasto lateral.

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Imagem: Liberação do vasto medial.

Imagem: Liberação do sartório.

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Outra musculatura que apresenta bastante dor na liberação é o

tensor da fáscia lata, por se tratar de uma região com muitas

terminações nervosas.

Não se esqueça que as imagens servem de exemplo, pois, é

necessário percorrer toda a extensão da musculatura a ser liberada.

Seguimos então para a região do adutor.

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Podemos também utilizar o deslizamento.

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Imagem: Liberação por deslizamento do tensor da fáscia lata.

Imagem: Liberação por deslizamento do tensor do vasto medial.

Imagem: Liberação por deslizamento do adutor.

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Ventosas

Podemos fazer o uso da ventosa para liberar essas musculaturas

(3 a 5 minutos. Tanto de maneira estática, quando em conjunto com

a flexão de joelho (ativa ou passiva).

Imagem: Liberação com ventosas de maneira fixa.

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Imagem: Liberação com ventosas em conjunto com flexão de

joelho.

O deslizamento também pode ser feito utilizando a pressão

negativa das ventosas.

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Gua Sha

Podemos utilizar o Gua Sha, com as técnicas anteriormente vistas

de deslizamento ou vibração.

Lembrando que independentemente do instrumento, é

importante trabalhar ao longo de toda extensão da musculatura.

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Pistola de massagem (vibração)

Por fim, podemos utilizar a pistola de massagem para liberar toda

essa região.

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COXA (Região posterior)

É uma região muito importante e frequentemente afetada por

lesões. Os principais músculos desta região são os isquiotibiais.

Começamos apalpando em procura de pontos gatilho ou nós, e

passamos a digitopressão.

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Podemos também juntar a inserção e a origem do músculo,

agregada a digitopressão. Primeiramente encontramos o ponto

gatilho, pressionamos e fazemos a flexão do joelho, conforme

imagem abaixo.

Fazendo desta maneira, acabamos por inibir bastante da dor

sentida pelo paciente.

Por deslizamento:

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Ventosas

As ventosas novamente podem ser usadas tanto de forma estática,

quanto com o auxílio da flexão do joelho (ativa ou passiva).

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Com flexão de joelho:

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Gua Sha

Com a ajuda do Gua Sha, podemos trabalhar toda a extensão da

musculatura dos isquiotibiais:

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Pistola de massagem (vibração)

Por fim, podemos utilizar a boa e velha pistola de massagem.

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Capítulo 15 `456789\\][p0o9876ewz

PÉS E PANTURRILHA

Passamos para o último módulo do nosso curso, no qual

abordaremos a região da panturrilha e do pé.


Trabalharemos toda a região do pé, desde o calcanhar, a planta

do pé e o hálux. Começamos com a digitopressão na região do

calcanhar. Essa liberação é benéfica para quem possui o famoso

esporão calcâneo.

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Podemos somar a junção da origem a inserção, fazendo a flexão

plantar, com a digitopressão. Não realizar a dorsiflexão.

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Vamos então subindo para a região da planta do pé.

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Imagens: Junção da inserção a origem.

Podemos também utilizar o deslizamento, começando no

calcâneo até o hálux.

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Ventosas

Podemos, também, utilizar as ventosas para fazer a liberação

dessa região. Como esta região possui pouco músculo, é preciso

utilizar mais pressão (3 puxadas).

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Podemos também realizar o deslizamento em conjunto com a

pressão negativa das ventosas, porém, essa técnica é bem dolorosa,

portanto, dependerá do limiar de dor do paciente.

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Gua Sha

O Gua Sha pode ser usado nessa região, das maneiras já

abordadas em outras sessões, seja por vibração ou deslizamento.

Muito cuidado com a pessão do instrumento para não machucar o

paciente.

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Pistola de massagem (vibração)

Finalmente, podemos utilizar a pistola de vibração, ao longo de

toda a extensão do pé. Gostamos de usar a pistola em conjunto com

a junção da origem com a inserção.

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Panturrilha (Gastrocnmêmio e Sóleo)
Começamos como de costume, apalpando a região da

musculatura trabalhada, procurando por pontos gatilho. Quando

encontrarmos, aplicamos a digitopressão.

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Podemos, também, utilizar a técnica de pinça. Com o paciente

em decúbito ventral, e o joelho flexionado, fazemos a pinça no ponto

gatilho e pedimos para o paciente realizar a dorsoflexão do pé (3

séries de 10).

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Ainda em posição de decúbito ventral, podemos utilizar o

deslizamento, começando na região musculotendínea até a fossa

poplítea.

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Ventosas

Podemos utilizar as ventosas de maneira estática, nos pontos

gatilho. E podemos combinar com a flexão de joelho e dorsoflexão

do pé em 3 séries de 10. Pode ser necessário fazer uma pressão nas

ventosas para que elas não caiam.

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Ou podemos deslizá-las.

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Gua sha

O Gua Sha também pode ser utilizado, com vibração ou simples

deslizamento.

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Pistola de massagem (vibração)

Finalmente, podemos utilizar a pistola de vibração. Nós

gostamos de realizar essa liberação com a flexão de joelho.

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Tibial anterior
Este é o famoso músculo da canelite. Começamos com a boa e

velha digitopressão, ao longo de toda extensão do músculo.

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Podemos combinar a digitopressão com a dorsoflexão/flexão

plantar ativa.

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Podemos então passar para o deslizamento.

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Ventosas

As ventosas também podem auxiliar a liberação desta região.

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Gua Sha

Lembre-se de utilizar o Gua Sha ao longo de toda a extensão do

músculo.

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Pistola de massagem (vibração)

Finalizamos então com a pistola de massagem.

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Considerações Finais `456789\\][p0o9876ewz

Ficamos felizes que você tenha chegado tão longe, com certeza

o uso da terapia manual através da fáscia em todos os ambientes,

profissionais e não profissionais, está cada vez mais em evidência.

Logo, é necessário que tenhamos pessoas com profundo

conhecimento do método, para aplicá-lo com propriedade.

Agora é a hora de sair para o seu local de trabalho, ou qualquer

outro local, e começar a aplicar as técnicas, ou melhor ainda, testar

em você mesmo. Os resultados certamente virão muito mais rápido

do que você imagina, principalmente quando comprado aos outros

métodos de terapia manual para fáscia.

Espero que este livro possa beneficiar você e todas as pessoas

do seu meio, que você passe os conhecimentos adquiridos adiante

e aplique- os de maneira correta e fundamentada.

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REFERÊNCIAS `456789\\][p0o9876ewz

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Nonspecific Chronic Low Back Pain: A Randomized Clinical Trial.

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Ruiz-Rodrigues C, Díaz-Rodrigues L. Psychophysiological Effects

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Sham-Control Study. J Altern Complement Med 2008;

14(10):1223-1229.

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