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TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
Acórdão
CONSTITUCIONAL
Acórdão
144/2021
Data do documento
19 de março de 2021
Relator
Cons. Joana Fernandes Costa
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02/10/23, 00:06 TC: 144/2021 - Direito em Dia
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ACÓRDÃO Nº 144/2021
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I – RELATÓRIO
1. No âmbito dos presentes autos, vindos do Juízo Central Criminal de Coimbra – Juiz 1, do
Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra, em que é recorrente o MINISTÉRIO PÚBLICO e
recorridos A., B., C., D., E., F. e G., foi interposto recurso, ao abrigo da alínea a) do n.º 1 do artigo 70.º
da Lei do Tribunal Constitucional («LTC»), do acórdão, datado de 27 de novembro de 2019, proferido
por aquele Tribunal, que, entre o mais, recusou a aplicação, com fundamento em inconstitucionalidade,
do artigo 169.º, n.º 1 do Código Penal, e, em consequência, absolveu os ora recorridos da acusação da
prática do crime de lenocínio que lhes foi imputado.
2. O requerimento de interposição do recurso tem o seguinte teor:
«O Ministério Público não se conformando com o teor do acórdão proferido no dia 27.11.2019, no
âmbito dos autos à margem referenciados, vem, nos termos do disposto nos arts.70°, nº 1, al.a), 71°, nº 1 , 72°,
nº 1 al.a) e nº 3, 75°-A, nº 1, todos da Lei nº28/82 de 15 de Novembro, com as alterações introduzidas pela
Lei nº 143/85, de 26 de novembro, pela Lei nº 85/89, de 7 de Setembro, pela Lei nº 88/95, de 1 de Setembro,
e pela Lei n° 13-A/98, de 26 de Fevereiro, (Lei de Organização, Funcionamento e Processo do Tribunal
Constitucional) dela interpor recurso para o Tribunal Constitucional,
Porquanto:
Os arguidos A., B., C., D., E., F. e G., encontravam-se acusados, além do mais, da prática, os dois
primeiros em co-autoria os demais em cumplicidade, de um crime de lenocínio, previsto e punido pelo art.
169.°, n.ºs 1 e 2 als. b) e d) do Código Penal.
Foram dados como provados todos os factos de que aqueles arguidos se encontravam acusados e
integradores do referido crime de Lenocínio, previsto e punido pelo n.º l do art. 169.° do Código Penal.
Na douta decisão recorrida foi, todavia, decidido recusar, com fundamento em inconstitucionalidade
material, a aplicação da norma constante no nº l do art.169° do Código Penal considerada como violadora do
disposto no n.º 2 do art. 18.° da Constituição da República Portuguesa.
Entendeu o tribunal a quo que o referido dispositivo legal não exige uma lesão efetiva do bem jurídico - a
liberdade e autonomia sexual de quem se prostitui - mas tão só a colocação em perigo desse bem jurídico,
constituindo, pois, um crime de perigo, e não se pode presumir, de forma categórica que quem fomente,
favoreça ou facilite a prostituição, ao fazê-lo, pura e simplesmente, põe em risco a liberdade sexual de quem se
prostitui, concluindo por isso a decisão recorrida que a prevenção do perigo abstrato de uma forma desviante
de comportamento ou de condução da vida não pode ser feito à custa do sacrifício da liberdade e da
autonomia sexual e por isso mesmo viola o disposto no art.18° n02 da Constituição da República Portuguesa.
Em consequência, decidiu o Tribunal a quo considerar provados os factos que fariam os referidos arguidas
incorrer no crime de Lenocínio, previsto e punido pelo artigo 169.°, n.01 do Código Penal, absolvendo,
todavia, os mesmos arguidos de tal crime por considerar o mesmo inconstitucional já que violaria o n.º 2 do
art. 18º da Constituição da República Portuguesa.
Fonte: http://www.tribunalconstitucional.pt
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