Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Turma MASA 62
Quando pegamos na mão aqueles carrinhos de plástico compostos por uma bolha e
quatro rodinhas ligadas por eixos de metal, aos pares, sem qualquer mecanismo de
amortecimento, obtemos o modelo mais elementar de ligação das rodas: a suspensão
direta. Na prática, a ausência de suspensão, a exemplo das carroças e karts.
Todos que já andaram nestes veículos simples compreendem o desconforto ao passar na
menor irregularidade possível, causando solavancos e fazendo a carroceria inclinar ao
sabor do pavimento, “copiando” todo o seu formato.
A fim de minimizar as trepidações, os fabricantes de carruagens criaram o sistema de
suspensão, o qual foi inventado antes do automóvel. Os primeiros sistemas eram ligados
pelos eixos e o amortecimento era realizado por barras de torção ou feixes de molas, à
maneira de caminhões e ônibus.
O objetivo de melhoria do conforto foi atingido e não havia grandes preocupações com o
controle direcional, dada a velocidade inferior a 40 km/h dos coches e carruagens. Os
primeiros automóveis utilizavam os mesmos sistemas de amortecimento, mas o rápido
desenvolvimento os fazia alcançar velocidades cada vez maiores, exigindo a elaboração
de conjuntos mais eficientes.
A partir desta necessidade por estabilidade e rapidez nas respostas a manobras bruscas
dos condutores, especialmente no automobilismo. A partir dos anos 1920, popularizaram-
se os conjuntos com molas helicoidais e amortecedores a gás ou óleo, desenvolvidos por
August F. Meyer, o fundador da empresa de amortecedores Monroe.
O sistema Mc Pherson, com molas helicoidais e amortecedores, assim como a
suspensão dianteira independente apareceram nos modelos mais sofisticados nesta
época e ganharam espaço a partir dos anos 1950.
Apesar dos sistemas de feixe de molas e barra de torção ainda existirem em
alguns veículos, a esmagadora maioria dos automóveis utiliza o sistema Mc
Pherson independente na dianteira e braço arrastado na traseira, com as rodas
ligadas por um eixo rígido.
SUSPENSÃO INDEPENDENTE
Este sistema é um dos mais antigos e já era empregado em carruagens, antes da criação
do automóvel. Até os anos 1950, modelos de baixo custo utilizavam este sistema. Os
mais ilustres são os Volkswagen Fusca, Kombi e derivados, os quais aplicam as barras de
torção em sua suspensão traseira.
Como o próprio nome já explica, a barra composta por material flexível (em preto na
figura) absorve as irregularidades do pavimento com sua própria energia elástica,
dispensando o uso de molas e amortecedores.
As vantagens deste sistema consistem na baixíssima manutenção e robustez mecânica,
capaz de suportar condições adversas. Por outro lado, o comportamento dinâmico fica
comprometido ao receber carga, posto que as rodas se fecham ao sofrer deformações
devido à carga ou irregularidades, como se observa em exemplares de Fusca e Kombi
totalmente carregados. Conforto e estabilidade são precários, dado o baixo grau de
amortecimento proporcionado por este tipo de suspensão.
2 – MC PHERSON OU TELESCÓPICA
A construção mais comum nos carros modernos. Os conjunto padrão consistem em molas
e amortecedores telescópicos nas quatro rodas, independentes na dianteira e ligados por
braço arrastado na traseira.
Excetuando modelos mais antigos ou premium, a grande maioria dos sistemas de
amortecimento funciona com sistemas de molas e amortecedores montados na vertical
sobre bandejas, as quais conectam o conjunto de suspensão à carroceria, com o auxílio
das bieletas.
Os componentes auxiliares trabalham para manter o sistema funcionando de forma a
limitar a oscilação da carroceria e definir o curso da suspensão. Barras estabilizadoras
melhoram a rigidez do sistema, reduzindo as inclinações da carroceria sem influenciar a
independência de cada roda. Buchas e batentes limitam o curso de molas e
amortecedores, a fim de não de distenderem além do fixado pelo projeto.
A depender das condições de rodagem e projeto, a manutenção acontece a cada 50 mil a
100 mil quilômetros, em média. A maioria dos praticantes da manutenção preditiva fazem
os reparos neste intervalo.
Vantagens do sistema Mc Pherson: conforto e estabilidade no mesmo conjunto e
possibilidade de aplicações independentes nas quatro rodas. Boa resistência e
manutenção relativamente simples. As desvantagens ficam por conta da baixa
capacidade de carga, a qual distende muito ao ser carregado, alto peso e maior volume
que ocupa no package do veículo, reduzindo o espaço interno e para bagagens.
3 – FEIXE DE MOLAS
A maioria dos veículos de carga utiliza este sistema até os dias de hoje. Seu principal
trunfo consiste em suportar grandes massas sem prejuízo de comportamento dinâmico ou
distensão do conjunto – a famosa “traseira arriada”.
Os feixes de molas se tratam de um aprimoramento do sistema de barras de torção, os
quais são formados por lâminas sobrepostas e que escorregam uma em cima da outra,
retornando à posição original após a retirada da carga ou absorção do impacto.
Outra vantagem em relação ao sistema de barras de torção consiste na manutenção dos
pneus em posição perpendicular ao solo, sem “fechar” o ângulo ao sofrer deflexão. Assim
como o primeiro, exige pouca manutenção e dispensa molas helicoidais e amortecedores,
absorvendo a carga e impactos apenas com a elasticidade dos materiais, favorecidos
pelas múltiplas camadas – os feixes de mola.
Sua desvantagem é a mesma das barras de torção: pouco conforto e estabilidade
reduzida, apesar de ligeiramente melhores devido à maior resiliência do material.
4 – DUPLO “A”
Também conhecida como double wishbone, o sistema duplo “A” tem sua aplicação mais
conhecida em carros de competição. Para modelos de rua, muitos esportivos como
Ferrari e Lamborghini o utilizam, pois se mostra imbatível na obtenção de estabilidade e
comportamento dinâmico por ser sempre independente nas quatro rodas.
Seu peso e tamanho reduzidos trazem grande versatilidade ao sistema duplo A,
permitindo a montagem de molas e amortecedores na horizontal e vertical, trabalhando de
modo a comprimir ou distender conforme a necessidade.
Peso e volume são fatores fundamentais na construção de modelos de competição, tanto
quanto o desempenho dinâmico. Este sistema se enquadra em quase todas as aplicações
de performance, em modelos de peso e tamanho compactos.
Sua desvantagem reside na complexidade de manutenção e dificuldade de encontrar
componentes para manutenção, devido à pouca aplicação em modelos de rua, assim
como o menor conforto da maioria de suas aplicações, devido ao curso mais curto, o qual
obriga à montagem de molas mais rígidas. Por este mesmo motivo, possui maior
sensibilidade a pavimentos ruins aparece nas aplicações com ênfase em pista de
modelos esportivos.
5 – MULTILINK
A evolução do sistema duplo “A”, a qual corrige seus principais defeitos enquanto
preserva as qualidades. É considerada a mais moderna e eficiente de todas, pois entrega
estabilidade e conforto exemplares, com baixo peso e versatilidade excelente. Este
sistema é independente nas quatro rodas, as quais trabalham da forma mais
individualizada possível.
Ao contrário dos demais tipos, não possui um formato padronizado de construção, e cada
fabricante projeta a sua de modo diferente, pois seus braços podem ser construídos no
formato e quantidade que cada projeto e carroceria exige, com economia de peso e
espaço ocupado. Entrega a mesma estabilidade de um conjunto duplo “A” em cursos mais
longos, sem prejuízo do conforto ou a necessidade de molas muito rígidas.
Como boa parte das inovações recentes, o sistema multilink tem maior custo de produção
e manutenção cara. Encontrar profissionais para fazer reparos fora da rede autorizada
ainda é um desafio aqui no Brasil. Do ponto de vista funcional, seu ponto franco reside na
menor capacidade de carga, posto que sua aplicação principal está em carros de passeio
premium e de alta performance.
OUTROS TIPOS DE SUSPENSÃO
Além destes cinco modelos mais comuns, outros três também merecem sua menção
honrosa por se destacarem em aplicações específicas e/ou por construções inovadoras.
SUSPENSÃO A AR
Suspensões amortecidas por sistemas a ar, rosca ou hidropneumáticos aparecem em
alguns modelos.
O primeiro tipo aparece em veículos pesados como ônibus rodoviários, pois entregam
excelente conforto e estabilidade. Seu bônus consiste na possibilidade de regulagem do
vão livre do veículo para o solo, sendo constantemente instaladas em carros de tuning.
Por outro lado, este sistema exige a instalação de bolsas de ar e compressor no veículo,
agregando peso extra de 50 a 100 quilos. Em veículos pesados, ele não é significativo em
relação à massa total, mas fica inviabilizada para os leves. Modelos de alto luxo da Land
Rover, Lincoln e Cadillac também utilizam o sistema.
SUSPENSÃO DE ROSCA
As suspensões de rosca têm como diferencial a regulagem de altura do veículo. Sua
vantagem em relação ao conjuntos com bolsas de ar são o menor custo de instalação e
pouca diferença de peso. A contrapartida reside na dificuldade de operação do sistema, o
qual exige muito tempo e trabalho para regular a altura da carroceria.
SUSPENSÃO HIDROPNEUMÁTICA
Os sistemas hidropneumáticos ficaram famosos em modelos da marca francesa Citroën,
tais como XM, Xantia e o icônico DS. De modo mais sofisticado, o sistema de
amortecimento com esferas de gás e fluido entregava muito conforto, estabilidade e
possibilidade de regular a altura da suspensão em um conjunto compacto e leve, ao
substituir as bolsas de ar por bolsas hidropneumáticas.
Este sistema se mostrou revolucionário no seu tempo, mas fracassou devido à fragilidade,
problemática até mesmo nas ruas européias, e altíssimo custo de manutenção, a qual
ocorria frequentemente. Na atualidade, o sistema multilink entrega os mesmos benefícios
com maior robustez, menor complexidade e componentes mais convencionais.
COMPONENTES DA SUSPENSÃO
problemas na suspensão
1. Barulhos fortes
Muitas pessoas vão às oficinas reclamando de problemas no amortecedor, devido aos fortes
barulhos emitidos pela suspensão do veículo. Mas por se tratar de uma peça hidráulica, ela não
costuma apresentar ruídos metálicos.
Na verdade, na maioria das vezes o problema está relacionado a outros componentes do sistema de
suspensão, como bieleta com folga, desgaste das buchas de borracha — duas unidades utilizadas
para fixar e auxiliar no movimento da barra estabilizadora — pivôs, terminais axiais folgados,
coxins quebrados ou deteriorados.
Quando uma dessas peças fica com folga, a diferença de movimento da suspensão dianteira e
traseira ou entre os eixos causa batidas e som forte. Em alguns automóveis como o Celta e o Corsa,
o suporte da barra tensora (popularmente conhecida como morceguinho), também provoca fortes
ruídos na suspensão.
Para evitar o desgaste das peças, garantir o excelente funcionamento do veículo e ampliar a sua vida
útil, é essencial realizar uma inspeção preventiva — a cada 10 mil quilômetros rodados ou quando
notar sons incomuns.
2. Instabilidade na direção
Quando o amortecedor está desgastado, pequenos solavancos são transmitidos para a carroceria do
automóvel. O motorista notará o veículo instável, além de certo desconforto. O problema também
afeta os pneus, ficando mais difícil ter o controle do carro.
Vale ressaltar que isso também é causado por falta de alinhamento e balanceamento das rodas.
Portanto, tenha o costume de conferir esses dois itens a cada 10 mil quilômetros.
5. Vazamento
Esse problema pode ser facilmente identificado. O óleo que deveria estar comprimido dentro do
amortecedor vaza e faz com que ele perca o seu funcionamento. Um sinal de que o vazamento está
ocorrendo é quando há vestígio de óleo no corpo do amortecedor.
Nesse caso, é importante que o carro seja levado até uma assistência técnica o mais rápido possível,
pois um amortecedor vazando óleo perde rapidamente sua ação.
7. Molas danificadas
Elas geralmente não fazem nenhum barulho e, por isso, o condutor não consegue identificar quando
estão com problemas. É importante ficar atento a qualquer indício de desgaste dessas peças. O mais
comum é a perda de altura do veículo — mas outros como pintura desgastada, ferrugem, trincas ou
elos batendo também costumam aparecer.
Se as molas quebrarem, podem atingir os pneus imediatamente e comprometer a segurança do
condutor e passageiros. Molas ruins ainda danificam outros componentes da suspensão: batentes,
amortecedores, rolamentos, além de gerar alterações no alinhamento do carro.
8. Rachaduras no monobloco
Nos carros rebaixados, a integridade da carroceria deve ser preservada. É preciso ficar atento ao
surgimento de trincas e rachaduras no monobloco, principalmente em locais próximos às torres dos
amortecedores.
Cuidado: os procedimentos de rebaixamento devem ser realizados com muita cautela e por
empresas especializadas. O ideal é não modificar a originalidade da suspensão (reduzir o
comprimento das molas ou alterar o diâmetro das rodas). O fabricante utilizou estudos técnicos e
fez vários investimentos para garantir a segurança e desempenho dos automóveis.
Se você aumentar ou reduzir a altura de um veículo e não fizer os ajustes necessários para a
suspensão do automóvel, as rodas vão ficar fora de alinhamento. Cada peça foi projetada para
funcionar em uma altura exata.
Se a altura sofrer alteração, o resultado será o desalinhamento dos pneus. O aumento ou redução de
altura pode exigir a substituição de várias partes da suspensão de um veículo para corrigir
problemas de alinhamento.
Alterações na estrutura, principalmente em itens que estão ligados a segurança do veículo, são
muito arriscadas e podem colocar em risco a vida do condutor e dos passageiros.
Se existe um componente da suspensão no qual sua função é, por muitos profissionais, definida
equivocadamente, é o amortecedor. Seu nome não ajuda, mas o amortecedor possui funções que o
colocam muito distante de algo como: “amortecer os impactos sofridos pela roda”. Os
amortecedores para aplicações automobilísticas são do tipo hidráulico, apenas. Funcionam a partir
da resistência de um fluido ao passar por orifícios calibrados, essa resistência provoca um aumento
na temperatura do fluído. Motivo pelo qual deve ser utilizado um óleo adequado, para não perder
suas propriedades ao superaquecer.
Função
Trata-se do mais simples tipo de amortecedor, sua estrutura possui cilindro único, no qual desliza o
pistão e suas válvulas. No topo do cilindro, um pistão flutuante separa o óleo do gás contido
naquele ponto. O cilindro, por ser único, é mais comprido e de diâmetro menor em relação ao
cilindro de um amortecedor de dupla ação. Por esta razão, é um tipo de amortecedor muito aplicado
na suspensão traseira de carros de baixo custo. O amortecedor de ação simples é composto,
internamente, por um cilindro, que é dividido por pistão, este é ligado a uma haste conectada a capa
externa do amortecedor. Além disso, o pistão possui duas válvulas, uma de compressão e outra de
expansão. No topo do cilindro, um pistão flutuante separa a parte do cilindro preenchida com óleo
de uma pequena parte preenchida por um gás. Este com a função de evitar a cavitação do cilindro
no movimento de extensão, do pistão. O deslocamento do pistão em relação ao cilindro necessita de
uma vedação entre a haste do pistão e o cilindro, um retentor de borracha realiza essa função. Este
também impede a contaminação com sujeira e ar no amortecedor. Sua simplicidade de projeto é a
sua maior vantagem, possuem fabricação barata e fácil alojamento na suspensão. Por outro lado, sua
forma de dispor o gás e o óleo prejudica seu funcionamento. Pois a câmara que se cria antes do
pistão flutuante gera uma pressão extra no retentor durante o funcionamento do amortecedor,
consequentemente gerando desgaste do retentor e posterior vazamento. Além disso, essa pressão
induz forças consideráveis na haste do amortecedor, sendo então, comum o empenamento da haste
quando o amortecedor é severamente exigido.
Amortecedores de dupla ação
A evolução do amortecedor de ação simples, o de dupla ação é assim chamado devido a suas duas
câmaras (ou cilindros) que contêm fluidos. Neste tipo de amortecedor, não há necessidade de um
pistão flutuante, pois os dois cilindros, um interno e outro externo, compensam este. Estes cilindros
são conectados entre si através de válvulas, semelhantes às válvulas contidas no pistão. Essas
válvulas separam os dois cilindros e seus fluídos, estes são o óleo para amortecedores e um gás,
geralmente ar ou nitrogênio. As válvulas que conectam os cilindros abrem e fecham em momentos
convenientes, visando permitir o deslocamento do óleo entre as câmaras e evitar a queda de pressão
atrás do pistão. Portanto, evitando a cavitação. Em relação aos amortecedores de ação simples, são
menores e compactos, permitem um maior diâmetro do cilindro e do pistão, dispensando o curso
longo de um amortecedor de ação simples para se obter o efeito desejado.
Amortecedores hidráulicos
Basicamente, são os amortecedores que utilizam óleo e ar para funcionar. Estes estão separados pelo
pistão flutuante (ação simples) ou em outro cilindro (dupla ação). São mais expostos a cavitação se
comparados aos amortecedores pressurizados.
Amortecedores pressurizados
Neste, o ar e substituído pelo nitrogênio, um gás inerte. O nitrogênio é injetado a baixa pressão em
um cilindro próprio, neste caso amortecedores pressurizados são também de dupla ação. A
utilização do nitrogênio ajuda se deve a prevenção da formação de bolhas de ar durante o
funcionamento do amortecedor. Isso ocorre quando o amortecedor é altamente exigido, fazendo
com que este atinja temperaturas elevadas com movimentos rápidos. As bolhas se formam durante
esses movimentos, que provocam espaços livres de óleo dentro do amortecedor. Consequentemente,
bolhas de surgem provocando uma perda momentânea de ação do amortecedor. O nitrogênio
pressiona o óleo pelas válvulas inferiores e ocupar esses espaços livres.
Amortecedores estruturais
Quando a suspensão McPherson foi criada, sua principal característica era a ausência do braço de
suspensão superior. Este foi substituído por um conjunto, no caso um amortecedor e mola helicoidal
montados concentricamente, ligando a carroceria a manga de eixo. Essa configuração de
amortecedor e mola pode se repetir em outros tipos de suspensão. A característica desse arranjo, é
que o amortecedor estrutural além de absorver impactos e irregularidades do pavimento, promove o
um apoio às cargas oriundas do contato da roda com a pista. Entretanto, essas cargas exercem no
amortecedor forças que não agem diretamente no eixo do pistão, gerando tensões de cisalhamento e
momento de flexão na haste do pistão do amortecedor, sendo então um estresse a mais para esta.
Amortecedores convencionais
Retentor
Também chamado de selo de vedação, o retentor proporciona a vedação do amortecedor em relação
ao movimento de sua haste. Trata-se de um local crítico, pois deve ter o mínimo de atrito e suportar
a pressão interna do amortecedor. Além disso, impede que impurezas contaminem a haste do
amortecedor, que através do movimento desta consegue danificar o retentor e permitir vazamentos e
contaminações. O retentor, na sua estrutura, possui lábios internos flexíveis, que ao receber a haste
se flexionam e impedem que o óleo do amortecedor vaze, passando por entre a haste e o retentor.
Esses lábios também contribuem para impedir que impurezas contaminem o amortecedor. Além de
prover a vedação do amortecedor, o retentor também ajuda a manter a pressão interna em níveis
adequados. Na base do retentor, um pequeno labirinto funciona como uma válvula de retorno do
gás, este quando pressionado pelo óleo que retorna pelas válvulas do pistão, passa pelo retentor e
retornam para o cilindro de gás (amortecedor dupla ação). O ponto fraco do retentor, é que o
pequeno atrito entre este e a haste do pistão gera uma resistência ao movimento do pistão
contribuindo para a histerese da suspensão e o atrito total desta.
Pistão
O pistão do amortecedor, ou êmbolo, se movimenta dentro de um cilindro e divide este em câmaras.
Estas são formadas a frente e atrás do pistão, sendo zonas de alta e baixa pressão que denominam-se
câmara de tração e câmara de compressão. O deslocamento do pistão é promovido por uma haste,
ligada a este, e conectada também a carroceria. O movimento relativo entre a suspensão e a
carroceria é controlado pela resistência que o óleo encontra para passar pelas válvulas do pistão. O
pistão comprime o óleo do amortecedor e ao mesmo tempo, oferece a este uma passagem de
pequeno diâmetro para escoamento. Na compressão o pistão encontra-se em movimento
descendente. Enquanto que em movimento ascendente, o pistão passa comprimir o óleo que o
atravessou no movimento anterior, mas também criando uma zona de baixa pressão a sua frente.
Novamente, com uma de suas válvulas abertas, obtém o efeito de amortecimento permitindo que o
óleo escoe por um orifício.
Válvulas
Estão localizadas no pistão do amortecedor, permitem a comunicação entre as câmaras formadas
pelo pistão dentro do cilindro quando este se desloca. As válvulas abrem e fecham liberando e
cessando a passagem de óleo de uma câmara para a outra, realizando supressão das oscilações da
suspensão. Algumas válvulas são projetadas para abrir a uma determinada pressão, são chamadas de
válvulas com pré-carga. Estas abrem quando a queda de pressão atinge um valor pré-determinado,
objetivando um maior amortecimento em oscilações de alta frequência, alta compressão e extensão
rápida e abrupta do pistão.
Cilindro
É a parte interna do corpo dos amortecedores, por esta se desloca o pistão, que com sua faces e as
paredes do cilindro, formam as câmaras do amortecedor. Nestas o óleo é comprimido e transferido
para a outra câmara, obtendo o controle das oscilações da suspensão. O cilindro não pode ter atrito
com o pistão que, embora estejam ambos em contato com óleo, internamente o amortecedor deve
ter uma superfície lisa, para fácil deslocamento do pistão.
Funcionamento
Das variações de amortecedores hidráulicos, todos eles funcionam seguindo o mesmo princípio de
funcionamento. Sua diferença é a presença ou não do cilindro externo, que caracteriza os
amortecedores de dupla ação.
Força de amortecimento
As vibrações na suspensão, oriundas das oscilações das molas são absorvidas pelos amortecedores.
A supressão dessas oscilações é obtida, forçando um fluído incompressível a passar por um orifício
de pequeno diâmetro. Devido às características desse fluído, como sua viscosidade, este possui uma
considerável resistência para passar pelo pequeno orifício. Essa resistência a passagem do fluído,
neste caso, um óleo, provoca o aumento da temperatura deste. Portanto, a supressão das oscilações
da mola, é na verdade uma transformação da energia acumulada pela mola em energia térmica do
óleo, calor. Por esse motivo, que o amortecedores aquecem tanto. Quando esse aquecimento é
exagerado, o óleo perde momentaneamente sua viscosidade, ficando mais fluido. Dessa forma, este
passa facilmente pelos orifícios do pistão, o amortecedor, então, perde a ação e permite a oscilação
da carroceria. A energia calorífica obtida pelo amortecedor é dissipada pelo ar que flui naquele
ponto da suspensão, trocando de calor com o amortecedor e reduzindo a temperatura deste.
Funcionamento em curvas
Manutenção
É comum alguns informes técnicos sugerir a troca dos amortecedores por volta dos 40.000 Km
rodados, tendo como base testes de durabilidade tanto o veículo como em máquinas que simulam
esforços cíclicos nos amortecedores. Entretanto, diversos fatores determinam a durabilidade deste
componentes. Um amortecedor pode durar centenas de milhares de quilômetros, desde que esse
veículo trafegue, apenas, sobre boas estradas e ruas. Nem sempre isso é possível, e dependendo da
intensidade e das condições de uso do veículo (carregado, pista, manutenção), os amortecedores
podem durar até menos do que os 40.000 Km sugeridos. Por isso, o ideal estar sempre atento aos
sinais que esse componente emite durante seu ciclo de vida.
• Inclinação excessiva da carroceria;
• Pancada seca nas rodas;
• Desgaste da banda de rodagem dos pneus (geralmente no centro);
• Dificuldade de tráfego acentuada sob ventos laterais.
3. Cintas de aço. Fortes cordões de aço que formam as cintas, fornecem rigidez ao pneu
nesta camada, proporcionando:
• Melhora a retenção da forma e a estabilidade direcional
• Reduz a resistência ao rolamento
• Aumenta o desempenho quilométrico do pneu
7. Reforço do talão. Feito de nylon ou aramida - um tipo de fibra sintética forte, resistente
ao calor, este cabo fino:
• Melhora a estabilidade direcional
• Facilita uma resposta precisa da direção.
Largura do pneu
O primeiro número a aparecer na sequência é "225". Este número é a largura nominal do
pneu (em milímetros) de uma parede lateral para a outra.
Altura do pneu
Após a barra, o próximo número na sequência é "45". Esse número é a altura do pneu em
percentual, representa uma porcentagem da largura do pneu. Calculamos esse número
dividindo a altura da seção do pneu pela largura da seção do pneu. Portanto, se um pneu
tiver uma proporção de 45, isso significa que a altura do pneu é 45% de sua largura.
Construção
A seguir, em nossa série sobre marcações no pneu, há uma letra em vez de um número.
Esta letra indica o tipo de construção usada na carcaça do pneu, que em nosso exemplo
é "R" para construção radial. Outros exemplos são "B" ou "D" para construção diagonal.
Os pneus radiais são hoje os pneus mais comuns na estrada. Eles são chamados de
radiais porque as fibras/cordões internos do pneu são orientados em uma direção radial,
de um lado para outro no talão, perpendicularmente à direção de rotação do pneu.
Diâmetro
O número "18" em nosso exemplo, representa o diâmetro do aro da roda em polegadas.
Índice de carga
O número após o diâmetro do aro, representa o índice de carga. No nosso exemplo, “95”
é um código para a carga máxima que um pneu pode suportar quando totalmente cheio.
Os pneus da linha leve (passeio) têm índices de carga que variam de 75 a 105, onde cada
valor numérico corresponde a uma capacidade de carga específica. A capacidade de
carga para cada valor é descrita em uma tabela de índice de carga na documentação do
seu veículo ou pneu.
Índice de velocidade
Por último, chegamos á classificação do índice de velocidade. Letras que variam de A a Z
representam a classificação de velocidade. Cada letra indica a velocidade máxima que
um pneu pode suportar com a capacidade de carga recomendada. No nosso exemplo, "H"
é equivalente a uma velocidade máxima de 209 km / h (130 mph). Mesmo que um pneu
seja capaz de funcionar com essa velocidade, os motoristas não devem exceder os
limites legais de velocidade.
Marcações adicionais
Após essa sequência de informações, pode haver outras letras ou símbolos.
No nosso exemplo, eles indicam o seguinte:
11 Semana da Fabricação
12 Ano de Fabricação
GEOMETRIA DA SUSNPENSÃO
É normal o mecânico realizar o alinhamento e balanceamento nos pneus quando levamos o carro
para a revisão periódica. Mas será que as pessoas sabem a importância de cada um deles? Ainda é
comum no mercado a dúvida relativa à melhor forma de realizar estes serviços fundamentais para
aumentar a vida útil de um pneu e dos componentes da suspensão. Muita gente deixa isso de lado,
não fazendo a manutenção preventiva. Só lembram que existe alinhamento e balanceamento quando
a falta deles acarreta em problemas maiores e principalmente, mais caros.
Veja também: Bola de Câmbio Manopla Sandero.
O termo alinhamento, na realidade, significa buscar o “Equilíbrio em Movimento” do veículo.
Este procedimento é executado medindo e ajustando os ângulos que as rodas do veículo fazem
em relação ao piso e às linhas de centro do veículo, equilibrando todas as forças que atuam no
carro, tais como: gravidade, força centrífuga, força de viragem, dentre outras, proporcionando
maior eficiência de rolamento, desgaste uniforme dos pneus, aproveitamento correto da
capacidade de frenagem, melhor estabilidade e, consequentemente, mais segurança para o
motorista e os passageiros.
Caster – É o ângulo de inclinação do pino-rei ou do eixo de direção (linha imaginária que passa
pelos pivôs superiores e inferiores da suspensão) em relação à vertical – fornece estabilidade auto-
centrante e direcional;
Convergência ou Divergência – É a diferença de distâncias entre as partes dianteiras e traseiras dos
pneus (vistos de cima). O seu ajuste promove uma melhoria no padrão de desgaste dos pneus,
especialmente sob frenagem.
Alinhamento
O alinhamento ajusta as rodas dianteiras do veículo.
O alinhamento de direção, como o próprio nome diz, alinha de forma paralela as rodas da frente do
carro. Com isso, o veículo passa a ser capaz de andar sempre em linha reta, mesmo que o condutor
não esteja com as mãos no volante.
Tal procedimento é feito em uma plataforma alinhadora. Nela, o profissional faz a leitura dos dados
que foram previamente medidos e realiza os ajustes mecânicos nos braços axiais que forem
necessários.
Esses dados são os ângulos de abertura dos pneus da frente, que podem ser de divergência ou
convergência.
Em uma divergência as rodas formam um ângulo aberto. Isso significa que as rodas da frente estão
voltadas para o lado de fora.
Já em uma convergência, esse ângulo é fechado. Isso quer dizer que as rodas dianteiras estão
voltadas para dentro.
O desalinhamento costuma acontecer de forma natural proveniente do desgaste que ocorre nos
pneus e nos componentes da suspensão. Isso se dá essencialmente por conta de buracos presentes no
asfalto.
Quando um carro está desalinhado, seus pneus sofrem um desgaste irregular e extremo. Além disso,
o condutor sente um grande desconforto na direção, tendo que fazer força para conseguir manter o
veículo em linha reta ao segurar o volante.
Cambagem
O objetivo da cambagem é aperfeiçoar a estabilidade do veículo em uma curva, já que durante esse
processo a massa do carro é deslocada por conta da força centrífuga. Com isso, o pneu tende a
perder área de contato com o solo por conta de sua inclinação.
Um exemplo bem comum de grau de camber é quando as rodas traseiras de um veículo estão tortas,
o que pode acabar danificando outros aspectos do carro.
Tal desalinhamento pode ser causado pelo excesso de carga transportada por um veículo, por
exemplo. Além de colisões e fortes impactos nas rodas, como buracos.
Caster
Alinhamento
É recomendado que um alinhamento seja realizado quando houver a substituição de peças da
suspensão ou dos pneus. Além disso, é importante que ele seja feito em toda revisão previamente
indicada pelo fabricante ou a cada 10 mil quilômetros rodados.
Um alinhamento também é indicado após colisões e fortes impactos contra guias, pedras ou
buracos, por exemplo.
Quando o condutor do veículo perceber algum tipo de irregularidade no comportamento da direção
ou quando desgastes irregulares forem observados nos pneus, é necessário que um alinhamento seja
realizado.
Balanceamento
O balanceamento precisa ser realizado quando os pneus forem trocados ou a cada 10 mil
quilômetros, como acontece com o alinhamento.
Um sinal de que o serviço precisa ser realizado fora do período supracitado é quando apresenta
trepidações com o aumento da velocidade do veículo.
Ele pode ser realizado sem que as rodas sejam retiradas do carro ou através do balanceador de
coluna com a retirada das rodas em questão.
Também é recomendado realizar um balanceamento com o rodízio dos pneus e após reparos na
câmara de ar de um ou mais pneus.
Cambagem
Alinhamento, balanceamento, cambagem e caster são serviços que aumentam a vida útil de um
veículo.
É fortemente recomendado que a cambagem seja realizada junto com o alinhamento e o
balanceamento, caso haja a necessidade.
Não existe uma periodicidade exata para a realização do serviço. Porém, é importante que o
condutor tenha sempre em mente que um ângulo de camber errado pode causar desgastes
irregulares dos pneus.
Então, se o condutor costuma transitar por estradas esburacadas, provavelmente correrá o risco de
cair em um desses buracos. Com isso, alterações no ângulo de camber podem vir a ocorrer por
conta dos excessos de buracos, fortes colisões ou por excesso de carga carregada.
Também é fundamental que o comportamento do veículo seja observado constantemente pelo
proprietário para que problemas futuros possam ser evitados.
Cáster
A verificação do Cáster precisa ocorrer quando o condutor percebe baixa estabilidade do seu carro
em altas velocidades, dificuldade em realizar manobras e direção pesada.
Além disso, tal serviço também precisa ser realizado em casos de colisões, pois os sistemas de
suspensão e de direção podem ter sido afetados de alguma maneira.
Rosca sem fim ou pinhão e cremalheira?
Muito comum há algumas décadas, o sistema de rosca sem fim foi abandonado de vez faz muito
tempo. O sistema cumpria a sua função, mas era muito ineficiente e trazia alguns “problemas de
fábrica” como a tão conhecida folga (isso deu até origem ao ditado de que o volante do fusca não
tinha folga, tinha férias).
Como o próprio nome já diz, o sistema utilizava um rosca infinita para proporcionar o esterçamento
das rodas conforme o volante era virado. Confira no esquema simplificado como esse tipo de caixa
de direção funcionava:
Esse sistema ficou conhecido por alguns problemas na caixa de direção. O mais conhecido é a
folga.
Esse sistema foi substituído, em seguida, pelo pinhão e a cremalheira. Uma das principais vantagens
desse sistema era eliminar (pelo menos na maioria dos casos rs) a folga na direção e também
permitir os sistemas de direção de maneira mais eficaz. Ou seja: a direção hidráulica e elétrica como
conhecemos. Veja como o sistema funciona neste diagrama também simplificado:
Alguns componentes da caixa de direção com rosca sem fim permanecem no sistema de pinhão e
cremalheira. Esse sistema pode ser considerado como uma atualização dos anteriores.
Direção hidráulica
Em automóveis a direção hidráulica ajuda os motoristas a dirigir, diminuindo o esforço na direção
do volante, para girar as rodas em velocidades típicas, e reduzir consideravelmente o esforço físico
necessário para girar as rodas quando o veículo está parado ou se movendo lentamente.
A direção hidráulica deixou de ser um acessório de luxo e se tornou um equipamento necessário e
comum, na maioria dos veículos leves e até nos pesados.
Para o bom funcionamento do conjunto é preciso que todos os componentes estejam trabalhando em
perfeitas condições.
O sistema é constituído pelo mecanismo de direção, bomba hidráulica, reservatório de óleo e
tubulações de alta e baixa pressão.
Em veículos equipados com direção hidráulica, o motorista comanda a parte mecânica do conjunto
com facilidade, pois o maior trabalho é feito hidraulicamente. A ação hidráulica ocorre com auxílio
do fluido, que está sob alta pressão, de um lado ou do outro da cremalheira.
A bomba hidráulica é acionada quando o motor entra em funcionamento, utilizando o fluido do
reservatório e enviando a pressão necessária para o mecanismo da direção. Se ocorrer falhas no
sistema hidráulico, o mecanismo funciona como uma direção comum.
Um mecanismo hidráulico de direção – sistema pinhão e cremalheira, do tipo que equipa os
veículos da VW, além dos ítens citados acima, contém pinhão e cremalheira, pinhão e válvula e
cilindro hidráulico. A vazão da bomba determina a velocidade de giro do volante, assim como a
pressão para esterçar as rodas. Já a válvula analisa a resistência do volante e direciona o fluido
para um dos lados do cilindro. Nesse mecanismo, a bomba hidráulica, instalada no motor, é
acionada por meio de polias e correia, utilizando os tubos para conduzir o fluido.
Direção pesada
Desconforto ao dirigir;
Volante fora de alinhamento (pode ser um sintoma de desalinhamento);
Desgaste não uniforme do pneu, principalmente em sua borda.
Caixa de direção Hidráulica
Como diz a propaganda de uma famosa empresa de combustível, o brasileiro é apaixonado por
carro e cuida do mesmo como se fosse um filho. E não está errado mesmo!
Por se tratar de um investimento de alto-envolvimento, é necessário ter diversos cuidados com o
nosso automóvel haja vista o fato de que temos que pensar numa posterior revenda. Devemos
sempre ficar atentos à parte mecânica dos veículos para prevenir problemas mais graves e até
mesmo acidentes.
Umas das partes do carro em que devemos ficar atentos é a caixa de direção hidráulica. A direção
hidráulica deixou de ser um acessório de luxo e se tornou um equipamento necessário e comum, na
maioria dos veículos leves e até nos pesados.
Para o bom funcionamento do conjunto é preciso que todos os componentes estejam trabalhando em
perfeitas condições. O sistema é constituído pelo mecanismo de direção, bomba hidráulica,
reservatório de óleo e tubulações de alta e baixa pressão.
Em veículos equipados com direção hidráulica, o motorista comanda a parte mecânica do
conjunto com facilidade, pois o maior trabalho é feito hidraulicamente. A ação hidráulica ocorre
com auxílio do fluido, que está sob alta pressão, de um lado ou do outro da cremalheira.
Antigamente os automóveis não eram controlados pelo sistema tradicional de volante como
conhecemos hoje, mas por um equipamento precário e inconveniente de direção. Na verdade, a
história não registra qual o primeiro carro a adotar essa roda desajeitada conhecida como direção
ou volante.
Sabe-se, porém, que a partir de 1898, ela passou a equipar todos os carros, sem sofrer, praticamente,
qualquer evolução significativa em sua forma e em seus princípios de funcionamento. Só no fim da
década de 50, quando o volante já era sexagenário, surgiram as primeiras tentativas sérias para
substituí-lo por outro sistema mais eficiente.
Hoje já podemos contar com alguns tipos de mecanismos de direção, como a mecânica e a servo
assistida, que é constituído por um sistema hidráulico, eletro hidráulico ou elétrico, e que reduziram
muito o esforço do motorista em manobras de direção.
A direção hidráulica deixou de ser um acessório de luxo e hoje se tornou um equipamento
necessário e comum, na maioria dos veículos. Ela facilita as manobras mesmo com o veículo
parado porque alivia o peso ao girar o volante.
O sistema de direção hidráulica é constituído pelo mecanismo de direção, bomba hidráulica,
reservatório de óleo e tubulações de alta e baixa pressão. Em veículos equipados com direção
hidráulica, o motorista comanda a parte mecânica do conjunto com facilidade, pois o maior
trabalho é feito hidraulicamente, diferente da direção comum, onde a cremalheira é movida só pela
força aplicada ao volante.
Nos últimos cinquenta anos, os sistemas de direção dos carros não mudaram muito, mas na
próxima década, certamente, teremos mais avanços nos conjuntos de direção dos carros, que agora
começam a receber muitas novidades e aperfeiçoamentos em busca de mais eficiência, economia e
conforto.
Direção eletro-hidráulica
A grande vantagem da direção assistida eletromecânica, em comparação com os
sistemas hidráulicos, consiste na eliminação da parte hidráulica. Os componentes de
servoassistência são instalados na caixa de direção e atuam diretamente sobre ela. Além
disso, consegue reduzir consideravelmente a energia necessária. A diferença é que a
direção hidráulica requer um fluxo volumétrico permanente, e a direção assistida
eletromecânica somente necessita de energia quando realmente se produzem
movimentos de direção. Com essa característica de consumo de potência em função das
necessidades, o consumo de combustível é reduzido.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
A direção assistida eletromecânica possui um acionamento paralelo ao eixo principal,
constituído de um novo desenvolvimento com a utilização de fuso acionado por porca com
esferas recirculantes, para a realização da servoassistência.
Para os efeitos da servo assistência, alimenta se um motor elétrico em função das
necessidades. O Sistema oferece ao condutor uma servoassistência para a direção
subordinada às condições dinâmicas.
O retorno da direção à posição de marcha em linha reta ocorre com a função de “retorno
ativo”, implementada na direção assistida eletromecânica. Isso resulta num retorno
agradável do volante ao sair de uma curva, assim como uma marcha em linha reta
estável.
ESTRATÉGIAS DE FUNCIONAMENTO
1 - O ciclo de servoassistência começa no momento em que o condutor move o volante.
2 - O torque de giro aplicado ao volante faz torcer a barra de torção no pinhão.
O sensor de torque de direção mede a intensidade de torção da barra e informa o valor
registrado à Unidade de Controle.
3 - O sensor de ângulo de direção informa o ângulo momentâneo de esterçamento da
direção.
4 - Em função do torque de direção, da velocidade de marcha, do regime de rotação do
motor do veículo e da curva característica programada, a Unidade de Controle calcula a
servoassistência necessária para a direção, e estimula correspondentemente o motor
elétrico. As informações relativas ao ângulo de direção e a rapidez dos movimentos da
direção são utilizadas para funções como a correção da marcha em linha reta.
5 - A servoassistência da direção é estabelecida por meio do fuso acionado por porca com
esferas recirculantes. O acionamento dessa porca é feito pelo motor elétrico através de
uma correia dentada.
6 - A somatória do torque de giro aplicado ao volante e à força de torque da
servoassistência promovida pelo motor elétrico resulta na força de direção eficaz na
cremalheira.
CURVAS CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO
A regulagem da servoassistência para a direção é realizada em função da velocidade de
marcha, através de uma família de curvas características gravada na memória
permanente da Unidade de Controle. Dependendo do peso do veículo e de seu nível de
acessórios é programada na fábrica, durante a fase final de montagem, a família de
curvas características para a Unidade de Controle.
CURVAS CARACTERÍSTICAS
A figura mostra uma família de curvas características para um veículo pesado (linha
contínua), e uma família de curvas características para um veículo leve (linha tracejada),
cada uma contendo 5 curvas características para diferentes velocidades do veículo (por
exemplo 0km/h, 15km/h, 50km/h, 100km/h e 250km/h). Uma curva característica indica o
torque de acionamento do motor elétrico correspondente a cada servoassistência em
função do torque aplicado ao volante.
MANOBRAS EM ESTACIONAMENTO
O sensor de ângulo de direção informa que houve uma grande variação do ângulo de
direção.
Em função do intenso torque de direção, da velocidade de marcha (0 km/h), da rotação do
motor do veículo (> 500 rpm), do grande ângulo de direção, da v=0 km/h, rápida
movimentação do volante e da curva característica programada para 0 km/h, a Unidade
de Controle determina que é necessária uma servoassistência intensa e estimula
correspondentemente o motor elétrico.
Por tudo isso, a manobra de estacionamento é realizada com a máxima intensidade de
servoassistência.
CONDUÇÃO EM TRÂNSITO URBANO
O sensor de ângulo de direção informa que houve uma variação mediana no ângulo de
direção, assim como, na rapidez de giro do volante.
Em função do torque de direção médio, da velocidade de marcha (50 km/h), do ângulo de
direção mediano, da rapidez de giro do volante e da curva característica
programada para 50 km/h, a Unidade de Controle determina que, é necessário uma servo
assistência de média intensidade para a direção e alimenta correspondentemente o motor
elétrico.
Dessa forma, através do fuso acionado por porca com esferas recirculantes, se produz
uma servo assistência de média intensidade.
CONDUÇÃO EM RODOVIA
O sensor de ângulo de direção informa que houve uma variação pequena no ângulo de
direção, assim como na rapidez de giro do volante.
Em função do torque de direção baixo, da velocidade de marcha (100 km/h), do ângulo de
direção pequeno, da rapidez de giro do volante e da curva característica programada para
100 km/h, a Unidade de Controle determina que é necessário uma servoassistência de
baixa intensidade para a direção e alimenta correspondentemente o motor elétrico.
Ao mover o volante em rodovia, é produzida uma baixa servoassistência da direção, ou
talvez não se produz servoassistência através do fuso acionado por porca com esferas
recirculantes.
RETORNO ATIVO DO VOLANTE
Quando o condutor reduz o torque de direção ao circular por uma curva, a barra de torção
é aliviada, em combinação com a queda do torque de direção, do ângulo e da velocidade
de giro da direção, o módulo calcula uma velocidade teórica de retorno. Este resultado é
comparado com a velocidade do ângulo de direção, o que resulta o torque de retorno.
Devido à geometria específica da suspensão, surgem forças de retorno nas rodas quando
estão viradas. Por causa da fricção que intervém no sistema de direção e no eixo, as
forças de retorno são quase suficientes para que as rodas possam voltar por elas
mesmas à posição de marcha reta.
Analisando o torque de direção, a velocidade de marcha, a rotação do motor do veículo, o
ângulo e velocidade da direção, e considerando as curvas características programadas, a
Unidade de Controle calcula o torque necessário do motor elétrico para o retorno. O motor
é alimentado e aplica uma servoassistência à direção, retornando as rodas na posição
retilínea.
SISTEMA DE TRANSMISSÃO DO MOTOR
A rotação do motor elétrico que está fixado paralelamente à cremalheira é transmitido
para a porca com esferas recirculantes por meio de uma correia dentada. O elemento
central é a porca com esferas recirculantes alojada dentro da roda dentada e que envolve
externamente o fuso da cremalheira.
O sensor de ângulo de direção está montado atrás do contato espiral do Módulo Air bag
do condutor na coluna de direção entre o volante e o comando de alavancas.
O sensor informa à Unidade de Controle da coluna de direção através do CAN bus de
dados o ângulo e a velocidade de giro do volante. A Unidade de Controle da coluna de
direção possui a eletrônica para a análise dos sinais.
A direção elétrica é um sistema independente do motor, totalmente elétrico, que tem por
função auxiliar o motorista, reduzindo o esforço e proporcionando maior conforto para os
motoristas e mais precisão nas manobras.
Ela é considerada ecologicamente correta, pois dispensa a tradicional bomba hidráulica e o fluido
utilizados nos antigos sistemas de direção hidráulica.
Um carro com direção elétrica pode ter uma economia de combustível de até 5%, isso por que ela
não consume potência direta do motor e não está ligada diretamente a ele por correia.
Os veículos mais modernos, de forma geral, já são equipados com a direção elétrica, que possui
sensores que informam a velocidade do veículo e a rotação aplicada pelo motorista ao volante a
uma central de controle (UCE).
A direção elétrica foi lançada em 99 e nos primeiros anos o sistema de assistência elétrica já
representava 4% das vendas, contra 30% em 2011. A projeção é que os carros com esse tipo de
direção superem os 50% em 2015, muito por conta das legislações de redução de emissões de gases
de efeito estufa em todo o mundo. Coube à Itália a primazia de principiar na prática o uso do novo
sistema, isto em 2001, inovação que desembarcou ao Brasil em 2003 com o Fiat Stilo.
Pelos cálculos da Nexteer, aproximadamente de 5 bilhões de litros de combustível foram
economizados por carros equipados com este tipo de direção. Com isso, ela passou a equipar até
veículos maiores, como a picape Ford F-150 nos Estados Unidos.
O funcionamento da direção elétrica independe do motor e dispensa todas as correias que fazem a
bomba de óleo funcionar, comum nos carros com direção hidráulica.
O condutor aplica um torque ao volante no sentido de girá-lo e um sensor óptico especial armazena
a finalidade do condutor em realizar uma curva, a velocidade angular de giro do volante o ângulo, o
sentido de giro e comunica-se com a central eletrônica do sistema.
O sistema busca internamente sua temperatura de operação, pois o torque de apoio vai variar com
sua temperatura. O sistema trabalhará com eficiência de 100% enquanto a temperatura de trabalho
for inferior a 60ºC, com 75% a 80ºC. A temperatura máxima de funcionamento da central é de 85ºC.
Toda a atuação do motor elétrico é controlada pelo módulo de comando denominado MC que, por
não estar acoplado ao motor, possui uma independência funcional e opera em vários modos
distintos selecionados automaticamente pelo módulo.
Quando o veículo está se movimento em linha reta, o sistema opera em “stand by” ou modo
repouso. O módulo de comando identifica que não é necessária uma assistência hidráulica e o motor
elétrico trabalha com uma rotação nominal de 2333 rotações por minuto, o que reduz o consumo de
energia.
Com o movimento contínuo do volante, o sistema eletrônico registra uma determinada resistência
ao esterçamento e envia prontamente um sinal para o motor elétrico elevando os níveis de rotação
de 2333 para cerca de 3300 por minuto. Neste momento, o equipamento comanda o modo de
assistência máxima, fazendo com que exista pressão e fluxo hidráulicos necessários para o
funcionamento equilibrado do sistema, prestando um auxílio mais preciso e imediato ao condutor.