Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Página
1
NOSSA HISTÓRIA
2
Página
2
Sumário
Introdução .................................................................................................................. 4
Atenção .................................................................................................................... 24
Orientação................................................................................................................ 25
Sensopercepção...................................................................................................... 25
Pensamento ............................................................................................................. 27
Humor ....................................................................................................................... 30
Vontade .................................................................................................................... 31
Síndrome .................................................................................................................. 33
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49
3
Página
3
Introdução
cérebro. "Doenças mentais são doenças cerebrais", disse Griesinger há cem anos,
neste setor a tal ponto que deles há quem espere nada menos que uma psiquiatria
"demência paralítica", etc.) e estas psicoses têm sintomatologia idêntica entre si até
por contusões, etc.) originam síndromes neurológicas que variam com a topografia
4
Página
4
(paralisias, hemianopsias, vertigens, etc). Estas regras merecem certas depurações
reversível, não lesional, pela ação de toxicoses corporais ou extra corporais (uremia,
síndromes que no detalhe não coincidem as de uns com as dos outros, quando se
trata por exemplo de lobo temporal, de lobo parietal, de giro cíngulo, etc., e que têm
mais uniformidade - qualquer que seja o autor consultado - quando se trata de polo
5
Estas três últimas parecem, portanto, mais firmemente estabelecidas. 0
lesão, bate-se por um pretendido paralelo com o que ocorre na neurologia. Mas os
fatos clínicos e experimentais são de difícil apreciação e ordenação fina porque há,
de curto vôo no que tange ao psíquico. Ela enriqueceu a fisiologia nervosa, permitiu
ordem psicanalítica (colisão pavloviana e conflito freudiano, por exemplo), mas seu
6
Muitas dessas condições inerentes à fisiologia do sistema nervoso central são
com ponto de vista psicopatológico. Assim, por exemplo, qualquer que seja a
lesão duma parte e síndromes neurológicas e sede de lesão doutra parte, permite
Outros autores (Jaspers), raciocinando com crítica muito clara, concluem que
psíquico e que uma lesão qualquer, assestada em qualquer ponto do cérebro, pode
resultar em déficit dos rendimentos psíquicos, déficit sem qualquer característica que
lesão eficiente - qualquer que seja sua sede - do cérebro corresponde a uma baixa
7
pensamento segundo o qual, áreas, campos arquitetônicos e sistemas são unidades
possível que este capítulo se torne anacrônico em pouco tempo) ainda sobrenadam
do passado (que perde o Wirkungswert, o valor efetor sobre a conduta atual), baixa
8
as conexões neuronais das áreas incriminadas como envolvidas no distúrbio
estuda. Parece que o lobo orbitário conecta-se com a expressão corporal dos
como disse Binswanger (cit. Kolle). Para M. Bleuler (1949), a síndrome - baixa da
com área cerebral, ou seja, qualquer área lesada pode produzir como resultado o
9
passageiros da consciência, como os verificados na narcolepsia, na pienolepsia, em
reputa isso tudo como "teorias especulativas") que Stertz inicialmente encontrou em
tumores limitados a essa região e também, sempre aí, nas lesões produzidas por
atividade. Uma euforia ôca liga-se à conduta apática, que não pode ser estimulada
esteja relacionada com o diencéfalo ou, com mais precisão, com os corpos
pensamento, ora (do lado plus) com riqueza de ocorrências, julgamentos rápidos,
direção ou com direção imodificada, sentidos até como "compulsivos" (nos pós-
10
encefalíticos, segundo Mayer Gross), ora (no lado minus) com pobreza de
exteriorizados.
melhor dizer, parece-nos, "encarte" alterado das lembranças. Salvo num ou noutro
"dinamogenia"; mas são mais evidentes déficits dos rendimentos que estão no
11
Nas síndromes frontais predominam os déficits que se manifestam mais
frontal) ou, ao contrário, liberação dos impulsos (lobo orbitário), perda da autocrítica,
Num artigo de divulgação talvez essas noções sejam algo excessivas, mas
lesões temporais, parietais, etc, quando já as próprias do lobo frontal não gozam
ainda de direitos reconhecidos por todos. Teríamos que preferir um autor, já que
psicossintomática; ela não imprime, quase nunca, selo específico à síndrome mental
luéticas, traumáticas, senis, etc. - têm muito aspecto comum no quadro mental. O
12
restam sintomas, ou de arteriosclerose cerebral com expressão neurológica, ou de
que visavam delimitar "síndromes localísticas", o velho preceito segundo o qual uma
da natureza da causa não é obtido por via psicopatológica e sim com os recursos da
medicina geral.
quadros diversos e, por grave que seja a lesão, o quadro deficitário é sempre
13
Página
13
perceber restos de conhecimentos adquiridos outrora, conservação de rendimentos,
Por outro lado, certos déficits por lesão cerebral ocorridos na juventude e
infância, compensam-se e são superados melhor que na vida adulta (afasia, por
então este seria pura acentuação dos traços de personalidade), como ainda que as
O ritmo com que se instala ou evolui a causa lesional - lento como em certos
tumores, rápido como nas hemorragias cerebrais - importa de tal maneira que,
conduta que foi periciado, atribuído como responsável, julgado, condenado à morte
mental era constituída apenas de piora do caráter já defeituoso antes dos dois
14
traumas cranianos responsáveis pelo quadro anátomo-patológico extenso; dois anos
Pode ocorrer, tão lenta seja a progressão da lesão, que a sintomatologia seja
comprometida, varie conforme o valor hierárquico dessa área. Teríamos, assim, uma
variação sintomática que se vai imprimindo no curso da paralisia geral, seja quando
incluindo todos estes fatores em sua progressão, o que vai alterando o quadro
15
A personalidade anterior e a constituição total do indivíduo imprimem traços
restam ao doente, sua exercitação, sua posição perante o mundo novo imposto
psíquicos podem claudicar, não só por lesões cerebrais comprovadas, mas por
por doenças mentais para as quais não se encontrou até hoje substrato lesional
Página
16
depressiva). São todas curáveis, endógenas e o mais das vezes recidivantes. Este
(Haddenbrock), seja ela a reação de defesa ou o sair farejando pelo chão, por
exemplo, cada vez que num animal se encontra o local cuja excitação provoca essa
indicando que certa área é preferencial, isto é, que é mais comum encontrar-se
naquele espaço limitado do que noutro qualquer, o ponto cuja excitação foi útil para
não está nessa área e sim noutra vizinha ou mais afastada. Isto indica a variação
17
individual topográfica dos "centros", ou seja, que a cada indivíduo corresponde uma
Página
17
áreas de preferência; enfim, na maioria dos indivíduos os "centros", se não
coincidem exatamente quanto à "sede", variam apenas dentro duma área mais ou
conhecimentos são de ordem diferente: a urna lesão (não a uma excitação) frontal,
por exemplo, corresponderia uma síndrome que nem sequer é uniforme. Até aqui -
amolecimento, pela cirurgia, etc.) têm sido os métodos que se proclamam como
área cerebral. Não há paralelo em nenhum outro domínio da medicina, pois que só
se procura atribuir aos setores partitivos cerebrais, o valor do "centro"; deixa de ser
"centro" o elo duma extensa cadeia onde nem a posição de hierarquia superior lhe
18
está garantida. Poder-se-ia dizer, face aos sintomas psíquicos em relação com
Página
lesões cerebrais, que estas áreas cerebrais agora lesadas, quando ainda sadias
18
estavam cooperando na manutenção da vida normal, o que não mais foi possível
depois da lesão. Mas não se poderá dizer que aquela área lesada é responsável
pelos sintomas psíquicos ocorridos ou que, quando sadia, era, só ela, responsável
dependência entre sede de lesão e causa imediata dos sintomas e sua fisionomia.
vontade, dos afetos ou formações cerebrais responsáveis por desvios éticos, etc. O
vivência psíquica mórbida. A queda dos rendimentos mentais nas lesões da base do
e localizacionistas. A posição do problema para eles era outra; o que aparece nos
- ou como "conceitos" - éticos, valorativos, etc. - mas o que surgiu, se já tem campo
19
de aplicação na vida psíquica (o diencéfalo "dinamiza", tem valor efetor sobre as
psíquico previsto e anelado. Isto significa que até aqui se tem procurado localizar
pêlos do dorso, empina-se a cauda, as orelhas abatem-se para trás ou vão e vêm,
pessoa existente nas proximidades e salta sobre ela ou golpeia-a com a pata;
humor agressivo o gato procura um adversário que visa e toma como objeto de sua
dêles, como diz Kretschmer. Pode ocorrer que essa resposta se transmude em fuga,
tal como ocorre na vida habitual do gato. E, desde que se interrompe a excitação
elétrica ("fast im Moment benimmt sich die Katze wie normal"), quase num momento,
20
Página
20
Os experimentos de Hess ainda lidam com outros impulsos - sexuais, motores
notar-se, porém, que o "psíquico" que aqui se exterioriza é uma reação primária
prototípico para todo reino animal (ataque, fuga, procura de alimento) sem
até o especulativo puro, mas, seja qual for o autor, o que sempre se conclui é que a
21
grande significado das teorias psicossomáticas sofreria pesado abalo porque, ao
somática e em qualquer trâmite (como causa, como adição, como reforço, como
sujeito a determinismos funcionais diversos dos que se lhe atribui por não ter esta
Estado de consciência
22
O termo consciência apresenta vários significados possíveis, desde a
com o meio: não atende comandos, não abre os olhos e não pronuncia palavras.
23
redução do nível de consciência, uma vez que a integridade das funções psíquicas
Atenção
manter o foco sobre determinado objeto. Nos estados depressivos graves, por sua
24
Orientação
Sensopercepção
25
Conceitualmente, sensação e percepção são fenômenos distinguíveis.
lesões periféricas como centrais poderiam causar alterações da sensação (ver, para
maiores detalhes, Capítulo. Percepção, por sua vez, seria a tomada de consciência
percepção de um objeto, sem que o mesmo esteja presente. É importante notar que
estabilidade.
26
combinadas, envolvendo pelo menos duas modalidades sensoriais). As alucinações
Pensamento
trazer à mente um cavalo branco, alto, forte. Por sua vez, o conceito “cavalo” refere-
27
alterações de curso e forma do pensamento, além das alterações de juízo da
Neste ponto, concordamos com a posição de Karl Jaspers que considera que não se
tão diversos quanto os seres humanos são diferentes e têm interesses singulares,
idéias se sucedem com rapidez, podendo ser acompanhadas por logorréia, ou seja,
deixam de seguir uma lógica narrativa e passam a ocorrer por assonância, ou seja,
paciente esquizofrênico pode ainda ser compreendido, mas configurar uma “salada
28
de palavras”, ou seja, fragmentos de ideias sem qualquer articulação, em uma fase
que alguns pacientes com epilepsia do lobo temporal exibem prolixidade patológica,
(síndrome de Gastaut-Geschwind).
29
Em estados patológicos do humor, o juízo da realidade pode estar alterado,
Humor
bile amarela, fleuma e bile negra) que determinariam o estado físico e mental do
precisamente, humor pode ser definido como o estado emocional basal do indivíduo.
Nesse sentido, o paciente com humor deprimido refere sentimentos de tristeza, além
psicomotricidade. O paciente com humor maníaco ou exaltado, por sua vez, pode
não modulam o afeto. Isso caracteriza o embotamento afetivo que ocorre nas
30
síndromes deficitárias ou negativas da esquizofrenia. Outros modulam o afeto de
Vontade
se, sendo influenciada por valores socioculturais, pelo estado afetivo entre outros
apatia, ressalta-se que apatia consiste em uma síndrome marcada por alterações
inadequado).
31
Os atos compulsivos são atos também automáticos, mas, ao contrário dos
psicóticos).
você souber fazer uma anamnese bem feita e examinar o paciente, os achados do
exame físico aliados à anamnese irão permitir que você inclusive estabeleça o local
do sistema nervoso onde está a lesão. E a neurologia é uma das especialidades que
porque a maioria dos sintomas são objetivos, não têm sinais no exame físico.
32
Página
32
Síndrome
definir uma causa, está associada à doenças sistêmicas). Hoje vamos aprender a
isso a gente tem que lembrar do neurônio motor superior. Ele tem seu corpo
localizado no córtex. Qual é o giro motor primário? O giro pré-central! O giro pré-
central está no lobo frontal ou parietal? Lobo frontal! Vocês têm que lembrar que: o
sulco central separa o lobo frontal do lobo parietal. Se um giro é pré-central, ele está
no lobo frontal. Então o corpo do primeiro neurônio motor está localizado no giro pré-
central. Tem uma classificação chamada de Área de Brodmann, onde esse cientista
33
33
Dependendo de onde vocês forem fazer prova de residência, eles irão colocar
que o corpo do primeiro neurônio motor está na área 4 de Brodmann, nada mais é
informação pro corpo do neurônio, também chamado de Soma então esse impulso
corpo até o segundo neurônio motor. O segundo neurônio motor possui seu corpo
longo. Esse axônio vai descer através de um trato, chamado trato corticoespinhal
(TCE).
eu digo isso? Lembrem, o TCE desce, e quando chega em uma região chamado
decussação das pirâmides (lá no bulbo)ele cruza a linha média para o outro lado,
formando o TCE lateral, que representa 90% das fibras. 10% das fibras desce do
mesmo lado, formando o TCE anterior. Portanto o trato chamado piramidal é o trato
vai estar localizada em qualquer lugar da medula e encéfalo (SNC) por onde passa o
trato córtico espinhal lateral. Eu coloquei nos slides pra vocês lerem em casa o
trajeto do primeiro neurônio: sai do córtex, atravessa o centro semioval, vai para a
perna posterior da cápsula interna, até chegar na decussação das pirâmides (que
34
Página
34
fica nobulbo), lá ele decussa, 90% das fibras cruzam a linha média formando o que
chamamos de trato córtico espinhal lateral, que é o trato piramidal propriamente dito.
membro inferior. Na aula de AVC vocês vão ver que essa região do giro pré-central
é alimentada por uma artéria, qual? Artéria cerebral anterior. Então ela pega a área
da mão e a área da face, representadas no homúnculo, por isso que quando se ter
crural, porque pegou mais a área do membro inferior. Então esse é o homúnculo
de Penfield. Tem um homúnculo sensorial também, mas não muda muita coisa,
vocês vão ver que a projeção é basicamente a mesma. Aqui é o trajeto do axônio
que eu falei pra vocês, ele sai do giro pré-central, centro semioval, cápsula interna,
ganha a região do tronco encefálico, quando chega lá no bulbo ele cruza. Parte
(trato piramidal). Por isso que as alterações motoras são contra-laterais à lesão.
Qualquer lesão acima da decussação, que é bem no terço inferior do bulbo, vai dar
medulares e lesões encefálicas. A lesão medular vai ser simétrica, você pega os
35
dois tratos corticoespinhais laterais, então o paciente tem uma paraparesia crural ou
uma tetraparesia, pegando os quatro membros. Você tem sintomatologia dos dois
Toda vez que tiver lateralização da lesão, ela está no encéfalo. Se tiver
Porque a gente sempre mostra a cápsula interna? Eu vou mostrar pra vocês que as
fibras do trato cortiço espinhal vão ocupar a perna posterior da cápsula interna. Aqui
é um corte axial, como se tivesse cortando uma mortadela, então no corte axial a
cortiço espinhal ocupa a perna posterior da cápsula interna. Aqui a gente tem
interna abriga o trato cortiço espinhal. No joelho a gente vai ter o trato cortiço bulbar,
o que é ele? Lembra que a gente tem movimentação na face (mastigação, mímica
no núcleo do nervo facial. Toda informação do trato cortiço espinhal que vai pra
nervo craniano, vai pelo trato chamado de trato cortiço bulbar, que passa bem
teremos os corpos do segundo neurônio motor que iremos ver mais pra frente. E na
36
Página
36
que vem de fora do meio externo adentra nosso sistema nervoso pela parte de trás
tem a parte autonômica, tem os corpos dos neurônios do sistema nervoso autônomo
(sistema nervoso vegetativo). Mas a gente vai se concentrar mais no corno anterior
aqui na síndrome piramidal. E o trato cortiço espinhal lateral, professor? Onde fica?
Nessa estrutura aqui, na mesma forma que existe um homúnculo do giro pré-central,
a gente vai ter o homúnculo do trato cortiço espinhal lateral também. A região
cervical fica nas porções mais próximas do canal central da medula. Então se você
sacral mais periférico, então existe essa topografia também. Professor, mas o que
pra fora,ele vai ter lesão primária na região sacral, depois lombar, torácica, e
dependendo do nível da lesão (lembra que a medula vai até L2) vai ter essa
topografia. Claro que você não vai ter fibra cervical no cone medular lá embaixo, não
vai, lá vai ter só a parte sacral e lombar. Então você está na coluna cervical, o
compressão e diminuição do canal, se for de trás pra frente, vai ter sintomatologia
ascendente, sacro primeiro, membro inferior, aí vai subindo, membro superior... Até
parar totalmente os músculos da respiração que a gente vai ver lá nas síndromes
medulares quando você tem lesão acima de C4, paciente tem paralisia dos
músculos ventilatórios. Então só pra vocês verem onde está o trato corticoespinhal.
Aqui está o anterior, e aqui o lateral. Então vamos lá. Com base nesses
sinais e sintomas. Quando você tem uma lesão do trato piramidal agudamente, esse
37
paciente vai desenvolver um quadro de hemiplegia. Cronicamente... “Mas professor,
como falar “Ah, uma hemiplegia vai virar uma hemiparesia espástica com duas
semanas de lesão”. Não, não tem como precisar isso, depende do grau de lesão.
o passar do tempo, nas porções proximais dos membros, ocorre uma recuperação
parcial da força, por quê? Porque essa região recebe inervação do trato cortiço
espinhal anterior do outro lado, então você tem uma recuperação da força na porção
mais proximal. Mas a porção distal, que só recebe inervação do trato cortiço
espinhal distal, esse fica plégico, dificilmente recupera algum coisa. Todo mundo já
deve ter ouvido falar de reflexo, arco-reflexo. O trato cortiço espinhal inibe o arco-
reflexo (não inibe 100%, mas diminui a excitabilidade do tendão quando você
percute ele, quando você estira a musculatura).Se você tem uma lesão no trato
cortiço espinhal, você vai ter uma liberação de reflexos, na fase crônica, isso você
não vai ver na fase aguda porque lá é hemiplegia total com arreflexia (vocês vão ver
depois na síndrome do 2º neurônio porque é o que acontece lá). Aqui na fase aguda
você tem hemiplegia com arreflexia, a questão é que com o passar do tempo, o
reflexia, havendo então o fenômeno da liberação piramidal. Vocês vão ver muita
38
REFLEXO MIOTÁTICO OU PROFUNDO
liberação piramidal. Você pode percutir na perna em diferentes locais que você
patelar. “Professor, no caso desse vídeo, a lesão foi do lado direito?”. Sim, perfeito,
sustentadas, que chama de clônus, e isso se dá também por lesão do trato piramidal
empurrar sua mão pra baixo como se estivesse apertando o acelerador do carro.
Mas também tem clônus na rótula do joelho, na mandíbula, mas o mais utilizado é o
fisiologia.
39
Página
39
No tendão a gente tem um receptor chamado Corpúsculo Tendíneo de Golgi
(ou Órgão Tendinoso de Golgi), quando você estira o tendão, esse corpúsculo
neurônio motor da frente, e aí faz a contratura do músculo. Como aqui não está
tendo controle do trato corticoespinhal porque ele foi liberado, essa informação fica
indo evindo pro corpúsculo de Golgi região ventral da medula neurônio motor... Por
isso fica sustentada, adaeternum, dependendo do grau da lesão.E outro sinal que
você vai encontrar mais tardiamente (você não vai encontrar na fase aguda da
plantar em flexão. Quem tem cócegas, se você faz cócegas na planta do pé,
a pessoa flete os dedos e tira o pé. Quando tem lesão do trato piramidal, o que
você ter esse reflexo em bebês nos primeiros3 meses de vida, porque ele é um
extensão. A gente não fala de sinal de sinal de Babiski em crianças porque a gente
sabe que é um sinal primitivo que vai sumindo a partir do momento que o bebê
do pé, a gente normalmente flete o dedo e retira. No patológico ele faz extensão dos
dedos em leque.. Da mesma forma que tem o sinal de Babinski no membro inferior,
Como é que a gente faz isso... A gente percute a falange distal do terceiro
40
paciente, é encéfalo ou medula? Ela tem dos dois lados... Medula- Cervical,
no TONO MUSCULAR, também nos estágios mais tardios da lesão. No início a gente
totalmente flácida. Nos estágios mais avançados da doença, a gente vai ter
pode ser diferente. Lesão no cerebelo, por exemplo, dá hipertonia. Lesão nos
pelo famoso sinal do canivete: paciente fica com braço totalmente contraído,
flexionado (parecido com quem tem sequelas de AVC),aí você tenta esticar o braço,
vai ter uma certa resistência no começo e de repente ele solta. Aí você solta o braço
medula. Então vem o primeiro neurônio lá de cima, trato cortiço espinhal lateral, vai
lá pro corno anterior da medula e faz a sinapse com o segundo neurônio. O segundo
41
Página
neurônio motor sai pela raiz ventral, que se junta com a raiz dorsal e forma uma
41
estrutura que nós conhecemos como nervo! O nervo nada mais é do que a
associação da raiz dorsal com a raiz ventral. Então no nervo, pessoal, temos tanta
inervação sensitiva quanto motora. E esse é o arco-reflexo que eu falei pra vocês, a
informação sensitiva vem, entra pela raiz dorsal, faz aqui o arco-reflexo com o
musculatura. Então você está com a mão na chapa quente, você retira de uma vez...
veio até a raiz dorsal, fez uma sinapse aqui e já mandou informação pra você retirar
Então vamos estudar agora lesão de nervos, em suma é isso. Porque se tiver
estudar toda lesão “daqui pra frente”, ou seja, a partir do momento que houve a
junção das raízes pra formar o nervo propriamente dito. Então toda vez que
E o que a gente vai encontrar nesses pacientes? Primeira coisa: alteração do trofism
inervada por aquele nervo. Porque lembrem, pessoal, tanto informação sensitiva
quanto motora vai pelo nervo, então a gente vai observar primeiro hipotrofia ou
neurônio tem perda de massa muscular! Se ele tem atrofia ou hipotrofia, ele vai ter
do Segundo Neurônio você vai ter atonia ou hipotonia. E vai ter perda de massa
muscular (alteração no trofismo). E nesses casos, você tem arreflexia, porque você
perdeu uma das vias do arco-reflexo, então não adianta você percutir o tendão se o
42
Página
segundo neurônio que manda informação pro músculo contrair vai estar lesado.
42
DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO E DA COORDENAÇÃO
que agente vai estudar equilíbrio, a gente tem que lembrar de estudar o equilíbrio
ele tem tendência de queda pra um lado. E o dinâmico é durante a marcha, você vai
ver a pessoa andando, porque dependendo do local da lesão ele vai ter uma marcha
posição estática. Lembrar de sempre testar o paciente comos olhos abertos e olhos
depois com o olho fechado. Ele começa a balançar, mas ele não pode cair pra um
lado. Paciente com labirintite tende a cair pro lado, então tem lateralização do
Romberg, isso fala a favor de lesão de labirinto. Sempre lembrar de repetir, não
façam uma vez só. A lateralização ocorre na lesão do labirinto, mas não ocorre na
43
Página
lesão do cerebelo, então você faz o Romberg uma vez e ele cai para o lado direito,
43
aí você repete e ele cai para outro lado... Então essa lesão deve estar no cerebelo.
O Romberg no cerebelo não lateraliza. E tem outro tipo de Romberg que é quando
temos lesão dos funículos posteriores da medula, não sei se vocês lembram da
neuroanatomia, dos fascículos grácil e cuneiforme. Que tipo de sensibilidade que vai
que nós temos da posição do nosso corpo no espaço, então se você fechar os olhos
irá saber se está com o braço abaixado ou levantado, se está com a mão aberta ou
fechada, isso tudo vai pelo trato grácil e cuneiforme. Se tiver qualquer lesão na
medula comprimindo esses tratos, você vai ter perda da sensibilidade cinético-
postural. Paciente fecha o olho, você põe uma moeda na mão dele, ele não irá
distinguir pela forma. Você coloca o dedo dele PR acima e ele não reconhece que
está pra cima com o olho fechado. Então se lembrem do Romberg que pode variar
lesão. Agora o nistagmo cerebelar, não é decomposto, ele tem as batidas na mesma
mesma velocidade.
SÍNDROME EXTRAPIRAMIDAL
44
44
protagonistas a gente já viu, que é o cerebelo, agora vamos nos concentrar em outra
parte, os núcleos da base. O que é núcleo da base? São todas aquelas ilhotas de
substância cinzenta no meio do parênquima encefálico, vamos ver mais pra frente
que eles ficam ao redor do trato piramidal, isso já é estratégia, porque são essas
estruturas que vão controlar o movimento voluntário, são os núcleos da base. E são
disfunções desses núcleos que levam a algumas síndromes que nós chamamos de
paciente que chega pra você com movimentos involuntários, Outra coisa é rigidez
e também é um sinalde que o paciente pode estar representando ali uma síndrome
SÍNDROME OLIGOCINÉTICA-HIPERTÔNICA
parkinsoniana”, porque quando a gente for estudar, a gente vai ver que existe uma
45
bradicinesia e rigidezpostural. A principal causa da Síndrome Parkinsoniana é a
Doença de Parkinson.
Tem outras coisas que causam Parkinsonismo?” Tem! Tem uma coisa
chamada de Atrofia do Múltiplo-Sistema (AMS), que não tem cura assim como a
Doença de Parkinson, e o problema da AMS é que ela não tem controle, a Doença
remédio. Se eu tiro o remédio ele melhora. Então vocês tem que lembrar que a
uma disfunção do equilíbrio estático, lembra que eu falei pra vocês, amarcha é um
tipo de movimento involuntário, ela tem a parte voluntária, mas depois que você está
disfunção do equilíbrio estático, ele adquire uma flexão do troncopra frente e ele
não tem jeito de explicar, descrever, vocês só irão aprender a diferenciar uma da
46
São movimentos involuntários, eles estão toda hora fazendo esse movimento, então
todo mundo tem, tremor fisiológico. Porém quando ele passa a ser patológico e
ele vai fazer algum movimento ele para de tremer. Mioclonia, são aquelas
motora? Acetilcolina. Então você tem uma disfunção da acetilcolina na placa. Ou ela
está em excesso e tem pouco receptor, ou ela está em pouca quantidade na fenda,
privação de sono, tudo isso pode causar mioclonia. Nela, você tem que fazer o
Miastenia Gravis, que não tem cura, mas, por exemplo, um simples estresse
Medicamentos que atuam na acetilcolina também. Agora vou mostrar uma mioclonia
pra vocês de grandes grupos musculares. É muito comum as crianças terem uma
coisa chamada Síndrome das Pernas Inquietas, a mãe cobre a criança e todo dia de
manhã ela acorda descoberta porque ela se mexe demais. A Síndrome das Pernas
Inquietas nada mais é do que uma mioclonia na perna, e não é patológico, é uma
47
Estimulação Cerebral Profunda (EBS). Distonia é uma contração sustentada de
colocou o EBS ele já está mais gordinho. Esse EBS é como se fosse um marca-
passo, inclusive fica na mesma posição, só que são eletrodos subcutâneos, quem
serpentiformes. Nesse vídeo ela pega o membro superior e membro inferior do lado
direito. Isso tudo é disfunção de núcleo da base, a maioria não tem cura. O problema
tratar.
oftalmologista, que é o nervo óptico. Sobre o campo visual, nós temos o campo
visual nasal e temporal. Por que a nossa retira é dividida em retira nasal e retira
temporal, certo? A informação que vem do lado direito do campo visual é captada
pela retira nasal do olho direito e retira temporal do olho esquerdo. Informações que
vem do lado esquerdo do campo visual vão ser captadas pela retina nasal do lado
48
Página
48
REFERÊNCIAS
ADAMS, Harold [et al.] - Guidelines for the Early Management of Adults with
49
BAER, G.; SMITH, M. – The recovery of walking ability and subclassification of
stroke. Physiotherapy Research International. [em linha] 6:3 (2001) 135 - 144.
indivíduos com sequelas de acidente vascular encefálico (AVE). Revista Ciência &
Autonomia compartilhada. Ciência & Saúde Colectiva. [em linha]. 10:3 (2005) 729-
(2003) 239-244.
50
SOCIEDADE PORTUGUESA DE NEUROLOGIA. Recomendações do grupo de
desenvolvimento.
2000.
VAN KUIJK, Annette Albertha [et al.] - Treatment of upper extremity spasticity in
51