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Equaçoes e inequaçoes 2009

ÍNDICE

1. EQUAÇÕES............................................................................................................................................1
1.1 Noção de equação..............................................................................................................................1
1.2 Equações do 1° grau ou lineares com uma incógnita.........................................................................2
1.2.1.Resolução de equações – Principios de equivalência..................................................................2
1.2.2.Principios de equivalência de equações......................................................................................2
1.2.3.Resolução de equações lineares com uma incógnita...................................................................3
1.2.4 Classificação de equações...........................................................................................................5

2. SISTEMAS DE EQUAÇÕES COM DUAS INCOGNITAS...................................................................5


2.1 Equação literais.................................................................................................................................5
2.2sistema de duas equaçoes lineares com duas incógnita.......................................................................5
2.2.1.Resoluçao de sistema de duas equaçoes lineares com duas incógnita.........................................6
2.2.2 Classificação de sistemas de equações......................................................................................11

3. INEQUAÇÕES DO 1° GRAU............................................................................................................11
3.1. Resolução de inequações do 1° grau...............................................................................................12

4. SISTEMAS DE INEQUAÇÕES DO 1º GRAU COM UMA VARIÁVEL...........................................13

5. EQUAÇÃO QUADRÁTICA................................................................................................................14
5.1 Resolução de equações quadráticas incompletas e completas..........................................................14
5.1.1 Resolução de equações quadráticas incompletas usando a lei do anulamento dum produto.....14
5.1.2 Resolução de equações quadráticas completas usando a lei do anulamento dum produto........15
5.2 Fórmula Resolvente.........................................................................................................................16
5.3 Soma e produto de raízes da equação quadrática.............................................................................17
5.4 Aplicação da regra da soma e do produto das raizes da equação quadrática....................................18

6. EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS..........................................................................................................18

7. INEQUAÇÕES QUADRÁTICAS........................................................................................................19

8. EQUAÇÕES BIQUADRADAS............................................................................................................22

9. EQUAÇÕES EXPONENCIAIS............................................................................................................22

10. INEQUAÇÕES EXPONENCIAS.......................................................................................................23

11. EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS.........................................................................................................23

12. INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS.....................................................................................................24

13. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................26

Zeca, Manuel, Mata, Michael,Cebola 0


Equaçoes e inequaçoes 2009

1. EQUAÇÕES

1.1 Noção de equação


O estudo de equações constitui um dos temas mais importantes no ensino da matemática. Elas
surgem naturalmente, a partir de situações prácticas do nosso dia-a-dia e da técnica; quando se
pretende resolver um determinado problema, como por exemplo:

O Zeca Jose pensou num numero; adicionou-lhe 3 e obteve 10. Qual foi o número que ele
pensou?

Em linguagem matemática, podemos escrever :

Seja x o número em que o Zeca Jose pensou. Então, x + 3 = 10. A igualdade x + 3 = 10 é uma
equação.

Equação é uma igualdade onde figura sempre,pelo menos uma letra

Na equação x + 3 = 10, à letra x chama-se incógnita (representa um valor desconhecido)

Numa equação temos dois membros constituidos por termos.

termos O símbolo “ = ” separa os membros

entre si.

x + 3 = 10

Os simbolos “ + ” e “ – ” separam os termos em cada membro.

Aos termos que não têm a incógnita chamam-se termos independentes.

Exemplo: 2 x+3=5 x−13 ;

2 x+3 forma o primeiro membro

5 x−13 forma o segundo membro

3 e−13 são os termos independentes

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1.2 Equações do 1° grau ou lineares com uma incógnita


Equações lineares com uma incógnita são equações com uma variável e de expoente um.

Solução ou raiz da equação é um número que colocado no lugar da incógnita,


transforma a equação numa igualdade verdadeira.
Assim,na equação x + 3 = 10 a solução é 7, porque 7 + 3 = 10.

Equações equivalentes são aquelas que tem o mesmo conjunto solução

Exemplo: qual será a solução de cada uma das equações seguintes:

x +9=12 x +3=6

solução {3 } solução {3 }
pois ,3+ 9=12 pois , 3+3=6

Estas duas equações têm a mesma solução, por isso se dizem equivalentes e escreve-se;
x +9=12⟺ x +3=6 ; O símbolo “ ⟺ ” lê-se equivalente a.

1.2.1.Resolução de equações – Principios de equivalência


 Consideremos a equação x +2=5 ; que traduz a pergunta:
Qual é o número que adicionado a 2 resulta 5?
Resolver esta equação significa encontrar a resposta à pergunta. Logo, a solução é 3.
Simbolicamente, escreve-se:
x +2=5 ⟺ x=3 ; S={5 }

Potanto, a determinação do conjunto-solução de uma equação pode ser feita analisando a


condição que a traduz. No entanto, nem sempre é tão simples, como por exemplo na equação
x +9=−7 em que é difícel determinar a solução pela analogia. Sendo assim, temos que recorrer
aos principios de equivalencia de equações.
1.2.2.Principios de equivalência de equações
 Principio1:

Se adicionar-mos a mesma quantidade a cada um dos membros de uma equação,


obteremos uma equivalente a dada
A aplicação deste princípio pode ser feita, rapidamente, utilizando uma regra prática:
x +8=4 ⟺ x=4−8

Adiccionar a ambos os membros o −8 é o mesmo que passar o termo +8 de um membro para o


outro, trocando-lhe o sinal.

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Regra prática: Se numa equação mudarmos um termo de um membro para outro trocando-lhe o
sinal, obtemos uma equação equivalente à dada.
Exemplos:
a) x−2=−5 ⟺ x=−5+2 ⟺ x=−3
1 −1 −1 1 −2 1 −3
b) + x= ⟺ x= − ⟺ x= − ⟺ x=
4 2 2 4 4 4 4
c) 2 x−5=x +5 ⟺ 2 x −x=5+5 ⟺ x =10
 Principio2:

Se multiplicar-mos ambos os membros de uma equação por um número, diferente de


zero, obteremos uma equação equivalente à dada
Consideremos a equação 2x = 6

2 x=6
O conjunto-solução da equação
22 x xxxx Equações
r 2x = 6 é {3}.
×2 ×2
equivalentes

4 x=12
Se multiplicarmos ambos os membros por 2, obteremos a equação 4x = 12, cujo conjunto-
solução é tambem {3}. Então, 2 x=6 ⟺ 4 x=12

Regra prática: quando temos uma equação do tipo ax + b com a ≠ o , basta dividir-mos ambos
os membros por a.

Exemplos:

7
a) 5 x=7 ⟺ x= ; 5 passa de factor do 1° membro para divisor do 2° membro.
5

−9
b) −3 x=−9 ⟺ x= ⟺ x=3 ; −3 passa de factor do 1° membro para divisor do 2°
−3
membro.

1.2.3.Resolução de equações lineares com uma incógnita.


 Consideremos a equação 5 x−3=−2 x +11

Aplicando o primeiro principio de equivalência, teremos:

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5 x−3=−2 x +11 ⟺5 x +2 x=11+3 ⟺7 x=14 e aplicando o segundo principio de


equivalência obtemos;

14
7 x=14 ⟺ x= ⟺ x =2 ; O conjunto solução é {2}
7

 Concideremos uma equação que envolva parêntisis: 2 x−( 3−5 x )=7

Devemos, primeiro, desembaraçar os parêntisis. 2 x−3+5 x=7 . Em seguida, apliquemos as

regras; 7 x=7+3 ⟺ 7 x=10 ⟺ x=


10
7
; {107 } é o conjunto- solução.
 Quando a equação envolve termos com denominadores diferentes, reduzímolos ao
mesmo denominador:

x 1 2 x 12 3
+2= ⟺ + =
3 2 6 6 6

Multiplicando ambos os membros pelo denominador comum, teremos: 2 x+12=3

Dizemos, por isso, que quando todos os termos têm o mesmo denominador, podemos
desembaraçarmo-nos dele.

2 x=3−12 ⟺ 2 x =−9 ⟺ x=
−9
2
;( −92 ) é o conjunto-solução.

 Consideremos a equação x +5=x +10. Resolvendo-a teremos:

x−x=10−5 ⟺ 0 x =5

Não existe nenhum número que multiplicado por zero dê cinco. A equação não tem solução e por
isso, se diz equação impossível.

 A resolução da equação 2 x−4 (1−x )=6 x−4 é:

2 x−4 (1−x )=6 x−4 ⟺ 2 x−4+ 4 x=6 x−4 ⟺ 2 x+ 4 x−6 x=−4+ 4 ⟺ 6 x−6 x=0⟺ 0 x=0

Qualquer número multiplicado por zero resulta zero. Deste modo, qualquer número é solução
desta equação e por isso, ela se diz equação indeterminada.

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1.2.4 Classificação de equações

Equação

Possível Impossível

Determinado Indeterminado

2. SISTEMAS DE EQUAÇÕES COM DUAS INCOGNITAS

2.1 Equação literais


Designa-se equação literal a toda aquela que para além da incógnita possui outras variáveis.

Exemplo: S = 20 + vt ;onde: v é a incógnita, S e t são variaveis da equaçao.

Aplicando o principio de equivalencia podemos determinar a fórmula para o cálculo de v:

S−20
S=20+vt ⟺ vt=S−20 ⟺ v= com ( t >0 )
t

Como se pode ver, o valor de v depende inteiramente dos valores S e t.

2.2sistema de duas equaçoes lineares com duas incógnita


Consideremos o seguinte problema:

A soma de dois números é 3, mas adicionando um deles ao dobro do outro obtém-se 5. Quais são
os números?

Designado por x e y os números desconhecidos: x + y=3 e x +2 y=0 são as condiçoes que


permitem equacionar o problema. A soluçao será dada pelos valores de x e de y que verifiquem
simultaneamente as duas condiçoes, isto é, pelos valores x e y que satisfaçam a conjunçao:

x + y=3 ∧ x +2 y=5

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Como se pode observar, as duas condiçoes são equaçoes do 1ºgrau a duas incognita, formando
um sistema de equaçoes que pode se representar por

{x+2
x + y =3
y=5
Portanto,

Sistemas de equaçoes é um conjunto de equaçoes que devem ser satisfeitas pelos mesmos
valores das incógnitas.

Assim, a conjunçao

{x+2
x + y =3
y=5
é um sistema de duas equaçoes literais a duas incógnitas.

2.2.1.Resoluçao de sistema de duas equaçoes lineares com duas incógnita


O sistema de equaçoes lineares pode-se resolver analítica ou graficamente.

A) Resoluçao analítica

A resoluçao analítica dum sistema de equaçoes realiza-se de tres métodos:

 Método de substituiçao

Consideremos o sistema seguinte:

{
x+ y−3=0
x 3
+ x =2
2 4

{
x+ y−3=0
1º Reduz-se o sistema à forma canónica: x 3
+ x =2
2 4
⟺ x + y=3 {
2 x +3 y=8

2º Resolve-se uma das equaçoes em ordem a uma das variáveis: {2 xx ++3y =3


y=8
⇔ { x=3− y
2 x+ 3 y =8

3º Substitui-se essa variável na outra equaçao pela sua expressao designatória:

{2x=3− y
x +3 y=8

{ x=3− y
2 3− y )+ 3 y =8
(

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4º Resolve-se esta equaçao linear a uma incognita, isto é, calcula-se a raiz;

{2( 3−x=3− y
y ) +3 y=8
⇔ {−−−¿ 6−2 y +3 y =8 ⇔ {−−−¿ 6+ y=8 ⇔ {−−−¿ y=2

5 º Substitui-se na primeira equaçao a variável cujo valor numérico acabamos de determinar, pela
raiz encontrada, de modo a calcular valor da outra incógnita.

{x=3−
y=2 { y =2 { y=2
y ⇔ x=3− y ⟺ x=1
O par ordenado ( 1 ; 2 ) é a soluçao do sistema.

 Metódo da reduçao a coeficientes simétricos (ou da adiçao ordenada)

Considere o sistema:

{2x +x−6y−6=0
y=4

1º Reduz-se o sistema à forma canónica: {2x +x−6y−6=0


y=4
⟺ { x + y=6
2 x −6 y=4

2º Reduzem-se os coeficientes de uma das variáveis a valores simétricos, aplicando os princípios


de equivalência de equações:

{x+2 x−6 y =4 ⇔ {2 x −6 y=4 { 2 x−6 y=4


y−6=0 (−2 ) x + y=6 −2 x −2 y =−12

3º Somam-se membro-a-membro os termos correspondentes: {−22xx−6


−2 y =−12
y=4

0−8 y=−8

4º Resolve-se a equaçao resultante:

−8
−8 y=−8 ⇔ y= ⇔ y =1
−8

5º Repete-se o procedimento do 2º passo em relação à outra incógnita:

{ x + y =6 ( 6 )
{ {
x + y =6 ⟺ 6 x +6 y=36 ⟺ 6 x +6 y =36
2 x−6 y=4 ⟺ 2 x−6 y=4 2 x−6 y=4 2 x−6 y=4 {
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8 x +0=40

40
8 x +40 ⟺ x= ⟺ x=5
8

A solução do sistema é o par ordenado ( x=5 )

 Método misto

O método misto consiste em resolver o sistema aplicando simultaneamente os dois métodos –


substtituição e reducão a coeficientes simétricos.

Consideremos o seguinte sistema de equações:

{
4 x−5 y =12
x y
+ =1
2 3

1º Aplicando o método de redução a coeficientes simétricos, teremos:

{ { {
4 x−5 y =12⟺ 4 x−5 y =12 4 x− y =12
x y x y ⟺ 8
+ =1 (−8 ) + =1 −4 x− y=−8
2 3 2 3 3

23
0− y=4
3

2° Encontrado o valor de y atraves da equação:


−23
3
y =4 ⟺ y =4 ∙
−3
23 ( )
⟺ y=
−12
23

3° Substitui-se por este valor a uma das equações do sistema para se determinar o valor da outra
incógnita:

4 x−5 y=12 ⟺ 4 x−5 ( −12


23 ) 60 60
=12 ⟺ 4 x + =12⟺ 4 x=12− ⟺ 4 x=
23 23
276−60
23

216 216 54
4 x= ⟺ x= ÷ 4 ⟺ x=
23 23 23

Sendo o par ( 5423 ;− 1223 ) a solução do sistema.


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B) Resolução gráfica

No sistema resolve-se cada equação em ordem a y.

{ {
y=−x+3 y =−x+3 ( 1 )
Exemplo1: {
x + y =3 ⟺
x+2 y=5 y=
−x+5
2

y=
−1
2
5
x + ( 2)
2

Resultando duas funções lineares (1) e (2).

No mesmo sistema cartesiano ortogonal, representa-se graficamente as duas funções.

−1 5
( 1 ) y=−x +3 ( 2 ) y = x+
2 2

A interseção das duas rectas fornece as coordenadas do ponto comum a ambas. Assim, o par (1;
2) é a solução do sistema, ou seja, x = 1 e y = 2.

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Exemplo2: {22 xx ++ y=3


y =1 { y=−2 x+ 1( 2)
⟺ y=−2 x+ 3 (1 )

(1) y=−2 x +3 e y =−2 x +1

As duas rectas são paralelas, não tendo, por isso, pontos de intersecção. Logo, o sistema não tem
solução.

{
y=x−2 ( 1 )
Exemplo3: { x− y=2 ⟺
2 x−4=2 y y=
2 x−4
2
( 2)

2 x−4
(1) y=x −2e (2) y=
2

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As duas rectas são coincidentes. Logo, as coordenadas de todos os pontos da recta são soluções
do sistema. Por isso, a solução é indeterminada.

2.2.2 Classificação de sistemas de equações


Classificam-se em:

 Possíveis
 Impossíveis
 Indeterminados

Exemplo1: considere o sistema {x+2 x−3


y=5 ( x− y )
y =5

Resolvendo-o, teremos:

{
3
x= y
{ 2 x−3 y =5 {
2 x−3 y=5 {
x+ y=5 ( x− y ) ⟺ 4 x−6 y=0 ⟺ 4 x=6 y ⟺
2 x−3 y=5 3
2
2 ∙ y−3 y=5
⟺ {−−−−−¿3 y −3 y=5 ⟺ {−−−¿ 0 y=
2

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A equação 0y = 5 é impossível. Então, o sistema também é impossível. Isto é, não admite


qualquer solução.

Exemplo2: considere o sistema {2 x− y=30


x−60=2 y

Resolvendo-o, teremos:

⟺ {−−−−−¿ 60+2 y−60=2 y ⟺ {−−−¿ 2 y=2 y ⟺ {x=30+ y


{2( 30+x=30+ y
y )−60=2 y 0 y=0

Mas a equação 0y = 0 é indeterminada. Logo, o sistema é também indeterminado, isto é


admite qualquer solução.

3. INEQUAÇÕES DO 1° GRAU

Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer expressão do 1° grau que pode ser escrita
numa das seguintes formas:
ax + b > 0; ax + b < 0; ax + b ≥ 0; ax + b ≤ 0.
Onde a, b são números reais com a ≠ 0.

Exemplos:
a) -2x + 7 > 0 b) x - 10 ≤ 0 c) 2x + 5 ≥0 d) 12 - x < 0

3.1. Resolução de inequações do 1° grau

Solução de inequações do 1º grau é um conjunto de todas e quaisquer possíveis valores que


possam assumir uma ou mais variável que estejam envolvidas nas equações proposta no
problema.

 Uma maneira simples de resolver uma equação do 1° grau é isolarmos a incógnita x em


um dos membros da igualdade.

Exemplo1: Resolva a inequação -2x + 7 > 0.


-2x > -7
Multiplicando por (-1)
2x < 7
x < 7/2
Portanto a solução da inequação é x < 7/2.

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Exemplo 2: Resolva a inequação 2x - 6 < 0.


2x < 6
x < 6/2
x<3
Portanto a solução da inequação e x < 3

 Determine todos os possíveis números inteiros positivos para os quais satisfaça a


inequação:

3x + 5 < 17

Veja os seguintes passos para solução:

1°passo 3x +5< 17 Escreva a inequação inicial


2°passo 3x + 5 -5 <17 - 5 Subtraia com número 5 nos dois membros
3°passo 3x < 12 Divida pelo número 3 nos dois membros
4°passo x<4 Solução encontrada

Após fazer os devidos cálculos da inequação acima, pode-se concluir que a solução apresentada
é formada por todos os números inteiros positivos menores que o número 4.

S = {1, 2, 3,}

Exemplos :

a) 2 -4x ≥ x + 17 b) 3(x+4) < 4(2-x)

2 - 5x ≥ 17 3x +12 < 8 -4x

-5x ≥ 17-2 3x - 3x +12 < 8 -4x - 3x

-5x ≥ 15 12 < 8 -7x

5x ≤ -15 8 -7x > 12

x ≤ -3 -7x > 12 – 8

-7x > 4

X < -4/7

4. SISTEMAS DE INEQUAÇÕES DO 1º GRAU COM UMA VARIÁVEL.


A medida do perimetro do rectângulo da
2x 2x figura não é superior a 42. Determine x
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2x + 1

Resolução:

Sabemos que P = 2(l+c ). Então P = 2∙(2x + 2x + 1) = 4x + 4x + 2 = 8x + 2


A medida do perímetro do retângulo é necessariamente positiva. Logo, 0 < 8x + 2 ≤ 42
Para resolvermos estas desigualdades, teremos que atender simultaneamente às duas inequações,
isto é, teremos de resolver um sistema de inequações:

{8ox+2
<8 x+ 2
≤ 42
⟺ {88x+2
x +2>0
≤ 42

Resolver um sistema de inequações é resolver cada uma delas e determinar o conjunto


intersecção dos seus conjuntos soluções.

{
−2

{
x> −1
{88x+2
x +2>0
≤ 42
⟺ {88x x≤>−2
42−2

x≤
8
40

x>
x≤5
4
8

−1
5 x
4

Como x terá de ser positivo, vem que S = ] 0 ; 5]

Exemplo 1: Resolva o sistema de inequações seguinte: {−3 x+7 <13


8( x+2)>48

Resolução:

{ {
−3 x<13−7 6
{
−3 x+7 <13
8( x+2)>48

x +2>
48 ⟺
8
x>
−3
x> 6−2
{x>−2
x >4

-2 4 x
S = ] 4;+ ∞ [

{
1
x +11<8
Exemplo 2: Resolva o sistema de inequações seguinte: 2
5−2 x ≤ 9

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Resolução

{ {
1 x ←6
2
x +11<8
5−2 x ≤ 9
⟺ { x +22<16
−2 x ≤ 9−5
⟺ { x<16−22
−2 x ≤ 4

x≥
4
−2
⟺ {xx≥−2
←6

S =∅
-6 -2 x

5. EQUAÇÃO QUADRÁTICA
Equação quadrática ou equação do 2° grau é aquela que se pode reduzir à formula canónica
ax2 + bx +c = 0, onde a ≠ 0, b e c são coeficientes reais e x é a incógnita.

5.1 Resolução de equações quadráticas incompletas e completas

5.1.1 Resolução de equações quadráticas incompletas usando a lei do anulamento dum


produto.

Caso1: b=c =0 caso2:b=0 caso3: c = 0


Exemplo exemplo exemplo
7x2 =0 4x2 – 1 = 0 4x2 – 1 = 0 2x2 + 3x = 0
x2 = 0 (2x + 1 )(2x – 1) = 0 ou 4x2 = 1 x(2x + 3) = 0
1
x=0 2x + 1 = 0 v 2x – 1 = 0 x2= x = 0 v 2x + 3 =
4
0

S={ 0 }
3
x=-
1
2
v x=
1
2
x=±
√ 1
4
x = 0 v 2x = −¿

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1 −3
x=± x=0 v x=
2 2

S= {−12 ; 12 } x=
−1
2
v x=
1
2 {
S = o ;−
3
2 }
5.1.2 Resolução de equações quadráticas completas usando a lei do anulamento dum
produto.
Vamos agora resolver equações quádraticas completas:

Caso1: O primeiro membro é o quadrado dum binómio

Exemplo1:
x2 + 6x + 9 = 0 O primeiro membro é o quadrado do binómio x + 3
(x + 3)2 = 0
(x + 3)(x + 3) = 0
x+3=0vx+3=0 pela aplicação da lei do anulamento dum produto - 3
x = -3 v x = - 3 é a solução da equação x2 + 6x + 9 = 0
Caso2: O primeiro membro não é quadrado de um binómio.
Exemplo2:
x2 + 8x + 12 = 0 O primeiro membro não é quadrado de um binómio.
x2 + 8x = -12 Transpõe-se o termo independente para o outro membro.
x2 + 8x + 42 = -12 + 42 Completa-se o quadrado de um binómio
(x +4)2 = -12 + 16 adicionando-se a ambos os membros o quadrado da

(x + 4)2 = 4 metade do coeficiente de x: ()


8 2
4
=¿ 42.

(x + 4)2 – 4 = 0 O primeiro membro é uma diferença de quadrados.


(x + 4)2 – 22 = 0
[(x + 4) + 2][(x + 4) - 2] = 0
(x +4 + 2)(x + 4 - 2) = 0
(x + 6)(x + 2) = 0

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Equaçoes e inequaçoes 2009

x+6=0 v x+2=0 aplicando a lei do anulamento do produto


x=-6 v x=-2 { -6 ; -2} ,é o conjunto solução da equação x2 + 8x + 12 =0.
5.2 Fórmula Resolvente
Seria demasiado moroso ter de fazer raciocínios semelhantes aos que temos vindo a fazer sempre
que quiséssemos resolver uma equação do 2° grau.
Será preferível fazer esse raciocínio para o caso geral de uma equação qualquer e deduzir ,
assim , uma fórmula que , por simples substituição , nos conduza às soluções da equação dada –
é a fórmula resolvente.

−b ± √b 2−4 ac
x= é a Fórmula resolvente
2a
Fazendo ∆ = b2 – 4ac então ,

−b ± √ ∆
x= é a Fórmula resolvente na forma abreviada.
2a
Exemplos: Aplicando a formula resolvente , resolva as seguintes equações:
 2x2 + 5x – 3 = 0 (a = 2 ; b = 5 e c = -3) Substituindo pelos respetivos
valores dos coeficientes na fórmula resolvente , teremos:

−5 ± √ 52−4 ∙ 2∙ (−3 ) −5 ± √ 49 −5 ±7
x= ¿ =
2∙2 4 4

∆=49
−5−7 −5+7
x1 = ∧ x=
4 4
−12 2
x1 = ∧ x2 =
4 4
1
x1 = −3 ∧ x2 =
2

{−3 ; 12 } é o conjunto solução da equação.

 x2 – 8x + 16 = 0 (a = 1; b = -8 ; c = 16)

−(−8 ) ± √ (−8 ) −4 ∙1 ∙16 8 ±√o


2
8 ±0
x= = =
2∙ 1 2 2

∆=0

Zeca, Manuel, Mata, Michael,Cebola 17


Equaçoes e inequaçoes 2009

8−0 8+0
x1 = ∧ x2 =
2 2
8 8
x1 = ∧ x2 =
2 2

x1 = 4 ∧ x2 = 4 { 4 } é o conjunto solução.

 x2 + 4x + 5 = 0 (a = 1; b = 4; c = 5)

−(−4 ) ± √ ( 4 ) −4 ∙1 ∙ 5 −4 ± √−4
2
x= =
2 ∙1 2

∆=−4 Equação impossivel por ser impossivel a extração de √ −4 .


∆=¿ b2 – 4ac chama-se binómio discriminante porque determina a solubilidade da
equação. Assim , se:
∆ ¿ 0 , a equaçao tem duas raizes reais e distintas.

∆=0 , a equaçao tem duas raizes reais iguais.


∆ <0 , a equação não tem raízes reais.

5.3 Soma e produto de raízes da equação quadrática


A equação ax2 + bx + c = 0 (a ≠ 0) tem como raizes

−b−√ ∆ −b+ √ ∆
x1 = e x2 = ,com ∆ ≥ 0
2a 2a
Soma das raizes

−b−√ ∆ −b+ √ ∆ −b−√ ∆+ (−b + √ ∆ ) −b−√ ∆−b+ √ ∆ −2 b


S = x 1 + x2 = + = = =
2a 2a 2a 2a 2a
b
=-
a
b
Então: S = -
a

Produto das raizes


2
−b−√ ∆ −b+ √ ∆ (−b−√ ∆ ) (−b+ √ ∆ ) (−b ) − ( √ ∆ ) b2−∆
2
P = x 1 + x2 = ∙ = = = =
2a 2a 2 a ∙ 2a 4a
2
4 a2
b −( b −4 ac )
2 2

4 a2

Zeca, Manuel, Mata, Michael,Cebola 18


Equaçoes e inequaçoes 2009

2 2
b −b + 4 ac 4 ac c
= = 2 =
4a
2
4a a

c
Então: P =
a

Exemplo: Na equação 4x2 + 7x + 3 = 0, determine a soma e o produto das raizes


∆ = 72 – 4 ∙ 4∙ 3
∆ = 1.
b −7 c 3
Sendo ∆ >0 , a equação tem raizes. Logo , S = - ⟹S= ; P= ⟹P=
a 4 a 4

5.4 Aplicação da regra da soma e do produto das raizes da equação quadrática


Na equação ax2 + bx + c = 0 (a ≠ 0) ,se dividirmos ambos os membros por a , obteremos:
b c b c b c
x2 + x + = 0 ⟹ x2 – x + = 0 ; S= - e P = , então ,
a a a a a a

2
x −Sx+ P=0
É uma equação quadratica cuja a soma das soluções é igual a S e cujo produto das soluções
é igual a P.
5
Exemplo: Como determinar uma equação quadrática cujas raizes sejam −2 e ?
2
5 −1 −105
S = x1 + x2 = −2 + 2 = 3 e P = x1 ∙ x2 = −2 ∙ 2 = 3
; Partindo de
1 10 5
x2 – Sx + P =0 , segue que x 2 + x - = 0 é a equação que admite −2 e como
3 3 2
soluções.

6. EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS
Definicão: Chama-se equação paramétrica a toda aquela que, para além da incógnica
considerada, contém outra variável , denominada parâmetro.

Exemplo: 2x2 + (m + 3)x + m – 1 = 0; é uma equação quadrática em ordem a x tendo como


parâmetro m.
Tem como coeficientes; a = 2; b = m + 3; c = m – 1
A resolução de equações paramétricas consiste na determinação do valor ou valores do
parâmetro para o qual ou os quais determinadas condições se verificam.
Por exemplo: Dada a equacão x2 + 3x + k = 0, de parâmetro k:

Zeca, Manuel, Mata, Michael,Cebola 19


Equaçoes e inequaçoes 2009

a) Resolva de modo que k = 0


Para determinarmos as raizes da equacão substituimos k pelo seu valor (k = 0):
x2 + 3x + 0 = 0
x(x + 3) = 0
x=0∨ x+3=0

x = 0 ∨ x = -3 S = {−3 ; 0 }

b) Determine k de modo que a equação admita duas raizes reais e iguais.


É condição para que uma equação quadrática admita raizes reais e iguais que ∆ = 0.
∆=¿ b2 – 4ac
∆ = 32 – 4 ∙ 1∙ k = 0

∆ = 9 – 4k = 0

-4k = -9
9
k=
4

c) Determine k de modo que o produto das raizes seja positivo.


A condição para que o produto das raizes seja positivo será:

{p >0∆≥, para
0 , para que as raizes existam
que o produto seja positivo

Assim , sendo ∆ = b2 – 4ac e P =


c
a
, ⟹
32−4 k ≥ 0
k
1
>0 {
⟹ 9−4 k ≥ 0
k>o { {
⟹ −4 k ≥−9
k >0

{
9
k≤
⟹ 4
k>0

9
0 k
4
9
k ∈ ]0 ; ]
4

Zeca, Manuel, Mata, Michael,Cebola 20


Equaçoes e inequaçoes 2009

Conforme podemos constatar , o parâmetro toma valores a partir de condições previamente


estabelecidas.
7. INEQUAÇÕES QUADRÁTICAS
Toda desigualdade do tipo ax2 + bx + c ¿ 0 em que a ≠ 0 , b e c são coeficientes reais
designa-se inequação quadrática.
Exemplos:
a) 2x2 + 3x + 5 ¿ 0;
b) x2 - 7 ≤ 0
c) x - 2x2 ≥ 0
d) x(3 – 4x) ¿8 ⟺ 3x – 4x2 ¿ 8 ⟺ -4x2 + 3x – 8 ¿ 0

 Resolução grafica
A resolução gráfica da inequação x2 – 9 ¿ 0 y
equivale ao estudo do sinal da função y = x2 – 9.
Para o efeito representemos graficamente a função. -3 0 3 x
Pela leitura do gráfico:
y ¿0 , se x ∈ ] – 3; 3[
y ¿ 0 , se x ∈ ] −¿ ∞ ;−¿ 3[ ∪] 3; +∞ [

-9

Pretendemos determinar a solução de x2 – 9 ¿ 0, o equivale a y ¿ 0. Logo, a solução da inequação


será ] – 3; 3[
Observação: visto que o sinal da função apenas muda depois de passar por um zero, para a
resolução gráfica da inequação quadrática necessitamos do esboço da parábola e dos zeros.

Assim, +
- x2 + 3x – 2 ≥ 0 1 2
x1 = 1 e x2 = 2 −¿ _
solução: [1 ; 2]
 Resoção analítica
A resolução analítica consiste na análise do sinal dos factores. Para tal, factoriza-se o trinómio
ax2 + bx + c.

Zeca, Manuel, Mata, Michael,Cebola 21


Equaçoes e inequaçoes 2009

Exemplos: Resolver analiticamente as inequações seguintes: a) x2 + 2x – 3 ¿ 0


A inequação dada é equivalente a (x + 1)(x – 3 ) ¿ 0.
Sendo o produto negativo, os dois factores têm sinais contrários.
x+ 1 ¿ 0 ∧ x- 3 ¿0 ou x+ 1<0 ∧ x- 3>0
x>-1 ∧ x<3 ou x<-1 ∧ x>3

-1 3 x ou -1 3 x
]–1;3[ ou ∅

A reunião destes conjuntos é a solução da inequação: S=]–1;3[


A mesma inequação pode ser resolvida recorrendo-se um quadrado em que os factores são
dispostos numa coluna, tendo os zeros na ordem crescente e analizam-se os sinais de cada um:
x -∞ -1 3 +∞

x+1 - 0 + +

x- 3 - - 0 +

( x + 1)(x - 3) + 0 - 0 +

Observando o quadro, verifica-se que a solução é S= ]–1;3[


b) -2x2 - 8x - 6 < 0
Divide-se os membros da inequação pelo coeficiente a (a = -2).
x2 + 4x + 3 > 0 (houve mudança do sentido da desigualdade porque a < 0)
(x + 3)(x + 1) > 0 (factorizando o trinomio).
Representando no quadro :
-∞ -3 -1 +∞

X+3 - 0 + +

X+1 - - 0 +

(x + 3)(x + 1) + 0 - 0 +

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Equaçoes e inequaçoes 2009

S = ] - ∞ ; -3 [ ∪ ]-1 ; +∞ [

8. EQUAÇÕES BIQUADRADAS
BIQUADRADA ------“DUAS VEZES QUADRADA”

Observe esta equação: x4 – 6x2 + 8 = 0


Trata-se de uma equação do 4º grau porque o termo em x de maior grau com coeficiente
diferente de zero é x4 .
Utilizando um pequeno truque, podemos escrever uma equação do 2º grau muito parecida com a
equação dada. Chamamos esse truque de artifício.
Seja x2 = t ,então x4 = t2. Escrevemos, então, uma equação do 2º grau com incógnita t, que já
sabemos resolver:
x4 – 6x2 + 8 = 0 ⟹ t2 – 6t + 8 =0 com (a = 1 ; b = -6 ; c = 8).
2
∆=b -4 ac = (−6 ) - 4 ∙1 ∙ 8=36−32 = 4
2

−b ± √ ∆ −(−6 ) + √ 4 −(−6 ) −√ 4
t1⁄2 = assim : t1 = ou t2 =
2a 2 ∙1 2∙ 1
8 4
t1 = =4 ou t2 = =2
2 2

Resolvendo a equação com incógnita t, obtivemos dois valores positivos para t. para cada um
desses valores, calculamos dois valores para x:

t1 = 4 ⟹x2 = t1 ⟹ x2 = 4 ⟹x ± √ 4 ⟹x1 = −2 ou x2 = 2

t2 = 2 ⟹ x2 = t2 ⟹ x2 = 2 ⟹ x = ± √ 2 ⟹ x3 ¿ √ 2ou x4 = - √ 2 .

Portanto, o conjunto solução da equação dada é S = { −2 ; −√ 2 ; √2 ; 2}.

Chamamos equações desse tipo de equações biquadradas.

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Equaçoes e inequaçoes 2009

9. EQUAÇÕES EXPONENCIAIS
Toda a equação cuja incognita figura no expoente recebe o nome de equação exponencial.
1
Por exemplo: a) 2x = 16 b) 3t – 1 =
81

De um modo geral, para resolvermos equações exponencias devemos estabelecer potencias


equivalentes nos dois membros, aplicando as propriedades das potencias e a partir daí, comparar-
mos os seus expoentes. Por exemplo,
Se ap = aq ⟺ p = q (a >0 e a ≠ 0)

1
Exemplos: a) 2x = 16 b) 52x = c) 3x – 1 = √7 9 d) 0,5x = 1
25
1
2x = 24 52x = 5 -3 3x - 1 = 9 7 0,5x = 0,50

2
x=4 2x = -3 3x – 1 = 3 7 x=0

−3 2
S={4} x = x–1= S=
2 7
{0}

S= {−32 } x=
9
7
S= {79 }
e) 7x = -49 Não é possivel visto que para x ∈ R , 7x > 0.

10. INEQUAÇÕES EXPONENCIAS


Inequações exponenciais são desigualdades nas quais à variável figura no expoente.
Por exemplo: 3x – 1 > 9
Na resolução de inequações exponenciais é importante observar a monotonia da função
exponencial correspondente. Assim,

1º caso: base maior que 1 2º caso: base positiva e menor que 1

ap < aq ⟹ p < q ap > aq ⟹ p < q

()
x
1 1
Exemplo: a) 3x > 9 Exemplo: b) ¿
5 625

Zeca, Manuel, Mata, Michael,Cebola 24


Equaçoes e inequaçoes 2009

() ()
x 4
1 1
3 >3
x 2
¿ ⇒ x <4
5 5

x > 2 S =] -∞ ; 4[
s = ] 2 ; + ∞[ Observação: É sempre possível escolher uma
base maior que 1.
No último exemplo apresentado, poderíamos ter escolhido a base 5. Deste modo, a resolução
seria:

() () ()
x x 4
1 1 1 1
¿ ⟺ ¿ ⟺ 5−x >5−4 ⟹ - x > - 4 ⟺ x < 4
5 625 5 5

11. EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS


Qualquer equação cujos logarítmos apresentam a incógnita no logaritmando, na base ou no
logarítmo, diz-se equação logarítmica.
Exemlpos:

 log 5 ( 2 x−1 ) = 3
 log x 4 = −2
 log 2 8 = x−6

Para a sua resolução, devemos observar o seguinte:


 O logaritmando deve ser positivo;
 A base do logarítmo deve ser positiva e diferente de 1;
 As propriedades dos logarítmos;
 Se o conjunto solução da equação satisfaz a definição do logarítmo de um número.
Exemplos:
Resolva as equações:

a) log 2 ( 3 x−4 ) = −1 b) log x 25 =2


−1 2
3 x−4=2 x =25
1
3 x−4= x=± 5
2
9
3 x= −5 , não pode ser solução da equação visto que a base deve ser
2
3
x= positiva e diferente da unidade. Assim, o conjunto solução da
2

Zeca, Manuel, Mata, Michael,Cebola 25


Equaçoes e inequaçoes 2009

S= {}
3
2
equação logarítmica será: S= { 5 }

1
c) log 2 ( 2 x +7 )= log 2 125−2 log 2 3
3

log 2 ( 2 x +7 )=log 2 √ 125 - log 2 32


3

log 2 ( 2 x +7 )=log 2 5−log 2 9

5
log 2 ( 2 x +7 )=log 2
9

2 x+7=
5
9
Sendo x=
−29
9
, então 2 x+7=2 ∙
−29
9 ( )5
+7= ,
9

18 x+ 63=5 ou seja, o logarítmando é positivo. Logo, o conjumto


−29 −29
x= solução da equação logarítmica é S=
9 9

12. INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS


Inequações logarítmicas são desigualdades que envolvem logarítmos.
Exemplos:
 log 3 ( x+ 1 )> 1
 log 5 x ≤ log 5 4
 log 7 ( 4−5 x ) <1−log 7 x
 log 0,48 x ≥ 1

Para resolver inequações logarítmicas, devemos aplicar as propriedades dos logarítmos e


observar que:
 Caso1: se a> 1
log a x 1 ¿ log a x 2 ⟹ x 1 ¿ x 2 O sentido da desigualdade mantém-se.

Exemplos:

a) log 2 x< log 2 3⟹ x <3 Sendo x >0 , de acordo com a condição do logarítmo,então 0<x <3 ,
ou seja, S=¿ 0 ;3 ¿

b) log 3 x <log 3 ( 2 x +1 ) ⟹ x <2 x+1 ⟺−x<1 ⟺ x>−1

{
x >0
Pela condição do logarítmo,
2 x +1>o{
x >0 ⟺
x>
−1
2

Então,

Zeca, Manuel, Mata, Michael,Cebola 26


Equaçoes e inequaçoes 2009

1
−1− 0 x
2

Isto é, S=¿ 0:+∞ ¿


 Caso2: se 0< a<1
log a x 1 ¿ log a x 2 ⟹ x 1 ¿ x 2 O sentido ds desigualdade altera-se.

Exemplos:

a) log 1 x> log 1 3 ⟹ x< 3 Visto que x >0 , pela definição do logarítmo, a solução da
2 2
inequação será: S=¿ 0 ;3 ¿ .

b) log 0,7 x ≥ log 0,7 ( 3−2 x ) ⟹ x ≤ 3−2 x ⟺ x ≤1

{
x >0
Atendendo à condição de logarítmo, { x >0 ⟺
3−2 x> 0 x<
3
2
logo,

Ou seja S=]0; 1]

3
−1 0 1 x
2

13. BIBLIOGRAFIA
NHÊZE, Ismael Cassamo.Matemática 8a Classe. 1a ed. Moçambique. Diname.1998.
NHÊZE, Ismael Cassamo. Matemática 9a Classe. 1a ed.Moçambique. Diname.1998.
NHÊZE, Ismael Cassamo.Matemática 10a Classe.1a ed.Moçambique. Diname.1998.
ONAGA,Dulce.MORI,Iracema. Matemática:ideias e desafios 8 a. 6 a
ed.São Paulo. Saraiva
editora.1998. p79.
www.infoescola.com/matemática

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