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Conceitos Matematicos - Final
Conceitos Matematicos - Final
COORDENAÇÃO DE MATEMÁTICA
Todo conceito tem sua extensão e seu conteúdo. A extensão é a classe de objecto a
que se refere o conceito. O conteúdo são as características comuns a todos objectos.
Exemplo:
Elaboração de conceitos;
demostração de proposições;
Construção de algoritmos;
Formulação e resolução de problemas; e
Construções geométricas.
Estas acções não estão de imediato, se formulam segundo determinadas leis.
Abordaremos as leis que regem a elaboração de conceitos e as distintas etapas pelas
quais passa este processo. Dado que a elaboração de conceitos matemáticos é uma
acção mental, convém recordar, ainda que de forma breve, as acções mentais.
O professor deve ter em conta que a maior parte dos conceitos importantes no ensino
da Matemática, o processo completo de apropiação se realiza a longo prazo, como é
o caso do conceito função. Outros se elaboram num prazo breve ou se introduzem na
fixação de um conceito superior a ele.
Esta etapa por vezes começa, muitos anos antes da introdução do conceito. Nesta
etapa os alunos se familiarizam com fenómenos, formas de trabalho que mais tarde se
vão relacionar com o conceito. Os alunos conhecem parcialmente o conceito, muito
antes do seu tratamento na aula, porque, em alguns casos já o têm utilizado na
linguagem comum, ou já se trabalhou com o mesmo conscientemente, de forma
implicita. Por exemplo, desde a primeira classe os alunos trabalham de muitas
maneiras com funções, antes que o trabalho com o conceito e a definição de função
se converta explicitamente em objecto de ensino.
Esta fase está estreitamente relacionada com o objectivo de capacitar os alunos para
definir o conceito.
A exercitação;
A aprofundação;
A aplicação;
A sistematização; e
A revisão.
Através de acções mentais e práticas dirigidas a estes objectivos.
Tanto na formação do conceito como na assimilação, o ponto essencial desde o
aspecto metodológico está em reconhecer e procurar um sistema de características
necessárias e suficientes. Do reconhecimento destas características, depende a
assimilação correcta do conceito.
Conceitos de objecto
Conceitos de operação
Conceitos de relação
Os conceitos de objectos designam classes de objectos reais ou irreais que se podem
caracterizar por meio de representantes. Por exemplo: triângulo, número par, ângulo,
etc.
Superiores
Colaterais
Subordinados.
Os conceitos superiores são a soma lógica de conceitos colaterais e os conceitos
subordinados são a multiplicação lógica de conceitos colaterais.
A sequência de passos para a via construtiva são os mesmos que a via indutiva
excepto o passo 3) que é substituído por outros dois passos:
Por outro lado, o professor deve prever as atividades que deve levar a cabo com os
alunos para formar o conceito (acção mental) de acordo com as etapas da acção e
o controlo (Teoria de Galperin), quer dizer:
Identificar o conceito
Realizar o conceito
Aplicar o conceito
1º passo:
2º passo:
Depois cria-se uma base de orientação para estas acções. Esta base é dada
pela definição do conceito ou então é elaborada pelo professor. Deve-se criar
primeiramente orientações convenientes para a atividade dos alunos. No caso
dos conceitos de operações, a definição oferece frequentemente uma
sucessão de indicações para a acção, utilizável, utilizável para a realização do
conceito.
3º passo:
COORDENAÇÃO DE MATEMÁTICA
OBJECTIVOS:
A elaboração de conceitos;
Demonstração de proposições,
Construção de algoritmos,
Formulação e resolução de problemas e construções geométricas.
Exemplo das acções desta etapa, a lei que se constrói e sua implicação é a
formulação do conceito número natural.
Actividade 1: Tome duas garrafas da mesma forma e tamanho e verta nelas a mesma
quantidade de água. De tal forma que as crianças vejam que a quantidade de água
é a mesma. Inverta verticalmente a posição de uma das garrafas. Que as crianças
observem agora o nível da água. Pergunte: Qual das garrafas tem mais? Se a criança
que ambas as garrafas têm a mesma quantidade de água, então diremos que possui
a lei de reversibilidade.
Actividade 2: Tome duas folhas rectangulares verdes do mesmo tamanho e diga para
a criança que cada folha é um terreno com relva. De tal forma que as crianças os
verifiquem que são do mesmo tamanho. Recorte dois pedaços de cartolina branca ou
amarela do mesmo tamanho. Cada pedaço de cartolina é uma casa. Coloque uma
cartolina no centro de uma das folhas verde e de outra na extremidade.
Como saber quando a criança está preparada para este passo? Esta é a razão de
construir séries. Quando a criança possui a lei para construir séries, diz-se que possui a
lei de continuidade. Experiências como as seguintes são muito úteis para observar se a
criança possui ou não a lei de continuidade.
ATT: o que o docente deve observar é o método que a criança usa para
ordem. A criança possui a lei de continuidade e para ordenar confronta o
mais pequeno com os demais em cada passo.
O processo de classificação
Proporcionando para a criança tiras de papel da mesma cor, mas que difiram cada
uma de tamanho (por exemplo 1cm) e indicando-lhes que as ordene de acordo com
seu tamanho. A experiência nos diz que é até aos 5 ou 6 anos quando a criança
encontra o método correcto. Outras experiências como agrupar objectos pela cor,
tamanho, forma, etc. Também ajudam a construir na criança a acção mental de
classificar.
Lei de correspondência
Uma classe de conjuntos equipotentes é uma classe de conjuntos que mantêm uma
correspondência biunívoca entre seus elementos, independentemente da forma,
tamanho, etc.
Motivação; – Como motivar uma criança de 6 - 7 anos para que se interesse pelo
conceito de número natural? Temos aqui uma meta interessante. Segundo Piaget,
uma criança de 6 - 7 anos tem como centro de actividade o jogo (acção sensori-
motriz) e é neste tipo de actividades em que devemos centrar a motivação.
Por outra parte, muitos experimentos no campo da Didáctica da matemática têm
demonstrado que o conceito de número natural se constrói mediante séries, isto é: 1-2-
3 como primeira série, 4-5-6 como segunda série e 7-8-9 como terceira série.
Indicar as crianças que aplaudam una vez; depois duas vezes e finalmente três
vezes.
Indicar as crianças que se levantem uma vez, despois duas vezes e finalmente
três vezes.
Que saia da sala de aula uma criança, logo sai outro;
Pergunta: quantas crianças estão fora? finalmente sai outro... quantos estão fora
agora?
Que as crianças desenhem um barco, logo outro.. Quantos barcos há?, por último um
terceiro barco: quantos há agora?
Procede-se de uma forma similar com o dois (2) e com o três (3).