Você está na página 1de 4

Estudo dirigido – linguística

Marcuschi – Produção
Koch e Elias – Ler e
Koch e Elias – Ler e Koch – Desvendando os Textual, Análise de
Conceitos/Autores Compreender os sentidos
Escrever (2009) Segredos do texto (2002) Gêneros e Compreensão
do texto (2006)
(2008)
“...O texto é lugar de “O texto é um evento “Já na concepção “Neste curso, defendemos
interação de sujeitos sociocomunicativo, que interacional (dialógica) da a posição de que o texto é
Texto sociais, os quais, ganha existência dentro de língua, na qual os sujeitos a unidade máxima de
dialogicamente, nele se um processo interacional. são vistos como funcionamento da língua.
constituem e são Todo texto é resultado de atores/construtores sociais, Não se trata, no entanto, de
constituídos; e que, por uma coprodução entre o texto passa a ser uma unidade do tipo das
meio de ações linguísticas interlocutores: o que considerado o próprio unidades formais da
e sociocognitivas, distingue o texto escrito do lugar da interação e os língua, como já
constroem objetos-de- falado é a como tal interlocutores, como observamos. Trata-se de
discurso e propostas de coprodução se realiza.” sujeitos ativos que — uma unidade funcional (de
sentido, ao operarem dialogicamente — nele se natureza discursiva). Isto
escolhas significativas (P. 4) constroem e são não significa que o texto
entre as múltiplas formas construídos. Desta forma deva ter este ou aquele
de organização textual e as há lugar, no texto, para tamanho para ser um texto.
diversas possibilidades de toda uma gama de A unidade não é de caráter
seleção lexical que a implícitos, dos mais formal e sim funcional. A
língua lhes põe à variados tipos. somente forma (esquema ou figura)
disposição.” detectáveis quando se tem, é apenas uma realização
como pano de fundo, o específica do texto em
(P. 7) contexto sociocognitivo constituintes linguísticos
dos participantes da de natureza
interação.” morfossintática e lexical.”
(P. 17) (P. 88)
“Sujeito psicológico, “Há quem entenda a “Na concepção de língua “Como atividade cognitiva
individual, dono de sua escrita como representação como representação do - ato de criação e
vontade e de suas ações. do pensamento, “escrever pensamento e de sujeito expressão do pensamento
Trata- se de um sujeito é expressar o pensamento como senhor absoluto de típica da espécie humana
visto como um ego que no papel”, por suas ações e de seu dizer, o (representada pelo
constrói uma conseguinte, tributária de texto é visto como um cognitivismo).”
representação mental e um sujeito psicológico, produto — lógico — do
deseja que esta seja individual, dono e pensamento (representação (P. 59)
“captada” pelo interlocutor controlador de sua vontade mental) do autor, nada
Língua como da maneira como foi e de suas ações. Trata-se mais cabendo ao
representação do mentalizada.” de um sujeito visto como leitor/ouvinte senão
pensamento um ego que constrói uma “captar” essa
(P. 9) representação mental, representação mental,
“transpõe” essa juntamente com as
representação para o papel intenções (psicológicas) do
e deseja que esta seja produtor, exercendo, pois,
“captada” pelo leitor da um papel essencialmente
maneira como foi passivo.”
mentalizada.”
(P. 16)
(P. 33)
Língua como código “Concepção de língua “Nessa concepção de “Na concepção de língua “Como forma ou estrutura
como estrutura sujeito como como código — portanto, - um sistema de regras que
corresponde a de sujeito (pré)determinado pelo como mero instrumento de defende a autonomia do
determinado, “assujeitado” sistema, o texto é visto comunicação — e de sistema diante das
pelo sistema, caracterizado como simples produto de sujeito como condições de produção
por uma espécie de “não uma codificação realizada (pré)determinado pelo (posição assumida pela
consciência”. pelo escritor a ser sistema, o texto é visto visão formalista); Como
“Nessa concepção de decodificado pelo leitor,
língua como código — bastando a ambos, para
portanto, como mero tanto, O conhecimento do
como simples produto da
instrumento de código utilizado. Nessa
codificação de um emissor
comunicação — e de concepção de texto, não há
a ser decodificado pelo
sujeito como espaço para implicitudes,
leitor/ouvinte, bastando a instrumento - transmissor
(pré)determinado pelo uma vez que o uso do
este, para tanto, O de informações, sistema de
sistema, o texto é visto código é determinado pelo
conhecimento do código, codificação; aqui se usa a
como simples produto da princípio da transparência:
já que o texto, uma vez metáfora do conduto
codificação de um emissor tudo está dito no dito ou,
codificado, é totalmente (posição assumida pela
a ser decodificado pelo em outras palavras, o que
explícito. Também nesta teoria da comunicação).”
leitor/ouvinte, bastando a está escrito é o que deve
concepção o papel do
este, para tanto, o ser entendido em uma (P. 59)
“decodificador” é
conhecimento do código visão situada não além
essencialmente passivo.”
utilizado.” nem aquém da linearidade,
mas centrada na (P. 16)
(P. 10) linearidade.”
(P. 33)
Língua como interação “Diferentemente das “Nessa concepção “Já na concepção “Como atividade socio
concepções anteriores, na interacional (dialógica) da interacional (dialógica) da interativa situada - a
concepção interacional língua, tanto aquele que língua, na qual os sujeitos perspectiva
(dialógica) da língua, os escreve como aquele para são vistos como sociointeracionista
sujeitos são vistos como quem se escreve são vistos atores/construtores sociais, relaciona os aspectos
atores/ construtores como atores/construtores o texto passa a ser históricos e discursivos.”
sociais, sujeitos ativos que sociais, sujeitos ativos que considerado o próprio
— dialogicamente — se — dialogicamente — se lugar da interação e os (P. 59)
constroem e são constroem e são interlocutores, como
construídos no texto, construídos no texto, este sujeitos ativos que —
considerado o próprio considerado um evento dialogicamente — nele se
lugar da interação e da comunicativo para o qual constroem e são
constituição dos concorrem aspectos construídos. Desta forma
interlocutores. Desse linguísticos, cognitivos, há lugar, no texto, para
modo, há lugar, no texto, sociais e interacionais toda uma gama de
para toda uma gama de (Beaugrande, 1997)” implícitos, dos mais
implícitos, dos mais variados tipos. somente
variados tipos, somente (P. 34) detectáveis quando se tem,
detectáveis quando se tem, como pano de fundo, o
como pano de fundo, o contexto sociocognitivo
contexto sociocognitivo dos participantes da
(ver capítulo 3) dos interação.”
participantes da interação.”
(P.10)
(P. 17)

Você também pode gostar