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Copyright © 2016 Betânia Vicente

Revisão: Sabryne Matos

Arte da Capa: Joice S. Dias

Diagramação: Veveta Miranda

Está é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, lugares e acontecimentos reais é
mera coincidência.

Todos os direitos reservados. São proibidos o armazenamento e/ou a reprodução de qualquer


parte dessa obra, através de quaisquer meios – tangível ou intangível – sem o consentimento
escrito da autora.

A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei nº 9.610/98 e punido pelo artigo 184
do Código Penal.

Criado no Brasil.
O Delegado

Betânia Vicente
Agradecimentos

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por me ter dado a dádiva de escrever.


Minha família que não sabia que eu estava escrevendo e ficaram surpresos quando contei.
As minhas leitoras lindas e maravilhosas que sempre mandam comentários lindos e ao mesmo tempo
muito engraçados. Aos grupos de WhatsApp do qual eu participo, não sei o que eu faria sem
vocês que sempre estão me ajudando em muito, ao meu grupo “Romances da Be”, eu amo vocês
meninas :)
As minhas amigas autoras que amei conhecer todas pessoalmente na Bienal de São Paulo e
outras no Tardes Sensuais (edição Rio de Janeiro). As bloqueiras e as resenhistas dos Facebook,
WhatsApp, Telegram também agradeço de coração. Aos grupos do Facebook do qual eu participo
e que amo.
Um carinho e agradecimento as minhas amigas autora Veveta Miranda que fez a
diagramação do delegado tanto pro fisico quanto pra Amazon :) você sabe que amei tudo mesmo,
ficou perfeito e para a autora Dammy Costa que fez a capa da Samantha, que ficou maravilhosa,
linda demais estou apaixonada, também a autora Joyce S Dias que fez a capa do Delegado achei
linda também.
A mais nova autora Ana que sempre está me ajudando com os livros e fez book trailer do
delegado, no laço do cowboy. Outra amiga também a Joy, chamo ela de Jô mesmo, a conheci no
grupo da diva Jo Magrini, ela foi a primeira pessoa que viu a sinopse do delegado.
A Cris lindaa, entramos em parceria para fazer brindes e marcadores com pingentes.
Esse livro dedico a todos que amaram e se deliciaram com o nosso delegado delicia, ao
blog Livros do Coração que tenho um enorme carinho sempre estão falando de mim, rs. Beijos no
coração de vocês <3.

Betânia Vicente
Capítulo 1
Eu nunca me imaginei exercendo outra profissão que não fosse essa que me encontrava
executando neste momento. Ser um delegado não era fácil, ainda mais no país em que vivemos. A
corrupção neste setor era grande, não que eu fosse um santo porque eu, com certeza não era, mas
entrar nessa onda era algo que eu nunca iria fazer. Para mim seria como se quebrar um voto que
eu fiz quando me formei policial. Fora que eu não jogaria fora os anos de treinamento, depois
estudando cada vez mais para por fim passar no concurso. Foi uma luta muito difícil, batalhei para
conseguir chegar aonde me encontro hoje.
Eu estava na delegacia, sentado, ouvindo o que o bandido estava dizendo e sempre era
mesma coisa: “eu sou inocente.”, “não mereço estar aqui”.
Bom, dei graças a Deus que consegui liberar ele direto para cela quando eu comecei a
ouvir uma discussão bem alta. Como eu sou curioso, levantei para ver o que estava acontecendo e
quando eu saí da minha sala, eu dei de cara com uma bela mulher, que estava indo em direção à
sala do meu amigo investigador, Davi.
Ela parecia ser diferente de todas as mulheres que eu conheci. Linda, não, mais do que isso,
maravilhosa. Observar seu andar com aqueles sapatos de salto agulha me deixou com um tesão
louco, nunca passei por esse tipo de situação, a única coisa que vinha na minha cabeça eram
imagens de nós dois na cama e eu mandando ver nela.
Deveria ficar envergonhado com os pensamentos que eu estava tendo com ela, mas não,
me deixou com mais vontade de catar aquela mulher e levar até a minha sala, encostar ela sobre
e minha mesa e descobrir o paraíso nos seus braços.
Em vez de voltar para minha sala, fui direto para a sala do Davi e ouvi a mulher linda
dizendo:
— Puta que pariu, Davi, para de querer me controlar.
— Não vem não, Antonella, você sabe muito bem que eu tenho que cuidar de você. –
respondeu Davi que estava a ponto de gritar, pela expressão em seu rosto.
— Davi, eu sou de maior e vacinada, e não quero ninguém no meu pé querendo me
controlar. – ela respondeu, alterada.
Eita, essa mulher era bem nervosa, e eu adorei isso nela. Ela parecia ser espontânea,
estava gritando a quatro ventos com meu amigo sem perceber que estava dentro de uma
delegacia.
Fiquei ali ouvindo tudo e observando como aquela tigresa batia de frente com o Davi, pela
expressão dele, ele estava a ponto de voar no pescoço da mulher e isso eu não poderia permitir.
Davi não faria nenhum mal algum a ela.
— Antonella, não vem que eu não vou deixar você ir naquele lugar! – respondeu Davi.
Que lugar era aquele que a tigresa estava querendo ir, outra coisa, será que ele estava
namorando e não me falou nada?
— Davi, vou falar pela última vez, eu sou maior de idade. – ela respondeu irritada.
E eu reparei que ela era ainda mais linda de perto que de longe. Vi alguns homens
olhando para ela com ar de riso. Reparei que eles deveriam conhecê-la, ou então estavam mesmo
com pena do Davi. O que quer que ele tenha aprontado, estava ouvindo poucas e boas. Outra
coisa que eu fiquei reparando foi que ela era uma bela mulher e ninguém estava olhando para
ela como eu estava olhando.
Se bem que era bom mesmo não olharem, porque ela era minha. Esse sentimento de posse
deveria estar me deixando com medo ou no mínimo preocupado, mas não foi isso que senti. Eu me
senti com vontade de ir até ela, pegá-la nos meus braços e atacar aquela boca atrevida.
— Antonella, o que você foi fazer naquele lugar? – Davi perguntou, e eu fiquei ali, curioso,
querendo saber em que lugar ela estava.
— Eu estava me divertindo, como qualquer mulher normal estaria fazendo, caso certo ogro
filho da puta, não, eu não posso xingar a nossa mãe. – ela falou irritada.
Então quer dizer que eles dois eram irmãos, por que eu não notei antes? Eles eram até
parecidos, se bem que a minha tigresa era maravilhosa. Era melhor eu acabar com a discussão
antes que as coisas ficassem piores.
— Atrapalho? – eu perguntei, vendo o Davi se levantar todo nervoso e a minha tigresa
virou o rosto para olhar quem estava interrompendo seu papo.
— Me desculpa, Diogo. – respondeu meu amigo.
— Não tem problema, está tudo ok por aqui? – eu perguntei curioso, falando para o Davi
sem olhar para ele, porque meu olhar estava todo naquela maravilha de Deus.
— Me desculpe por estar gritando aqui na delegacia, senhor. – ela me disse e só o som
dessa voz me deixou com mais vontade de pegá-la e fazer com ela todos os pensamentos que eu
estava tendo, mas é claro que eu não podia nem estar pensando essas coisas, quanto mais realizar.
— Prazer, Diogo Venturini Nogueira. – eu me apresentei para minha tigresa. Reparei que
ela ficou corada.
— Prazer, Antonella Hauffenn. Sou irmã do idiota ali do lado. – ela me respondeu
brincando e ouvi um gemido de desgosto.
— Antonella, o Diogo é o delegado. – falou Davi, olhando para nós dois.
— Me desculpa, doutor. Posso te chamar assim, ou de outra forma? – ela me perguntou
olhando para mim.
A minha vontade foi de responder assim: pode me chamar de cachorrão, safadão, do que
quiser, gostosa.
— Doutor Diogo. – ela me chamou, tirando-me dos meus pensamentos impuros.
— Me desculpe, pode me chamar de Diogo mesmo. – eu respondi.
— Pode me chamar de Antonella. Bom, me desculpa eu ter que sair, mas eu tenho que
voltar para o local onde estava.
— Me desculpa, que lugar seria esse? – eu perguntei curioso, e ela abriu um belo sorriso e
me disse:
— Ah, eu estava num clube de strip-tease. – ela respondeu me dando uma piscada de olho
e me deixando perplexo com a ousadia dela.
Eu não sabia se dava risada pela forma como ela disse isso ou se eu dava umas palmadas
nela por estar frequentando lugares desse tipo.
Ela foi embora rebolando, e eu fiquei duro só de ver esse balanço, não era vulgar, era
sensual.
— Essa minha irmã me deixa doido. – confessou Davi para mim, e eu, olhando para ele
respondi sorrindo:
— A mim também.
— Diogo, pode esquecer minha irmã, ela não faz o seu tipo. – comentou Davi.
— Ah, Davi, ela faz meu tipo, e você não faz ideia de como ela faz. – eu respondi
olhando para ele e sentindo o perfume dela ainda no ar, esse cheiro era maravilhoso.
Imagine então no corpo dessa mulher. Logo, logo eu vou sentir, ou eu não me chamo Diogo
Venturini Nogueira, mais conhecido como o delegado. Essa mulher seria minha, ela podia ainda não
saber, mas ela foi feita só para mim, sob medida.
Capítulo 2
Antonella

Sabe aquele momento em que você se olha no espelho e diz assim: hoje você
está arrasando, pois é, esse era o meu dia. Nesse exato momento, eu estava me
maquiando para ir num clube strip-tease. Eu nunca tinha ido, mas a minha melhor
amiga, Raquel, estava louca para ir.
Dizem que a casa de show vive cheia, até imagino, um monte de mulheres
loucas para dar para os caras. Aí vocês devem me perguntar: o que você vai fazer
lá? Simples, eu quero curtir a minha vida. Eu trabalho como escritora de romances. Eu
escrevo livros bem picantes, sabe? Daqueles de deixar qualquer um doido.
E foi o que aconteceu quando o meu irmão descobriu que eu estava
escrevendo, era para ser segredo, mas não teve como. Até hoje eu não sei como ele
descobriu. Mas pensando bem agora, eu desconfio que a Raquel tenha contado para
o meu irmão? Na verdade eu não sei e nem quero saber, porque se eu descobrir que
a Raquel contou para o meu irmão, eu não sei do que eu sou capaz de fazer. Mas
levando outra hipótese, se ela contou, ela deve ter sido coagida. Se bem que eu
conheço aqueles dois, acho que tem atração no ar aí. Bom, eles que são grandes que
se entendam.
Eu me olhava no espelho e estava muito feliz com o que via, estava usando um
vestido preto com decote em V, bem justo no corpo. Quando eu o vi na vitrine de um
shopping, me apaixonei, literalmente. Era lindo.
Voltando ao meu assunto favorito, eu era uma pessoa, como se diz, com um
corpo avantajado. Eu sempre tive um pouco de complexo, afinal eu era uma criança
magrinha, mas depois, na adolescência, comecei a engodar e acabei virando motivo
de risada de todos. Aquilo sim era humilhação.
O toque do meu telefone me tirou dos meus devaneios e quando fui ver, era a
foto da minha amiga que estava aparecendo no visor.
— Oi, Raquel.
— Oi Nella, está pronta?
— Claro que sim, hoje vamos nos acabar. – comaçamos a rir.
— Com certeza, Nella. Vamos ver aqueles homens todos sem camisas, puta
merda, aquilo vai ser muito bom.
— Eu também acho. – eu dei risada.
Raquel era o oposto de mim, ela era linda, magra, morena de olhos verdes. E
eu, bom, como vocês já sabem, era uma mulher bem grande. Ela sempre chamou
atenção por sua beleza, sempre ficando com os caras mais gatos. E com certeza
ainda vou querer saber se algum dia ela ficou com o toupeira do Davi.
— Nella, estou virando na sua rua, desce já pra gente curtir.
— Pode deixar. – eu falei e desliguei o celular.
Verifiquei mais uma vez se estava tudo certo com a minha roupa e, ao ver que
estava tudo ok, corri para pegar a minha bolsa, onde eu coloquei os documentos que
achei que iam ser necessários caso acontecesse algo de errado lá dentro do local de
diversão.
Eu devia estar doida em ficar imaginando essas coisas, mas como meu
trabalho era basicamente imaginar, isso já era normal. Minha imaginação sempre
correu solta.
Saí do meu apartamento, fechei a porta e fui direto para o elevador.
Eu adorava a minha casa, morar sozinha tinha a suas vantagens, porque eu
podia fazer o que eu quisesse, quer dizer, mais ou menos, se a besta humana do meu
irmão não aparecesse. Ainda não caiu a ficha dele que eu já era bem crescida e
morava sozinha.
Vim morar em São Paulo quando fiz vinte anos, e o meu irmão queria porque
queria que eu morasse com ele. É ruim hein. Ele já me torrava a paciência morando
em casas separadas, imagina morando debaixo do mesmo teto.
Desci do elevador e fui ao encontro de Raquel, que estava belíssima.
— Uau, olha só a autora Antonella, como está linda. – ela me falou fazendo
gracejo.
— Olha como está a minha revisora, alguém vai enfartar ao ver como você
está vestida. – eu respondi, e vi os olhos dela brilharem ao perceber de quem eu
estava me referindo.
— Sim, mas ele não me quer não. Ele gosta daquela loira aguada dele. – ela
me falou em tom triste.
— Bom, não fica assim não Raquel, ele não te merece. – eu respondi.
— É verdade. Vamos esquecer, afinal vamos lá para fazer laboratório de
pesquisa. – ela me respondeu piscando o olho, me deixando com vontade de rir da
cara dela mais ainda.
Essa Raquel era doida e isso era o que eu mais amava nela, essas loucuras.
Assim que nos conhecemos, não nos demos muito bem, mas com o passar do tempo,
fomos nos conhecendo melhor e logo sentimos aquela ligação, parecia que nos
conhecíamos há um bom tempo, e foi muito bom mesmo. Estamos nessa amizade de
irmã até hoje.
Entrei no carro da Raquel que era bem confortável, um Fox na cor vermelha.
Sei que tem gente que acha ele muito visado, mas fazer o quê? Ele era lindo.
O meu carro estava em manutenção. E não fazia muita diferença, porque eu
não o usava muito, só quando precisavam de mim lá na editora. Ah, não falei ainda,
eu estou querendo ter a minha própria editora e se Deus quiser ainda vou realizar
esse sonho meu.
Fomos conversando, brincando e rindo. Quando chegamos no local, era top.
Sabe aqueles de deixar o queixo caído. O local se chamava Sedution. Não preciso
nem dizer como esse nome era justo para o local né. Bom, Raquel estacionou, saímos
do carro e veio até mesmo manobrista, aqui era puro luxo, estava ansiosa para ver se
lá dentro era como aqui fora.
Para tudo meninas, o que era aquilo? Eu quase engasguei com a performance
dos caras rebolando.
— Puta que pariu Raquel, estamos no paraíso. – eu comentei com ela.
— Sim, Nella, bota paraíso nisso. – ela me respondeu dando risada.
— Obrigada por ter me trazido pra cá. – eu respondi.
No começo eu não queria vir, mas agora, eu estava adorando. Seguimos para
nossa mesa, que ficava bem perto do palco, e de lá eu conseguia ver os dançarinos. E
tinha cada um, que meu Deus. Papai do céu foi mais que generoso com alguns deles.
— Nella, que delícia aqui, não? – Raquel me perguntou bem assanhada,
olhando para os caras. Ela estava certa mesmo, tinha mais é que se divertir.
— Sim, e como. – eu mal acabei de responder e veio aquele garçom bem
sexy, sem camisa, mostrando todo peitoral. Oh, meu pai.
— Aceitam algo meninas? – nos perguntou o tal garçom sexy.
— Sim, aceitamos. – eu respondi e passei os nossos pedidos, e, enquanto
aguardávamos, ficamos lá assistindo, de camarote praticamente, eles dançando ao
som de Shania Twain com a música Man! I Feel Like A Woman.
Que da hora ver aqueles caras dançando essas músicas. Adorava ouvir
Shania Twain.
Nossas bebidas chegaram e aí sim começamos a nos divertir, quando demos
por nós, estávamos dançando junto com os dançarinos. Eu mesma não sabia como
tínhamos chegado lá, só sabia que eu estava dançando com um gostosão. Estava tão
distraída e estava quase pegando fogo por aquele homem que estava me segurando
com bastante força, estava a ponto de implorar para ser beijada. E isso eu sabia que
não podia, era uma das regras da casa, mas estava doida para quebrá-las.
Reparei que Raquel ficou pálida e de repente eu parei de dançar. Foi
quando eu vi o meu irmão entrando. Eu quase briguei com a Raquel, quase mesmo, se
não percebesse pela palidez no rosto dela que ela não tinha comentado nada.
Pedi licença ao cara gostosão com quem eu estava dançando, desci do palco
e dei de cara com o cara de pau do meu irmão.
— O que você está fazendo aqui Davi? – eu perguntei com toda calma que
parecia não estar em mim.
— Eu fiquei sabendo que vocês estavam aqui. – ele me falou assim do nada.
— Davi, já falei, deixa a gente em paz. – eu pedi, como se aquilo fosse
adiantar.
— Não Antonella, vocês vão embora daqui. – ele falou todo calmo.
— Mas eu não vou. – eu respondi num tom bem alto.
— Antonella, não me faça te pegar no colo e te jogar sobre os ombros. – ele
me ameaçou. Coitado, ele mesmo não sabia com quem ele estava lidando.
— Quero ver você conseguir me pegar, seu idiota. Pode tirar daqui a sua
tropa que você fez questão de trazer para cá. – eu falei olhando para os lados.
— Eu não vou tirar coisíssima nenhuma. – ele me falou.
— Como é que é? – eu respondi alterada.
— Eu vim aqui por causa do dono Antonella, aí para minha surpresa, encontro
você e Raquel dançando como se fossem duas cadelas no cio. – ele me falou,
chamando de cadela a mim e a minha amiga, e isso não ficaria assim não.
Fui até mais perto dele, o peguei pelo braço e dei um aperto bem forte
fazendo ele quase gemer de dor. Eu sei os pontos fracos dele, sou agradecida por
ele ter me ensinado a lutar, mesmo eu sendo fortinha.
— Caramba, Nella, desculpa. – ele me falou.
— Nunca mais repita isso, porque eu não sei do que eu sou capaz de fazer
com você. – eu respondi em tom mordaz.
— Eu já pedi desculpas Antonella. Outra coisa, já falei pra você que não
quero que entre nesses locais. – peraí, ele deve ser doido.
— Não começa Davi, vai embora, vai. – eu pedi.
— Eu vou, e vocês vão comigo, pode vir pra cá dona Raquel. – ele falou
olhando para mim e chamando a Raquel.
— A gente não vai. – eu respondi.
— Ok, então eu vou fechar o estabelecimento. – ele me falou e depois foi
embora deixando nós duas pasmas.
— Nella, seu irmão é um idiota. – ela me falou e eu concordei com ela.
Capítulo 3
— Não acredito que ele esteve aqui. – eu respondi em tom de lamento.
— Nella, você está vendo que todos estão olhando pra nós como se a culpa fosse nossa. –
Raquel me falou e eu concordei.
— Uma coisa eu digo, eu vou matar o Davi dentro da delegacia, e vai ser agora, quem é
ele pra querer tratar a gente assim, como se fôssemos crianças. – eu reclamei.
— Nella, vamos embora. – Raquel me pediu.
— Raquel, você acha mesmo que ele estava falando sério? – eu perguntei pra ela. Foi
então que tive uma ideia, ele não seria capaz de fazer o que eu estava pensando né? Perguntei
para mim mesma. — Raquel, vamos até o banheiro. – eu comentei com ela vendo que todos
estavam distraídos com o novo show.
— O que vamos fazer lá, Nella? – ela me perguntou. — Ok, sem comentários bestas. –
Raquel completou ao observar a expressão no meu rosto.
Fomos direto para o banheiro, fechei a porta de lá e olhei para ver se tinha alguma
mulher, fui até a pia do banheiro e tirei da bolsa tudo que tinha dentro dela e toquei em tudo como
se fosse algo diferente.
— Achei. – eu gritei.
— O que é isso, Nella? – Raquel perguntou curiosa.
— O filho da mãe do meu irmão colocou um rastreador na minha bolsa. Agora sim eu vou
fazer picadinho dele.
— Nella, ele está doido agora? – perguntou Raquel.
— Se ele não está, ele vai ficar, porque eu vou infernizar a vida dele, e vai ser agora,
você vem comigo?
— Claro que sim, como você vai pra delegacia?
— Ah, verdade. Vamos. Eu vou caçar agora, senhor Davi. – eu respondi e saímos com um
último olhar lá para o palco e fomos embora.
Raquel entregou a chave para o manobrista, e, enquanto ficamos aguardando o carro
chegar, peguei um espelhinho, me arrumei toda, retoquei a maquiagem e de lá seguimos direto
para a delegacia.
— Vai entrar? – eu perguntei já sabendo a resposta.
— Melhor não. – ela me respondeu, eu já imaginava.
— Já venho. – eu falei e saí do carro.
Fui em direção ao prédio e passei por todos que estavam ali. Eu já os conhecia e eles
sabiam que quando eu estava ali, se tratava do Davi, por isso me cumprimentaram rindo e
dizendo:
— Antonella, querida, o que veio fazer aqui nessa madrugada. – perguntou um dos
rapazes. Leandro, um amigo em comum.
— Esganar o Davi, por acaso ele está aqui? – eu perguntei num tom doce.
— Sim, está na sala dele, quer que eu veja se ele pode te atender? – Leandro respondeu.
— Não mesmo, se você avisar eu esgano os dois, e você sabe disso, não? – eu
praticamente gritei com ele.
— Calma, Antonella. – respondeu num tom de risada.
Saí de lá bufando e comecei a gritar chamando o Davi de filho da puta para baixo. Pedi
até perdão para Deus nessa hora, por estar xingando a nossa mãe, que era uma santa por nos
aguentar. Mas Davi ia pagar caro, ah, se ia.
Cheguei na sala dele gritando, abri a porta com tudo e reparei que ele tomou um belo de
um susto, fazendo ele se sentar rápido.
— Antonella, o que você está fazendo aqui? – ele me perguntou. Sério mesmo que ele está
me perguntando isso?
— Davi, eu quero saber que porcaria é está que você colocou na minha bolsa? – eu
perguntei já começando a me estressar.
— Do que você está falando, Antonella?
— Não se faça de besta comigo não, Davi. – eu respondi alterada.
— Mas não estou me fazendo, e outra coisa, minha irmã, você está dentro de uma
delegacia. – ele me falou, agora com a voz alterada.
— Davi, para de colocar rastreador em mim, senão eu vou me casar, vou fugir, sei lá. Me
deixa em paz.
— Antonella, é para sua segurança. – ele me respondeu calmo.
— Segurança minha? Pelo amor de Deus Davi, isso está demais.
— Antonella, você não sabe como são os homens lá fora.
— Davi, meu filho, você acha que eu não sei o que é homem não?
— Não quero ouvir.
— Puta que pariu, Davi, para de querer me controlar. – eu falei para ele, vendo que ele
estava todo calmo.
— Não vem não, Antonella, você sabe muito bem que eu tenho que cuidar de você.
— Davi, eu sou de maior e vacinada, e não quero ninguém no meu pé querendo me
controlar. – agora sim estava a ponto de explodir.
— Antonella, não vem que eu não vou deixar você ir naquele lugar!
— Davi, vou falar pela última vez, eu sou maior de idade. – eu disse a última vez antes
que eu voasse no pescoço dele.
— Antonella, o que você foi fazer naquele lugar? – Davi me perguntou.
— Eu estava me divertindo, como qualquer mulher normal estaria fazendo, caso certo ogro
filho da puta, não, eu não posso xingar a nossa mãe. –respondi.
— Atrapalho? – ouvi uma voz rouca. Puta que pariu, essa voz me deixou toda excitada.
— Me desculpa, Diogo. – respondeu Davi, meio sem graça.
E eu estava curiosa querendo saber de quem era aquela voz maravilhosa. Me virei e
pensei: vou falar palavrão de novo, puta que pariu, esse homem era um tesão mesmo.
— Não tem problema, está tudo ok aqui? – perguntou o dono da voz sexy.
— Me desculpe por estar gritando aqui na delegacia, senhor. – eu me desculpei já
excitada só de ouvir a voz dele.
— Prazer, Diogo Venturini Nogueira. – ele se apresentou, estendendo a mão para me
cumprimentar.
— Prazer, Antonella Hauffenn, sou irmã do idiota ali do lado. – eu respondi brincando
para disfarçar a excitação e ouvi o gemido de Davi.
— Antonella, o Diogo é o delegado. – respondeu Davi, olhando para nós dois.
— Me desculpa doutor, posso te chamar assim, ou de outra forma? – eu perguntei. Nossa,
que delegado é esse meu pai? Pela roupa que ele estava usando, ele era bem musculoso e sexy
pra caralho. Observei que o delegado gostosão estava distraído e o chamei de novo. — Doutor
Diogo. – hum, me ocorreu um pensamento pecaminoso, nós dois na cama, ulalá, esse homem deve
ser bom de cama.
— Me desculpa, pode me chamar de Diogo mesmo. – ele me respondeu.
— Pode me chamar de Antonella. Bom, me desculpa ter que sair, mas eu tenho que voltar
para o local que eu estava. – eu fiz de propósito para provocar meu irmão, mesmo não voltando
para a casa de strip-tease, isso deixaria o Davi com a pulga atrás da orelha.
— Me desculpa, que lugar seria esse? – ele me perguntou curioso, e, como eu gosto de
provocar o Davi, abri um sorriso sexy e respondi olhando para aquele belo espécime.
— Ah, eu estava num clube de strip-tease. – eu simplesmente respondi isso e fui embora,
deixando os dois, é claro, surpresos. Voltei para o carro.
— Como foi? – Raquel me perguntou. Estava com as ideias meio derretidas por causa
daquele homem.
— Davi é besta. Vamos ver se agora ele me deixa em paz. – eu respondi e contei para
ela do tal delegado.
— Nella, você gostou dele?
— Raquel, que mulher não iria gostar desse homem!
— Hum, Nella está amando. – Raquel fez um gesto com os dedos desenhando um coração.
— Besta. – eu respondi dando risada.
— Minha casa ou a sua. – Raquel me perguntou.
— Sua casa Raquel, vamos pedir pizza?
— Vamos, e a sua dieta?
— Nesse momento, esquecida. – eu respondi dando risada.
Eu quero emagrecer por causa de saúde e não de estética, se bem que eu estava muito
bem do jeito que estava. Me amo assim desse jeito.
— Então para minha casa, e me conta mais, como é esse tal delegado?
— Simplesmente a coisa mais gostosa que já vi. – eu respondi ainda me lembrando do meu
delegado.
Capítulo 4
Acordar de pau duro não dava certo. Principalmente quando uma certa tigresa gostosa
não estava por perto para que eu pudesse me saciar. Eu não conseguia parar de pensar nela,
entrando daquele jeito como estava, com aquele vestido preto de rendas deixando ela mais
gostosa do que já era. O que ela estaria usando debaixo daquele vestido, espero que uma
calcinha. Eu iria ficar puto se descobrisse que a minha gostosa tigresa estava andando com aquele
vestido, sexy do caralho, e ainda por cima sem calcinha.
Será que ela ficou com aqueles stripers da porra? Espero que não, eu não iria aguentar.
Peraí, que pensamentos eram esses que eu estava tendo por ela? Sendo que a gente nem se
conhecia direito. Eu estava louco de ciúme e tudo bem, não tinha vergonha ou medo de admitir, eu
não queria mais ela perto de homem algum, e agora estava decidido, eu ia ficar com a minha
tigresa.
Levantei da minha cama e fui direto para o chuveiro. Mais uma noite sem dormir, esse
plantão noturno sempre acabava comigo. Eu não sabia por que aqueles filhos da puta aprontavam
tanto na madrugada, em vez de ficar em casa com a família. Não entendia por que eles faziam o
que faziam, bebiam como se fosse o último dia de suas vidas, pegavam o carro para sair e curtir a
vida e batiam os carros, atropelavam etc.
Essa noite foi triste para mim, eu não conseguia parar de pensar em que mundo vivemos.
As pessoas em vez de beber e ficar em casa ou mesmo pedir um táxi, o que faziam? Iam buscar
aventura, e as aventuras nunca terminavam bem, sempre com uma tragédia.
Eu terminei de tomar meu banho e fui atrás de uma roupa para usar. Eu sou o típico homem
que detesta usar social. Peguei uma camiseta preta e uma calça jeans, me troquei logo porque eu
teria que pegar esse plantão e o que eu mais queria era ficar em casa. Dei um último olhar na
minha cama e saí. Antes de pegar meu revólver, fechei a casa e fui direto para o meu carro.
Ainda tinha um pouco de trânsito, outra coisa que eu odiava era pegar engarrafamento. Eu
estava chato pra cacete, mas poxa, eu só queria dormir um pouco mais, custa muito pedir isso.
Eu não podia reclamar muito porque o salário até que era bom, eu não era rico, mas eu
tinha uma boa situação financeira, que me ajudava muito. E ainda morando sozinho, quase não
gastava nada.
Cheguei na delegacia e fui direto para a máquina de café. Ah, eu não contei uma coisa,
eu sou muito viciado em café, e olha que eu nem fumava, mas sei lá, acho que de tanto que eu
estava trabalhando à noite, era normal eu ter que me viciar em uma coisa.
Fui direto para a minha sala, só que antes eu lembrei que tinha que falar com Davi. A
gente sempre se deu bem, graças a Deus. Uma das características principais de Davi era a
lealdade, e isso era uma das qualidades que eu mais admirava nele.
Quando estava para abrir a porta, ela se abriu rápido, nem dando tempo de me
recuperar, só senti uma coisa quente caindo sobre mim e minha tigresa, que eu logo amparei em
meus braços evitando que ela caísse.
— Oh, me desculpa, Diogo, eu não vi que você estava abrindo a porta. – ela falou
corando, e eu fiquei todo feliz.
Fazia dias que a tinha visto pela primeira vez e depois eu não a vi mais. Tentei perguntar
para o Davi, mas ele era esquivo sobre Antonella.
— Não tem problema. E você, está bem? – eu perguntei, segurando-a bem perto de mim.
— Eu estou bem, vim conversar com o Davi, mas vi que ele está ocupado, então estava
indo embora. – ela me falou e, claro, que eu querendo mais contato com ela, tive uma ideia.
— Enquanto o Davi está ocupado, você não quer ir à minha sala? – eu sugeri rápido e com
medo de ouvir um não.
— Claro, mas antes é melhor você me soltar. – ela me pediu.
— Me desculpa, você está machucada? – eu perguntei não querendo soltá-la.
— Fica tranquilo, claro que não, e outra coisa, não me parece que você machucaria uma
mulher. – ela falou, e eu fiquei feliz que ela pensasse desse jeito.
— Que bom que eu não pareço com um assassino. – eu brinquei com ela.
— Não, você não. – ela me falou e fiquei curioso, como ela sabia identificar os assassinos?
— Vamos lá, eu vou aproveitar e trocar a camisa. – eu pedi e reparei que ela ficou mais
corada.
Entramos na minha sala, e eu mostrei a cadeira para ela se sentar.
— Pode ficar à vontade, Antonella, aqui tem mais café.
— Obrigada, e me desculpa por ter derrubado café na sua camisa.
— Não se preocupe, só vou mesmo me trocar. – eu respondi e fui até o armário pegar uma
camisa, aproveitei que ela estava de costas para mim e troquei rápido a minha camisa colocando
a outra e ouvi um suspiro. — Me desculpa, Antonella, não queria te constranger.
— A mim? Claro que não, mas posso dizer que você tem um belo corpo por sinal. – ela
falou ainda sem graça e não parando de encarar meu peito.
— Obrigado, eu tento malhar, mas é difícil. – eu respondi.
— Acho que você não precisa.
— Obrigado de novo, mas preciso, eu estou ficando velho.
— Velho aonde, Diogo? A sua mulher que deveria ficar de olho em você. – ela brincou, e
agora quem ficou corado fui eu, nunca fui elogiado pelo meu físico.
— Se eu tivesse uma esposa, ela não precisaria ficar com ciúmes. – eu respondi e reparei
pela expressão da minha tigresa que ela ficou feliz em saber que eu era solteiro.
— Me desculpa, eu não queria me intrometer. – ela respondeu sem graça.
— Imagina, minha vida é um livro aberto. – eu falei, vendo ela se sentar.
Hoje ela estava com uma calça jeans e uma bata, que a deixava ainda mais linda.
— Sério? É bom saber. – ela me falou rindo e agora sim eu fiquei curioso.
— Fica à vontade. – eu provoquei e vi seus os olhos brilharem.
— Diogo, melhor não, vai que a sua namorada aparece por aqui.
— Que eu saiba não tenho nenhuma namorada, então fica tranquila, pode perguntar o
que quiser?
— Acho que não. – percebi que ela se esquivou da minha provocação.
— Então pode deixar que é a minha vez de fazer perguntas, Antonella. –percebi que ela
ficou surpresa com o que eu disse.
— Pode perguntar, eu sou um livro aberto. – Antonella me respondeu.
— Ok, minha pergunta é esta: você está sendo fodida por alguém? – eu perguntei de
supetão, pegando-a de surpresa com a minha pergunta.
— Nossa, você é bem direto nas perguntas hein! – ela me respondeu ficando sem graça.
— Me conta Antonella, alguém está te fodendo? – eu perguntei mais uma vez, me
levantando e indo em direção a ela, reparei que sua respiração acelerou enquanto eu me
aproximava.
— Por que você quer saber? – Antonella me perguntou, ao mesmo tempo curiosa e
apreensiva.
— Porque, Antonella, você vai ser minha. – eu respondi de surpresa, ela pareceu furiosa.
Se levantou e veio em minha direção.
— Quem você acha que é? – ela me perguntou, irritada.
— Sou o homem que vai te foder com muito carinho e muito tesão.
— Você é louco?
— Sou, sou louco por você, mulher. – eu confessei, ela deu um passo para trás e a puxei
para os meus braços a agarrando. — Você me pertence tigresa.
— Eu não pertenço a ninguém, nem a você! – Antonella exclamou. — Me solta, Diogo.
— Eu não quero. – falei aproximando o meu rosto de seu.
— Me solta, Diogo. – ela sussurrou para mim.
— Fala olhando pra mim, olha nos meus olhos e diga se você está sendo comida por
alguém. – eu perguntei.
— Eu não vou te responder Diogo.
— Então eu não vou te soltar.
— Me solta, Diogo. – ela me pediu mais uma vez.
— Não, Antonella, até você me responder! – puxei ela para os meus braços e a abracei
com mais força fazendo-a ofegar.
— Ok, ok. Eu estou solteira. – Antonella me respondeu, finamente.
Sem que ela esperasse, ataquei a sua boca com fúria e desejo. No começo, ela tentou me
empurrar, mas aos poucos ela foi se entregando e quando percebemos, estávamos nos beijando
como se estivéssemos com fome um do outro.
Capítulo 5
Estávamos tão entregues a esse beijo, que se o mundo pudesse acabar agora, eu não
perceberia, porque a melhor coisa do mundo era ter a minha tigresa nos meus braços. O cheiro
dela era maravilhoso, um cheiro suave de lavanda.
Suas mãos levantaram a minha camisa, fazendo desnudar meu peito e, enquanto ainda nos
beijávamos com paixão, minha tigresa passou as unhas dela no meu peito subindo pelos meus
ombros, e então fincou as unhas nas minhas costas com um prazer fora do normal, fazendo eu me
afastar da sua boca para gemer de tesão. Essa mulher sabia dar prazer a um homem, e eu estava
mais que contente por ser esse felizardo.
Minhas mãos foram até a sua bata e fui abrindo botão por botão, o desejo crescendo tão
intenso que minha vontade era de fodê-la com tanta força que ela sentiria dor na hora que
sentasse na cadeira. Toquei a sua pele, acariciando devagar, era macia, gostosa de tocar. Fui até o
fecho do sutiã e quando estava a ponto de soltar, bateram na minha porta fazendo a gente se
afastar com rapidez. Eu verifiquei se alguém tinha entrado ali e nos visto, e esperava que não. Fui
até a porta e reparei que ela estava trancada, eu nem me lembrava de ter trancado.
— Diogo, o que a gente fez? – ela me perguntou assustada.
— Fizemos o que queríamos fazer desde o momento em que nos vimos pela primeira vez.
— Não acho certo, e se alguém entrasse aqui e nos pegasse. – ela me falou chateada e
frustrada se arrumando, com certeza ela também queria que tivéssemos concluído o que
começamos.
— Tigresa, você agora é minha.
— Sua? Eu não sou de ninguém e já te disse isso.
— Você é minha, Antonella, só minha. – eu falei em um tom sério a fazendo ir para trás
novamente.
— Não sou não. – respondeu fazendo birra.
— Vamos, para com isso, você sabia que eu queria você.
— Não mesmo.
— Bom, Antonella, nem adianta ficar com essa cara, de agora em diante você me
pertence.
— Como é que é? – ela quase gritou.
— Isso mesmo que você ouviu. – eu respondi e cheguei perto dela não dando tempo para
ela fugir de mim, agarrei os seus cabelos com um pouco de força, mas é claro, sem machucá-la, eu
cortaria a minha própria mão se a machucasse fisicamente. — Me diga o que você sentiu?
— Me solta, Diogo, está me machucando. – ela gemeu, mas em vez de dor era de prazer.
— Você sabe que eu não estou te machucando, tigresa. Agora me responde, o que você
sentiu? – eu pedi mais uma vez.
— Eu não senti nada. – filha da mãe, teve coragem de dizer que não sentiu nada.
— Não mesmo tigresa? E se eu, agora mesmo, te empurrasse contra essa porta e
arrancasse esse sutiã seu? Pegaria esses seios deliciosos e mamaria neles até matar a minha fome.
— Não, Diogo, por favor, meu irmão vai entrar daqui a pouco.
— Não se preocupe, Antonella, eu nunca deixaria ninguém te ver nua, a única pessoa que
vai te ver nua daqui pra frente sou eu.
— Você é mandão. – ela falou frustrada.
— Só com você, tigresa. – eu respondi tentando ter controle das minhas emoções, mas com
ela desse jeito, nos meus braços não dava certo, ou melhor, com certeza dava muito certo.
— É melhor eu ir, Diogo, não sei se reparou, mas estamos na delegacia.
— Eu reparei sim, mas só deixo você ir embora se me disser o que sentiu nos meus braços
tigresa.
— Tá bom, eu me senti desejada e confusa. – ela resmungou.
— Ah, mas isso você é, nos meus braços. E sei que está chateada.
— Ah tá, você se acha mesmo né. – ela tentou se soltar dos meus braços, e com um deles
eu a segurei e com o outro fui com a minha mão no sexo dela e só toquei de leve, ouvi seu gemido.
— Vai tigresa, me fala, eu sou o único homem que te pegou desse jeito, com vontade
mesmo, eu sei que você está frustrada, eu sinto sua boceta mesmo com jeans, está doidinha para
ser tocada.
— Está louco. – ela me respondeu gemendo quando eu abri as pernas dela com as minhas
e fiz o movimento forte, fazendo com que ela gritasse de tesão ao sentir meu pau encostar na sua
boceta.
— Estou louco por você tigresa, louco querendo tirar essa sua calça jeans e te foder bem
gostoso.
— Não faz isso comigo. – Antonella me implorou.
— Eu faço, porque como eu te disse, você é minha, só minha. Agora me fala: eu sou sua! –
eu pedi bem no seu ouvido com a voz rouca de tesão fazendo-a estremecer.
— Diogo, eu não posso, me solta, por favor. – ela me pediu.
Com isso, eu a liberei devagar, percebendo que seu rosto estava bem vermelho e seus
olhos brilhando com fogo e frustração.
— Tudo bem, tigresa. Mas saiba que quando eu te pegar, não vai ter ninguém para nos
atrapalhar e você vai dizer que é minha. – eu fiz essa promessa a ela.
— Eu tenho que ir. – ela falou rápido querendo fugir.
— Não fuja de mim, Antonella.
— Eu ainda não sei o que pensar nesse momento, eu estou confusa, preciso de um tempo
pra pensar.
— Você vai ter, mas ouça bem uma coisa, tigresa, eu não vou desistir você, nunca.
— Me responde uma coisa, Diogo?
— Pode perguntar, tigresa, como eu já disse, eu sou um livro aberto.
— Você reparou que eu sou uma mulher gordinha? – ela me perguntou como se aquilo
fosse me afastar, e, engano dela, isso nunca iria acontecer.
— Sim e daí? – eu respondi indo até ela de novo, só que desta vez ela não se afastou —
Eu sei que você é gordinha, gostei de você desse jeito, como é, não tenha medo pensando que eu
quero curtir. Não, eu gostei de você e quero algo sério mesmo, mas é claro, se você quiser.
— Vocês homens nos olham como se fôssemos um nada. – ela me respondeu triste.
— Mas eu não, tigresa. Sei que as coisas estão acontecendo muito rápido, é melhor você ir
pra casa e pensar no que aconteceu, e não se arrependa, tigresa, porque eu não estou nem um
pouco arrependido, por mim fazia você minha nessa mesa.
— Quem sabe um dia. – ela falou e, com um beijo rápido que mal deu tempo de sentir o
seu sabor, ela foi embora, mas no ar ficou seu perfume de lavanda.
Estava distraído quando eu ouvi o barulho do meu celular tocando e reparei que era uma
mensagem dizendo:

Você sabe deixar uma mulher maluca. Só pra constar, eu vou pensar em tudo o que aconteceu e que
você me disse, aqui está meu contato, é só gravar bjss da sua tigresa, Antonella.

Não sabia como essa mulher tinha conseguido meu número, provavelmente com Davi. Uma
coisa era certa, essa mulher seria minha, para sempre. Respondi também com uma mensagem
rápida para ela dizendo o que eu penso e perguntei como ela foi embora.

Só com você tigresa, eu também vou pensar em cada detalhe da sua pele macia e perfeita. Pode
deixar, estou salvando seu número, vai com cuidado para casa, bjs do seu Delegado.

Mandei a mensagem e esperei pela sua resposta, que não veio. Era melhor assim, vai que
ela estivesse dirigindo, não queria que nada de mal acontecesse a minha tigresa. E, com um último
olhar no celular, voltei para o meu trabalho. Olhei para as papeladas que tinha que assinar e
alguns relatórios que teria que redigir. Meus pensamentos ainda estavam na minha tigresa, mas ela
acabou tendo que ser esquecida quando alguém bateu na porta. Ordenei que entrasse, e naquela
hora eu esqueci a minha vida particular e assumi minha outra vida, que era lidar com o crime,
foquei totalmente no meu trabalho.
Assim foi durante a noite toda, sempre algum problema para ser resolvido ou tendo uma
ocorrência. Fui comer algo e encontrei com Davi, que estava no mundo da lua. O que será que
estava acontecendo com ele. Bom, é melhor eu nem me intrometer.
Mandei uma imagem de boa noite e várias carinhas de emotion de beijinhos. Terminei de
comer e fui direto para a minha sala deixando o Davi em seus pensamentos profundos. Mais
algumas horas se passaram e quando já estava quase no final do meu plantão, tive uma ideia.
Capítulo 6
Depois daquela noite em que eu conheci o gostosão do delegado, não conseguia parar de
pensar nele. Sentia até um leve tremor só de pensar naquelas mãos em mim. Esse homem era um
perigo para minha sanidade, era melhor eu nem chegar perto dele, se bem que, qual homem iria
querer ficar com uma mulher gordinha como eu? Sei que eu não deveria ficar me menosprezando,
mas a sociedade onde vivemos é cheia de preconceitos, com certeza muitas mulheres já passaram
por isso. Eu sei que eu já, e muitas vezes.
Antes de eu ser famosa, gostava de ouvir a música da Claudinha Leite, aquela música
chamada famosa. Antes era assim, eu ia ao shopping e entrava numa loja, todo mundo me olhava
de cima a baixo, e vice e versa, como se dissessem: "o que essa gorda está fazendo aqui, será
que é para comprar roupa para ela?". Pois é, eu sempre passei por situações em que às vezes eu
queria jogar tudo para o alto e fazer loucuras.
Uma coisa que eu nunca comentei com os meus pais foi que tentei me matar. De várias
formas diferentes. Vou resumir: primeiro, eu sabia que era gordinha e queria emagrecer, então eu
comecei a induzir vômitos, é claro que, se meus pais soubessem disso, eles realmente teriam me
matado. Mas eu fui fraca, comecei a comer e a vomitar, jogando toda comida para fora. Cheguei
ao ponto em que comecei a emagrecer e as meninas que se diziam minhas “amigas” me
parabenizaram. Eu queria ser modelo, então elas diziam: "para ser modelo você tem que ser
magra Antonella".
Bom, enfim eu consegui as amigas que tanto queria, mas no final acabou com a minha
saúde. Acabei desmaiando na sala de aula e quando eu voltei a mim, encontrei meu irmão do meu
lado, furioso e brigando com todos ao ficar sabendo o que eu tinha aprontado.
— O que você fez Nella? – ele me perguntou angustiado, passando as mãos pelo cabelo
tentando se controlar, mas eu percebia na expressão dele que ele estava em choque, no mínimo.
Davi nunca deve ter imaginado que a sua irmãzinha tinha feito isso por causa de influência.
Sabia que estava errada em fazer isso, só que não dava mais, eu queria ser famosa, modelo, e
para isso eu faria qualquer coisa.
— Eu queria ser magra. – eu respondi com dificuldade, eu me sentia fraca.
— Você é linda desse jeito minha irmã. – Davi me disse.
Sempre foi assim, ele sempre me dizia que eu era linda, mas eu não me achava.
O médico entrou, me examinou, e me disse que dentro de umas horas eu poderia ir
embora. Davi voltou a tocar no assunto, mas eu sempre me desviava. Para mim, eu estava certa e
faria qualquer coisa para ser magra, e quando eu digo qualquer coisa, era qualquer coisa mesmo,
inclusive loucuras como essas. Mas antes eu tive que implorar para o Davi não contar para os meus
pais.
Nessa época eu estava com quinze anos e era muito influenciável por tudo e por todos.
Meu irmão chegou a ir à escola para tomar satisfação com as minhas amigas, o que no final
acabou não sendo nada bom. Elas ficaram sem falar comigo durante um bom tempo, afinal meu
irmão tinha feito um escândalo tão grande que os pais das meninas, ao saberem o que tinha
acontecido, levaram-nas aos médicos.
Mas eu sempre quis emagrecer e me sentir bonita, então comecei a fazer o jeito certo, com
academia e dietas, afinal eu queria ser modelo. Eu estava emagrecendo e cheguei a ir numa
agência de modelos e eles disseram que eu tinha o perfil certo. Pensei: eu sou uma pessoa de muita
sorte, eu tinha o rosto perfeito e o corpo perfeito. Naquele mesmo dia fiz um teste do qual eu
passei com louvor. Corri para minha casa e falei com os meus pais o que tinha acontecido comigo, é
claro que eles ficaram felizes, afinal a filhinha deles iria se tornar uma grande modelo.
Assim foi passando o tempo, e eu comecei a emagrecer mais rápido, minha família começou
a notar que eu andava pálida, me perguntavam o que eu tinha, é claro que menti, e como menti. Eu
comia com eles e quando eu ficava sozinha, ia para o banheiro e induzia o vômito.
Eu acabei ficando doida com coisas para emagrecer, achava que estava gorda, mesmo já
estando bem magra.
Enfim, a história da minha adolescência foi assim, eu fiquei bem ruim, voltei a passar mal de
novo e dessa vez eu acordei num hospital depois de cinco dias internada. Eu estava tão fora de
mim que tive que ser mantida amarrada.
— Onde eu estou? – eu perguntei, vendo que tinha uma enfermeira do meu lado.
— Que bom que a senhorita acordou. – a enfermeira me falou toda contente.
Eu ali sem saber de nada, tentando lembrar o que tinha acontecido e mais nada. Tudo
para mim estava em branco, era como se minha mente tivesse apagado tudo o que tinha me
acontecido. Reparei que a enfermeira abriu a porta e saiu, logo em seguida entrou meu irmão
pálido.
— Oi Davi, o que eu estou fazendo aqui? – eu perguntei ansiosa.
— Me diga você, Antonella. O que está acontecendo?
— Eu não sei, só sei que eu estou numa maca amarrada como uma louca e, com certeza, eu
estou dentro do hospital, ou não? – eu respondi irônica.
— Bom Nella, por que você está tentando se matar? – ele me perguntou com os olhos
tristes.
— Peraí, me matar não. – eu respondi rápido.
— Sim, se matar. Poxa Nella, a gente te encontra desmaiada no seu quarto, e você me diz:
me matar não? – ele disse nervoso. Eu nunca tinha visto meu irmão ficar daquele jeito, eu devo ter
feito algo bem sério mesmo.
— Cadê nossos pais, Davi? – eu perguntei ansiosa querendo saber deles, afinal, já pensou
se eles me vissem no estado em que me encontrava no hospital.
— Eles estão viajando, aconteceu um imprevisto na fazenda e a mamãe foi com o nosso
pai. – ele me falou. Como assim, minha mãe não estava em casa?
— Nossos pais não sabem que eu estou internada aqui não, né?
— Não Nella, mas eu deveria contar! – ele me falou sério. Eu sabia que ele estava certo,
mas eu não queria que a minha mãe descobrisse o que acabei fazendo.
— É melhor eles não saberem mesmo. – eu respondi chateada. Eu estava louca para ver a
minha mãe.
— Nella, você não pode continuar assim. – ele falou carinhoso — Eu estava pensando e
tenho uma proposta para te fazer?
— Do que se trata. – eu perguntei.
Davi ficou ali me olhando sério, eu tinha várias perguntas para fazer. Uma delas era há
quanto tempo que eu estava internada? Mas isso teria que ficar para mais tarde.
Observei a enfermeira entrar novamente no quarto, ela me desamarrou e me aplicou
medicação na veia e foi explicando para quê o medicamento servia e o que tinha acontecido
comigo. Eu, que sou meio leiga, não entendi nada, mais ou menos alguma coisa de ter ficado
desnutrida e aquilo era um tipo de vitamina. Ela foi embora, enquanto fiquei ali esperando a boa
vontade do Davi.
— Vai, Davi, estou esperando. – eu disse impaciente.
— Bom, primeiro, você vai se tratar com um psicólogo. – ele me falou e dei um grito.
— Como é que é?! – eu perguntei.
— Foi o que você entendeu Nella, você vai se tratar com um psicólogo. – Davi me falou
calmamente. Ele devia estar doido achando que eu ia me tratar com psicólogo.
— Nem pensar Davi. – eu falei com veemência.
— Nella, ou você vai por bem ou por mal, decida. – meu irmão foi mais grosso, idiota.
— Davi, eu estou bem. Por que eu preciso ir ao psicólogo? Não estou louca. – aí eu gritei
mesmo com ele.
Me levantei muito rápido da cama e só não caí porque Davi me segurou. Desatei a chorar
que nem uma criança.
— Nella, não fica assim eu estou preocupado. – ele falou quando me viu chorando.
— Eu tenho medo, Davi. – chorei mais ainda.
— Medo do que Nella? – ele me abraçou com mais força.
— Medo de engordar. – eu falei num sussurro.
— Nella, você é uma menina linda. Tem que se aceitar desse jeito. E se quer emagrecer,
emagreça, mas com saúde e não por ficar sem comer nada.
— Eu sei que você está certo. – eu suspirei concordando.
— Sim, eu estou certo. – Davi me falou e logo em seguida entrou o médico e me falou a
mesma coisa que a enfermeira, e me avisou que eu ia ficar mais um dia e se os exames voltassem
normais, no dia seguinte eu estaria em casa. Nem eu mesma sabia que tinha feito exames, mas do
jeito que eu estava, vamos dizer, dopada, era normal mesmo eu ficar confusa.
No dia seguinte, com os exames prontos e com resultados satisfatórios, quero dizer, mais ou
menos com anemia, eu tinha que tomar vitaminas, começar a me alimentar etc.
Como todo mundo sabia o que eu tinha aprontando, o que eu deveria fazer era me
alimentar mais e tomar todas as vitaminas. O que me ajudou muito também foi começar a o
tratamento com um psicólogo, que no final acabou vindo a ser meu melhor amigo, Michael. Ele era
um tremendo gato, sim, muito gato, mas só tinha um problema, quero dizer, para nós mulheres,
Michael era gay. Olha que nem parecia. Bom, agora chega de pensar besteira.
Os meses foram passando, eu fui ficando uma pessoa muito melhor. E foi isso que
aconteceu, eu mudei muito. O tratamento que eu fazia deu resultados e, no final, eu estava bem
diferente. Não era aquela menina influenciada por todos e que fazia qualquer loucura para
emagrecer, sem pensar nas consequências dos meus atos. Os anos também se passaram e nem
lembrava que algo tinha ocorrido comigo, tive alguns relacionamentos, uns deram certo e outros
não.
Quando eu estava já com dezoito anos, meus pais decidiram ir morar na fazenda, afinal
eles não precisavam mais trabalhar, e me chamaram para ir, mas eu fui firme com eles e acabei
indo morar com o Davi, que começou a me vigiar como se fosse um gavião. Me deixou até bem
nervosa, puta merda, ele vigiava todos os meus passos, me controlando assim: “Nella, onde você
estava?” ou “Nella, que horas você vai chegar em casa?”.
Davi me deixou doida com esses controles dele, e, para me distrair, eu entrava na internet
e me distraía com as redes sociais. Um dia eu estava lendo um livro que me chamou atenção e
pensei: por que não escrever?
É claro que no início era estranho eu ficar ali olhando para a tela do notebook em branco,
mas as ideias foram surgindo e do nada, quando eu fui ver, estava com o livro pronto. Eu resolvi
postar num blog, é claro que com autorização das administradoras, e por fim, nas redes sociais.
Eu comecei a receber elogios muitos incentivos, algumas pessoas chegavam a me perguntar
por que eu não o publicava. E foi assim que eu conheci a Raquel, no início a gente até se
estranhou, mas no final, nos tornamos mais que amigas, somos irmãs.
Ela trabalhava na editora e, depois de algum tempo juntas, conseguimos comprar as partes
da editora e ficamos sócias.
Raquel cresceu em uma comunidade bem barra pesada, onde ela convivia com ladrões e
traficantes de drogas. Ela com certeza não teve uma vida fácil, eu que o diga. Seus pesadelos com
o passado sempre apareciam quando ela ficava estressada ou quando via uma reportagem sobre
abuso. Eu também reparei que a Raquel parece sentir algo pelo Davi. Ela sempre fica muito
nervosa quando está perto do meu irmão, e ele por sua vez, faz de tudo para disfarçar que ela o
afeta também. Não sei não esses dois, todo mundo via que se gostavam, mas do jeito que eles dois
eram cabeças-duras, iam ficar nesse chove não molha por muito tempo. Mas vamos voltar à
atualidade da minha vida, que realmente daria um livro, e vamos esquecer um pouco a paixão
entre esses dois.
Meu livro foi lançado e de repente eu estava entre as autoras mais rentáveis da editora.
Aquilo foi um prêmio e uma surpresa muito grande para mim. E de lá para cá, eu estou assim:
sempre escrevendo e publicando. Acabei fazendo sucesso, modéstia à parte.
Capítulo 7
Sempre que acabava um livro, eu sentia aquela emoção, sabe. De dizer: trabalho
concluído.
Olhei para o meu notebook e a tela estava marcando fim no texto. Agora pronto, era só
enviar para Raquel e esperar pela revisão e edição e tudo estaria pronto. Mais um trabalho
estava concluído.
Me levantei da minha cadeira e vi que meu celular tinha algumas mensagens de amigos e
uma dos meus pais, que eu respondi na mesma hora e com o maior prazer, afinal eu estava
morrendo de saudade deles, fazia mais de um mês que não ia na fazenda vê-los.
Respondi a todos, e até o Davi, que estava querendo falar comigo e pediu para eu ir à
delegacia na hora da janta dele. O que eu não entendi foi o que ele queria que eu fizesse na
delegacia, sendo que ele tinha praticamente me proibido de ir até lá. Claro que fiquei puta da
vida, mas o que ele usou como desculpa foi que sempre tinha muitos prisioneiros, e que alguns
deles poderiam tentar a fuga e acabar me fazendo de refém, afinal, o que seria mais divertido
para os bandidos do que mexer com a família dos policiais?
E falando em policiais, meu pai do céu, que homem era aquele todo musculoso. Mesmo com
a camisa dava pra ver o quanto ele era gostoso, aliás, gostoso era pouco, era pura delícia. Minha
vontade era de ir até ele, puxar aquela camisa para fora do jeans e passar as minhas unhas
naquela pele, sentir os gominhos do seu abdômen. Meu pai eterno, esse homem era puro pecado.
Só de imaginar ele se despedindo para mim daquele jeito. Ui, sinto até um tremor mesmo.
Fui direto para a cozinha e lá fiz um lanche, afinal eu tinha que manter a minha forma,
brincadeirinha. Eu acabei voltando a ficar gordinha, mas agora estava saudável, e tinha sempre
acompanhamento médico. Por enquanto estava sem o tratamento com o psicólogo, depois que me
mudei para São Paulo, estava difícil achar um médico que eu gostasse. Mas sempre estava em
contato com meu amigo Michael. Ele me ajudava em tudo nas minhas crises, e foi duro, mas depois
de tanto tempo, eu era outra pessoa, totalmente saudável.
Olhei para o relógio e tomei um susto daqueles, como as horas passaram rápido. Fui direto
para o chuveiro e escolhi uma bata e uma calça jeans, passei meu perfume favorito, é claro, vai
que eu encontro aquele delegado gostosão. Ai como eu queria ouvir aquela voz sexy dele. Hum,
era puro tesão mesmo.
Fiz uma maquiagem de leve, afinal eu não queria fazer feio. Deixei meus cabelos soltos
que caíam em cascata pelas minhas costas. Fui até a minha cama, peguei a minha bolsa e saí
apressada. Cheguei lá fora, abri a porta do meu carro, entrei e segui para a delegacia.
A noite estava gostosa e a maioria das pessoas estava nas ruas, os bares estavam lotados,
e ver as pessoas tomando cerveja fez minha boca se encher de água, afinal eu não era de ferro
não.
Estacionei o meu carro ali perto da delegacia, mas é claro, sem ser escondido, porque
sempre poderia ter um engraçadinho da vida querendo roubar meu bebê.
Entrei na delegacia e dei de cara com as mesmas pessoas de novo, dessa vez bem calma e
é claro que eles estranharam, afinal sempre que apareço por lá é para mandar o Davi para o
inferno, quer dizer, modo de falar. Não se assustem, não são vocês que têm um maníaco por
controle que nem meu irmão na cola. Se vocês quiserem, meninas, dou ele de presente, afinal vocês
devem gostar né? Um homem alto, forte e de cabelos loiros e olhos verdes, para completar o
pacote, um controlador muito possessivo.
Cheguei na sala do Davi, sempre brincando e cumprimentando a todos pelo caminho.
Aquilo era perfeito para mim, eu ficava tão feliz em ver como cuidavam do Davi, e agora do meu
delegado.
Quando abri a porta, percebi que o Davi estava concentrado e nem reparou que eu entrei
na sala dele.
— Não acredito que você está tão concentrado Davi. – eu falei, fazendo Davi se
endireitar assustado.
Pensem numa pessoa que caiu na risada, fui eu, e como dei risada dele.
— Nella, puta merda, que susto você me deu. – ele colocou a mão no coração, meio
dramático não?
— O que houve, Davi? Você não queria nem que eu pusesse meus pés aqui. Por que
mandou mensagem querendo que eu viesse aqui?
— Que exagero, Nella.
— Exagero nada. Vai me falar o que quer?
Fiquei ali observando a decoração da sala dele. Que decoração! Pelo amor de Deus, essa
parede precisava de uma pintura nova e alguns quadros, essas cadeiras então, com certeza já
tinham visto dias melhores, o estofado todo rasgado e a mesa toda bagunçada, peraí, na
realidade essa delegacia inteira precisava de tudo novo.
Peguei meu celular e entrei nos grupos sobre livros, dei muita risada com as imagens que
eu recebi no PV. Recebi um olhar mortal de Davi, eu hein, homem chato. As imagens não paravam
de chegar, ainda mais do Michael, que era um safado, pena que era gay. Poxa, tanta mulher no
mundo para tão poucos homens, e ele vai e se torna gay. Mundo injusto, viu!
Depois de um tempo ali sentada, eu não me aguentei e resolvi sair para tomar uma água,
café, qualquer coisa. Só não queria ficar no silêncio e na mesma sala que o ranzinza do Davi, que
toda hora que eu dava uma risada, me olhava com aquela cara de poucos amigos.
Na hora em que abri a porta, eu só senti um jato quente respingar um pouco em mim e na
outra pessoa, que me segurou forte. Jesus amado! Não, o delegado gostosão que estava me
segurando, e que braços, tão fortes e musculosos. Será que se eu fingir um desmaio, ele me
carrega?
— Oh, me desculpa, Diogo, eu não vi que você estava abrindo a porta. – eu falei ficando
vermelha com os tipos de imagens que estavam surgindo, e posso dizer uma coisa, não eram nada
inocentes. Eu devia ter falado com a voz mais firme e ter me afastado, mas eu estava
completamente em choque por causa dessa beleza ainda me segurando.
— Não tem problema. E você, está bem? – ele me perguntou e achei tão fofo isso de ele
me perguntar as coisas, que por pouco eu não dei um beijo nele. Ele iria me achar uma oferecida
se eu tentasse algo desse jeito.
— Eu estou bem, vim conversar com o Davi, mas vi que ele está ocupado, então estava
indo embora. – eu falei.
— Enquanto o Davi não termina o que ele tem que terminar, você não quer ir à minha sala?
– ele me convidou e eu logo aceitei.
— Claro, mas antes é melhor você me soltar. – eu brinquei ao vê-lo segurando as minhas
mãos.
— Me desculpa, espero que eu não esteja machucada? – Diogo me olhou preocupado.
— Fica tranquilo, claro que não, e outra coisa, não me parece que você machucaria uma
mulher. – respondi com sinceridade.
— Que bom que eu não pareço com um assassino. – Diogo brincou dando um belo de um
sorriso.
— Não, você não. – brinquei também, era tão ficar assim perto dele.
Fomos até a sua sala e ele me ofereceu café assim que entramos.
— Pode ficar à vontade, Antonella, aqui tem mais café. – ele falou me mostrando a
mesinha que tinha ali no canto da sala dele.
— Obrigada, e me desculpa por ter derrubado café nela. – eu pedi sem graça e senti
meu rosto ficando quente.
— Não se preocupa, só preciso me trocar. – ele me falou indo até o armário e pegando
uma camisa. Enquanto ele achou que eu não estava observando, só fiquei ali salivando, como se
fosse comê-lo. E só esse pensamento já me fez gemer um pouco mais alto sem querer.
— Me desculpa, Antonella, não queria te constranger. – ele me falou ao se virar. Nossa,
esse homem era perfeito.
— A mim? Claro que não, mas posso dizer que você tem um belo corpo por sinal. – eu
respondi como se estivesse enfeitiçada.
— Obrigado, eu tento malhar, mas é difícil. – peraí, esse homem malhava? Oh, meu pai, se
ele quiser malhar comigo não tem problema, eu ajudo ele.
— Acho que você não precisa. – soltei sem querer passando a língua no canto da minha
boca.
— Obrigado de novo, mas preciso, eu estou ficando velho. – para tudo, ele disse velho?
Esse homem estava louco.
— Velho onde, Diogo? A sua mulher que deveria ficar de olho em você. – sem querer eu
soltei e acabei deixando ele corado.
Achei isso uma graça, homem corar, isso era bem interessante. E ao mesmo tempo fiquei
com uma ponta de ciúme ao me dar conta de que ele poderia ser casado, se bem que ele não
usava aliança. Mas tem alguns homens que não usavam mesmo.
— Se eu tivesse, ela não precisaria ficar com ciúmes. – ele me respondeu, e fiquei
surpresa. Sério que ele era solteiro? Quase fiz uma dancinha de felicidade, só não gritei porque
não pegaria bem.
— Me desculpa, eu não queria me intrometer. – eu falei um pouco sem graça.
Por mais que eu quisesse ficar sabendo mais sobre a vida íntima dele, não era certo. Isso
era o que um anjinho falava no meu ombro, e no outro era o diabinho me dizendo: vai lá, boba,
pergunta, você quer pegar ele de jeito, vai fundo.
— Imagina, minha vida é um livro aberto. – ele me respondeu, e acabei sentando e
ouvindo o diabinho, mandei o anjinho voltar para o céu. Era melhor mesmo atender o diabinho e
fazer perguntas que estavam me deixando curiosa.
— Sério? É bom saber. – eu soltei uma risada e comemorei deixando ele sem entender.
— Fique à vontade. – o delegado incentivou me deixando feliz.
— Diogo, melhor não, vai que a sua namorada apareça por aqui.
— Que eu saiba não tenho nenhuma namorada, então fica tranquila, pode perguntar o
que quiser?
— Acho que não. – eu ponderei, me esquivando.
— Então pode deixar que é a minha vez de fazer perguntas, Antonella? – o delegado me
pegou de surpresa.
— Pode perguntar, eu sou um livro aberto. – eu provoquei repetindo a resposta dele.
— Ok, minha pergunta é esta: você está sendo fodida por alguém? – nossa, que pergunta
mais sem noção. Acho que não ouvi direito não, estou surda.
— Nossa, você é bem direto nas perguntas hein! – eu respondi, agora sem graça.
— Me conta Antonella, alguém está te fodendo? – ele veio em minha direção, me deixando
ofegante só com o seu caminhar de predador.
— Por que você quer saber? – eu perguntei curiosa.
— Porque, Antonella, você vai ser minha. – peraí, como é que é? Ele achava que era meu
dono? Levantei rápido e fui em direção a ele com fúria.
— Quem você acha que é? – eu perguntei, agora zangada. Nenhum homem iria mandar
em mim.
— Sou o homem que vai te foder com muito carinho e muito tesão. – ele me falou. Nossa,
agora sim eu quase gozei, só por causa dessa frase de puro desejo cru.
— Você é louco? – eu perguntei, e a minha mente foi invadida por imagens dele nu, me
pegando e tomando, o que não era bom, ou melhor, era muito bom mesmo.
— Sou, sou louco por você mulher. – ele me confessou — Você me pertence tigresa.
— Eu não pertenço a ninguém, nem a você! – gritei — Me solta, Diogo! – pedi quando ele
me segurou.
— Eu não quero. – ele me falou sério. E eu fiquei ali, querendo me soltar e ao mesmo
tempo me agarrar nele mais um pouco.
— Me solta, Diogo. – sussurrei.
— Fala olhando pra mim, olha nos meus olhos e diga. Você está sendo comida por alguém?
— Eu não vou te responder Diogo. – eu disse rápido querendo e ao mesmo tempo não
querendo me soltar.
— Então eu não vou te soltar. – puta merda, homem mandão, gostoso pra caraio.
— Me solta, Diogo. – pedi uma última vez, sentindo-o me puxando mais ainda para
aqueles braços maravilhosos.
— Não, Antonella, até você me responder! – ele me puxou com firmeza, me fazendo
ofegar.
— Ok, ok. Eu estou solteira. – eu me rendi ao seu calor.
Minha boca foi atacada com fúria e desejo. Eu tentei empurrá-lo, mas não consegui, era
mais forte do que eu agora. Nella, você quer mesmo sair desses braços e parar de sentir essa boca
te comendo como se fosse uma fruta suculenta? Me perguntei.
O beijo foi aumentando e aumentando, esse homem sabia beijar, e eu era apenas uma
aluna e ele era o meu professor, e que professor. Minhas mãos levantaram a sua camisa, fazendo
desnudar aquele abdômen perfeito e aquele peito musculoso, me fazendo desejar sentir cada
músculo. Passei as minhas unhas nas costas dele o fazendo gemer e aquilo me fez sentir poderosa
demais.
Senti as mãos dele passando no meu corpo, levantando a minha bata e abrindo botão por
botão. Senti as mãos dele no fecho do sutiã e quando estava a ponto de implorar para ele
arrancar do meu corpo o sutiã e a minha roupa, ouvi alguém batendo na porta, fazendo a gente
se afastar com rapidez. Olhei rápido para ver se alguém tinha entrado ali e nos visto, mas não
havia ninguém na sala. Diogo foi até a porta verificar e senti minhas pernas ficarem um pouco
fracas.
— Diogo, o que a gente fez? – eu perguntei assustada.
— Fizemos o que queríamos fazer desde o momento em que nos vimos pela primeira vez.
— Não acho certo, e se alguém entrasse aqui e nos pegasse? – eu perguntei chateada e
frustrada. Comecei a me arrumar um pouco chateada, eu queria mesmo era que Diogo terminasse
o que tinha começado.
— Tigresa, você agora é minha. – de novo não, esse homem se acha meu dono.
— Sua? Eu não sou de ninguém e já te disse isso. – eu respondi cansada.
— Você é minha, Antonella, só minha. – ele falou me fazendo ir para trás.
— Não sou não. – eu respondi. Sei que estou parecendo criança, mas poxa, esse homem
era cabeça-dura.
— Vamos, para com isso, você sabe que eu queria você. – Diogo me falou.
— Não mesmo. – eu respondi com firmeza.
— Bom, Antonella, nem adianta ficar com essa cara, de agora em diante você me
pertence.
— Como é que é? – eu quase gritei.
Capítulo 8
Eu não queria me entregar assim tão rápido, sempre fui independente. Não gostava da
ideia de pertencer a um homem e nem de ser controlada. Mas Diogo era diferente, o que eu senti
por ele foi tão intenso e tão forte que eu não tive escolha a não ser me entregar. Claro que eu não
iria deixar tão fácil para ele, mas eu não tinha mais como negar, eu era dele. E só de pensar
naquele homem gostoso, me dominando e algemando. Ou então colocar ele deitado e com aquele
peito musculoso nu para eu fazer o que quisesse. Oh, pai, só de imaginar essas coisas eu já estava
salivando.
Eu não fazia ideia de como havia chegado em casa depois do que me aconteceu dentro
da sala daquele cafajeste gostoso, porque só de lembrar o que a gente fez, me fez sentir um
bendito calor novamente dentro de mim. Como se quisesse ser saciado, e era o que eu queria
naquele exato momento, enquanto eu me encontrava dentro do banheiro tomando um banho
gelado parecendo uma adolescente, depois de apenas uma troca de mensagens com ele.
Esse homem me enlouquecia, eu não conseguia pensar direito perto dele. Mas então eu me
perguntei: por que você está fugindo Antonella? Pelo amor de Deus, você fugindo daquele
espetáculo de homem, e que homem.
Ouvi o barulho do meu celular tocando e saí correndo, afinal poderia ser a Raquel. Mas
confesso que bem que eu queria mesmo que fosse o tal do bonitão. Pronto, lá estava eu de novo,
com pensamento do Diogo em minha mente e nos meus lábios. Esse nome saindo de mim pareceu
ser tão íntimo, aff.
Quando peguei o celular, fiquei frustrada ao perceber que não era o Diogo e atendi:
— Alô? – eu falei ao verificar no visor do celular que era Raquel.
— Nossa, que alô mais murcho. O que aconteceu, Nella? Você e o Davi brigaram de novo?
– ela me perguntou toda brava, já querendo me defender. E era isso que eu gostava na Raquel,
ela toda durona por fora, mas era um amor por dentro.
— Calma mamãe. – eu provoquei.
— Nella, eu estou calma. Agora me conta o que aquele ogro do seu irmão fez com você,
por favor?
— Se ele tivesse feito algo o que você faria, Raquel?
— Simplesmente eu chutaria as bolas dele. – Raquel falou, e dei uma risada.
— Você, chutando as bolas do meu irmão, sério? – eu provoquei de novo.
Lembra quando eu contei meninas, sobre o lance desses dois? Pois é, acho que eles
andaram ficando, só pode.
— Por quê? Você acha que eu não faria isso?
— Sinceramente? Não Raquel, você não tem coragem, vai. – eu comentei com ela.
— Bem que seu irmão poderia ser menos cabeça-dura né, Nella?
— Quem, Davi? É ruim, ele entra naquela imagem do macho alfa intragável e me faz
lembrar de uma pessoa. – puta merda, eu não deveria ter comentado nada.
— De quem, Nella? – ela perguntou, mas eu não respondi — Pelo seu silêncio, é do tal
delegado gostosão. – a filha da mãe me provocou. E só de ouvir a Raquel o chamando de
gostosão, me faz ver que ele deveria ter um desfile de mulheres na delegacia pensando o mesmo
que ela.
— Sem elogios, Raquel. – eu pedi.
— Foi tão ruim assim? Porque se ele te maltratou, eu vou lá e em vez de dar um chute nas
bolas do seu irmão, dou nas dele, assim ele fica sem trepar durante um bom tempo.
— Eita, quero morrer sendo sua amiga. Fica tranquila, minha santa protetora das
gordinhas indefesas. – ironizei.
— Vai tirando uma com a minha cara. – ela me falou. — Tudo bem, não quer comentar
nada, ok, eu respeito, pois, quando quiser, vou estar aqui de ouvidos e braços abertos.
— Eu sei que sim, Raquel. Você e o Davi são as pessoas em quem eu mais confio, também
tem o Michael, do qual eu sinto uma falta danada.
— Eu também, Nella. – ela me falou soltando um suspiro de tristeza.
— O que houve, e esse suspiro?
— Suspiro daquele tipo: ele é um gato, tinha que ser gay. – ela me falou em tom
chateada. Essa Raquel era doida mesmo.
— Sim, ele é. – dei uma risada.
— Que pena, quem sabe eu não faço ele mudar de time? – ela deu uma gargalhada
gostosa.
— Realmente, menina, você não tem jeito mesmo. Agora mudando de assunto, me ligou por
quê? – perguntei para ela.
— Bom, Nella, eu estava pensando sobre a capa do seu livro.
— Como você quer que eu mude a capa?
Assim ficamos conversando, e acabei tremendo de frio e voltei para o meu quarto, afinal,
tinha que me trocar né. Quando terminamos de decidir sobre a capa do meu livro, me bateu uma
fome, eu mal tinha comido e voltei para a cozinha trajando meu pijama, se é que eu poderia
chamar disso.
Fiz um lanche bem leve e fui assistir a um filme, quero dizer, tentar né, porque não tinha
nada de interessante na TV. Estava zapeando os canais quando minha campainha tocou, eu olhei
no relógio e reparei que já era de madrugada, e as pessoas que viriam na minha casa sem o
porteiro me ligar eram Raquel e o Davi. Fui rápido atender a porta, qual foi a minha surpresa,
quando vi quem estava parado ali? O dito cujo que eu não queria pensar.
— O que você está fazendo aqui? Como... – sem dar tempo de eu perguntar sobre como
ele entrou no condomínio, eu fui novamente prensada na parede e só ouvi ele me dizer:
— Reivindicando o que é meu!
Com isso ele voltou a me beijar e passar aquelas mãos poderosas, no meu corpo todo.
Beijou-me com tanta vontade que acabei ficando mole só de sentir a boca dele em mim. Suas mãos
foram até as minhas pernas as levantando e prendendo no seu quadril, fazendo um encaixe
perfeito. Quando consegui desgrudar meus lábios.
— Vai embora, Diogo? Eu preciso pensar – eu pedi.
— Tem certeza, minha tigresa?
Puta merda, ele pressionou de novo aquele pau maravilhoso fazendo a minha boceta
gotejar de desejo por ele. Só disse uma coisa para ela: traidora.
— Tenho. – respondi com um leve gemido que não deu tempo de segurar.
— Tem mesmo? – filho da mãe, sabia que eu estava me derretendo nos seus braços como
se fosse um chocolate em contato com o calor.
— Sim, tenho. – voltei a responder, sentindo as mãos dele indo através do meu pijama e
enfiando uma das mãos entre nós, ele afastou a minha calcinha de lado e passou os dedos no meu
clitóris.
— Acho que temos uma boceta que está doidinha para sentir um pau bem gostoso dentro
dela. – ele me falou em tom rouco.
— Com certeza ela não está! – eu exclamei. Ainda estava confusa sobre o que eu estava
sentindo pelo meu delegado.
— Está sim.
Ele penetrou minha boceta com o dedo e começou a me provocar bem devagar, entrando
e saindo, fazendo meu corpo entrar em combustão com um prazer intenso. Era maravilhoso sentir
isso, só que eu não podia, eu queria me afastar dele, mas Diogo não deixava, as sensações que
estava sentindo não eram de Deus.
— Diogo, vai embora? Por favor. – eu voltei a implorar.
— Quer mesmo que eu vá embora, tigresa? – ele me enfiou mais dois dedos e, puta
merda, ele sabia fazer bem aquilo.
— Sim, eu quero. – respondi com um gemido longo, e quando os dedos do Diogo saíram
de dentro de mim, senti um pesar enorme. Ele cravou os olhos nos meus, me encarando e falou:
— Antonella, como eu te disse, você é minha.
— Não posso Diogo! – eu falei agora em tom de angústia.
— Por que não? Você não gosta de mim? – ele me perguntou em tom sofrido, e eu suspirei,
eu estava gostando dele, muito.
— Claro que eu gosto de você! Nunca senti essa fome por homem nenhum do jeito que
sinto por você. – eu confessei sem olhar direito para ele.
— Você não gosta de mim como um homem para amar? – ele me perguntou fazendo um
carinho no meu rosto.
— Gosto sim. Tenho medo, Diogo. – eu respondi com fervor.
— Medo do que tigresa? – ele me abraçou novamente, e senti aquele perfume maravilhoso
de novo. Uma paz e segurança que fazia tempo que eu não sentia me envolveram.
— Medo de você enjoar de mim. – eu respondi com a cabeça deitada no ombro dele.
— Nunca tigresa, vamos enfrentar qualquer dúvida que você tenha, e como já te disse,
quero que seja minha, tigresa. – ele me falou com tanto fervor, que não tinha como duvidar de que
a gente iria enfrentar todos os meus dilemas.
Ficamos um bom tempo ali, nós dois abraçados como se ele estivesse dando seu amor para
mim, será?
Depois de algum tempo eu falei:
— Como descobriu onde eu morava?
— Fácil, esqueceu que eu sou o delegado? – ele me falou em tom de autoridade fazendo-
me derreter de novo.
— Isso não tem como esquecer. – eu sussurrei no ouvido dele e disse: — Essa voz me deixa
acesa.
Com essa resposta que eu dei para ele, tomei coragem e peguei a sua mão encostando no
meu sexo e continuei a dizer:
— Ela está bem quente... – nem tive tempo de concluir, ele me pegou no colo e me colocou
no sofá, tirou meu pijama e quando viu a minha calcinha, ele estourou e disse:
— Enquanto sua bocetinha não sente meu pau, vou dar um banho de língua para acalmar
o fogo dela.
Ele caiu de boca e me fez ver estrelas. Outra coisa para anotar na lista, ele sabia como
usar a língua.
Capítulo 9
Essa mulher seria a minha morte. Mesmo depois de trocarmos mensagens, eu não conseguia
pensar em outra coisa. Mal consegui trabalhar direito. Passei as mãos pelos meus cabelos em um
gesto nervoso. Afinal, nunca imaginei ficar sem controle da situação, e olha que já passei por cada
uma. Olhei para os lados e ainda estava sentindo o perfume dela, como se fosse uma corda que
fosse me puxando, será que isso era amor?
Eu não entendia muito disso, mas eu entendia que essa mulher me deixava louco para sentir
ela nos braços, beijar novamente aquela boca deliciosa. Senti meu pau endurecer mais ainda, eu
queria muito sentir o gosto da sua boceta, sentir meu pau todo dentro dela e fazê-la minha.
Era melhor eu parar de pensar nessas coisas, porque a situação não estava ficando nada
fácil, só de eu olhar para baixo, vi que meu pau estava ereto e dolorido.
Peguei o celular com vontade de ligar para ela e pelo menos ouvir a sua voz, sabia que
estava sendo exagerado, afinal tinha que dar um pouco de espaço para que ela pudesse pensar,
mas fazer o quê? Essa mulher me conquistou com tudo.
O final do meu expediente estava chegando e eu fiquei andando de um lado para o outro
com os pensamentos só nela quando tive uma ideia, de ir atrás dela, mas como eu iria à casa dela?
— Pensa Diogo, vamos homem, não deve ser difícil eu conseguir o endereço daquela
tigresa. – pensei um pouco e fui até a parte dos registros do RH da delegacia, parei em frente a
uma sala e bati na porta, ouvi uma voz me falando para eu entrar e dei de cara com o meu amigo
Renan.
— Ora, ora, quem vem ao meu humilde local de trabalho? – Renan me perguntou com
ironia.
— Larga de ser chato Renan, a gente se viu outro dia, vai. – eu falei.
— Então me conta o que você veio fazer aqui?
— Quero te pedir um favor pessoal, mas ninguém pode ficar sabendo, e quando digo
ninguém é ninguém mesmo. – eu afirmei.
— Beleza, como está misterioso. – ele me falou.
— Eu quero que você olhe os arquivos do Davi! – pedi vendo o olhar de surpresa, afinal
ele nunca imaginou que eu pediria isso.
— Diogo, a gente é amigo e tudo, mas o Davi está envolvido em algo que devo ficar em
alerta. – ele me perguntou preocupado. Davi era um ótimo policial e sua fama em prender as
pessoas já era bem conhecida, se ele estivesse envolvido em algo de errado deixaria muitas
pessoas tristes, com certeza.
— Não é nada disso, pode ficar despreocupado. – eu o tranquilizei.
— Ufa, então ok, mas tira essa curiosidade. Por que quer ver a ficha do Davi?
— Então o que eu te contar não sai dessa sala, ok?
— Tudo bem, me fala qual é o grande mistério.
— Renan, eu quero pegar o endereço da casa da Antonella?
— Como assim meu, você está querendo o endereço dela?
— É porque eu estou a fim dela. – eu falei e vi que ele ficou bem espantado, afinal estava
sem pegar nenhuma mulher fazia um tempo.
— Você está brincando cara, aquela deusa gostosa da Antonella é muita areia para o seu
caminhãozinho. – ele brincou comigo e não gostei da forma como ele a chamou de gostosa, não
que ela não fosse. Ela era tudo isso e mais um pouco, mas só eu que poderia chamá-la assim, mais
ninguém.
— Renan, se você não quiser perder o amigo aqui, pode parar de chamá-la uma gostosa.
– eu falei em tom bem sério, daqueles que eu usava para intimidar os presos em geral.
— Calminha aí amigo, não vai mais acontecer. Vou conseguir o endereço pra você, só um
momento. – ele me falou e foi para outra sala. Eu fiquei mexido ao ver como uma simples palavra
de um outro homem achando ela gostosa me incomodou, a ponto de quase começar uma briga por
causa dessa mulher.
Olhei para ver se Renan estava voltando e me sentei ali na cadeira dele, me sentindo
cansado da vida que eu estava levando. Eu não queria parar de trabalhar como delegado, isso
não, eu nunca deixaria de ser um policial. Mas sim da minha solteirice. Pensei no que ela estaria
fazendo, será que essa hora estaria dormindo, ou ainda acordada. Será que estaria pensando em
mim?
Olhei de novo o celular e lá tinha umas imagens no whatsapp de boa noite e mandando
beijo e a foto da minha tigresa, salvei desse jeito o número. Olhei a hora e reparei que eram três
da manha, e a última vez que ela esteve online foi a hora em que ela tinha me enviado as
mensagens, uma da manhã. Porra, que noite.
Me levantei e fiquei andando de um lado para o outro esperando o Renan vir logo. Olhei
no relógio e, vendo que os minutos estavam passando, eu já estava ficando sem paciência com a
demora dele, estava já a ponto de entrar lá na sala de arquivos quando ele finalmente retornou.
— Caramba, Renan, que demora foi essa? – eu exclamei nervoso passando as mãos pelo
meu cabelo.
— Estava procurando o endereço da irmã do Davi. – ele me falou.
— Me dá o endereço então. – eu pedi, ele me entregou e eu falei rápido já querendo me
despedir — Fico te devendo uma.
— Pode deixar que eu vou cobrar.
— Obrigado de novo, Renan. – agradeci e saí da sala.
Eu voltei para minha sala novamente e peguei a minha arma e meu casaco e saí, dei uma
passada na sala do Davi e vi que ele ainda se encontrava compenetrado nos documentos.
— Davi, com licença. – eu falei, fazendo Davi levantar a cabeça rápido.
— Oi Diogo, algum problema?
— Não, só queria te pedir um favor?
— Claro, do que se trata. – ele me perguntou curioso.
— Eu preciso sair um pouco mais cedo hoje. – eu pedi.
— Claro, algum problema? – ele me perguntou.
— Não é nada, só que eu preciso ver uma amiga. – eu respondi rápido, querendo fugir
desse assunto.
— E essa menina, eu conheço? – ele me perguntou desconfiado.
— Não Davi, você não a conhece ainda. – eu respondi.
— Então tá bom, eu vou querer conhecê-la.
— Ok, fui, qualquer coisa me chama no celular.
— Pode deixar, eu te chamo.
Saí praticamente correndo e, vou dizer, dei uma de corredor profissional. Desci correndo
nas escadas sem querer usar o elevador, fui direto para o estacionamento e segui rápido para a
casa da minha tigresa. Cheguei bem rápido à casa dela. Era tudo muito bem organizado, ela
morava num condomínio fechado e eu tive que me identificar na portaria, foi bem complicado
conseguir que o porteiro me liberasse sem que eu fosse anunciado, mas depois de uma gorjeta
dizendo que queria fazer uma surpresa para minha garota, ele finalmente me liberou.
Cheguei no portão da sua casa, era bonita, mas simples, observei que a luz ainda estava
acesa, isso me alegrou, tive certeza de que ela estaria acordada. Fui até a porta dela e toquei a
campainha, fiquei aguardando ela vir me atender, e quando ela abriu a porta, eu pensei: Porra,
morri e fui para o céu.
— O que você está fazendo aqui? Como... – Antonella me perguntou, e sem dar chance da
minha tigresa me barrar, eu entrei na casa e a puxei para os meus braços, a prensei na parede e
respondi o que ela me perguntou:
— Reivindicando o que é meu!
Ataquei a sua boca com vontade, os lábios dela estavam pedindo para serem beijados.
Sua pele era tão macia, segurei firme as suas pernas puxando e as encaixando no meu quadril. Só
de sentir novamente a boceta dela em meu pau, quase gemi de satisfação.
— Vai embora, Diogo? – ela pediu, mesmo sem querer que eu fosse embora.
— Tem certeza, minha tigresa. – eu pressionei mais a minha ereção na sua boceta,
fazendo-a ficar doida comigo.
— Tenho. – ela me respondeu gemendo no meu ouvido.
— Tem mesmo? – eu provoquei mais um pouco fazendo os olhos dela escurecerem de
prazer.
— Sim, tenho. – a safada continuou querendo que eu fosse embora.
Queria fazê-la sentir um prazer fora do normal. Passei a mão pelo seu corpo por cima do
tecido do seu pijama a deixando mais excitada. Sem deixar tempo de ela me empurrar, eu enfiei
um dos meus dedos e passei no seu clitóris fazendo-a arfar só de sentir meu toque.
— Acho que temos uma boceta que está doidinha para sentir um pau bem gostoso dentro
dela. – só de imaginar o meu pau dentro dela senti meu pau inchar mais ainda de desejo por ela.
— Com certeza ela não está! – a minha tigresa ainda teve coragem de negar, seu mel
estava escorrendo pelos meus dedos e ela ficava negando.
— Está sim. – comecei a movimentar meus dedos dentro dela e senti seu corpo estremecer
com o desejo.
— Diogo vai embora? – ela pede mais uma vez, mas eu tinha certeza de que ela não
queria que eu fosse.
— Quer mesmo que eu vá, tigresa? – perguntei querendo entender o que se passava na
sua cabeça.
— Sim, eu quero. – Antonella ainda queria que eu fosse embora. Essa mulher ainda me
deixaria doido por ela.
— Antonella, como eu te disse, você é minha. – falei com firmeza para mostrar a ela que
nada e ninguém iria me afastar.
— Não posso Diogo! – ela falou mais uma vez e eu não entendia por que não podemos
ficar juntos.
— Por que não? Você não gosta de mim? – perguntei magoado. Se ela me falasse que
não gostava de mim, eu iria embora e nunca mais a procuraria, mesmo que isso me matasse.
— Claro gosto de você! Nunca senti essa fome por homem nenhum do jeito que sinto por
você. – ela me confessou como se fosse um segredo que estava guardado a sete chaves.
— Você não gosta de mim como um homem para amar? – perguntei curioso, a vontade de
tocá-la era tão grande, mas tive medo de ouvir sua resposta.
— Gosto sim, tenho medo, Diogo. – ela me respondeu e eu fiquei aliviado.
— Medo do que, tigresa? – Cheguei mais perto e a abracei sentindo meu lado protetor
aflorar, querendo afastar qualquer medo que ela estivesse sentindo.
— Medo de você enjoar de mim. – ela me falou triste e encostou a cabeça em meu peito.
Seu perfume era inebriante, ela tinha um cheiro bom de flores e sabonete.
— Nunca tigresa, vamos enfrentar qualquer dúvida que você tenha e como já te disse,
quero que você seja minha, tigresa. – eu respondi com fervor olhando para ela. Ficamos
abraçados em silêncio por um bom tempo até ela me perguntar.
— Como descobriu onde eu morava?
— Fácil, esqueceu que eu sou o delegado? – eu respondi usando o meu tom autoritário e
percebi que a minha tigresa ficou toda derretida.
— Isso não tem como esquecer. – ela sussurrou em meu ouvido fazendo meu pau despertar
novamente, e continuou — Essa voz me deixa acesa.
Ela falou com a voz rouca, seus olhos escurecendo de desejo, pegou minha mão e colocou
na sua boceta.
— Ela está bem quente... – antes que ela pudesse continuar, a peguei no colo, caminhando
até o sofá onde eu a deitei. Sem tirar meus olhos dela, fui tirando o seu pijama e quando vejo
aquela calcinha sexy, só consigo pensar em como vai ser bom sentir seu gosto.
— Enquanto essa bocetinha não sente meu pau, vou dar um banho de língua para acalmar
o fogo dela.
Me ajoelhei entre suas pernas e caí de boca em sua boceta, que eu estava louco para
experimentar. Lambi e suguei devagar ouvindo os gemidos da minha tigresa aumentando. Meu pau
já estava duro feito pedra e a vontade de estar dentro dela era quase incontrolável.
— Ah, meu Deus, que gostoso. – ela arfou e gemeu ao sentir a minha boca naquela
bocetinha depilada. Ah, que delícia cheirar ela, ver como estava cheia de mel, louca para ser
lambida e chupada.
— Está gostoso amor? – eu perguntei e lambi novamente, fazendo-a se remexer em cima
do sofá.
— Sim, está Diogo, continua desse jeito, me come. – ela me pediu desesperada.
— Com o maior prazer, tigresa. – abri com um dos dedos o lábio da boceta e enfiei o
dedo de novo enquanto continuava a chupar e sugar o seu clitóris. Aumentei o ritmo dos meus
dedos e a penetrei mais fundo olhando para Antonella, que arqueava seu corpo de tanto prazer.
Capítulo 10
Eu não queria que Diogo parasse, meu corpo estava completamente entregue e o prazer
vinha como ondas me fazendo arquear e estremecer. Seus dedos estavam me deixando louca e ele
me penetrava cada vez mais fundo fazendo meus gemidos ficarem cada vez mais altos. Eu nunca
tinha feito ou recebido sexo oral antes, sempre tive nojo, não que os caras fossem sujos, mas nunca
tive vontade de fazer essas coisas do jeito que eu tenho com o Diogo, se ele me pedisse faria com
maior prazer.
Ele parou de me chupar e me beijou de forma apaixonada, me fazendo sentir meu gosto
ainda na sua boca. Claro que não era virgem, já tive outros relacionamentos, mas a forma como o
Diogo fazia amor comigo era diferente, e com meus outros namorados era só sexo e com ele eu
senti uma conexão tão intensa e forte, será que já era amor?
— Diogo, me faz sua. – eu pedi. Ele levantou a cabeça e abriu um sorriso tão lindo que me
deixou sem fôlego.
— Com o maior prazer, minha tigresa. – ele falou me puxando para os seus braços, e eu
indiquei onde era o quarto. O Diogo me deitou na cama e ficou me olhando como se estivesse me
venerando, eu me sentia linda e bela.
— Diogo, não me olha desse jeito. – eu pedi sem graça ao ver a forma como não parava
de me olhar.
— De que jeito? – ele me perguntou confuso.
— Como eu fosse um presente, sei lá. – respondi sem graça.
— Mas você é meu presente, minha tigresa. – ele me falou.
— Assim eu fico sem jeito, Diogo. – eu respondi.
— Mas não é pra ficar, meu amor. – ele me falou a palavra amor, e meus olhos se
encheram de lágrimas. — Não chora, você é meu amor.
Diogo se levantou da minha cama e achei que ele fosse me abandonar ali sozinha, mas
não, ele tirou a camiseta dele e eu mais uma vez fico olhando para aquele peito musculoso que me
deixou enfeitiçada. Só de me imaginar lambendo aquele peito, acabei soltando um gemido
baixinho.
— Tem alguém aqui que está gemendo bem gostoso. – ele me provocou, esse pilantra.
— Quem será? – eu brinquei, levantando da cama sem sair dela, fui engatinhando até
chegar perto dele e quando cheguei mais perto seu olhar está brilhando de desejo, fascinado com
o que eu fiz.
— Eu também não sei tigresa, só sei que você pode fazer esse mesmo movimento de novo
sempre. – ele me falou.
— Esse daqui? – eu comentei fazendo o mesmo caminho indo e voltando como se fosse
uma gata.
— É, esse mesmo. – ele me falou com a voz rouca.
Me levantei e fiquei de joelhos no colchão, de frente para ele. Abri o cinto da sua calça e
tirei devagar jogando no chão. Sem tirar os olhos dos dele, abri o fecho da calça e fui deslizando
o zíper.
— Tigresa, tem certeza que é isso que você quer? – ele me perguntou e segurou as minhas
mãos me olhando bem de perto.
— Sim, eu tenho certeza. – eu respondi.
— Graças a Deus. – ele falou sorrindo e me puxou de novo para os seus braços me
fazendo sorrir. E fiquei pensando que se ele me puxasse assim para os seus braços, eu nunca mais
ia querer me separar dele.
— Por que esse sorriso? – ele me perguntou curioso.
— Sempre que a gente conversa, você me puxa para os seus braços, e eu adoro isso, não
quero mais sair daqui.
— Você nunca vai sair, tigresa, nunca.
Ele segurou meu rosto me beijando intensamente e nos deitamos na cama. Ele foi tirando o
meu pijama e me deixando completamente nua, me fazendo sentir um leve ar fresco, fazendo meus
seios ficarem rígidos e pensei: será que estava frio e eu nem percebi com o fogo que eu estava
sentindo do Diogo? Era bom demais, que nem percebi que tinha caído a temperatura.
— Me faça sua. – eu pedi mais uma vez.
— Você já é minha, tigresa. – Diogo me falou.
Começou a acariciar meu rosto de forma suave e foi descendo pelo meu pescoço, fazendo
minha pele arrepiar. E continuou passeando os dedos pelo meu corpo, sempre fazendo carinho.
Quando chegou nos meus seios, ele tocou com os dedos e logo em seguida colocou a sua boca.
No começo era mesmo só um toque, mas depois foi passando a língua e mordendo de leve.
Um formigamento de desejo começou vir em meu corpo como se ele tivesse vida. Meus gemidos
aumentaram e comecei a chamar seu nome implorando por mais.
— Isso tigresa, geme meu nome. – Diogo falou, fazendo carinho em minha barriga e nessa
hora senti vergonha de ficar ali exposta a ele. — O que houve amor?
— Tenho vergonha! – eu comentei sem graça.
— Vergonha do que, tigresa? – ele perguntou e continuou — Você nunca deve ter medo
de mostrar seu corpo para mim, e também vou logo avisando, eu sou muito ciumento com o que é
meu. – ele me avisou.
— Hum, homem ciumento então. – eu brinquei com ele e acabei levando um pequeno tapa
nas nádegas e em vez de ficar chocada, fiquei excitada, mais ainda, com a forma que ele fez.
— Você gostou né, gostosa. Desse tapinha que te dei. – ele falou me deixando mais
excitada.
— Claro que não. – eu me fiz de desentendida.
— Ah, não? Me deixa ver então como está minha bocetinha. – Diogo falou bem sensual.
— Ela não é sua. – eu provoquei.
— Ah, não? É o que vamos ver. – ele me ameaçou e quando tocou novamente, estava tão
excitada que a minha excitação começa a escorrer. — Hum, alguém aqui está bem molhadinha.
Diogo passou de novo os dedos e logo colocou a língua me deixando quase a ponto de
gozar de novo e gritei querendo ser possuída.
— Ah, você vai ser bem comida, minha tigresa. Tão bem comida que vai ter lembrança
desta noite.
— Você é muito presunçoso não? – eu provoquei, mesmo sabendo que seria impossível
mesmo esquecer.
Ao ver como eu estava na cama, exposta e relaxada só para ele e que em vez de ter
vergonha de como antes, estava à vontade, Diogo levantou da cama e tirou a calça junto com a
cueca boxer. E só esse gesto tão tranquilo e seu olhar de desejo para mim, eu fiquei excitada e
imaginando aquele pau tão grande dentro de mim, me tomando.
— A tigresa está louquinha para chupar né? – o safado me perguntou.
— Eu não respondo. – provoquei. Vê-lo se masturbando me deixou fascinada e doida
para ser eu a pegar naquele pau.
— Mentirosa. – ele falou brincando, como se lesse meu pensamento.
— Não sou não. – eu respondi sorrindo maliciosa.
— Vou te mostrar então. – ele me ameaçou. Hum, adorei o modo dele de falar.
Diogo veio até mim, ainda se masturbando, e ver aquela cena me deixou completamente
enfeitiçada. Cheguei a passar a língua entre nos meus lábios ao ver a forma como ele fazia os
movimentos sem tirar os olhos de mim. Aquilo sim era ser sensual, esse homem era muito gostoso,
demais e eu não via a hora de me aproveitar dele.
— Hum, alguém está com fome. – ele me provocou novamente.
— Ah, com certeza eu estou, e muita fome. – eu respondi.
Diogo se deitou junto comigo e passou a mão em meu corpo, e foi beijando cada canto da
minha pele, sempre me dizendo que eu era linda e maravilhosa. Aquilo me deixou em paz comigo
mesma e me fez criar uma coragem que nem eu mesmo acreditei.
Sem ele esperar, eu subi em cima dele e sentei sob o seu quadril, fui beijando a sua boca
de leve, mas ele fez questão de me beijar com tanta força que acabei ficando com o lábio
inchado. Passei as mãos pelo seu peito sentindo novamente o poder que emanava dele. Fui
descendo, e da mesma forma que ele me deu prazer, eu comecei a dar a ele.
— Nossa, gostosa, me morde, eu quero sentir esses seus dentes em mim. – ele gemeu
excitado.
— Assim? – eu mordi a barriga dele tirando um gemido alto, fui descendo e mordendo.
Passei pelo pau dele sem chegar perto e quando olhei, Diogo me olhava sem acreditar no que eu
estava fazendo, não dando atenção para ele.
— Tigresa, me deixa sentir sua boca no meu amigo aqui. – ele me implorou.
— Não, ainda não. – eu respondi querendo torturar ele.
— Vai tigresa, não vê que ele está louquinho para ser chupado. – ele me pediu.
— Não ainda, ele não está pronto. – eu o provoquei de propósito.
— Tem certeza que ele não está, tigresa? – ele falou pegando na minha mão e levando
para o pau dele sentindo o pênis dele ficar mais duro, e Diogo começou a gemer mais ainda,
balbuciando coisas desconexas.
— Absoluta. – eu respondi com firmeza, tirando a minha mão do pau dele, querendo
torturar um pouco mais o meu delegado.
— Vem aqui tigresa, senta no meu pau, senta. – ele me pediu em um tom rouco de prazer.
— Não quero não. – eu respondi brincando com ele, mas ele me puxou rápido para os
seus braços fazendo-me ficar por cima dele.
— Ah, você quer. – ele falou, agora apertando minha bunda e puxando meu corpo
fazendo o seu pau pressionar a minha bocetinha, me deixando doida.
— Não quero. – eu provoquei.
— Quer sim. – ele falou, e mais uma vez puxou meu corpo levantando o quadril para que
seu pau pressionasse exatamente no meu clitóris. Agora sou eu quem vai terminar com essa tortura.
Comecei a mover meu corpo pra cima e pra baixo como se o pau dele estivesse dentro de
mim e comecei a cavalgar como se fosse uma amazona em cima do seu cavalo, arrancado gemidos
do Diogo, que foi me forçando mais e mais, indo rápido e quando dei por mim, Diogo me virou
rápido me fazendo ficar por baixo dele.
— Agora sim, quem vai comandar essa operação vai ser eu, chega de brincar tigresa.
— Então me come, delegado, com vontade. – eu pedi gemendo.
— Com o maior prazer.
Diogo abriu totalmente as minhas pernas e me penetrou com tudo, me fazendo engasgar
com a velocidade da paixão que nos pegou de surpresa.
— Ai, meu Deus, que gostoso. – eu gemi ao sentir Diogo se movimentando, ora devagar
ora rápido. E então ele aumentou o ritmo das estocadas e começou a meter mais rápido me
fazendo gritar, pedindo mais e mais.
— Isso, toma gostosa, seu pau. – ele tirava e metia de novo me fazendo ver estrelas com
tanto prazer.
— Isso, mete meu delegado. – eu implorei.
Diogo se retirou de mim e me virou, me colocando de joelhos e começou a me penetrar por
trás, puxando meus cabelos de lado e vindo até meu pescoço me fazendo gritar, ao sentir os
dentes dele raspando na minha pele.
— Ah, tigresa, não fica me provocando. – ele falou metendo com força, me fazendo ver
estrelas.
— Delegado, que gostoso. – eu provoquei no auge da excitação.
— Tigresa, assim desse jeito? – ele tirou e meteu ainda mais fundo, com tanta força e tão
fundo que eu achei que ele tivesse chegado ao meu útero com a força que ele meteu.
— Sim, assim. – eu pedi descontrolada, e ele foi aumentando mais ainda o ritmo, fazendo
meu sexo apertar o pau dele o fazendo gemer.
— Está a ponto de gozar, tigresa? – ele perguntou me fazendo carinho.
— Sim, delegado. – eu gemi.
— Um dia eu vou te algemar nesta cama. – Diogo falou, e quando dei por mim, comecei a
gemer que nem uma cadela no cio, pegando ele de surpresa. E ele segurou minha cintura puxando
meu corpo contra o dele com força até que nós dois gozamos juntos. Um prazer tão intenso que
nós tivemos que ficar nessa posição um bom tempo até a nossa respiração normalizar.
— Nossa. – eu respondi cansada.
— Gostou? – ele me perguntou fazendo carinho e beijando minhas costas.
— Sim, demais. – gemi novamente.
— A gatinha está querendo ser comida novamente? – Diogo me perguntou.
— Sim, só que agora, sou eu que fico por cima. – eu respondi sendo rapidamente
colocada em cima dele, e mais uma vez ele me penetrou com força. Agora sim eu sabia o que era
amor, estava fazendo com o Diogo. E assim fomos até o dia amanhecer e quando acordei, ele não
se encontrava mais ao meu lado, mas lá tinha uma mensagem dizendo:

Essa noite foi muito especial para mim e eu quero repetir com você. Topa, minha tigresa?
Amei a nossa noite, não vejo a hora de repetir toda noite com você.
Ah, antes que eu me esqueça...
Eu te amo minha tigresa.

Eu dei um sorriso bobo ao ler a mensagem. Ver que ele tinha se declarado para mim e ter
dito que me amava, do mesmo jeito que eu já o amava. Eu comecei a gritar de felicidade.
Ele me ama, Diogo me ama. Mando uma mensagem para ele dizendo:

Diogo, é claro que eu topo, vou adorar repetir a dose com você.
Eu te amo também. Meu delegado.

Mandei a mensagem para ele ainda sorrindo, toda feliz, e fiquei aguardando, ouvi a porta
se abrindo do meu quarto e vi o Diogo aparecer, corri para os braços dele me jogando no seu
colo, ele me pegou e me beijou apaixonadamente.
Diogo me levou de volta para cama e começamos a fazer tudo de novo, repetindo a noite
perfeita que tivemos. Mais uma coisa para anotar na lista, o meu delegado sabia muito bem como
fazer amor, e como sabia.
Capítulo 11
Antonella
O tempo que passávamos juntos era maravilhoso, o único problema era meu irmão, que
ainda não sabia sobre o nosso relacionamento. Diogo, ou melhor dizendo, meu delegado, era
gostoso pra caramba, ficava com água na boca só de ver como esse homem era perfeito.
— Nossa, tem alguém que está me comendo com os olhos. – Diogo brincou.
— Quem será que fica te comendo com os olhos? – eu ironizei virando os olhos.
— Uma certa safadinha que nesse momento fica me tentando. – Ele me falou olhando pro
meu corpo.
— E o que exatamente essa pessoa está fazendo que está te tentando?
— Ela, nesse exato momento, está deixando cair o lençol e fica me mostrando um par de
seios que estou louco pra sentir em minha boca novamente. – Ele brincou chegando mais perto, e
eu, para provocar, tirei o lençol todo e fiquei totalmente exposta para ele.
— Você está bem delegado? – provoquei vendo que ele estava ficando ofegante e não
tirava os olhos de cima de mim.
— Não, eu estou muito mal. – Diogo me respondeu tirando novamente a roupa, ficando nu
e me fazendo ficar aguada só de imaginar sentir o pênis dele em minha boca de novo, era um
gosto que eu não conseguia ficar enjoada.
— Acho melhor você se trocar delegado.
— Você só pode estar brincando, né? – ele me perguntou irritado.
— Eu? Claro que não, delegado. Você tem que prender uns bandidos por aí. – Eu continuei
provocando, passando as mãos pelos meus seios, massageando como se fossem as mãos dele em
mim.
— Tigresa, isso não vai dar certo. – Ele chiou bem baixinho.
— O que não vai dar certo, delegado? – me fiz de desentendida.
— Você ficar se tocando tigresa. – Ele disse em tom rouco de prazer, e começou a se
masturbar.
Minha boca se encheu de água mais uma vez e fiquei salivando, querendo aquele mastro
dentro da minha boca e depois dentro de mim.
— Tigresa... está com uma cara de tarada pro meu lado.
Com isso Diogo veio se chegando mais e eu fiquei ali, na expectativa de ele me pegar com
vontade e me foder como nunca.
— Vem aqui, meu delegado. – Chamei bem sedutora, fazendo ele me olhar com surpresa.
Seus olhos mudando de cor e se transformando num tom mais escuro.
— Eu vou, minha tigresa provocadora, ainda quero você deitada de bruços em minha
mesa... – e como ele é um filho da mãe, parou bem na hora em que eu estava quase gozando só
com as suas palavras.
— Continua Diogo. – Eu pedi já imaginando o que ele queria falar.
— O que você quer que eu diga, minha tigresa? – ele me provocou chegando mais perto e
a minha respiração falhou só em sentir ele perto de mim. Será que ele sempre me deixaria assim,
sem fôlego.
— Que me quer na sua mesa pra me comer. – Eu respondi dando um sorriso.
— Que coisa feia tigresa, comer não, foder. Do jeito que estou querendo fazer desde o
momento em que senti você me observando com esses olhos maravilhosos.
— Ai, Diogo, eu amo tanto você. – Eu confessei, sentindo as mãos dele passeando pelas
minhas pernas, de um jeito tão carinhoso e ao mesmo tempo tão possessivo. Me senti amada,
dominada, era como se o delegado fosse um dom, será?
— Sinta, minha tigresa, meu amor. Sinta meu toque em você.
Ele afastou mais as minhas pernas, me deixando totalmente exposta e aberta. Eu já estava
quase implorando para ele me fazer sua, mas não fiz. O que me deixou com mais tesão foi ver ele
se ajoelhar entre minhas pernas, e colocou a mão sobre um dos meus seios, tocando de leve no
bico, torcendo ele como se fosse beliscar. Eu dei um gemido só de sentir esse prazer fora do
normal. Diogo nem tinha me penetrado com aquele pau maravilhoso, e eu já estava aqui, à beira
de um orgasmo só com um simples toque no meu seio.
— Nossa ,tigresa, está toda acesa aqui.
Com a outra mão, ele foi até o meio das minhas pernas, passando bem de leve, fazendo
meu corpo estremecer de tanto tesão. Ele estava me torturando, só pode. Eu não imaginava que
ficaria desse jeito por causa de um homem, com um simples toque ele deixava a minha pele
arrepiada, minha boceta com um fogo, que parecia que iria me queimar se eu não fosse comida
logo.
— Diogo, isso é tortura? – eu falei quase chorando, implorando para ser saciada.
— Não, amor, é só prazer que eu quero te dar.
Prazer, ele disse, mas o meu corpo já estava tão no limite que eu acho que se sentisse mais
prazer, acabaria morrendo. Meio dramático, não?
A mão dele passeou pela minha vagina e com um dos dedos me penetrou. Com a outra
mão, ele afastou os meus lábios vaginais e apertou meu clitóris me fazendo dar um pulo. Quase
gozei com a sensação maravilhosa que estava sentindo, de ser tocada e ser olhada com carinho,
admiração e respeito. Eu já estava completamente apaixonada, e em vez de assustada, eu estava
muito feliz de enfim ter encontrado um amor, de ter encontrado o meu delegado.
Capítulo 12
Já falei que o maior perigo que vivo na minha profissão era ser amigo do Davi? Pois é, eu
não queria nem ver a cara dele quando descobrisse que minha tigresa e eu estávamos juntos.
Eu olhava para ela deitada do meu lado descansando, e ficava ali admirando seu rosto
tranquilo depois de mais uma noite de amor que tivemos. Já estávamos juntos a mais de um mês e
eu não fazia ideia de como o Davi ainda não tinha desconfiado de nós.
Neste fim de semana, estava para arrumar um almoço para contar para ele. Corria o risco
de perder meu amigo, mas eu preferia isso a perder a minha tigresa. Depois da nossa primeira
noite de amor, foi como se não conseguíssemos mais ficar separados, começamos a ficar juntos
sempre que podíamos.
Me lembrei que no outro dia Davi nos viu juntos e fez uma cara de poucos amigos. Nossa,
ele parecia muito puto na hora, mas não falou nada enquanto estávamos lá. Depois que saímos, eu
pensei que ele iria me questionar, mas que nada, ele nem tocou no assunto. Achei estranho ele não
tocar no assunto. E no dia seguinte cheguei mais cedo na delegacia e fui direto pra minha sala,
entrei e logo em seguida Davi veio ao meu encontro.
Percebi que ele estava pensativo com algo e cheguei até a perguntar para ele o que
estava acontecendo.
— O que foi Davi? – perguntei, enquanto colocava a minha mochila dentro do armário.
— Nada. Por quê? – ele me perguntou distraído.
— Você está estranho desde que me viu com a sua irmã. – soltei. Dependendo do que ele
falasse, a gente trataria na mesma hora e não no almoço, na frente da minha tigresa.
— Há quanto tempo que você está com a minha irmã? – Davi me perguntou num tom calmo
que eu até estranhei, mas Davi andava mesmo meio estranho.
— Estamos juntos há quase dois meses mais ou menos. – soltei querendo ver a reação dele.
— Por que não me contou que estava namorando a minha irmã? – Davi me questionou.
Será que o Davi não sabia mesmo por que não falamos nada?
— Davi, sério mesmo que está me fazendo essa pergunta? – perguntei chocado.
— Claro né, Diogo, afinal não é sempre que descubro que meu melhor amigo está com a
minha irmã.
— Você está certo, mas Davi, você nunca deixava que eu ficasse perto de sua irmã?
— Mesmo eu não deixando, você ficou perto dela, não?
— Sim, fomos aos poucos nos aproximando e no final acabou que estamos juntos até hoje.
— Tenho mais uma pergunta para você? – Davi me olhou e ficou em silêncio. Eu tive até
medo de perguntar do que se tratava. Me sentei na minha cadeira de frente para o Davi,
esperando algum movimento dele.
— Você contou para minha irmã que tanto você quanto eu gostamos de relacionamentos,
como se diz, mais pesados.
— Aonde você quer chegar com essa história, Davi? – perguntei já querendo saber aonde
iria levar essa história.
— Sei que tanto você quanto eu gostamos de fazer sexo com um pouco de brutalidade.
— Eu sei aonde que você quer chegar, Davi. Nunca quis fazer sexo como BDSM. –
comentei — Sua irmã é uma mulher muito especial, por isso nunca quis fazer com ela o que eu
fazia com as outras. – confessei, e era realidade. Eu nunca deixaria um homem encostar na minha
mulher, nunca mesmo. Só de ter esses tipos de pensamento quase enlouqueço.
— Diogo, por isso eu não queria você perto da minha irmã. – Davi me confessou olhando
na minha cara, eu deveria imaginar.
— Eu entendo, Davi, só que você deveria saber que eu nunca faria mal para sua irmã,
nunca mesmo.
— Eu sei, Diogo, mas fazer o que? Para mim você é como irmão, não queria que fizesse ela
sofrer.
— Fica tranquilo Davi, eu nunca vou magoar sua irmã. Agora eu te pergunto, posso
namorar a sua irmã?
— Fazer o que né, vocês já estão namorando. E espero que faça ela feliz, senão eu te... –
ele fez uma ameaça com o dedo passando no pescoço, dizendo que ia me matar. Meio dramático
não.
— Pode deixar, Davi. Agora mudando de assunto, o que está te afligindo? – disse
querendo mudar de assunto, Davi andava muito estranho.
— Não é nada não, Diogo. – ele disse desconversando.
— Não é o que parece. Me fala logo Davi, o que está acontecendo? – questionei com
firmeza.
— Raquel. – ele soltou um suspiro nervoso e passou as mãos pelo cabelo como se quisesse
arrancar ele fora.
— Raquel, a amiga da Antonella? – eu perguntei num tom surpreso, nunca soube que ele
tinha uma queda pela amiga da minha tigresa. Não que ela fosse uma mulher feia, que nada, só
que não fazia meu tipo.
— Sim, Raquel. Desde que a Nella nos apresentou eu não consigo tirar ela da minha
cabeça, essa mulher sempre mexeu comigo de uma forma inexplicável.
— Você está apaixonado por ela?
— Será que eu estou mesmo? Não tenho certeza, só sei que ela me enfeitiçou de tal forma
que meu pau só acorda quando ela está perto.
— Eita, meu caro amigo. Coisa séria o que está acontecendo com você?
— Eu que o diga, antes que você me pergunte se eu já fiquei com outras mulheres, claro
que sim, só que na hora H, eu não consigo fazer nada. Aquela casa que a gente costumava
frequentar? Não fui mais, tudo por causa da Raquel, ela me estragou para outras mulheres.
— Nossa, você gostava de frequentar aquela casa, mais do que eu. E tinha umas submissas
que você mal podia ver, que estava querendo.
— Pois é né, para você ver como a situação fugiu do meu controle. Não consigo mais fazer
nada com elas, só tenho olhos para aquela mulher. Talvez você tenha razão e eu esteja
completamente apaixonando por ela.
— O que ela sente por você, Davi? – perguntei preocupado, eu nunca tinha visto Davi
daquele jeito.
— Sinceramente, eu ainda não sei, só sei que quando nos olhamos, seus olhos ficam
nublados. Atração a gente tem, ou como se diz, química perfeita, explosiva, o que seja. E quando
ela chega perto de mim e sinto aquele perfume, me deixa tão excitado que tenho medo de fazer
uma besteira e acabar com a nossa amizade. – ele me confessou, nunca imaginei ouvir uma coisa
dessas do Davi, ele não estava percebendo ou não tinha a mínima ideia que já estava apaixonado
pela Raquel.
— Meu amigo, você está frito. – falei sorrindo.
— Pois é, acho que sim. Bom, vamos mudar de assunto, quero te perguntar sobre uma
coisa. – ele suspirou olhando para mim.
— Depende, se for sobre a sua irmã pode esquecer. – brinquei com ele.
— Não, é outra coisa que está me deixando preocupado.
— O que anda acontecendo? – perguntei preocupado.
— Tenho reparado que alguns dos nossos policiais andam muito bem de vida.
— Como assim, Davi? – questionei e me ajeitei na cadeira me inclinando para frente para
poder escutar melhor.
— Você sabe muito bem que a gente não ganha tão bem para ter um carro esportivo no
valor de mais de cem mil, ou até mesmo para andar com acessórios caros e roupas que acabaram
de sair da loja gritando grife, grife. – ele me falou pensativo.
— O que você acha? – eu perguntei meio cauteloso. Ele tinha razão, nós ganhávamos
muito pouco para ter um carro esportivo ou mesmo roupas e acessórios de grife.
— Acho que alguém, ou ganhou na loteria, ou ficou rico, ou pior ainda, alguém aqui está
mexendo com coisa errada.
— Peraí Davi, você acha que algum dos nossos amigos aqui está aceitando propina? –
perguntei chocado.
— Acho sim, só que não posso dizer cem por cento, mas vou investigar.
— Bom, isso é uma coisa séria, meu amigo. – comentei preocupado. Todos ali eram leais a
nossa profissão, eu não me imaginaria tendo problemas com qualquer um deles ou mesmo com
algum amigo.
— Então, eu vi. Eu tinha que te falar porque, como delegado, tenho que te passar que vou
investigar sozinho essa história.
— Tem certeza que você quer fazer isso Davi? Porque se a pessoa em questão estiver
mexendo com coisa ilícita, isso pode ser perigoso.
— Por isso eu quero te pedir um favor.
— Do que se trata esse favor?
— Se algo me acontecer, eu quero que cuide da minha irmã. – Davi me pediu preocupado.
Entendia o temor dele, afinal a partir do momento em que vamos investigar um policial, corremos
risco de sermos mortos.
— Davi, você sabe que eu vou cuidar da sua irmã, mas uma coisa eu te digo, você não
está sozinho nessa.
— Diogo, você sabe muito bem que eu sou investigador daqui da delegacia.
— Por isso, e outra, você é meu amigo fiel e vamos descobrir o que for sobre o possível
corrupto e por sinal, quem é ele?
— Ninguém mais e ninguém menos que Roberto dos Santos! – ele soltou. Fiquei chocado ao
saber quem era, afinal Roberto era um dos meus melhores homens daqui, como eu não percebi que
tinha algo de errado com ele?
— Você tem certeza disso?
— Olha Diogo, confesso que eu também não queria acreditar, afinal de contas ele é um
ótimo policial, nunca tivemos problemas com ele. Mas ele anda muito estranho, não brinca mais com
ninguém, está sempre muito estressado e perde a paciência rápido com todos. Fora o que eu te
falei sobre o dinheiro.
— Bom, então que fique entre a gente essa história, eu não quero ninguém nessa
investigação.
— Pode deixar, ninguém vai saber. – ele me garantiu — E como vamos fazer essa
investigação?
— Simples, vamos seguir o Roberto. – respondi. — Esse é um assunto muito sério Davi,
quero total discrição. Se ele de alguma forma desconfiar que esteja sendo investigado, pode
querer encobrir seus rastros e aí nunca saberemos se ele está mesmo metido com alguma parada
errada. Ou pior, pode querer fazer algo contra nós.
— Fica em paz, Diogo, ninguém vai saber, isso fica entre a gente.
— Tudo bem então. Vamos pensar em alguma forma de começar a investigar o nosso
amigo sem levantar suspeita.
— Bom, me deixa voltar para a minha sala, senão o pessoal começa a desconfiar que
esteja acontecendo algo.
— Ok, vai lá então, vou ligar para sua irmã, e mais uma vez obrigado por me deixar
namorar ela.
— Fazer o que Diogo, eu não queria. Porque você é meu amigo e gosto de você como
irmão, não quero que nenhum dos dois se magoe, eu amo muito minha irmã, Diogo, e com certeza
você não vai querer que eu bata em você. – Davi ameaçou mais uma vez e depois saiu, me
deixando ali querendo dar risada da cara dele.
Seria uma situação muito complicada se Roberto estivesse mesmo sujo. Ele era um amigo e
essa história me deixou realmente muito inquieto. Eu ia ajudar Davi nas investigações e esperava
que não encontrasse nada que o incriminasse. Mas eu faria o que eu tivesse que fazer se
encontrássemos alguma prova, esse era meu dever e eu não deixaria que uma amizade me
impedisse de cumprir com as minhas obrigações.
Capítulo 13
Um Policial Bom Ou Amigo Corrupto?
Desde pequeno, sempre fui comparado com ele, passei a vida inteira escutando: “Diogo
Nogueira é uma criança estudiosa e você não, por que você não é como o Diogo, ele é um menino
comportado”. Aquilo me deixava louco, desde criança era a mesma ladainha. Vocês não devem
estar entendo nada, pois então eu vou contar:
Minha mãe sempre foi amiga da mãe do Diogo, então era normal a gente sempre estar
juntos, no início éramos amigos, dois meninos que brincavam e aprontavam juntos, mas, com o
passar do tempo, eu comecei a perceber as coisas. O Diogo, o menino de ouro, era perfeito, eu
não, afinal eu era a ovelha negra, sempre me metia em encrenca. Ele era perfeito demais, certinho
demais. O cara não tinha um defeito, minha mãe sempre fazia questão de jogar na minha cara o
quanto Diogo era um bom menino e eu não. Isso começou a me incomodar bastante, ela me falava
coisas que me magoavam, eu era só uma criança. Mas enfim, o tempo passou e realmente ela viu
que o filhinho dela, afinal de contas, era mesmo o rebelde sem causa, como ela gostava de citar
muito.
Meu celular tocou e antes de atender olhei no visor para ver quem estava me ligando, era
o Falcão. Esperei mais um pouco temendo o que estava por vir, não sabia como estava seu estado
de espírito naquele momento. Tomei coragem e atendi respirando bem fundo.
— Roberto.
— Seu filho da puta, que merda foi essa que me contaram, é verdade?
Puta que pariu, bando de filhos da puta, fofoqueiros, ficam querendo me derrubar, mas eu
não vou deixar.
— Sim, é verdade. – respondi ouvindo um grito saindo junto com a palavra maldição.
— Como descobriram isso, Roberto?
— Ainda não sei, mas estão me vigiando. – aquele filho da puta do Davi ia me pagar.
— Eu falei para você ser mais discreto, porra! E pelo que meus informantes estão me
passando, você não anda sendo nada discreto.
— Não foi minha intenção, senhor. Não imaginei que estavam de olho em mim. – me
justifiquei, mesmo não adiantando nada, é claro.
— Roberto, é melhor mesmo você consertar essa merda, não quero a polícia em cima de
mim.
— Pode deixar, senhor, vou ser mais discreto novamente.
— Acho bom mesmo, Roberto, tenho muitos planos pro seu futuro, não quero ter que fazer
algo que eu possa vir a me arrepender, estamos entendidos?
— Sim, estamos. E obrigado, pai. – agradeci desligando com um suspiro de alívio. Dando
graça a Deus que não foi nada mais sério. Como filho de traficante, eu tinha que dar bom exemplo
lá dentro.
Minha mãe nunca soube que meu pai tinha entrado em contato comigo. Sempre que
podíamos, nos víamos. Quando eu fiz dezoito anos, eu fui apresentado à família do meu pai, que
era bem diferente da família atual, isso dizendo o mínimo. Lá eu conheci o dinheiro, era bom viver
no luxo. Minha mãe não sabia das minhas escapadas até a casa do meu pai, sempre dizia que ia
para casa do Diogo. O santo Diogo, pensei com ironia, ele vai me pagar. Sempre fui melhor e
sempre vou ser.
Olhei para o meu carro antes de entrar e alisar o volante, observando o painel, o
estofado de couro, o câmbio feito de madeira de lei. Isso tinha sido uma conquista e tanto, foi um
dos primeiros “presentes” que ganhei do meu pai me por ter conseguido uma informação
importante para ele. E assim começou o meu “trabalho” paralelo. Eu conseguia qualquer
informação de que o quartel precisasse e passava para eles.
— Você é meu bebê. – falei ainda alisando o volante e apertando um pouco as mãos nele.
Liguei e saí a toda velocidade.
Desde que passei para a academia de polícia que eu tentava ser melhor em tudo, era um
esforço perdido sempre tentando provar que eu podia ser melhor que Diogo, mas depois que ele
foi promovido a delegado, eu sabia que nada do que eu fizesse ia adiantar. E nesse momento eu
já estava mais envolvido com o quartel do meu pai e com os seus negócios, seria bom ter
conseguido a promoção e ser um delegado também, mas o cargo era muito visado e ficaria muito
mais difícil ajudar a organização com tanta gente em cima de mim, me observando.
Eu tinha sido muito bonzinho com o Davi, não esperava que ele fosse esperto o bastante
para desconfiar de mim e agora ele estava na minha cola. Esse idiota estava querendo me pegar,
e eu não daria a chance para que ele conseguisse me derrubar. Lutei muito para estar dentro da
polícia, quando desisti de buscar a posição de delegado, era para eu ser o braço direito do
Diogo, mas o filho da puta escolheu o irmão daquela vadia. Uma vadia sim, eu sabia bem como
aquela vagabunda era. Ninguém sabia, mas eu já tinha encontrado ela algumas vezes no clube de
BDSM. Uma cachorra, ela e aquela gostosa da amiga dela.
Sempre tive o maior tesão pela Raquel, ela nunca me notou, sempre que nos
encontrávamos, ela ficava toda derretida e sentada com aquele babaca do Davi, nunca gostei
muito da aproximação deles dois.
— Ah, Raquel, um dia você vai ver que sou seu homem de verdade. – prometi para mim e
dei um sorriso de satisfação.
Cheguei em casa, meu refúgio. Aqui era tudo do bom e do melhor, no meu serviço eles nem
imaginavam que vivia no luxo graças ao dinheiro do tráfico.
Meu sonho era trazer Raquel para minha casa e foder ela de todas as maneiras possíveis,
sem limites. Só de pensar nela, meu pau se manifestou e ficou todo alegre. Precisava de uma puta.
Peguei meu celular e liguei para o bordel de um amigo, ele sempre me mandava umas prostitutas.
Afinal, eu como policial tinha minhas vantagens, sabia que ele na verdade era um cafetão, e para
ele não ser denunciado e para meu próprio prazer, é claro, sempre ligava para pedir uns favores,
e ele, em agradecimento, me mandava as melhores prostitutas da casa.
— Adriano falando.
— Sou eu. – simples, curto e grosso.
— No que eu posso ajudar amigo? – Adriano, idiota, ainda me perguntava o que eu
queria.
— Você sabe.
— A de sempre? – ele perguntou. A de sempre era parecida com minha Raquel, claro que
linda só a minha linda mesmo, mas ela dava para o gasto.
— Sim. – respondi.
— Já estou enviando, amigo. – agradeci e desliguei o celular.
Fui até o bar, peguei um uísque e coloquei uma dose dupla com uma pedra de gelo, e
esperei a puta gostosa chegar. Enquanto tomava meu drink, lembrei como comecei a fazer os
serviços sujos. Desde o início, quando nos conhecemos, meu pai me treinou e incentivou a entrar
para a polícia, ele queria ter alguém confiável lá dentro e quem seria mais perfeito que seu
próprio filho.
Sempre que algum “funcionário” do meu pai era preso, eu dava um jeito de chegar até os
amigos dele e apagava os registros, e quando não tinha jeito, eu simplesmente apagava o cara,
com maior prazer, simples e rápido, problema resolvido. Ninguém poderia saber quem era o meu
pai, nunca. Todos o conheciam como Falcão, só eu sabia a verdadeira identidade dele, mas nunca o
trairia.
Perdido em meus pensamentos, acabei distraído e só saí do transe quando ouvi a
campainha tocar no meu apartamento, sem saber quem era, peguei a minha arma somente por
precaução, cheguei até a porta e dei uma olhada no olho mágico, a minha puta tinha chagado.
Coloquei a arma novamente em cima da mesinha e destranquei a porta, puxei a vadia para os
meus braços sem muita cerimônia.
— Olá gostosão. – ela me provocou.
Tasquei logo um beijo daqueles, que machucou os seus lábios. Essa puta estava do jeito que
eu gostava. Desde o momento em que a vi, logo pensei na minha mulher, Raquel. Soltei ela e me
sentei no sofá me afastando, fiquei ali esperando ela vir ao meu encontro, ela começou a fazer um
strip-tease me deixando louco, naquele momento eu esqueci que era uma vadia e pensei que era a
Raquel fazendo para mim.
A Raquel passou a língua pelos seus lábios, fazendo-me desejar sendo eu a morder esses
lábios. Foi tirando a roupa lentamente me fazendo ficar duro. Abri o zíper da minha calça
libertando meu pau e comecei a me masturbar. Fiz um gesto para ela com o meu dedo deixando
bem claro o que eu queria, ela veio, se ajoelhou e colocou a boca mais perto dele, me olhando nos
olhos. Segurei seu cabelo e empurrei a sua cabeça com força a fazendo engolir meu pau com
vontade, dei um grito e disse para ela:
— Chupa assim, puta, com mais força. – eu gritei novamente.
Essa sim era uma profissional do jeito que eu gostava.
Tirei rápido meu pau de dentro da sua boca e bati no seu rosto dizendo:
— Você quer esse pau dentro da sua boceta né, puta.
— Sim... – ela gemeu com vontade.
Segurei seu cabelo com força e a virei de quatro. Só me afastei o suficiente para pegar e
colocar a camisinha, e sem me preocupar se ela estava pronta ou não, a penetrei com tudo
metendo meu pau bem fundo fazendo a puta gritar de dor. Sempre fui bom no que eu fazia, mas
eu não dava carinho para puta, a única que merecia meu carinho era a minha menina. Logo voltei
a meter com vontade, fazendo-a quase chorar. Meu prazer era esse, só de receber porque dar eu
só dava pau dentro dela.
Fiquei quase com dó dela, só para compensar o boquete que ela me fez, levei uma das
mãos até o clitóris dela, toquei com vontade e ela retesou, a dor que estava sentindo mudou e ela
começou a gemer alto como a puta que ela era. Fui bonzinho e deixei que ela gozasse, gemendo
alto e gritando meu nome, e, sem dar descanso, tirei meu pau de dentro da sua boceta e enfiei de
uma vez no ânus dela metendo com mais vontade. Voltei a pensar na minha Raquel e quando dei
por mim, gozei chamando o nome dela. Soquei mais umas três vezes dentro dela e parei me
retirando e sentando novamente no sofá tirando a camisinha.
— Vem aqui putinha, chupa seu macho. – A chamei.
Ela se endireitou e, sem reclamar, chupou de novo e de novo, até me deixar esgotado. Sem
tirar minha roupa, puxei seu corpo para cima do meu e a coloquei sentada em cima de mim,
penetrei novamente e a fodi até deixá-la mole e exausta.
Quando terminamos, tirei-a de cima de mim e disse:
— Pode ir puta, acabamos por aqui. – falei para ela e, vendo que ela estava surpresa,
continuei a dizer — Quero ficar só, como sempre você fez um bom trabalho.
— Obrigada, senhor. – ela agradeceu, se vestiu e foi embora.
Olhei para o relógio e vi que já passava da meia-noite. Precisava de um banho para tirar
o cheiro dessa puta de mim. Segui direto para o chuveiro e, enquanto tomava banho, pensava não
só no Diogo, que ia me pagar, mas na sua namorada, que ia pagar caro também por ter um irmão
intrometido.
Saí do banheiro e fui direto para minha cama, tentando descobrir como ficaram sabendo
que eu estava pedindo favores extras para saber de um carregamento de droga. No mínimo
aquele boca-grande do Paulo devia ter falado algo. E eu não ia deixar pra depois, precisava
tirar essa história.
Peguei meu celular e digitei o número dele, esperei atender e quando ouvi a voz dele fui
logo dizendo:
— Paulo, seu filho da puta, você contou alguma coisa para alguém sobre nossos negócios?
— Peraí, Roberto, não sei do que está falando?
— Paulo, você não andou comentando com ninguém né, sobre o que a gente anda
fazendo?
— Tá maluco Roberto, eu tenho amor a minha vida. Não quero que o Falcão acabe com a
minha raça
— Bom mesmo, Paulo, porque se eu descobrir que foi você, acabo com a sua vida em dois
tempos.
— Estou dizendo que não fui eu, cara.
— Então quem foi?
— Não sei Roberto, mas vou ficar de olho.
— Só os olhos não, eu quero também os ouvidos, preciso descobrir quem andou abrindo a
porra da boca.
— Eu vou investigar, a carga deu certo?
— Deu nada, alguém descobriu sobre o carregamento e ainda não sei como, conseguiram
fazer uma apreensão.
— Puta merda, você sabe quem deve estar na frente dessa investigação?
— Quem você acha que deve ter sido escalado?
— O Davi, só pode.
— Pois é, eu preciso saber o que o Davi sabe.
— Pode deixar. – terminamos de nos falar e desliguei o celular.
O Davi se achava muito esperto, mas ele não perdia por esperar. Diogo e ele teriam que
me pagar bem caro, por se meterem onde não foram chamados. Me levantei e coloquei uma boxer
para dormir. Voltei novamente para minha cama e dormi.
Capítulo 14
Sabe aquele momento em que você está sonhando aquele sonho bem gostoso e chega uma
pessoa e te acorda com um beijo bem de leve, mas que vem acompanhado de uma língua sem
vergonha? Acordei com o Diogo passando as mãos nas minhas coxas e as afastando, uma das
mãos escorregou pela minha perna e senti seus dedos entrando com tudo em mim, fazendo-me
arfar com a invasão tão repentina.
— Ah, Diogo, o que você está fazendo? – falei gemendo.
— Oi gostosa, você está tão sexy assim desse jeito, que meu pau não aguenta de vontade
de entrar em você com bastante força.
Esse palavreado dele sempre me deixava com muito tesão, senti o prazer escorrendo entre
os seus dedos e afastei um pouco mais as pernas arqueando meu corpo.
— Meu delegado, como sempre tão delicado. – falei debochando e ele deu uma risada.
— Sempre, minha tigresa, sempre sou delicado com você.
Ele retirou os dedos de dentro de mim e se afastou, observei ele tirar a camiseta, rápido,
logo em seguida a calça dele foi para o chão junto com a sua cueca. Fiquei ali admirando o pau
dele todo ereto. Minha boca encheu de água com a vontade de prová-lo. Fui engatinhando até a
ponta da cama e passei as minhas unhas sobre o peito dele fazendo uma leve carícia. Diogo
estremeceu todo quando sentiu as minhas unhas em sua pele.
— Ah, minha tigresa, andou afiando as garras novamente. – ouvi o gemido dele.
— Só para você, meu delegado, que afio as minhas garras. Não gosta?
Sem que eu esperasse, ele me derrubou na cama com força, me fazendo dar um gritinho
de surpresa e deitou em cima de mim. Eu senti seu pau encostando no meu sexo e ele fez o
movimento de vai e vem se esfregando no meu corpo, isso me deixa gemendo que nem uma cadela
no cio.
— Eu amo essas mãos em meu corpo, minha tigresa, só você que me toca desse jeito e fico
todo aceso.
— É bom mesmo, senhor delegado, eu não quero ser presa por bater em qualquer
vagabunda que chegar perto de você? – ameacei.
— Nossa, eu não sabia desse seu lado? – o filho da mãe deu risada de mim.
— Fica dando risada. – eu apertei os olhos e ameacei mais uma vez.
— O que você vai fazer, tigresa? – Diogo me olhou curioso.
— Se eu te pegar olhando, ou mesmo tocando uma puta, eu vou cortar seu pau fora.
— Então quer dizer que meu pau está sendo ameaçado? Cuidado, senhorita, a senhora
está desacatando um delegado. – ele brincou.
— Bom saber que desacato o senhor, porque isso é uma simples ameaça, você vai ver se
concretizar no momento que eu vir que alguma vagabunda está perto de você.
— Ah, tigresa, só você que eu deixo chegar perto de mim desse jeito.
Dei um longo beijo nele, fazendo acender a paixão que estava querendo explodir e se
fundir em mim. Suas mãos começaram a passear pelo meu corpo, deixando minha pele arrepiada.
Abri as minhas pernas para acomodá-lo mais em mim. Sua boca desceu pelo meu pescoço beijando
e mordiscando minha pele, e foi direto nos meus seios que já estavam sensíveis. Ora ele beijava ou
mordendo de leve meus mamilos, deixando eles supersensíveis. Passei minhas unhas pelas suas
costas, não muito forte, mas o suficiente para marcar a sua pele e ele gemeu contra a minha pele.
— Puta merda tigresa, agora vou ficar com as costas toda marcada. –grunhiu.
Aproveitei um momento de distração dele e consegui virá-lo, me fazendo ficar em cima
dele, sentada no seu quadril. O olhar dele era de pura satisfação e desejo em me ver ali.
— Está gostando da visão? – o provoquei.
— Nossa, demais amor. – ele tentou me puxar para virar de costas, mas eu não deixei. Fiz
sinal com o dedo que não, deixando ele frustrado. Ele sabia que ele gostava de estar sempre no
comando, mas hoje não seria assim não.
— Hoje quem comanda aqui, meu caro delegado, é a sua tigresa.
Percebi que ficou surpreso ao ver que dessa vez eu estava assumindo o controle.
— Sem problemas, tigresa. Eu sou todo seu. – ele brincou e senti ali a verdade em suas
palavras.
Saí de cima dele e o ouvi praguejar querendo que eu voltasse para a cama. Fui até o
banheiro e peguei um óleo de massagem. Vi isso num vídeo erótico, ou melhor dizendo, pornô
mesmo, em que o cara fazia massagem na mulher e vice e versa, mas a finalização era um sexo
muito bom por sinal. Eu fiquei até excitada só de me imaginar fazendo isso no delegado.
Escondi o óleo atrás de mim e retornei para a cama. Diogo era um homem bem sensual,
tudo nele era perfeito, e ele nem tinha ideia de como eu ficava excitada só de lembrar as coisas
que já fizemos baseado nos meus livros. E eu tinha que dizer, escrever era uma coisa maravilhosa,
agora praticar, era incrível. Dei um sorriso só de pensar.
— Eu devo me preocupar com esse sorriso de loba querendo me comer, tigresa? – ele
brincou tocando o seu pau bem de leve, me fazendo quase cruzar as minhas pernas em sinal de
excitação. Senti meu prazer escorrendo pelas minhas coxas.
— Meu delegado, a noite é uma criança. – respondi passando a língua nos meus lábios,
fazendo meu delegado gemer novamente.
— Ah, minha tigresa, eu quero essa língua pequena no meu pau, lambendo como se fosse
um pirulito bem gostoso.
— Posso pensar um pouco? – brinquei com ele, eu amava chupar aquele pau.
— Sem provocação, tigresa.
Sem responder ao comentário, subi novamente na cama e mostrei o óleo que estava
escondendo dele.
— O que a tigresa está querendo fazer? – perguntou, surpreso.
— Ah, meu delegado, como você mesmo disse outro dia, que gostaria de receber uma
massagem bem gostosa, e como eu sou muito boazinha, vou fazer uma em você.
Sem que ele pudesse responder, derramei o líquido no peito dele, o fazendo estremecer
com o contato.
— Está com frio, delegado?
— Estou, tigresa, você não quer me aquecer não? – ele falou me provocando.
— Será que se eu fizer uma massagem bem gostosa você esquenta? – entrei na
brincadeira.
— Com certeza, tigresa... – comecei a passar as minhas mãos pelo peito dele, que por sinal
eu amava demais ver aqueles gominhos e o peitoral todo definido. Coloquei minha boca nos
mamilos dele e fiz do mesmo jeito que ele fazia em mim.
— Puta merda tigresa. – ele tentou me virar, mas eu não deixei.
— Não gostou? – perguntei olhando para ele.
— Estou quase gozando, amor, só de sentir seu toque em mim.
— Nem pensar, se gozar vai ser na minha boca.
Ele xingou e eu desci mais um pouco e passei o óleo nas suas pernas, em um movimento
bem de leve. Quando cheguei no seu pau, minhas mãos tocaram nele, e Diogo quase pulou da
cama. Seu pau estava tão duro, e vendo que ele estava perdendo o controle da situação, caí de
boca o fazendo urrar de prazer, gritando e me dizendo o quanto eu era gostosa. Amava minha
boca no pau dele fazendo um belo boquete.
Tirei a minha boca do pau dele e passei meus seios, fazendo uma espanhola e agradeci
aos vídeos que a Raquel me mandou. Pelo que pude perceber, o Diogo estava amando tudo, e isso
me deixava muito satisfeita.
Fiz uma bela espanhola para ele, Diogo estava tão vermelho de tesão que a qualquer
momento ele iria explodir. Eu já sentia o seu gosto delicioso na minha boca. Parei de novo o que eu
estava fazendo e sentei novamente em cima dele.
— Gostou?
— Aonde você aprendeu isso, dona Antonella? – perguntou como se estivesse em choque.
Peguei o pau dele e coloquei na entrada da minha bocetinha e deixei meu corpo descer no seu
pau, recebendo ele todo, o fazendo gemer alto enquanto eu gritava.
— Isso está tão bom, Diogo.
— Está sim, minha tigresa, e vai ficar melhor ainda. – Ele me virou e ficou com seu corpo
por cima do meu.
— Gostei mais da minha parte. – debochei da cara dele.
— Ah é, vamos ver quem sabe dar mais prazer.
Ele tirou quase todo o seu pau de dentro de mim me deixando um vazio fora do comum e,
quando ele voltou a me penetrar com força e vontade, gritei de prazer arqueando meu corpo
cravando minhas unhas nos seus braços.
— Assim você gosta né, minha safada?
— Sim, eu amo do jeito que você me come.
Sem esperar, ele me virou novamente me deixando de quatro e me penetrou, metendo com
força, me fazendo gemer e gritar sem controle. Ele puxou meus cabelos sem muita força para não
me machucar e com a mão livre ele tocou meus mamilos, me fazendo ficar quase sentada, sentindo
seu pau ainda mais fundo dentro de mim.
— Isso gostosa, geme para o seu macho.
— Diogo, que delícia. – eu amava o jeito bruto que ele me fodia e o jeito que falávamos
na cama, bem sujo.
— Assim né, delícia? Vou te comer tão gostoso que amanhã você vai estar bem dolorida,
essa vai ser sua punição pela tortura que me fez passar, sua gostosa. – prometeu, e me deixou
mais acesa.
— Mete com força, Diogo. – implorei, estava quase gozando.
— Pode deixar, minha tigresa.
Ele fez o que prometeu e me fodeu bem forte. Quanto mais ele entrava em mim, sentia
aquela mágica de um homem e uma mulher se unindo, aquilo não era sexo não, era amor, profundo
amor.
Senti Diogo passando o dedo no meu clitóris, e não resisti, o orgasmo veio forte me
fazendo gritar alto. Tão intenso que eu perdi as forças e meu corpo desabou na cama. Diogo,
ainda atrás de mim, meteu mais duas vezes e gozou. Ouvi o seu grito de satisfação e ele saiu de
cima de mim, me puxando novamente para os seus braços, era uma das partes que eu mais
gostava, quando a gente terminava de fazer amor, era daquele jeito, nos braços dele.
— Eu te amo tigresa. – ele me confessou.
— Também te amo, meu delegado. – aconchegada a ele, dormi abraçada ao meu amor,
minha vida, ao meu delegado.
Capítulo 15
Fazia uns dias desde que o meu delegado me atacou no nosso quarto, e posso dizer que
foi uma delícia. Todos os dias eram como se estivéssemos numa lua de mel e não juntos há algum
tempo. O sentimento que tínhamos um pelo outro só crescia mais e mais e nunca nos cansávamos um
do outro.
Diogo me confessou que Davi soube sobre nós. É claro que eu estava preocupada com a
reação dele, mas graças ao bom Deus, Davi reagiu bem. Eu confiava no que o Diogo tinha me dito
e não queria nem pensar no que teria acontecido se ele não tivesse reagido tão bem. Apesar de
um idiota, Davi era muito amigo de Diogo, e eu não queria pensar que eu pudesse estragar a
amizade dos dois.
Eu estava em frente ao meu notebook pensando e de repente tive uma ideia que faria os
leitores se apaixonarem. Estava distraída escrevendo e senti uma presença. Eu nem precisava me
virar para saber que era meu delegado ali na porta, me olhando como se eu estivesse nua e não
com uma camisola. Diogo veio em minha direção como se fosse um tigre, em passos lentos como se
farejasse sua presa, em vez de me deixar assustada, fiquei toda excitada. Será que eu estava
ficando louca?
— Tigresa, você está tão sexy nessa maldita camisola, e usando esses óculos do inferno. –
ele rosnou para mim, fazendo-me revirar os olhos e rir dele. Era sempre assim, o jeito que ele
falava me deixava malditamente excitada.
— Gostou, meu delegado? – o provoquei passando a língua entre meus lábios fazendo o
olhar dele escurecer.
— Você sabe que sim, meu amor, amo mais ainda essa sua maldita língua dos infernos
passando no meu pau como se fosse um belo de um sorvete. – Diogo falou baixo vindo ao meu
encontro, me deixando toda excitada. Minhas pernas se abriram como se tivessem recebido ordens
só com o olhar faminto do Diogo.
— Eu amo passar a minha língua em todo seu corpo, minhas unhas arranhando seu belo
peito. – ronronei como uma tigresa, o observei pegando meu notebook, colocando no chão com
cuidado.
— Amo ver você nessa camisola, mas amo mais ainda tirar ela de você. – Diogo falou e
me puxou para ficar de frente a ele.
— Nem pensar Diogo, essa camisola eu gosto. – exclamei tentando ficar séria. Claro que o
Diogo não estava nem aí para o que eu falava.
— Você sabe, minha tigresa, amo todas as suas camisolas, essa aí que está vestindo então
me deixa com muito tesão, meu pau está doidinho para entrar em você.
Ele começou a se tocar e me deixou com água na boca, como sempre, eu ficava doida
para chupá-lo. Eu ali, com as pernas escancaradas, o fazendo ver minha minicalcinha. Não é
porque era gordinha que eu não gostava de usar. Era uma mulher como qualquer outra, gostava
de usar lingerie sexy, pelo meu delegado e por mim mesma.
Fiz como ele, comecei a me tocar bem de leve, olhei para o Diogo e vi que seus olhos
escureceram mais ainda vendo como eu estava me tocando, querendo dar prazer não só para
mim, mas para ele também.
— Ah, amor, que linda cena, você se tocando e se dando prazer, estou mais excitado que
nunca. Tira uma dessas mãos mágicas da sua boceta e coloca nesses seus seios que sou louco, toca
nele como se fosse a minha mão.
Fiz como ele me pediu, é claro que não era a mesma coisa, o que eu mais queria mesmo
era que fosse a mão dele e não a minha. Mas ver os seus olhos escurecerem de desejo me
deixava bem quente.
— Fica com esses pensamentos em mente amor? – falou e piscou para mim.
— Que pensamentos? – me fiz de desentendida piscando os olhos. Mas não deixando de
me tocar, ficando cada vez mais excitada.
— Que está presente em seu rosto meu amor. – ele me falou com carinho passando as
mãos dele em meu rosto.
Parei de me tocar e, com a minha mão, mesmo estando com o meu prazer, passei em seu
rosto. A forma como Diogo me amava, me deixava maravilhada, seu rosto estava com uma barba
que me deixava louca. Nunca me imaginei sendo fixada por um homem de barba, mas aqui estou,
doidinha pelo meu delegado barbudo.
— Já falei que amo você de barba? – perguntei.
— Não me lembro, que tal refrescar a minha memória?
— Com o maior prazer, meu delegado. – respondi.
Puxei meu delegado e o virei ficando em cima dele. Mas do jeito que estávamos não era
muito confortável. Diogo me puxou junto com ele, me fazendo dar uma risada. Mesmo me pegando
com um pouco de força, Diogo nunca me machucaria.
— Está confortável desse jeito?
Eu ainda estava sentada em cima dele e pensei em como as coisas seriam bem diferentes
se eu não tivesse conhecido ele na delegacia, quando meu irmão tinha praticamente me expulsado
de um clube de strip. Parecia bobagem, mas eu achava que tudo isso era como se eu estivesse
numa fantasia ou numa história de amor.
— O que minha tigresa pensa tanto?
— Estava pensando em como seria a minha vida se eu não tivesse encontrado você
naquela noite na delegacia, quando fui brigar com o Davi. – comentei dando risada.
— É verdade gostosa, mas acho que a gente iria acabar se encontrando de uma forma ou
de outra.
— Será? – perguntei meio descrente.
— Eu tenho certeza, amor. – ele me falou com tanta convicção, fiquei mexida.
Ele começou a tocar as minhas pernas, me fazendo ficar arrepiada, levantando a minha
camisola, toda rendada.
— Eu amo ver você com essas camisolas. – ele gemeu quando comecei a rebolar me
esfregando nele.
— Sim, eu sei. – respondi com malícia.
— Que tal eu te foder agora? – Diogo perguntou com um sorriso safado.
— Pensei que você tivesse desistido. – pisquei o olho dando uma risada
— Nunca vou desistir de você, amor. – com essa promessa, Diogo me levou ao paraíso.

Alguns dias depois...

A vida tem sido maravilhosa. Meu amor pelo Diogo aumentava cada vez mais, tinha vezes
que achava que eu não merecia esse amor, mas tinha vezes que dava graça a Deus por ter um
homem do meu lado, meu amor.
Claro que, como todo casal, a gente brigava, mas logo em seguida fazíamos as pazes,
cheios de amor e ternura. O sexo entre nós ficou espetacular, era como se meu corpo soubesse que
ele tinha um dono. Acontecia o mesmo com o Diogo, era sempre assim com ele também, bastava um
toque e ele ficava todo duro. Uma vez estávamos conversando e ele me disse que desde aquela
bendita noite em que nos conhecemos que o corpo dele era meu.
Estava olhando para o meu guarda-roupa, vendo com qual roupa deveria ir à delegacia,
para ver meu delegado. Eu gostava muito de calça legging, mas não achava apropriado para ir
até uma delegacia. Pensei no que seria bom usar. Quanta indecisão poxa, será que eu era normal
por ter esses tipos de pensamentos do que não saber usar?
Abri a gaveta e encontrei uma saia social preta e pensei que ela ficaria perfeita com um
sapatinho de salto, daqueles bem finos, sorri ao ter uma ideia. Hum, senhor delegado me aguarde.
Peguei uma lingerie bem sexy para ele ver que tinha uma mulher que adorava ele. Deixei meus
cabelos bem escovados e soltos. Me olhei no espelho e vi ali uma mulher que estava doida de
saudades do seu homem.
Fazia dois dias que não nos víamos, ele estava em uma investigação com o meu irmão, e
vou dizer uma coisa, namorar um policial era excitante e ao mesmo tempo uma droga, ele estava
sempre trabalhando e com pouco tempo para nós. Diogo estava chateado de a gente não se ver,
e eu louca de saudades também.
Peguei minha bolsa e resolvi ir logo para lá, meu delegado ia amar me ver lá. Fechei a
casa toda e segui direto para o meu carro. Não sabia qual seria a reação dele quando me visse
na delegacia, mas não via a hora de encontrá-lo e beijá-lo. Pensei em tantas coisas que queria
fazer com ele.
O caminho até a delegacia foi bem tranquilo e rápido. Estacionei o meu carro perto do
carro do Diogo. Peguei a minha bolsa e fui direto para dentro da delegacia. O pessoal estava
mesmo distraído, nem perceberam que eu estava passando por ali. Achei até ótimo, assim eles não
ficariam fazendo gracinhas. Subi direto, indo para sala do Diogo, abri a porta bem devagar, e ele
estava tão concentrado que nem percebeu que eu estava ali. Fechei a porta atrás de mim
passando a chave e fui em direção a ele, quando levantou a cabeça e me viu ali, sua boca abriu
num sorriso bem sexy.
— Ora, ora, quem está aqui, se não a minha tigresa?
— Ora, ora, se não é meu delegado, que por sinal está um arraso nessa roupa. – o
provoquei.
— Me conta minha bela, o que está fazendo aqui?
Dei a volta na mesa me aproximando devagar, ele se afastou um pouco da mesa com a
cadeira e me sentei em seu colo, logo senti o pau dele endurecer.
— Pensei que você estaria com saudades de mim, pelo que estou sentindo, o meu outro
amor está mais que feliz em me ver.
— Minha tigresa, com certeza a gente estava morrendo de saudades, e essa bocetinha
sua, está meladinha?
Antes que eu pudesse responder, Diogo passou as mãos pelas minhas pernas, fazendo-me
dar um gemido e arfar de tesão, parecia que tinha sido um mês e não uns dois dias atrás.
— Vejo que a minha menina está gulosa hoje. – Diogo comentou rouco.
Ele começou a acariciar meu clitóris, e as suas mãos trabalhando em me tocar estavam me
deixando maluca, querendo sentir ele dentro de mim.
— Sempre, amor. Quero sentir seus dedos dentro de mim, por favor? – eu implorei.
As mãos dele pareciam mágicas, meu pai eterno! A forma como ele me tocava, me deixava
acesa com um simples toque. Diogo afastou mais um pouco as minhas pernas e foi chegando até a
minha calcinha, que já se encontrava encharcada. Diogo percebeu como eu estava e gemeu bem
baixinho no meu ouvido, raspando a barba no meu rosto, fazendo carinho, aquilo era uma delícia.
— Desse jeito amor? – Diogo enfiou com tudo o dedo dentro de mim fazendo-me arquear
o corpo, jogando a cabeça para trás, caramba, esse homem devia ter sido prostituto, não era
possível.
— Sim, com mais força amor. – pedi.
Ele começou a me estocar com bastante vontade, já estava gemendo e quase gritando,
quando o Diogo tampou a minha boca com um beijo, querendo me calar com o orgasmo que
estava se construindo. Puta merda, eu não iria aguentar mais, foi quando Diogo enfiou dois dedos
dentro de mim e com o polegar pressionou no meu clitóris, dando um leve aperto que me fez
explodir num orgasmo que me deixou mole, mole.
— Nossa, tigresa, amo você se entregar dessa forma para mim. – Diogo confessou
fascinado pela minha demonstração.
— Também te amo, ao ver a forma como você também se entrega. – confessei piscando o
olho.
Naquele momento, o mundo ali parou, eu sentada no colo do meu delegado, só percebi
que o encanto foi quebrado quando ouvimos a maçaneta da porta mexer. Saí, a contragosto, do
colo dele e fui para o banheiro, enquanto ele se ajeitava, nem deu tempo de eu fazer um belo
boquete nele. Aff, quem era aquele estraga-prazer?
Enquanto estava no banheiro, me arrumando por causa do orgasmo que tinha tido, Diogo
abriu a porta. Ouvi uma voz conhecida e logo me toquei que o estraga-prazer era ninguém mais e
ninguém menos que meu irmão, Davi. Tentei não ficar nervosa, afinal, Davi sabia do meu
relacionamento com o Diogo e estava bem com tudo isso.
Saí do banheiro ao ver que estava pronta e fui direto até meu irmão, que, ao me ver, se
fez de surpreso e logo imaginou o que a gente deveria estar fazendo e logo fechou a cara.
— Por favor, Diogo, você tem que corromper minha irmã justamente aqui? – Davi olhou
para o Diogo nervoso e tive um ataque de riso.
— Eu estava aqui quietinho, Davi, sua irmã veio aqui para me provocar, se é que me
entende. – Diogo se defendeu e me olhou piscando o olho.
— Pode parar os dois, por favor. – ele falou tampando o ouvido com as duas mãos.
— Larga de ser criança, Davi? – reclamei.
— Criança, Nella? Por favor, você é minha irmãzinha. – ele resmungou.
— Não sou mais, meu irmão, eu cresci. – o provoquei.
— Percebe-se. – ele falou entre os dentes.
Abracei meu irmão, no mínimo devia com ciúmes, mas continuei provocando.
— Calma, Davi, você sempre será meu irmãozinho.
— Eu sei, Nella, mas poxa, tinham que fazer isso aqui?
— Onde mais seria, Davi? Sendo que o Diogo nem foi me ver mais. – fiz cara de tristeza.
— Sei, me poupem vocês dois. – Davi nos falou olhando para nós com descrença.
— Bom, o papo está bom, mas estou querendo jantar, será que os dois homens da minha
vida topam jantar?
— Eu topo, amor. – Diogo confirmou e me olhou querendo dar risada da cara do Davi.
— Também topo, Nella, espero vocês lá fora. – Davi avisou e me soltou seguindo para a
porta, mas antes de sair, nos disse — Estou de olho em vocês.
Com isso ele saiu e nos deixou sozinhos. Diogo veio até onde eu estava e me puxou
novamente para os seus braços, me abraçando com força e passando uma de suas mãos por
debaixo da minha saia, enquanto me beijava com furor.
— Diogo, melhor parar. – eu protestei mesmo querendo sentir a mão dele em tudo que era
canto.
— Você não gosta da sensação de sentir que podem nos pegar a qualquer momento?
— Amor, eu gosto sim, só não quero que vejam o que a gente está fazendo.
— Eu não sou nem um pouco doido de deixar verem nem o começo dessa bunda deliciosa.
— Nem de deixar verem esses seus braços musculosos. – respondi passando as minhas
mãos neles.
— Vamos amor, senão seu irmão vai querer me fuzilar, por eu estar te segurando.
— Vamos, eu estou louca para comer chocolate de sobremesa. – eu pisquei para o Diogo,
que gemeu baixinho.
— Tigresa, isso é tortura, como eu vou duro para o restaurante?
— Não se preocupa, se você se comportar, eu dou uma batidinha no meu amiguinho. – eu
brinquei apertando o pau dele de leve.
— Ah, amor, isso, provoca mesmo, porque quando chegarmos em casa vou te foder tanto
que você não vai conseguir sentar direito amanhã.
— Promete? – brinquei e ao mesmo tempo já aguardando ansiosamente que fôssemos
para casa, para o Diogo cumprir logo a promessa dele.
Capítulo 16
Saímos da sala do Diogo para irmos até o restaurante. Eu tinha a estranha sensação de
que estava sendo observada e aquilo estava me incomodando, virei rápido para ver quem era,
mas não havia ninguém. A porta de uma sala se encontrava aberta e a sala estava escura, mesmo
assim tinha a impressão que alguém estava me olhando.
— Algum problema, amor? – Diogo me perguntou, olhando para mim.
— Tive a impressão de estar sendo observada. – respondi.
— Deve ter sido impressão sua, amor. – ele me abraçou e fomos encontrar Davi.
Chegamos ao estacionamento, vimos que o Davi estava andando de um lado e para o
outro e nos olhamos sem entender nada, cheguei mais perto e disse:
— Davi, meu irmão, algum problema? – ele me olhou pensativo como se não soubesse o
que dizer.
— Nada não, Nella, coisas da minha cabeça.
— Tem certeza que não quer conversar?
— Sim, eu tenho. É melhor a gente ir jantar porque eu estou com fome. – Davi
desconversou e seguimos direto para o restaurante ali perto.
Chegamos lá e o ambiente era acolhedor e muito bom. Já tinha vindo aqui com o meu
irmão, ele sempre pedia a mesma coisa: batata frita com bife, uma delícia.
— Nella, o de sempre? – Davi me perguntou e reparei que o Diogo ficou surpreso ao
saber que eu vinha aqui sempre.
— Sim, o de sempre. – respondi e continuei a olhar para o meu delegado e comentei — Eu
sempre venho aqui com o Davi.
— Ah tá, amor, eu estranhei, mas não imaginava que o Davi vinha com você? – ele
respondeu me olhando e perguntou para o Davi — Por que você nunca me convidou para almoçar
com você quando trazia a Antonella, senhor Davi?
— Não tínhamos oportunidade, e outra, você sempre tinha assuntos para resolver ou
mesmo saía em almoço com a sua mãe. – Davi respondeu.
— Bom, agora podemos vir sempre que pudermos, amor. – eu comentei com o Diogo.
— Sempre que der, amor. – ele piscou o olho para mim e pensei: meu safado.
Enquanto esperávamos a comida chegar, fiquei conversando algumas coisas sobre os livros
com eles, o Davi se mostrou pouco interessado, mas meu delegado não, ele vivia fazendo
perguntas para mim sobre o tal personagem, ou mesmo a questão do enredo, meu homem era
maravilhoso.
— Nella, quando você vai lançar o seu livro?
— Ainda não sei, Davi, tenho que ver com a Raquel, ela que está vendo isso.
— Sei. – ele simplesmente falou, isso que era estranho nesse meu irmão.
A comida chegou e começamos a comer, conversando e brincando, nem vimos a hora
passar, só percebi porque o Diogo comentou que já estava na hora de voltar para o plantão.
— Eu vou para casa. – avisei para ele.
— Tá bom amor, te encontro em casa, melhor dormir um pouco, tigresa. – ele me falou bem
baixinho.
— Pode deixar, vou usar uma camisola bem sexy. – provoquei baixinho, fazendo o Diogo
gemer.
— Isso foi golpe baixo, amor. – ele gemeu me dando um beijo, pegando a minha mão e
colocando em cima do pau dele.
— Ele está bem acordado já. – sussurrei.
— Sempre para você, amor. – Diogo comentou dando um sorriso daqueles de molhar a
calcinha.
— Os dois aí, já chega dessa melação, né? Por favor. – Davi grunhiu e revirou os olhos
para cima como se pedisse paciência.
— Calma aí, Davi, já vou liberar o Diogo para você. – pisquei brincando.
— Enquanto os namorados se despedem aí, vou lá fora fazer uma ligação. – sem esperar
a nossa resposta, Davi saiu e nos deixou sozinhos na mesa.
— Amor, estou louca de vontade de te chupar bem gostoso. – comentei acariciando com
gosto o pau do Diogo.
No restaurante em que estávamos, as mesas tinham toalhas grandes e ninguém sabia o que
estava ocorrendo debaixo das toalhas.
— Ah, tigresa, não faz isso comigo não. – Diogo quase implorou.
Me sentia tão poderosa ao ver o poder que eu tinha sobre o Diogo, era maravilhoso ver
que um simples toque e ele ficava em ponto de bala, fiquei maravilhada.
— Eu faço. Posso te contar um segredo Diogo? – eu perguntei baixo puxando o zíper da
calça do delegado e colocando a mão por dentro, fazendo o Diogo gemer alto. — Shiiii.
— Tigresa, olha onde estamos, seu irmão daqui a pouco vai voltar e vai ter me tirar daqui
de dentro com um revólver para me afastar de você.
— Nossa, amor, você não gosta do meu toque? – eu sussurrei.
— Não é isso, delícia, eu só não quero ter que arrancar você daqui e te levar a um
banheiro próximo, e te foder até que no dia seguinte você ao caminhar sinta tanta dor que vai se
lembrar do que fizemos.
— Você promete, delegado, que vai fazer isso. – dei uma piscada pra ele.
— Tigresa, você vai ser a minha morte, é isso que eu digo.
— Uma morte bem gostosa a gente teria, igual quando você me fez gozar que nem uma
louca na sua sala agora há pouco.
— Agora chega, tigresa, você com a mão no meu pau acariciando e falando coisas
safadas no meu ouvido, estou quase explodindo de tesão. – Diogo me falou em tom rouco e sabia
que estava provocando ele do jeito que ele me provocou.
— Sabe, meu livro é mais ou menos assim, de um delegado que adora foder sua
namorada escritora de romances eróticos.
— Putinha. – ele grunhiu e eu dei uma risada suave ao ver que ele tinha chegado ao limite
dele.
— Sabe como amo você me chamar de putinha, quer dizer que está quase gozando e fico
excitadérrima.
— Ah, minha putinha, você vai me pagar muito caro, na hora em que eu te pegar, vou te
foder tanto, mas tanto.
— Você sabe que vou amar isso, meu delegado. – respondi risonha e tirei minha mão do
pau dele, fazendo novamente ele gemer. Ajeitei o seu pau dentro da calça e fechei o zíper, mas
era impossível não reparar o volume.
— Vamos embora antes que eu faça alguma loucura e acabaremos presos por atentado
ao pudor. – Diogo respondeu e chamou o garçom que nos trouxe a conta. Diogo pagou e quando
estávamos saindo, eu respondi ao comentário dele.
— Seria ótimo, já pensou, poderíamos transar dentro de uma cela. – eu pisquei e fui de
encontro ao Davi deixando o delegado de boca aberta.
— O que o Diogo tem para estar espantado? – Davi me perguntou curioso.
— Realmente você quer saber?
— Ah, Nella, por favor? Eu não quero saber de nada não.
— Então por que pergunta se sabe que não vai querer ouvir a resposta. – brinquei com
ele.
Voltamos para a delegacia e Davi se despediu antes de entrar.
— Bom, Nella, vou entrar, a gente se fala mais tarde no zap. – Davi comentou e me deu um
beijo. Diogo me levou até o estacionamento, mas antes que eu pudesse entrar no carro, ele me
empurrou contra o carro pressionando meu corpo com o seu.
— Ah, minha gostosa, você ama me provocar né? – Diogo rosnou no meu ouvido e chupou
o lóbulo da minha orelha me deixando anestesiada.
— Amo deixar você duro por mim. – provoquei.
— Ah, meu amor, para isso você não precisa me dizer ou fazer nada, só de sentir o
perfume que vem de você quando está excitada já me deixa duro. Quando estou sozinho na minha
sala, me imagino te fodendo em cima da minha mesa ou então, melhor ainda, te fodendo de costas,
você deitada com a barriga para baixo e eu abrindo essas belas pernas e te comendo até dizer
chega.
Santo Deus, será que só eu estava com calor? Sentia minha pele pegando fogo, querendo
fazer todas as coisas loucas que ele ali estava me propondo.
— Está gostando né, gostosa? Pensa em como seria gostoso eu fazer as loucuras com você
em cima da mesa, na cadeira, no chão, contra a parede ou mesmo na porta, quero fazer vários
tipos de posições que ainda não fizemos. – ele mordeu a ponta da minha orelha e completou com
a voz rouca — E pode ter certeza que nós faremos.
— Humm. – eu fiquei ali de boca aberta, meu delegado estava bem safado e a culpa era
minha por tê-lo deixado tão excitado, merecia aquilo.
Diogo olhou para os lados e afastou as minhas pernas, depois foi subindo com uma das
mãos pelas minhas coxas e foi até a minha boceta, que já estava encharcada de tanto prazer.
Estava com tanto tesão que aquilo iria acabar comigo.
— A minha putinha está toda excitada querendo meu pau. – ele disse acariciando por
cima da minha calcinha encharcada, sentia que mais um pouco e eu acabaria ali gozando em
frente à delegacia.
— Você sabe que fico louca de tesão. – gemi ao sentir o dedo do Diogo raspando na
minha boceta e, sem que eu esperasse, ele enfiou um dedo dentro de mim me fazendo gritar com a
invasão.
Capítulo 17
— Shiii. – ele tampou a minha boca com a outra mão e continuou a me torturar — Minha
tigresa, você não quer que ninguém venha aqui e veja o que está acontecendo, não é? – ele me
perguntou e fiz sinal que não com a cabeça. Porque nessa altura do campeonato não sabia mais
nem quem eu era.
Ele continuou trabalhando dentro de mim com vigor, fazendo-me gemer novamente,
coloquei minha boca na dele para conter meus impulsos e o beijei apaixonadamente cravando as
unhas nos seus ombros.
Diogo tirava um dedo de mim e entrava de novo com dois, eu sabia que não aguentaria
mais tempo. O movimento de vai e vem que ele estava fazendo quase me fez chegar a um
orgasmo, e quando ele tirou os dedos dentro de mim e chupou, eu fiquei ali de boca aberta vendo
que ele não iria me deixar gozar.
— Diogo, por favor? – implorei passando as minhas mãos em seu peito e esfreguei meu
corpo no seu, sentindo que seu pau estava como uma rocha de prazer.
— Tigresa, agora você está sentindo como é bom provocar um homem e não dar a ele o
que ele quer. Você ama me provocar do mesmo modo que amo provocar você, somos
provocadores um do outro.
— Diogo, você está se vingando de mim? – agora sim eu estava puta da vida, excitada
pra caralho, e ele ali rindo de mim, me fazendo provar do meu próprio veneno.
— Um pouco, amor. Agora vai pra casa e fica me esperando, e toma um banho, ou melhor,
me espera assim desse jeito, toda melada, que quando chegar em casa vou fazer você gritar de
prazer.
— Diogo, você me paga. Ah, se me paga. – eu jurei ameaçando — Vou fazer você se
arrepender de ter me provocado.
— Que isso meu amor, nós dois sabemos que você ama dormir excitada, e que enquanto
está dormindo, eu me aproveito de você te comendo com a minha boca na sua boceta, e ela me
implorando para ser preenchida com meu pau.
— Ah, delegado, provoca mesmo, me excita mesmo. Vou acabar com você e depois que eu
terminar eu não vou dar minha bocetinha para você comer não?
— Ah, não? Tigresa, você não consegue ficar sem sexo e muito menos eu. –ele me falou, e
eu tive que concordar com ele.
— Isso é verdade, mas não se preocupa, eu tenho um novo companheiro de cabeceira me
esperando. – o provoquei.
— Posso saber quem é o filho da puta que você está querendo levar para nossa cama? –
ele me perguntou puto e ficando louco.
— Eu ainda não te apresentei? – fiz questão de continuar provocando, para que ele não
me provocasse mais.
— Você vai me apresentar pessoalmente, e vou matar ele por chegar perto do que é meu.
Você é minha, sua boceta, seus seios, seu cuzinho e todo seu corpo é meu e de mais ninguém?
Aquilo sim me dava um prazer imenso. Ver como o Diogo era possessivo comigo me deixou
louca de vontade de ser fodida por ele.
— Sabe, ele se chama delegado Júnior. – comentei querendo dar risada da cara de
espanto dele.
— Como é que é? – ele disse em tom baixo e furioso, no mínimo imaginando quem era esse
delegado Júnior.
— Calma aí, delegado furioso, eu me apaixonei por ele hoje de manhã e foi amor à
primeira vista. – respondi e fiquei ainda mais chocada ao ver que ele estava a ponto de explodir.
— Tigresa, como disse agora há pouco, seu corpo é meu, tudo em você é meu. Nenhum
homem vai tocar e muito menos chegar perto do que é meu. – ele rosnou.
Eita, era melhor eu esclarecer, se bem que eu amei a forma como o Diogo ficou todo
enciumado e possessivo.
— Você não precisa se preocupar, meu delegado gostoso? – o acalmei.
— Ah, não, você está querendo me apresentar um homem que conheceu e acha que vamos
fazer ménage? Não senhora, eu não divido o que é meu com outro homem e se fosse outra mulher
que eu conhecesse e ela me tocasse do mesmo modo que você faz?
Diogo fez virar o feitiço contra o feiticeiro, mataria qualquer mulher que chegasse perto
dele.
— Diogo, eu mato qualquer cadela que chegar perto do que é meu. – eu respondi
tentando me acalmar.
— Está vendo, amor, você é tão possessiva quanto eu. – ele me falou, e era verdade, eu
me transformava numa fera.
— Sim, concordo com tudo, mas tem um porém, ele não é um homem de carne e osso. –
comentei com ele o deixando surpreso.
— Ah, não?
— Não, Diogo, estava te provocando. Saí hoje com a Raquel e fomos a umas lojas de Sex
Shop. – falei baixinho para ninguém me ouvir.
— Porra amor, não me provoca assim desse jeito, agora como vou trabalhar com essa
pequena informação?
— Simples, amor, pensa que quando chegar em casa, ele vai estar te esperando. – dei
uma pequena risada.
— O que você comprou assim tão maravilhoso? – ele me perguntou curioso.
Me aproximei mais e o puxei para perto de mim encostando nossos corpos, nós dois
gememos ao ver que o pau dele estava prontinho para me foder, seria só abrir o zíper da calça e
colocar o seu pau dentro de mim.
— Minha putinha, estou louco para te foder agora mesmo, sei que é isso que está
passando pela sua mente, mas não podemos e você sabe disso.
— Sim, eu sei, mas não custa nada sonhar né?
— Claro que não, amor. Não custa nada. – ele me deu um beijo rápido — E aí, me
responde, o que comprou na loja?
— Comprei um vibrador e umas coisinhas a mais. – comentei bem baixinho e as mãos do
delegado me apertaram mais ainda, me fazendo tremer.
— Puta merda, tigresa, você não comprou isso não né? – Diogo me perguntou rouco.
— Comprei sim, não gostou da ideia? – perguntei curiosa.
— Ah, tigresa, amei tanto que se você não entrar nesse maldito carro agora, vou esquecer
que estamos ao lado de uma delegacia e te foder agora mesmo. – Diogo rosnou.
Ele se afasta para que eu pudesse abrir a porta do carro e quando sentei no banco, ele
afastou novamente as minhas pernas e deu um rasgo na minha calcinha, me pegando de surpresa.
Fiquei observando enquanto ele colocava a minha calcinha no seu rosto, cheirava e até lambia.
Deveria achar nojento, mas tudo que ele fazia só me deixava mais excitada.
— Putinha, vai para casa e me espera. – ele falou rouco de tesão.
— Diogo, e a minha calcinha? – perguntei curiosa.
— Não se preocupa, vou levá-la comigo, porque tenho que me distrair com alguma coisa e
quero que seja algo seu, e que por sinal o cheiro está delicioso. – Diogo comentou e me deixou um
pouco surpresa.
— Caramba, amor, estou surpresa. – respondi ainda sem palavras.
— Eu sei que está, agora seja uma boa garota e vai para casa, sim? – ele me pediu e deu
um belo beijo, daquele que molha a calcinha. Só tinha um porém, não estava usando nenhuma.
— Vou ficar te esperando, delegado. – comentei, mas a minha voz saiu rouca.
— É bom mesmo, tigresa. Até daqui a pouco, amor. – Diogo fechou a porta, mas antes de
eu ligar o carro, ele bateu na janela e me falou — Tigresa, quando chegar em casa você me liga
para eu saber se chegou bem.
— Sim, pode deixar, delegado. – pisquei o olho para ele e mandei um beijo.
Liguei o carro e fui embora, olhei no retrovisor e vi que o delegado ainda estava ali
plantado no estacionamento, no mínimo me vendo ir embora. Assim que cheguei em casa, deixei a
minha bolsa na mesa e fiz um lanche. Tomei uma coca-cola e segui para o meu quarto, lá me
troquei e coloquei uma camisola bem sensual também, agora vermelha, de renda. Sabia que o
Diogo iria amar. Me deitei na cama, pegando meu telefone e liguei para ele.
— Delegado Nogueira. – nossa, ele respondendo em tom profissional me deixou doida de
tesão.
— Diogo, algum problema? – ao ver que ele não tinha reconhecido meu número, reparei
que tinha ligado para o escritório dele e não para o celular.
— Não, tigresa, estava com o pensamento longe. – respondeu rouco.
— Então esse tom de voz rouco quer dizer que estava sonhando com qual das nossas
fantasias? – perguntei excitada.
— Daquela vez que te acordei, gostosa.
— Amei aquela noite, amo todas as vezes que fazemos amor.
— Eu também, tigresa. Você chegou bem em casa?
— Sim, eu cheguei bem, querendo você do meu lado.
— Daqui a algumas horas vamos estar juntos. – Diogo prometeu, e olhei para o celular
vendo as horas. A noite seria bem longa.
— É melhor mesmo, delegado.
— Sim, vou estar te fodendo nessa cama.
— Promessas, promessas. – provoquei.
— Vou cumprir, minha tigresa.
— Então, Diogo, mudando de assunto, você percebeu como o Davi está meio estranho?
— Sim, eu ia comentar com você, mas como ele foi junto com a gente no restaurante.
— Falando nisso, quem sabe da próxima vez vamos ver se achamos com cabine?
— Cabine, como assim? – perguntou confuso.
— Sim, estava fazendo uma pesquisa para o meu próximo livro.
— Tá, amor, mas como eu me encaixo nisso? – percebi que ele ainda estava confuso.
— É simples, no meu livro vai ter uma cena erótica quase daquele jeito que a gente fez no
restaurante agora há pouco.
— Nella, amore, melhor nem lembrarmos aquela cena, que fico todo duro novamente.
— Estou toda excitada, delegado, com aquela demonstração que fizemos aí do lado de
fora da delegacia.
— Maldade, amor. – ele respondeu frustrado.
— Bom, vamos voltar a falar do meu irmão, Diogo.
— Amor, eu sei que ele anda meio estranho. Você sabia que ele está a fim da Raquel?
— Da Raquel, tem certeza? – Perguntei surpresa. Sabia que a Raquel era a fim dele, mas
não sabia que meu irmão estava a fim da minha amiga.
— Sim, ele está muito a fim dela, eu reparei aquele dia que nos encontramos que os dois
mal estavam se olhando.
— É verdade mesmo, Diogo. – comentei pensando nas vezes em que eles dois ficaram
perto um do outro e a Raquel se afastava dele, eu sabia bem o motivo dela para ter esse tipo de
reação.
— Então, ele me confessou alguns dias atrás que não sabe como proceder.
— Eu também não sei, Diogo. – suspirei. Queria que minha amiga encontrasse um
verdadeiro amor, e se ele for meu irmão, vou amar tê-la como cunhada.
— Bom, sei que estão mexidos, vamos ver no que vai dar. – respondeu.
— Vamos sim, é melhor te deixar trabalhar, amor. A gente se vê daqui a pouco.
— Não quero trabalhar, mas é melhor, você me distrai muito. – ele confessou.
— Você também, me distrai muito meu delegado, um beijo bem gostoso.
— Pode deixar que eu vou cobrar com certeza esse beijo, sua gostosa.
Nos despedimos e tive uma nova ideia para o livro. Levantei da cama e fui buscar o
notebook e comecei a escrever antes que eu esquecesse.
Capítulo 18
Fazia mais ou menos dois dias que eu não via minha tigresa, estava louco para ficar com
ela, foder ela. Meu pau estava tão dolorido de tesão, que achava que estava com o pior caso de
bolas azuis. Queria largar tudo e ir até a sua casa rasgar a maldita camisola, que não sabia a cor,
que ela estava usando para me deixar bem duro. Só de lembrar como já tinha fodido ela deitada
de lado e sem ela perceber.
Abri as pernas dela e a toquei sentindo seu prazer molhando meus dedos, me deu uma
louca vontade de chupar aquela bocetinha carnuda que ela tinha.
Mas não fiz, ela estava dormindo, porém seu corpo estava consciente que o dono dele
estava ali para pegar o que era dele de fato. Puxei-a para os meus braços e ela veio de bom
grado e deu um suspiro de felicidade, acho que mesmo dormindo ela sabia que eu estava ali, ou
então estava sonhando comigo.
Coloquei uma de suas pernas em cima do meu quadril e enfiei um dedo dentro dela, que
se contorceu toda, mas continuou a dormir. Pensei que estava até acordada, mas não, ela estava
dormindo profundamente. Estoquei mais um dedo dentro dela, que começou a ondular como se
estivesse tendo um sonho erótico comigo. Com a outra mão eu passava nos seus seios apertando
levemente seus mamilos até deixar ele duro. A minha tigresa começou a gemer.
Sem aguentar, tirava e entrava com dois dedos dentro dela, até que ela começou a se
mexer no ritmo dos meus dedos, não sei como ela não acordava, e eu todo aceso que estava. Tirei
meus dedos de dentro dela, ouvi um gemido de frustração e enfiei três dedos, sentido os espasmos
da bocetinha dela, que estava chupando eles mais para dentro. Porra, não ia aguentar isso,
peguei meu pau e introduzi bem devagar, ouvindo mais gemidos, agora de alegria. Ela achava
que estava sonhando, isso me deixava doido.
Comecei a estocar devagar e fui aumentando a velocidade dos movimentos, sabia que iria
deixar ela marcada, mas não estava nem aí. Com uma das mãos na perna dela para dar um
impulso, e com a outra tocava no clitóris. Sabia que, naquele momento sim, minha tigresa estava
acordada.
— Ah, Diogo, que delícia, mete assim. – ela gemeu.
— Está gostando né, putinha, seu homem te comendo desse jeito.
— Sim, por favor, me coma. – ela pediu me deixando doido, tirava meu pau dela e voltava
com força total a deixando languida.
— Vou te comer, minha putinha gostosa. – eu falava no seu ouvido, deixando ela mais
acesa.
Metia com tudo, sabia que deveria estar machucando ela, mas os gemidos que dava e o
palavreado dela quase me fizeram gozar. Saí de dentro dela, fazendo Nella choramingar, a virei
de quatro, levantei a bunda dela e coloquei para dentro meu pau e voltei a meter com força na
minha tigresa, que gemeu com a súbita mudança.
— Delícia, mete com mais força. – ela pediu gemendo.
— Está gostando né, putinha? Aqui vai. – saí de dentro dela e meti com mais vigor, a
fazendo levantar o corpo para se ajustar a mim.
— Sim, estou amando ter seu pau dentro de mim. – ela me falou.
Observei a mão dela passando por debaixo dela e senti os seus dedos tocarem no meu
pau e logo a ouvi gemer mais e mais enquanto se tocava. Aquilo foi me deixando fora de controle,
o sexo entre nós era espetacular. Senti a boceta dela apertando meu pau e percebi que a minha
tigresa já estava para gozar e disse:
— Goza para mim, minha tigresa.
Com isso ouvi o grito dela, logo depois eu estava socando até não aguentar mais e dei um
grito quando eu cheguei no meu orgasmo.
Minha lembrança desse dia maravilhoso foi apagada quando eu ouvi a voz da minha
mulher.
— Diogo, algum problema?
— Não, tigresa, estava com o pensamento longe. – respondi rouco.
— Então esse tom de voz rouco quer dizer que estava sonhando com qual das nossas
fantasias. – ela me perguntou e senti pelo tom que já estava excitada.
— Daquela vez que te acordei, gostosa.
— Amei aquela noite, amo todas as vezes que fazemos amor.
— Eu também, tigresa. Você chegou bem em casa?
— Sim, eu cheguei bem, querendo você do meu lado.
— Daqui a algumas horas vamos estar juntos. – eu falei olhando para o meu relógio de
pulso.
— É melhor mesmo, delegado.
— Sim, vou estar te fodendo nessa cama.
— Promessas, promessas. – ela provocou.
— Vou cumprir, minha tigresa.
— Então, Diogo, mudando de assunto, você percebeu como o Davi está meio estranho?
— Sim, eu ia comentar com você, mas como ele foi junto com a gente no restaurante.
— Falando nisso, quem sabe da próxima vez vamos ver se achamos com cabine?
— Cabine, como assim? – perguntei confuso.
— Sim, estava fazendo uma pesquisa para o meu próximo livro.
— Tá, amor, mas como eu me encaixo nisso? – perguntei ainda não entendendo aonde ela
queria chegar.
— É simples, no meu livro vai ter uma cena erótica quase daquele jeito que a gente fez no
restaurante agora há pouco.
Ai meu Deus, gemi só com o pensamento que a minha tigresa estava lembrando.
— Nella, amore, melhor nem lembrarmos aquela cena, que fico todo duro novamente.
— Estou toda excitada, delegado, com aquela demonstração que fizemos aí do lado de
fora da delegacia.
— Maldade, amor. – eu repondi frustrado.
— Bom, vamos voltar a falar do meu irmão, Diogo.
— Amor, eu sei que ele anda meio estranho. Você sabia que ele está a fim da Raquel?
— Da Raquel, tem certeza? – ela perguntou surpresa.
— Sim, ele está muito a fim dela, eu reparei aquele dia que nos encontramos que os dois
mal estavam se olhando.
— É verdade mesmo, Diogo? – ela me perguntou.
— Então, ele me confessou alguns dias atrás que não sabe como proceder.
— Eu também não sei, Diogo. – ela suspirou.
— Bom, sei que estão mexidos, vamos ver no que vai dar. – respondi.
— Vamos sim, é melhor te deixar trabalhar, amor. A gente se vê daqui a pouco.
— Não quero, mas é melhor, você me distrai muito. – confessei com um sorriso bobo.
— Você também, meu delegado, um beijo bem gostoso.
— Pode deixar que eu vou cobrar com certeza esse beijo, sua gostosa.
Nos despedimos e eu fiquei olhando para o meu telefone com vontade de sair e largar
tudo, ir direto para a minha casa. Mas não podia largar o meu trabalho, afinal eu era o delegado.
As horas foram passando lentamente e não via a hora de ir para a minha casa e, quando
estava para sair, Roberto veio me cumprimentando.
— Ora, ora, se não é meu amigo, o delegado? – me questionou num tom de ironia.
— Como vai, Roberto, de plantão hoje pela manhã?
— Sim, me transferiram para a manhã não sei por quê?
Claro que eu não diria que os superiores estavam de olho nele, me pediram, é claro que
em sigilo, para pôr ele no turno da manhã, porque assim seria mais fácil ficar de olho nele e assim
atrapalhar os seus planos com a máfia.
— Também não sei, Roberto, estou tão surpreso quanto você?
— Bom, Diogo, bom sono para você.
— Obrigado, Roberto, vou dormir bem hoje. – respondi, pensando na minha tigresa me
esperando.
— Posso te fazer uma pergunta, Diogo?
— Claro que sim, do que se trata?
— Eu vi aquela moça com você, é a irmã do Davi?
— Sim, é ela. – respondi a contragosto, não querendo comentar sobre a minha vida com a
minha mulher.
— Nossa, o Davi já sabe? – ele me perguntou e pensei em como o Davi costumava ser
muito ciumento com a tigresa.
— Fazer o quê? Ele teve que aceitar. – com isso me despedi dele e fui embora.
Eu lembrei que precisava de roupas e antes de ir para a casa da minha tigresa, passei na
minha casa rapidamente, só para pegar algumas roupas. Fui tão rápido que em menos de 20
minutos já estava na porta da sua casa. Entrei e fui direto para o quarto, e a encontro dormindo
com aquela maldita camisola, gemi. Essa mulher gostava mesmo de me torturar. Tirei a minha roupa
e fiquei só de cueca, deitei do lado dela e a abracei. Queria muito acordá-la, mas estava tão
cansado que só de sentir o cheiro dela contra mim, foi como um bálsamo e acabei adormecendo
nos braços daquela tigresa.

Horas mais tarde...

Estava tendo um sonho erótico onde a tigresa me chupava com uma vontade doida, logo
estava me mexendo querendo sentir aqueles dentes raspando no meu pau, aquela maldita língua
me chupando como pirulito. Acordei com uma dor que parecia que iria explodir, foi quando eu vi
que a Antonella estava ajoelhada em cima da cama com seus cabelos magníficos soltos em cima de
mim e fazendo maravilhas no meu pau.
— Puta merda, amor, que gostoso.
— Está gostando né, delegado gostosão? – ela me provocou quando tirou a boca do meu
pau.
— Sim, amo essa boca, esses seios, essa boceta ao redor dele querendo estrangular. Ah,
isso, com força, estou quase lá.
A Antonella chupava, lambia e acariciava as minhas bolas. Tão gostoso que eu quase não
conseguia me controlar, e quando eu já estava quase gozando, a filha da mãe tirou a boca do
meu pau sorrindo de um jeito malicioso.
— Ah, não, amor, vai até o final. – eu pedi já rouco de tesão.
— Não se preocupa não, amor. – ela falou vindo até mim, colocando seus seios para fora,
se tocando e massageando eles com força, quase gozei vendo aquela cena.
— Vem aqui amor, senta no meu pau e me cavalga como uma amazona, me dá seus seios
maravilhosos e me deixa chupar bem gostoso enquanto você me fode.
Não precisou pedir duas vezes, a tigresa montou em cima de mim e como estávamos
excitados, gememos bem alto ao sentir o contato de nossas peles se tocando. Ela começou a
cavalgar bem devagar e foi aumentando o ritmo, seus seios pulando com o movimento, e eu
aproveitei e segurei com força e comecei a chupar, com uma das mãos no seio e a outra na cintura
dela, dando força para ela terminar. Quando chegamos ao orgasmo, a Antonella caiu deitada em
cima de mim e não sei como, acabamos dormindo novamente, só que agora com ela deitada em
cima do meu peito.
Capítulo 19

Bônus Davi

Nunca me imaginei apaixonado por uma mulher do jeito como estou pela amiga da minha
irmã. Não sei o que acontece, ela me enlouquece com aquele olhar dizendo: me foda. E eu aqui em
casa, tentando me conter e não ir lá dar uma sacudida nela, por ser tão teimosa. Desde a primeira
vez que minha irmã nos apresentou, eu fiquei louco, maluco por ela. Sabia que era errado, ela e a
Nella eram melhoras amigas, e eu aqui, me comportando como um adolescente que vê a primeira
menina e fica se masturbando.
Já não sei quantas vezes eu bati uma só pensando naquela boca, ou mesmo, querendo ver
como deveria ser aquela bocetinha querendo estrangular meu pau. Só de ter esses tipos de
pensamentos, já estava duro novamente. Sempre ficava desse jeito só de ouvir a voz dela, ver o
corpo, que por sinal me deixava em ponto de bala sempre.
Resolvi tomar um banho e decidi curtir a minha folga para ir numa casa de BDSM
chamada: Os Desejos Proibidos. Tomei um bom banho imaginando se a Raquel era do tipo
submissa. Ah, como gostaria de saber seus segredos mais ocultos. Terminei de tomar um banho e me
troquei, peguei a carteira e as chaves e fui direto para casa.
Nessa casa só entrava com convite de sócio, aqui vinham muitas pessoas, a maioria entrava
por uma garagem e saía já dentro do clube, era só passar o cartão de identificação e entravam.
Passei o meu cartão e entrei, lá dentro era uma casa antiga, quase uma mansão, onde tinha vários
quartos. Estava olhando qual eu queria, quando eu vi uma cabeleira conhecida. Não acredito que a
Raquel gostava de vir nesses lugares, pensei. Fiquei puto ao ver que tinha um cara perto dela. Sem
saber como agir, na realidade sabia sim, fui atrás dela e a puxei pelo braço com força, quando
olhei para ela, vi que ela estava linda, com uma roupa de dominadora e, ao ver que era eu, ela
entrou em choque e ficou toda ruborizada, com vergonha.
— O que você está fazendo aqui, Raquel? – questionei encantado de vê-la vestida desse
jeito, e meu pau levantou em saudação para a dona dele.
— Eu que te pergunto. O que você está fazendo aqui, Davi? – ela perguntou constrangida,
e o cara, que estava lá nos olhando confuso, perguntou para ela:
— Raquel, te espero lá dentro conforme combinamos? – antes que ela possa responder, eu
respondi completamente estou louco. Quem aquele filho da puta pensava que era para chamar
minha mulher pelo nome.
— Não, ela não vai. – respondi em tom seco.
Ela me olhou surpresa e ao mesmo tempo, sua expressão mudou me deixando louco.
— Pode me esperar lá. – ela falou para o cara. Ele seguiu para um corredor e Raquel me
olhou querendo me comer vivo ali.
— Quem você pensa que é para falar desse jeito comigo? – ela explodiu.
Puxei-a para um dos corredores desertos e a joguei contra a parede, imprensando o
corpo dela com o meu, nos fazendo gemer com esse contato. Ela soltou a respiração entreabrindo
os lábios bem perto de mim, me deixando maluco.
— Você é minha Raquel. – respondi passando meus lábios pelo seu pescoço, sentindo sua
pulsação acelerando, e ela ficou ofegante. Senti suas mãos em meus cabelos puxando com força,
me deixando excitado pra caralho.
— Não sou, e não tenho dono. – ela gemeu quando chupei seu pescoço, com certeza
deixando uma bela marca nele.
— Eu sou seu dono, minha feiticeira. – avisei puxando uma das pernas dela sobre a minha
cintura, a fazendo sentir como meu pau estava duro por causa dela.
— Davi, me solta. – ela pediu baixinho e gemeu quando pressionei meu corpo me
esfregando nela.
— Está gostando né, feiticeira? Vou fazer você gozar muito com meu pau, minha língua e
meus dedos. – gemi ao ver que ela se mexeu.
— Davi, não podemos. – ela arfou me puxando mais ainda.
— Sim, devemos, gostosa. Estou louco para te comer assim desse jeito. – provoquei.
— Me solta, Davi. – ela me pediu, mas as suas mãos ainda me seguravam.
— Não, gostosa, nem pensar. – eu falei e a levei direto para um quarto vago, abri a porta
e entrei com a Raquel.
— Sai daqui, Davi. Me deixa em paz. – ela pediu mais uma vez.
Olhei pelo quarto sem responder nada. Vi uma cadeira no canto e sentei com ela no meu
colo, fazendo as pernas dela ficarem abertas. Sabia que ela estava se entregando, esse desejo
que estávamos sentindo um pelo outro era forte demais para ficarmos só nos amassos. Abri rápido
o zíper da sua calça e enfiei a minha mão, afastei sua calcinha e toquei o seu clitóris, e ela gemeu
mais ainda.
— Está gostando né, minha putinha gostosa? – enfiei um dedo na sua bocetinha, fazendo
ela se contorcer.
— Sim, continua Davi, está tão gostoso. – ela me pediu gemendo baixo.
Coloquei mais dois dedos dentro dela, essa mulher era muito gostosa, soquei mais ainda
até sentir a boceta chupar meus dedos mais para dentro.
— Porra, Raquel, essa sua bocetinha está engolindo meus dedos. Nossa, caralho. Isso,
chupa e engole meus dedos como se fosse meu pau que estivesse dentro de você, feiticeira. –
rosnei com desejo.
— Mais forte Davi, mais forte. – ela me implorou e eu fui com tudo. Tinha medo até de
machucá-la com a fome que estava me dando.
— Tudo que você quiser, minha feiticeira. – acelerei o ritmo com tudo e seus olhos fixaram
nos meus, seus olhos escureceram e ela estava perto, dava para sentir e pedi — Goza agora,
minha feiticeira.
Com esse pedido, ela gozou lindamente. Continuei socando com os dedos dentro dela até
ver que ela tinha parado completamente de gozar. Seu corpo se acalmou e ela me olhou. Seu
olhar ainda era de desejo, mas ao mesmo tempo de medo. Ao ver como se encontrava, ela tirou
meus dedos de dentro dela.
— Não pode acontecer nada entre a gente, Davi. – ela falou e vi que seus olhos estavam
cheios de água.
— Raquel, me desculpa, não queria te machucar? – me desculpei vendo que ela estava
chorando.
— Não, Davi, você não me machucou, só não podemos voltar repetir o que aconteceu. –
ela me falou triste.
— Por que não, Raquel? Para com isso, eu gosto de você, estou completamente de quatro
por você. – eu confessei.
Ela saiu de cima de mim e ficou de pé arrumando a calça indo em direção à porta, mas
antes de sair ela me falou com a voz baixa sem olhar para mim.
— Melhor a gente esquecer o que aconteceu e ficarmos como amigos que somos.
Com isso, ela saiu sem ao menos me dar chance de responder, e quando fui atrás dela,
pensei que ela estivesse voltando para o quarto do cara, mas a observei indo embora para fora
do local.
Saí também indo fui direto para o carro e segui de volta para casa. Chegando lá fui para
o meu quarto, onde deitei na minha cama e pensei em tudo o que aconteceu entre mim e a Raquel,
e uma das coisas que percebi foi que ela queria ficar comigo. Mas alguma coisa que vi nela me
deixou pensativo, ela tinha algum segredo e eu iria descobrir.
Capítulo 20
Bônus Raquel

Cresci numa comunidade, onde tinha ladrão e traficante de drogas por tudo que era lado,
nunca pensei que chegaria onde estou. Graças a minha mãe, ela sempre foi minha rainha, minha
guerreira, sempre me incentivando a aproveitar todas as oportunidades e nunca me conformar com
o meio em que vivíamos. Como não tínhamos dinheiro para pagar os cursos de inglês e outras
coisas, aproveitei todos os programas que tínhamos na comunidade e fiz todos os cursos que eram
oferecidos.
Consegui um emprego quando fiz dezesseis anos, trabalhava muito duro, mas nunca parei
de estudar. Me formei em letras e aos poucos fui entrando para o mundo dos livros. Minha casa
tinha um monte de livros que eram doados em bibliotecas. Sempre lia, estudava, e quando surgiu
uma oportunidade, comecei a trabalhar numa editora como revisora, e lá conheci a Nella. Nós não
nos demos bem logo de cara, mas com o tempo acabamos ficando melhores amigas e, juntas,
conseguimos comprar as partes da editora e ficamos sócias. Até que em uma noite, quando estava
voltando para casa, eu fui violentada.
Sempre tive medo de chegar perto de homens e fiz anos de terapia, até que um dia eu
estava lendo sobre BDSM num site e fui a um clube para conhecer. É claro que quando conheci foi
bem assustador. Tinha mágoa, raiva e usava o chicote para descontar nos homens o que fizeram
em mim. Sabia que eles gostavam de sentir dor, usei isso a meu favor. Toda vez que um cara
implorava para bater nele, eu fazia com todo sangue, mas depois, quando ia embora para a
minha casa, e ficava sozinha, eu chorava.
Fiz defesa pessoal, aprendi a me defender e nunca mais deixei um homem chegar tão
perto de mim a ponto de me machucar. E então eu conheci o Davi. Ele era um homem perfeito, meu
príncipe encantado. Ele conseguiu me fazer baixar a guarda, e eu fiquei completamente
apaixonada por ele, mas sabia que nunca seria possível.
Sempre ouvia que a culpa era minha, afinal eu pedi para ser violentada. Me deixava mal
ouvir isso, tive que sair da comunidade com a minha mãe e aluguei uma casa na cidade. Ficamos
tristes, mas cada vez que alguma mulher lá me olhava com recriminação, ficava arrasada. Sofri
muito com o preconceito.
A casa em que fomos morar era linda e aconchegante, mas não era a mesma coisa. Aos
poucos o tempo foi passando e chegamos a nos acostumar com a casa e com o novo bairro, nunca
mais aparecemos na comunidade.
Cheguei em casa ainda muito abalada por tudo o que tinha acontecido no clube de BDSM.
Davi apareceu com aquele jeito possessivo e me deixou completamente sem reação, tive que me
entregar. Fui fraca.
Tudo que eu queria era ouvir a voz de uma amiga, mas olhei para o relógio e vi que era
de madrugada ainda e eu não tinha conseguido dormir. Peguei o celular e, quando vi que Nella
estava online, liguei para ela.
— Oi amiga, como está?
— Estou bem, Nella. Fazendo o que acordada essa hora?
— Estava sem sono, Diogo está dormindo e fiquei escrevendo um novo romance.
— Que bom amiga, sobre o que desta vez? – perguntei curiosa.
— Ah, estou escrevendo sobre uma garota que se apaixona pelo irmão da amiga dela.
Senti isso como se Antonella estivesse jogando verde para colher maduro, mas não tinha
certeza se ela sabia ou desconfiava de alguma coisa sobre mim. Que eu era apaixonada por
aquele gostosão do irmão dela, com certeza eu era. Uma vez eu o vi sem camisa e fiquei louca,
tive um tesão enorme, que quando cheguei em casa, tive que me tocar para ver se gozava. E só de
me lembrar daquele corpo com barriga de tanquinho gozei que nem uma louca.
— Raquel, amiga, acordaaaa. – ela gritou e eu levei um tremendo de um susto.
— Quer me matar do coração, mulher? – gemi com o coração acelerado e percebi que
meus pensamentos me levaram para longe novamente.
— Você não escutou o que eu estava te dizendo. – ela acusou.
Era verdade, não podia ficar pensando no irmão da minha melhor amiga.
Nella sabia o que tinha acontecido comigo, contei para ela o que me ocorreu na
comunidade. Me senti na obrigação de contar quando ela dormiu na minha casa e presenciou um
pesadelo daqueles horríveis que eu tinha. Minha mãe que sempre vinha em meu socorro, me
abraçava quando eu chorava, mas ela não podia, ela estava viajando com algumas amigas que
ela tinha feito na igreja. Eu estava sozinha e com a Nella, que me amparou e ajudou do jeito que
eu precisava. Quando ela me abraçou, não vi recriminação, nada. Só vi amor, compreensão e, pela
primeira vez, consegui contar para alguém o que tinha acontecido. E por isso sempre agradeceria
a Nella, por ser o que era, uma amiga irmã.
— Desculpa, estava com o pensamento longe, amiga.
— Está desculpada. E você, por que está acordada ainda?
— Ai menina, sei lá, não consigo pregar o olho. – eu lamentei.
— Então que tal a gente almoçar juntas amanhã, é claro, se der. – ela me pediu com
carinho.
— Claro que sim, amiga, vamos, só me dizer a hora e o local que a gente vai lá.
— Então tá, faz um chá para ver se consegue dormir.
— Vou sim amiga, e você também aproveita para dormir, os livros não vão fugir. –
brinquei.
— Claro que não vão fugir, é verdade, vou dormir um pouco, beijos. – a gente se despediu
e fiquei ali deitada sem saber o que fazer da minha vida.
Saí da minha cama e fui direto para a sala, coloquei um filme para assistir e acabei
dormindo no sofá. No meio da noite, me peguei tendo um pesadelo, no qual o Davi descobria que
eu tinha sido violentada e me desprezava, e quando acordei chorando vi que já tinha amanhecido.
Sequei meus olhos e tentei não pensar no sonho. Sabia que, como policial, o Davi não me criticaria,
mas não queria que ele soubesse o que me aconteceu, nunca.
Fui tomar um banho quente para tirar a tensão do corpo e logo em seguida me troquei e
fui para a editora. Eu sabia que estava com a cara péssima, por isso coloquei óculos escuros, para
esconder que não tinha dormido nada. Pedi para minha secretária, Anne, para pedir um café forte
e aspirina, porque sem dormir direito, estava com uma dor de cabeça dos infernos.
As horas passaram e quando me encontrei com a Nella, ela viu como estava e me abraçou
forte.
— Amiga, outro pesadelo? – ela perguntou com pesar.
Não precisei nem confirmar com a cabeça. Desabei novamente e não aguentei segurar as
lágrimas, chorei muito, e ela, como amiga, me consolou. Quando finalmente me acalmei,
conversamos sobre o livro dela e consegui pelo menos comer algo. Saímos de lá direto para o
shopping para comprar um livro que eu estava querendo ler.
— Obrigada por ser essa amiga. – falei quando a gente se abraçou e se separou.
— Sempre, Raquel, pode contar comigo.
— Eu sei.
Com isso eu voltei para a editora mais animada e enfrentei uma reunião que tinha sido
marcada.
Capítulo 21

Diogo

Nós ficamos estudando os passos do Roberto. Ver que ele não era o que eu tinha
pensando me arrasou profundamente, nunca imaginei que a coisa estava daquele jeito.
Os dias passaram com uma rapidez impressionante. E o Roberto cada vez se descuidava
mais, dando o ar de sua graça com roupas de grife, o carro esportivo caro. Ou ele era muito
besta ou se achava muito esperto. Tivemos que pedir para o juiz uma quebra de sigilo para
ficarmos sabendo das ligações para um tal de Falcão. Esperamos ele se encontrar com
fornecedores de drogas e montamos uma emboscada, estava tudo preparado para pegá-lo.
— Tudo pronto, Diogo? – Davi me perguntou com o colete à prova de balas.
— Sim, tudo. Seja o que Deus quiser. – eu comentei fazendo o sinal da cruz para que nada
de errado acontecesse.
Roberto deu muita bandeira das coisas que estava fazendo, cheguei a pegar ele andando
com uma moto de mais de cinquenta mil reais várias vezes, e ele me via e só me cumprimentava,
achava que eu não iria questionar, mas sabíamos que Roberto era peixe pequeno.
Nem liguei para Antonella, para ela não ficar preocupada com a nossa situação, sabíamos
que corríamos risco de sermos mortos, afinal, nem sabíamos onde estávamos entrando, ou melhor,
sabíamos sim, mas éramos preparados para enfrentar tudo, e essa era a ocasião.
Seguimos Roberto por toda parte quando descobrimos para quem ele estava ligando. A
operação seria uma das mais difíceis, mas estávamos prontos para aquilo. Observei que cada
homem nosso estava se separando e indo para os pontos estratégicos, prontos para darmos o
bote. Com o meu sinal nos preparamos e invadimos o local. Foi dado o alerta e logo ouvimos tiros
para todos os lados, e seguimos atirando. E, como em um acordo, Davi e eu nos separamos, sempre
evitando, é claro, de sermos atingidos.
Nós estávamos em Santos, onde eram feitos o embarque e desembarque de navios.
Roberto se achava muito esperto se colocando em risco para não ser descoberto. Descobrimos que
seria uma grande carga. O que será que o Roberto estava escondendo tanto?
Enquanto todos estavam correndo para pegarmos todos os bandidos, vi o Roberto indo em
direção a um dos navios, e fui me escondendo para que nem Roberto e nem os amiguinhos dele
reparassem que estava seguindo eles.
— Caralho, como nos encontraram eu não sei. – ele gritou correndo — Vamos logo,
precisamos sair daqui.
— Senhor, não pegamos todas as caixas. – um dos cúmplices dele falou, e eu ali
esperando a melhor hora para atacar.
— Tenta chamar o máximo de homens lá fora com o rádio e peça para entrarem logo no
navio. Nós vamos levar o que temos aqui dentro para fora do Brasil.
— Sim, senhor! – o cara se afastou e Roberto andou de um lado para o outro nervoso, e
pegou o celular — Sou eu, pode sair com o navio. Ok então, estou mais tranquilo. – olhei para ver
se tinha mais alguém chegando e entrei da sala onde ele se encontrava, sentado agora.
— Olá, Roberto, como está? – perguntei percebendo que ele ficou rígido.
— Como me encontrou aqui, Diogo? – ele perguntou sem responder o meu cumprimento.
— Engraçado, Roberto, você me fazer essa pergunta? – eu comentei com a arma em
punho.
— Então foi você, seu filho da puta, que me colocou para trabalhar de manhã? –
perguntou puto.
— Eu poderia falar que fui um dos responsáveis. Agora responde uma pergunta, Roberto,
por que entrar nessa vida?
— Eu sou inocente, Diogo. – ele só podia estar de brincadeira com a minha cara.
— Sei que você não é nada inocente. – ironizei.
— Claro que sim, Diogo, me ajuda vai, não quero ser preso.
— Com certeza você vai ser, e sinto pena da sua mãe, porque ela quem vai sofrer por
isso. – comentei com pesar.
— Claro que sim Diogo, você sempre gostou da minha mãe, né? – ele respondeu com
amargura.
— Sim, gosto dela, minha tia, a sua mãe é um doce.
— Então você sempre foi o preferido dela em tudo.
— Olha a mentira que você mesmo está dizendo, Roberto. Sua mãe te criou sozinha sem
seu pai. Ela sempre fez tudo por você, sempre te amou.
— Ela mentiu pra mim, sempre fez isso, não queria que eu conhecesse meu pai.
— Não fala besteira, Roberto. Do que você está falando? – perguntei confuso sem
entender nada do que ele estava falando.
— Não se preocupe com a minha mãe. Logo, logo ela vai ver que o filhinho adotado dela
vai morrer. – ele me falou, e eu franzi o cenho sem entender nada do que ele estava falando.
Roberto sacou a arma e ficamos nos olhando. Eu não conseguia reconhecer a pessoa que
estava ali na minha frente, com certeza não era o mesmo Roberto que eu conhecia, ele parecia
louco.
— Roberto, abaixa esse revólver agora? – pedi. Não queria ter que atirar nele.
— Nunca, Diogo, você sempre foi melhor em tudo né? – ele soltou passando a arma na
cabeça, coçando. Completamente descontrolado. Roberto estava louco.
— Sempre fui normal, Roberto, uma criança normal como você.
— Não, você era o queridinho de todos, entrei para a polícia achando que assim eu iria
conquistar o carinho da minha mãe, mas não, ela sempre só teve olhos para você, seu filho da puta.
— Para de falar besteira, Roberto, sua mãe sempre lutou muito por você, sempre te deu
uma boa educação.
— Eu queria muito mais que uma simples educação, queria dinheiro, e isso ela não tinha,
talvez eu tenha puxado meu pai.
— Seu pai é um criminoso, Roberto. – respondi com raiva dele.
— Não, meu pai é um super-herói para mim, você não entende. – ele me falou como se
fosse uma criança.
— Você sabe disso, seu pai é um idiota. – resmunguei.
— Não é, meu pai é tudo para mim! – continuou andando para um lado e para o outro.
Eu precisava tirar a arma dele. Roberto não estava bem, quando saíssemos daquela
situação, ele teria que ser internado em uma clínica psiquiatra, Roberto, definitivamente, estava
louco.
Fiquei observando enquanto ele andava de um lado e para o outro como se não estivesse
falando coisa com coisa. Ele se distraiu e cheguei perto dele. Logo em seguida, um dos seus
ajudantes entrou apressado e eu aproveitei a distração para agarrar o Roberto por trás,
segurando seu pescoço e apontando a arma para ele.
— Chefeee... – ele parou de falar quando viu que eu estava com a arma apontada para
a cabeça do Roberto.
— Me solta, Diogo, vou te matar. – ele gemeu quando apertei meu braço no pescoço dele.
— Depois a gente se resolve, e você aí amigo, nem pensa em sair daqui. – falei
pressionando o cano da arma na cabeça do Roberto.
— Não vai precisar não, Diogo, conseguimos pegar todos. – ouvi a voz do Davi que se
aproximava com a arma apontada para o ajudante do Roberto.
— Então deu tudo certo, Davi.
— Sim, deu. O navio nem zarpou. – ele respondeu simplesmente.
— Como não?! – Roberto gritou de ódio.
— Roberto, você se acha tão esperto, mas estávamos atrás de você, foi uma forma de
pegarmos você, tínhamos policiais infiltrados trabalhando pra você.
— Impossível, vocês dois me enganaram.
— Claro que sim, Roberto, a gente tinha tudo planejado, eu não atiraria em você. – eu
respondi e continuei a falar — Então o que tinha que fazer era te distrair o máximo possível para
conseguirmos pegar todos.
— Vocês dois me pagam. – ele nos ameaçou.
— Não vamos não, para onde você está indo vai ser um paraíso. – eu debochei dele.
— Ah, vocês acham que não vou pegar vocês? Vocês que pensam, vou pegar aquela
gorda da sua namorada e brincar com ela. – ele ameaçou a minha tigresa. Dei uma coronhada
com a arma na cabeça dele e ele desmaiou.
— Só por cima do meu cadáver! – eu exclamei.
— Vamos sair daqui, Diogo. E pega ele, porque se eu encostar nele, vou acabar matando
o desgraçado. – Davi rosnou.
— Sim, vamos. – peguei o Roberto e saímos do navio.
O lugar já estava cheio de policiais, alguns até com cães farejadores. Vi uns paramédicos
que pegaram o Roberto e o colocaram na maca. Pedi para um oficial seguir com ele direto para o
hospital e o manter sob custódia.
— Bom, parece que o nosso amigo aí vai ficar um bom tempo preso. – Davi comentou.
— Sim, vamos embora que quero ir direto para a clínica quando chegarem lá com o
Roberto.
— Vamos sim, Diogo. – Davi concordou e seguimos direto para a clínica.
Durante todo o percurso eu me senti inquieto, mas em todo o trajeto, fui conversando com o
oficial, pedindo que me mandasse notícias de como Roberto se encontrava dentro da ambulância.
Capítulo 22
Logo que eu acordei pela manhã, reparei que o Diogo não estava na nossa cama. Achei
estranho, porque ele estava de folga hoje e não precisaria acordar tão cedo. O que será que ele
estava aprontando tanto? Pensei. Ele andava de muito segredinho com o Davi, tentei várias vezes
questioná-los para saber o que estavam me escondendo, mas nunca falavam sobre o assunto
misterioso deles.
Resolvi sair da cama e procurar por ele, mas quando me levantei, senti uma leve tontura
tomar conta de mim. Eu me segurei na cabeceira da cama para não cair. Devagar, eu sentei na
beira da cama e coloquei a cabeça entre meus joelhos para ver se a tontura melhorava um pouco,
estava bem forte. Respirei fundo e uma náusea veio com tudo.
Levantei correndo e fui direto para o banheiro e joguei tudo para fora. Quando terminei,
levantei do chão e escovei os dentes. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, achei
estranho porque nunca tinha sentido nada parecido.
Ouvi o barulho da campainha tocando e coloquei um roupão. Segui para porta e quando
olhei no olho mágico e vi a Raquel, logo abri a porta.
— Bom diaaaa... – Raquel falou animada, mas ao ver minha cara, murchou um pouco. — O
que houve, está passando mal?
— Bom dia, Raquel. Acordei muito mal. – murmurei. Fechei a porta e seguimos para
cozinha.
— Mas o que aconteceu com você exatamente?
— Não sei, Raquel. Acordei vendo que o Diogo não estava do meu lado, mas como ele e
Davi andam de segredinhos, imagino que seja pelo trabalho.
— Tá, continua. – ela pediu indo para o fogão e fazendo um chá enquanto
conversávamos.
— Então, continuando, eu me levantei, como sempre faço, aí me deu uma tontura que pensei
que ia desmaiar e segurei na cabeceira da cama. – dei uma pausa quando vi que a Raquel estava
pensativa e abri um maior sorriso.
— Nella, hoje é a primeira vez que está sentindo isso? – ela me perguntou curiosa.
— Sim. Ai, cê acredita que tive que colocar a cabeça entre as pernas como sempre ouvi
dizer que quando sentimos tontura, devemos colocar a cabeça entre as pernas, só que em vez de
melhorar, me deu uma vontade de vomitar, aff. – eu gemi só de sentir o gosto na minha boca.
— Ei, Nella, você não acha que pode estar grávida? – Raquel me perguntou.
— Que pergunta é essa, Raquel? – questionei.
— Nella, me poupe, você e o seu delegado transam como dois coelhos. É bem possível de
você estar grávida. – ela zombou de mim.
Será? Eu não podia estar grávida.
— Raquel, isso é impossível.
— Impossível se você dois usassem camisinha, e na minha opinião, vocês nunca usaram né?
– ela me perguntou, e eu fiquei vermelha só de confessar isso para Raquel.
— Acho que você tem razão. – eu suspirei.
— Mas como vou ter certeza? – perguntei ainda não acreditando que tinha um bebê
delegado dentro de mim. Claro que estava assustada, afinal eu não planejava ser mãe. E o Diogo?
Como ele vai reagir sendo pai logo cedo? Quero dizer, cedo por causa do nosso namoro. Ai meu
Deus, o que eu faço?
— Eeei, vamos parar de se torturar. – Raquel me pediu, mas não consegui. Acho que ela
percebeu pelo meu rosto que estava em pânico.
— Raquel, como vou contar para o Diogo?
— Calma, vamos à farmácia comprar o teste. Na realidade eu vou e você fica.
— Tá bom, é melhor eu ficar porque acho que vou cair se eu sair daqui.
— Nella, respira, minha filha, calma.
— Tá, vou ter calma. – eu respirei fundo.
— Já venho, aproveita e toma esse chá de camomila. – ela colocou o chá perto de mim e
assim que senti o cheiro, saí correndo de volta para o banheiro colocando tudo pra fora
novamente.
— Eita, Nella, você está bem?
— Acho que sim. – eu respirei fundo e me levantei indo até a pia do banheiro e joguei um
exaguante bucal na boca para tirar o gosto ruim.
— Nella, vou lá comprar o teste de gravidez, já volto.
— Tá bom. – respondi já tirando o roupão e tomei um banho rápido.
Toquei a minha barriga querendo saber se tinha mesmo um pequenino dentro dela.
Terminei de tomar banho, fui até o quarto e coloquei uma roupa mais folgada, sentei em frente à
penteadeira e comecei a pentear meus cabelos me olhando no espelho, vendo que me encontrava
ainda meio pálida.
— Nellaaaa, cheguei. – Raquel gritou.
— Estou no quarto. – gritei de volta.
Raquel entrou no quarto com uma sacola e dentro dela alguns testes de gravidez.
— Caramba, Raquel, você acabou com todos que tinha lá? – eu perguntei querendo dar
risada.
— Hahaha, com certeza. Agora a senhorita vai no banheiro e faz o teste lá.
— Ok, ok, eu estou indo.
Peguei a sacola e tirei todos os kits, abri todos e li o manual de cada um. Fiz xixi nos
copinhos e coloquei a tirinhas e fiquei ali esperando os testes ficarem prontos, no manual dizia que
tinha que ficar esperando 5 minutos.
— Nella, você morreu aí dentro?
— Já vou sair. – gritei do banheiro.
Tirei todas as tirinhas e todas elas disseram a mesma coisa: positivo. Não estava
acreditando, grávida, eu estava grávida do Diogo.
— Nella, você está bem? – ela perguntou preocupada.
— Sim, eu estou. – acho que sim, esperava que sim. Saí do banheiro e a Raquel vendo meu
rosto, perguntou:
— O que houve, Nella?
— Estou grávida. – eu soltei sentindo meu corpo começar a tremer.
— Parabéns, amiga, estou feliz por você. Sei que está sendo tudo um choque, mas vai
passar.
— Eu sei que vai, mas poxa, não me imaginava grávida, como eu vou contar para o
Diogo?
— Calma, amiga. Bom, você vai ter que contar para ele. Sei que ele te ama demais e vai
ficar muito feliz por você estar carregando o delegadinho Júnior dele. – Raquel fez graça e dei
uma risada. Toquei novamente a minha barriga ainda lisa.
— Amiga, estou assustada e ao mesmo tempo estou feliz em ver que tem uma pessoinha
dentro de mim. Será que vai ser o quê, Raquel?
— Espero que seja uma menina, assim certa pessoa vai ter um ataque cardíaco.
— Hahaha, você tá muito engraçada hoje, hein?
— Eu sei, e você me ama mesmo assim. – ela brincou comigo e me abraçou bem forte. Ouvi
o telefone tocar e fui atender.
— Alô. – falei.
— Oi amor, tentei falar com você no celular e não me atendeu.
— Oi Diogo, perdão querido, estava falando com a Raquel e nem ouvi tocar, estamos na
sala.
— Vocês duas juntas agora de manhã? Eu devo me preocupar? – ele brincou.
— Você sabe que não, a Raquel e eu nos comportamos muito bem.
— Eu acredito que sim, mas quando as duas resolvem sair e dar uma passada no Sex
Shop... – ele gemeu só de falar isso.
— Delegado, você realmente não tem jeito mesmo. – dei risada tirando a tensão que
estava sentindo.
— Amor, você vai estar livre hoje mais tarde?
— Vou sim Diogo, nós só vamos ver a capa do novo livro. Vamos almoçar nós dois em
casa?
— Tá bom, amor. Vou querer ver a capa do livro. Você quer que eu te leve alguma coisa?
– ele perguntou e fiquei com uma louca vontade de comer lasanha, comentei com ele:
— Diogo, passa naquela casa de rotisserie e compra lasanha, por favor?
— Claro que sim, amor, eu levo e a sobremesa?
— Hum, o que devo pedir? Você sugere alguma coisa?
— E se eu levar torta holandesa, o que acha?
— Divino, vou ficar te aguardando. Até daqui a pouco.
— Beijo, minha tigresa gostosa.
— Beijo, meu delegado, te amo. – desliguei o telefone e fiquei olhando para Raquel.
— Ai, você e seu delegado vão almoçar juntos?
— Sim, vamos, aqui em casa.
— Bom, vamos ver a capa para o livro depois, que tal a gente ir numa loja de bebê?
— Sério mesmo?
— Sim, sério. Vamos lá, Nella, você vai amar. E outra, como vou ser a madrinha dele ou
dela, quero já comprar um presente para o bebê.
— Ok, vamos. – concordei me animando.
Peguei a minha bolsa e saímos para fazer compras. Quando chegamos lá, eu fiquei
encantada de ver tantas coisas de bebê, ficamos até em dúvida no que comprar para o delegado
Jr. Vimos uns sapatinhos tão lindos que nós compramos um par rosa e outro azul. Pedi para
colocarem um de cada numa caixa e fazer um embrulho de presente. Não via a hora de mostrar
para o Diogo para ver a reação dele ao ver que estávamos esperando um bebê.
— Agora você está feliz né? – Raquel me perguntou.
— Sim, eu estou. Agora vamos até a loja de Sex Shop. – chegando lá, eu vi algumas
fantasias Plus size e olhei para ver se tinha alguma que me chamasse a atenção, foi quando eu
olhei e vi uma de policial. Não pensei duas vezes e a comprei junto com um par de algemas.
— Hoje vai pegar fogo vocês dois hein.
— Espero que sim. – pisquei o olho.
Saímos de lá e voltamos para minha casa, deixei o presente no quarto. Tomei um banho
bem demorado e me troquei colocando a fantasia, fui até a sala, fechei as cortinas e apaguei
tudo. Resolvi colocar uma playlist com as nossas músicas tocando. Olhei para o relógio e vi que já
estava quase na hora do meu delegado chegar. Sentei em uma poltrona esperando por ele e
deixei a sacola com o par de algemas perto de mim. Eu já estava ficando ansiosa quando ouvi a
porta se abrir e o Diogo falar:
— Tigresa, onde você está?
— Bem aqui delegado. – eu estava sentada perto do rádio.
— O que a minha tigresa está aprontando hein? – Diogo estava com aquela voz que
sempre me deixava louca.
— Eu não estou aprontando nada, delegado. – não via a hora de ficar com ele.
— Vou até aí te buscar.
— Não precisa delegado, eu vou até aí te buscar. – levantei da poltrona e segui até o
delegado, caminhando bem devagar e quando ele olhou para mim, seus olhos escureceram.
— Puta que pariu. – Diogo falou rouco.
— Não gostou? – provoquei sabendo que ele tinha gostado. Além do olhar que recebi, seu
pau estava visivelmente duro, como se estivesse me saudando.
— Ah, amor, você e a Raquel foram até a loja né? – ele gemeu.
— Pensei que era isso que o meu delegado queria.
— Amo você, de todo e qualquer jeito, você sabe né?
— Claro que sim. Eu sei e também te amo muito. – pisquei o olho sorrindo maliciosa.
— Agora eu devo fazer o quê? – ele me perguntou em um tom curioso.
— Que tal você se sentar na cadeira. – eu pedi.
Eu fiquei olhando enquanto ele se sentava na cadeira deixando suas pernas abertas, me
deixando ver o volume, que nessa altura já estava desconfortável, porque ele teve que ajeitar
quando se sentou.
— Tenho a permissão de fazer alguma coisa? – ele perguntou já excitado.
— Só uma coisa. Tirar a camiseta. Essa é a única coisa que permito você fazer.
Capítulo 23

— O que você pretende fazer comigo? – ele brincou.


— Que tal se eu te algemasse na cadeira e fizesse uma dança para você?
— Tirando a parte de me algemar, porque assim não vou poder te tocar e isso eu não
quero. Minhas mãos estão loucas para te tocar.
— Nananinanão, senhor delegado. Só hoje vai, depois você pode me algemar quando
quiser. – propus para ele, que ficou logo animado.
— Então pode me algemar, porque quando acabarmos aqui, a senhorita vai ter a bunda
marcada pela a minha mão. – agora ele me ameaçou, e eu em vez de ficar com medo, pelo
contrário, fiquei excitada. Sabia que o Diogo nunca me machucaria e isso demonstrava que ele era
pervertido, o meu pervertido gostoso.
— Continua com essa expressão de tarada pra cima de mim que você nunca vai me ter
algemado. – ele me ameaçou.
— Promete que vai me algemar meu delegado. – provoquei.
Fui até a sacola e peguei o par de algemas, que quando o Diogo viu, ficou surpreso, ele
não imaginava que eu quisesse algemá-lo ou mesmo que eu tivesse mesmo comprado uma. Fui até
ele e prendi as suas mãos na cadeira, não o deixando me tocar com as mãos, mas o filho da mãe
me pegou distraída e me tocou com a boca me dando uma mordida e passando a língua no meu
pescoço me fazendo gemer de tesão.
— Delegado, que coisa feia me morder? – recriminei.
— Ah, minha safada, eu vou morder, seus seios, essa sua boceta... – ele grunhiu me
deixando doidinha por ele.
Estava tão distraída brincando que nem vi que ele já estava sem a camisa, e pelo amor de
Deus, esse homem tinha um corpo espetacular, barriga tanquinho e esses músculos. Amava sentir a
força dele em mim.
— Pode tocar à vontade, tigresa, sei que você gosta de me tocar?
— Com certeza.
Eu sentei em cima dela e gememos os dois juntos ao sentir que o pau dele tocava minha
boceta me deixando encharcada.
— Isso, movimenta bem gostoso vai. – ele me pediu já chupando meu pescoço querendo me
marcar mais ainda.
Comecei a me esfregar nele, subindo e descendo, deixando minha bocetinha pressionar o
seu pau, o que o deixou mais duro ainda e Diogo ficou praguejando como um doido.
— Está gostando, delegado?
— Você sabe que sim, tigresa. – ele respondeu.
Eu comecei a tirar a fantasia bem de devagar, e meus seios ficaram nus, expostos para ele.
Senti um pequeno ventinho nos meus seios e vi que o Diogo estava assoprando.
— Coloca esse seio dentro da minha boca vai, gostosa? – ele me pediu.
— Assim? – eu provoquei colocando o seio dentro da sua boca e gritei ao ver que o Diogo
abocanhou com vontade, ora lambendo, ora mordendo, como se estivesse com fome, puxava com os
dentes o bico do meu seio até deixar ele durinho.
— Ah, amor, eu vou colocar meu pau nesses melões, vou foder cada buraco do seu corpo.
A forma que o Diogo falava me deixava completamente doida. Tirei o meu seio da sua
boca e coloquei o outro. Ele fez a mesma coisa, mordendo e lambendo. Gritei de tesão, era forte
demais. Tirei meu seio da sua boca novamente e passei a minha língua na sua boca chupando com
vontade mordendo seu lábio devagar, deixando gostinho de quero mais.
— Tigresa, você vai me pagar caro por esse beijo. Ah, se vai. – ele estava com um sorriso
perverso.
— Vamos ver, delegado. – eu respondi dando um belo sorriso.
Desci meus lábios pelo seu pescoço e fiz da mesma forma que ele fez comigo. Dei uma
chupada no pescoço dele e depois fui lambendo sentindo a veia do seu pescoço saltar.
— Alguém hoje está com a corda toda hein, tigresa?
— Sempre para você, delegado.
Saí do seu colo ouvindo protestos e passei a língua no peito dele, segui com a língua até
chegar na sua calça, abri o zíper e abaixei devagar junto com a cueca. O pau dele saltou todo
alegre querendo atenção. Sua cabeça estava já molhada de pré-gozo.
— Puta merda, tigresa, me deixa sentir essa boca pecaminosa em cima do meu pau.
Sem responder para ele, passei a língua na ponta da cabeça do seu pau e ele quase
pulou ao sentir minha língua nele.
— Isso, tigresa, lambe meu pau do jeito que sabe fazer, bem gostoso.
Ele arfou quando eu abocanhei com gosto todo o seu pau, chupando, lambendo e
mordiscando. O Diogo foi à loucura. Com uma das minhas mãos toquei no seu saco massageando e
sentindo seu corpo estremecer. Sabia que ele estava para gozar, eu sentia isso.
— Amor, quero gozar dentro de você, por favor? – ele pediu.
Fiquei de pé e virei de costas para ele, fui descendo o short e rebolando, ouvindo o Diogo
gemer e prometer que a hora que eu o soltasse, ele ia me comer de quatro, com a minha bunda
levantada no ar, que ia me foder contra a parede e várias outras coisas que só me deixaram
ainda mais excitada.
Voltei de novo para ele e sentei no seu colo de costas para ele rebolando no seu pau, mas
sem colocá-lo dentro de mim. Diogo nessa altura do campeonato já estava louco.
— Me coloca dentro de você amor. – ele pediu gemendo.
Eu estava dançando em cima dele no ritmo da música da Sia, Chandelier. A música era tão
envolvente que estava fazendo amor com ele só com os movimentos, sem colocar o pau dele dentro
de mim e, quando enfim coloquei, gritamos de prazer ao sentir a força do tesão que estávamos
sentindo.
— Está bom assim, meu delegado? – o provoquei com a voz rouca e me encostei no peito
dele deixando ele doido.
— Vai amor, me fode com força. – ele repetiu a frase que eu costumo pedir para ele
fazer comigo.
Aumentei a velocidade sentindo o pau dele ficar ainda mais duro dentro de mim. Ele socou
bem forte dentro de mim gemendo e falando:
— Se toca amor, porque estou gozando.
Levei minhas mãos, automaticamente, até meu clitóris e me toquei com vontade, com a mão
livre, segurei a nuca dele, trazendo o seu rosto para perto o beijando. Meu corpo começou a ficar
todo trêmulo. Sabia que estava perto de gozar, meu corpo já na borda e quando ele falou:
— Goza, minha tigresa.
Meu corpo explodiu e eu gozei plenamente, sentindo o Diogo meter mais ainda até ele
gozar dentro de mim. Meu corpo relaxou e me senti exaltada de tanto prazer. Depois de um tempo
só abraçados e relaxados, Diogo quebra o silêncio me pegando de surpresa com a sua pergunta.
— Tigresa, você aceita se casar comigo?
— Oi, acho que não entendi. – respondi ainda confusa.
— Isso mesmo que você ouviu, tigresa, aceita se casar comigo, ser a mãe dos nossos
bebês? – ele me pediu com um olhar apaixonado e sem dizer nada, saí de cima dele e abri o par
de algemas o soltando.
Diogo levantou e foi até a mochila dele, pegou uma caixinha, e dentro dela continha um
lindo par de alianças. Meus olhos se encheram de lágrimas e ao ver ele ajoelhado, praticamente
nu, eu não sabia se dava risada ou chorava mais ainda.
— Eu aceito amor, quero me casar com você. – ele veio até mim e nos beijamos
apaixonadamente. E quando afastamos nossos lábios, ambos estávamos ofegantes. — Eu tenho
que contar uma coisa que descobri hoje. – falei ainda respirando com dificuldade.
— O que seria, amor? – Diogo perguntou.
Eu fui até o quarto e coloquei o robe, voltei para a sala, e, ao ver que eu tinha me coberto,
ele fez a mesma coisa, ajeitou a sua cueca dando um gemido de frustração. Meu delegado ainda
estava bem disposto e querendo mais, com um sorriso eu comentei:
— Eu comprei esse presente para você, espero que goste?
— Sempre vou amar o que me der de presente, até esse que fizemos amei ganhar. – ele
piscou o olho e foi tirando o papel. Sabia que estava curioso e quando tirou o papel e viu uma
caixinha, franziu o cenho, curioso. Quando abriu a tampa, seu rosto entrou em choque. Ele olhou
para mim e seus olhos estavam cheios de lágrimas, e quando dei por mim, também estava
chorando de alegria e de alívio. Eu não sabia o que sentir, tinha medo de ele não aceitar bem
essa minha gravidez inesperada. — Jura, amor? – ele não conseguia falar com a voz travada de
emoção.
— Sim, eu estou grávida, delegado. – eu consegui falar e ele veio até mim, se ajoelha nos
meus pés e colocou sua cabeça na minha barriga dizendo:
— Seja bem-vindo meu bebê, não importa se é menino ou uma menina, papai já ama você
demais. – o ouvindo falar assim, eu chorei mais ainda, afinal nunca me imaginei casando e agora
seria mãe daqui a poucos meses.
Senti um beijo na minha barriga e sorri.
— Tigresa, você me fez o homem mais feliz do mundo.
Com isso ele me beijou e me levou para o quarto, tínhamos que comemorar o momento da
chegada do nosso bebê, e foi isso o que fizemos, a noite toda.
Epílogo

Diogo
Nem acreditava que nesse momento estava aqui no altar esperando a minha tigresa entrar.
Eu estava nervoso e ansioso, afinal estava me casando com a minha tigresa, o amor da minha vida.
— Se acalma, Diogo, pelo amor de Deus. – pediu o Davi.
Sabia que estava impaciente, não via hora de colocar a aliança no dedo dela. Quando
descobri que seria pai, foi uma emoção tão forte que pensei que não iria aguentar.
Sempre quis ser pai, ao ver a caixinha com um par de sapatinhos, eu não me contive. E
desde então eu estava no paraíso, meu bebê estava para nascer logo. A minha tigresa queria
esperar o nascimento do nosso filho, mas eu não quis esperar, para mim, meu filho ou minha filha,
quando nascesse, já teria os pais casados.
Olhei para todos que estavam na igreja, meus pais, meus amigos, a mãe do Roberto, que
era minha segunda mãe e convidei para ser minha madrinha de casamento. No dia em que ela
apareceu na delegacia chorando por saber que seu único filho estava preso. Me senti mal por ela,
pedi desculpas por ter feito isso, mas ela me surpreendeu dizendo que o que eu tinha feito era
minha obrigação. Sabia que era, mas não queria que ela passasse por essa dor.
Olhei para o lado da minha tigresa e vi que a Raquel estava lindíssima também, em um
vestido azul, e sabia que meu amigo não tirava os olhos dela e ela também não tirava os olhos
dele.
A mãe da minha deusa se encontrava falando com a Raquel, e também estava muito
emocionada. E quem não estava? Nossas famílias ficaram sabendo da gravidez de Antonella e
começaram a comprar tanto que nem sabíamos onde colocar tantas coisas de bebê. A nossa sorte
era que encontramos uma casa com jardim enorme, era tão espaçosa, que poderíamos ficar ali
para sempre, ter mais uns dois filhos se quiséssemos.
Ouvimos a marcha nupcial começar e as damas de honra entraram, logo em seguida,
minha tigresa entrou com pai. Ela estava belíssima, seus cabelos estavam presos para cima, e eu
não via hora de soltar eles e deixar espalhados na nossa cama. Seu vestido era branco no estilo
medieval, que a deixava maravilhosa. Ao pensar que meu filho ou minha filha estavam ali
participando de tudo, fiquei emocionado e não via hora de vê-lo finalmente.
Seu pai entregou a Nella para mim e me falou:
— Filho, você está recebendo meu maior presente, minha menina. Cuide bem dela como sei
que você sempre faz. – ele me pediu e seus olhos encheram de lágrimas.
— Pode deixar, pai, eu cuidarei com a minha vida. – eu respondi ganhando um abraço do
pai da Antonella.
Desde que conheci os pais dela, ele pediu para chamá-los de pai e mãe, e os meus
fizeram o mesmo com a Nella.
— Eu sei que vai, filho. – com isso ele saiu e foi ficar ao lado da minha sogra.
Segurei nas mãos de Antonella e ela estava muito gelada, me deixando preocupado.
— Tudo bem, tigresa? – perguntei olhando nos seus olhos.
— Tudo bem, delegado, estou ansiosa, você sabe, hormônios. – ela brincou.
— Não vejo a hora de colocar você na cama e te foder bem gostoso. – eu pisquei o olho
para ela, que ficou corada, mas seu olhar malicioso me disse que ela estava querendo o mesmo
que eu.
— Eu também delegado, não vejo a hora, que tal se a gente desse uma rapidinha depois
na festa, estou sem calcinha. – ela sussurrou no meu ouvido.
Fiquei em choque e senti meu pau ficar duro na mesma hora, só de imaginar que a minha
tigresa estava sem calcinha. Nunca desejei tanto que o tempo passasse rápido e a cerimônia
acabasse logo para eu poder conferir se era verdade ou não.
O padre então começou a realizar a cerimônia e quando chegou na hora de trocar as
alianças eu comecei a dizer para ela:
— Nunca me imaginei casando e agora sendo pai do nosso bebê. – comentei emocionado
e vendo lágrimas nos olhos dela, continuei — Se eu soubesse que minha vida seria tão completa
com você ao meu lado, teria feito um pedido a Deus, querendo que você tivesse entrado na minha
vida há muito mais tempo. Se me fosse dado o direito de voltar no tempo, faria tudo de novo, só
para conhecer meu verdadeiro amor. Agradeço ao Davi por ter ido ao clube e ter feito o que fez,
fazendo assim com que o destino nos juntasse. Te amo tanto minha tigresa, como amo nosso filho
que logo vai estar com a gente. – terminei já chorando de emoção e vendo as lágrimas da minha
tigresa rolarem livremente, fiquei ainda mais emocionado ao ver como a gente se amava tanto.
— Sempre pensei que o amor para mim nunca iria acontecer. Desde nova, você sabe que
passei por muitos altos e baixos e lutando sempre. No momento em que te conheci tive medo de
você não gostar de mim por ser gordinha, não que eu não me aceitasse, agora me aceito sim. Mas
quando te vi, tão lindo e forte, não achei que merecesse ter você. Sei que dei trabalho durante
esses meses, mas foi por uma boa causa não? – ela me perguntou e dei um sorriso. Sabia do seu
problema de baixa autoestima, seu problema com peso e tratamento com seu amigo, que se
encontrava agora na nossa cerimônia, também emocionado — Pois é, meu desejo está sendo
atendido agora, estou me casando com o amor da minha vida e vou ser mãe. Sempre vou te amar,
tanto quanto já amo nosso bebê.
Colocamos a aliança um no outro e ouvimos o padre nos abençoar, e quando disse que
podia beijar a noiva, não me fiz de rogado não, nos beijamos apaixonadamente como sempre
fazíamos. Senti seu corpo estremecer nos meus braços e ouvimos todos baterem palmas, nos
olhamos e falamos ao mesmo tempo:
— Te amo tanto, minha tigresa.
— Também te amo tanto, meu delegado.
Saímos da igreja e fomos em direção ao salão de festa. Chegando lá, todos nós dançamos
muito, e quando saímos em lua de mel, fomos para Campos do Jordão, era friozinho e a Nella
nunca tinha ido.
Conversamos sobre tudo, falamos sobre o casamento, o livro que a minha tigresa estava
lançando, e o pedido que ela me fez querendo ir ao clube onde eu frequentava com o Davi. Claro
que disse que não, mas a mulher era terrível, ela usou o sexo e acabei cedendo. Conhecemos tudo,
ficamos uns dias afastados de tudo e todos, celulares desligados e sem internet, só aproveitando a
nossa lua de mel. Quando chegou ao fim, saímos de lá querendo voltar para passar mais uns dias.
Chegamos em nossa casa e é claro que todos estavam nos esperando, com mais
brinquedos e roupas para o nosso bebê. Estava conversando com meus pais quando eu ouvi a
Antonella gritar de dor, saí correndo e não a vi em canto nenhum, seus gritos ficaram mais fortes e
fui em direção a eles, até que a encontrei no banheiro apoiada na pia segurando a barriga.
— Tigresa, o que está acontecendo? – perguntei preocupado e angustiado, seu rosto
estava muito pálido.
— Diogo, está doendo muito. – ela chorou, e eu fiquei desesperado.
— O que está doendo, amor?
— Minha costas, estava sentindo dor desde que saímos lá de Campos do Jordão, mas
aumentou agora quando senti um líquido escorrer pelas minhas pernas.
— Calma, amor, vamos para o hospital, deixa eu te arrumar e vamos. – eu consegui dizer,
não via a hora de ver meu filho nascer.

Horas Depois...

Eu não podia estar mais feliz e encantado, com a minha pequena ali no meu colo. Minha
princesa se chamava Maria Eduarda. E desde o momento em que o médico a colocou nos meus
braços, jurei proteger e amar a minha filha.
Nossos pais entraram e ficaram encantados com a sua netinha. Passei com cuidado ela nos
braços dos nossos pais e vi que a minha tigresa estava acordando, afinal não tinha sido fácil ter
uma criança de parto normal, graças a Deus ocorreu tudo bem.
— Ela é linda, delegado. – Antonella me falou quando eu a abracei.
— Sim, linda, amor. Obrigado por ter me dado esse presente maravilhoso. – falei com voz
embargada.
— Eu que agradeço, meu delegado, nossa Maria Eduarda é parecida com você. – ela
falou sorrindo. E era verdade, mas também tinha alguns traços da mãe, era uma beleza natural.
— Ela é parecida com nós dois, amor. – comentei.
— Eu te amo, meu delegado.
— Também te amo minha tigresa.

Cinco Meses Depois...

Estávamos passeando pelo shopping quando algo na vitrine de uma loja chamou a minha
atenção, o livro da minha tigresa.
— Tigresa, olha só o seu livro, já está disponível para a venda. – falei todo orgulhoso.
— Nossa, não sabia que a Raquel já tinha colocado à venda. – ela comentou surpresa.
— Gostei do título, bem sugestivo, não? – pisquei o olho para ela, que me deu um beijo.
Entramos na livraria para ver se estava vendendo. E tivemos uma surpresa, alguns dos seus
fãs estavam lá dentro e começaram a maior gritaria, tive que proteger a minha tigresa e a minha
princesa Maria Eduarda.
— Ah, meu Deus, é a autora Antonella. – gritaram e ficamos em pânico, não queríamos
chamar muita atenção.
Como sempre, minha tigresa foi atenciosa com todos que estavam ali, autografou os livros
que o pessoal comprou. Eu a vi conversando com algumas mulheres e ela sorria e olhava para mim,
me deixando curioso.
— O que houve tigresa? – perguntei quando ela se aproximou.
— Me perguntaram se o livro que escrevi era baseado em você. – ela disse dando risada,
aí eu entendi por que aquele alvoroço todo.
— O que você respondeu? – perguntei num tom curioso.
— Falei que sim, que você é o delegado do livro. – ela falou sorrindo e piscou o olho para
mim antes de me dar um beijo. Saímos de lá ouvindo os gritinhos das meninas.
— É ele gente, o delegado da capa. – dei um sorriso e fomos embora.
Chegando no carro, a ajudei a colocar a nossa filha na cadeirinha e abri a porta para ela
entrar, e quando estávamos seguros lá dentro perguntei:
— Esse livro tinha que vir como título, o delegado?
— Esse livro foi como te conheci, nada melhor que colocar esse título, o delegado. – ela
brincou e continuou — O que acha de a gente aproveitar a noite para você me foder na mesa da
cozinha? – ela me pediu fazendo carinho na minha coxa e colocando de leve a mão no meu pau,
apertando.
— Pode deixar, minha tigresa, quando chegarmos em casa vou fazer tudo que está me
pedindo, aí sim você vai ver o seu delegado.

Antonella

Fomos em direção a nossa casa e chegando lá, levamos nossa filha para o berço. Diogo a
trocou e a colocou no meu colo para eu dar de mamar, era um momento tão especial entre nós, tão
mágico. Coloquei a minha lindinha para arrotar e a deitei no berço dormindo com os anjinhos.
Liguei a babá eletrônica e quando saí do quarto ouvi uma voz rouca soar no meu ouvido, me
pegando de surpresa.
— Agora sim eu vou te prender, minha tigresa. – olhei para trás e vi o Diogo com um par
de algemas. Estendi as minhas mãos e disse travessa:
— Pode me prender, delegado.
Eu fui presa pelo Diogo, por toda a minha vida e joguei as chaves fora, bem longe, afinal
quem não quer ser presa pelo delegado.

FIM

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