Você está na página 1de 36

Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

Departamento de Filosofia
Programa de Pós-Graduação em Filosofia

As peças televisivas de Samuel Beckett : manuscritos, dramaturgia e


encenação

Supervisor: Prof. Dr. Lucianno Ferreira Gatti


Candidato: Felipe Augusto de Souza Santos

Resumo: Este projeto de pesquisa tem como objetivo realizar um estudo acerca das peças
televisivas de Samuel Beckett, escritas e encenadas pelo dramaturgo-encenador entre os anos de
1965 e 1985, perfazendo um arco que compreende desde a criação do texto dramatúrgico até sua
materialização através da respectiva encenação televisiva. Definindo como objeto a dramaturgia
e as encenações desenvolvidas por Beckett junto às emissoras BBC Television e Süddeutscher
Rundfunk, a pesquisa pretende estabelecer um diálogo com o trabalho de Beckett como
encenador de suas peças teatrais, especialmente seus dramatículos finais contemporâneos às
peças televisivas, no intuito de aprofundarmos nosso estudo acerca do trabalho do irlandês
dentro da seara da encenação, iniciado em nosso mestrado e doutorado em relação às peças
teatrais. Para tanto, serão estudados, além das seis obras dramatúrgicas televisivas produzidas
pelo irlandês – Eh Joe (1965), Ghost trio (1975), ... but the clouds ... (1976), Quad (1982), Nacht
und Träume (1982) e Was wo (1985) –, uma ampla gama de documentos inéditos relacionados a
diferentes etapas de desenvolvimento da dramaturgia e das encenações, notadamente
manuscritos e datiloscritos inéditos localizados na Beckett International Foundation, vinculada à
University of Reading, na Inglaterra. Ao lado da bibliografia primária, também desenvolveremos
um amplo estudo acerca da extensa bibliografia secundária relativa à obra beckettiana,
especialmente trabalhos voltados à análise das peças televisivas do dramaturgo-encenador. Este
projeto se insere dentro da vertente de crítica genética relacionada à obra beckettiana, ainda
pouco desenvolvida no Brasil.
Federal University of São Paulo - UNIFESP
Department of Phylosophy
Post-Graduate Program in Phylosophy

Samuel Beckett’s television plays: manuscripts, dramaturgy and staging

Supervisor: Prof. Dr. Lucianno Ferreira Gatti


Candidate: Felipe Augusto de Souza Santos

Abstract: This research project aims to develop a study of Samuel Beckett’s television plays
written and staged by the playwright-director between the years 1965 and 1985, making an arch
that ranges from the creation of the dramaturgical text to its materialization through the
respective television staging. Defining as object the dramaturgy and the stagings developed by
Beckett at BBC Television and Süddeutscher Rundfunk, the research intends to establish a
dialogue with Beckett’s work as director of his theatrical plays, especially his final dramaturgical
works contemporary to the television plays, in order to deepen our study of Beckett’s work
within the staging field, which started during our master’s and doctorate related to the theatrical
plays. In order to do so, we will study, in addition to the six television dramaturgical works
produced by the Irishman – Eh Joe (1965), Ghost trio (1975), ... but the clouds ... (1976), Quad
(1982), Nacht und Träume (1982) and Was wo (1985) –, a wide range of unpublished documents
related to different stages of the development of the dramaturgy and the stagings, notably
unpublished manuscripts and typescripts located at the Beckett International Foundation, linked
to the University of Reading, in England. Besides the primary bibliography we will also develop
a broad study of the extensive secondary bibliography related to Beckett’s work, especially
works focused on the analysis of the playwright-director’s television plays. This project is part of
the genetic criticism related to Beckett’s work, still little developed in Brazil.
1) Enunciado do problema:

Dentro do campo dos estudos voltados à extensa e multifacetada obra de Samuel Beckett
(1906-1989) no Brasil, desenvolvemos inicialmente um percurso de pesquisa devotado ao estudo
e análise da trajetória do autor irlandês a partir de sua evolução de dramaturgo a encenador após
a escrita de algumas de suas primeiras peças, como Eleutheria, Esperando Godot, Fim de
partida, A última gravação de Krapp e Dias Felizes, tema de nosso mestrado, e posteriormente
dando continuidade a este percurso de pesquisa a partir do estudo da retomada da escrita
dramatúrgica pelo autor de Esperando Godot após seu estabelecimento como encenador teatral,
se apropriando do aprendizado oriundo da prática da encenação teatral para a elaboração de
peças extremamente formais e minimalistas, período em que Beckett escreve e encena seus
dramatículos finais, como Not I, That time, Footfalls, A piece of monologue, Rockaby, Ohio
impromptu, Catastrophe e What where, tema de nosso doutorado. Em ambos os casos,
procuramos cotejar o estudo de nosso objeto, a obra teatral de Beckett, constituído por extensa
bibliografia primária, notadamente manuscritos e datiloscritos inéditos localizados na Beckett
International Foundation, cadernos de direção, textos dramatúrgicos, ensaios teóricos, cartas e
depoimentos publicados com extensa bibliografia secundária acerca da obra em drama e prosa do
dramaturgo-encenador irlandês, revisitando estudos clássicos acerca do teatro beckettiano, como
aqueles desenvolvidos por críticos como Ruby Cohn, James Knowlson, Stanley Gontarski,
Enoch Brater, Anna McMullan, Rosemary Pountney, John Fletcher, John Pilling, Jonathan Kalb,
Carla Locatteli e Steven Connor, entre outros, além de ensaios críticos contemporâneos como os
de Lois Oppenheim, Mark Nixon, Connor Carville, Nicholas Johnson, Dirk Van Hulle, C. J.
Ackerley e Derval Tubridy, entre outros.

Nossa hipótese de pesquisa para este projeto de pós-doutorado repercute as conclusões de


nosso doutorado desenvolvido com o apoio de uma bolsa da FAPESP, e aponta para um
aprofundamento do estudo relativo ao trabalho de Samuel Beckett como dramaturgo-encenador,
a partir da investigação acerca da importância das produções televisuais dentro do conjunto da
obra do irlandês, definindo a experiência de Beckett como dramaturgo, diretor de atores e
encenador na mídia televisiva como evidência de um aprimoramento em relação a seu trabalho
como dramaturgo e encenador teatral, podendo ser confirmada ou refutada ao longo desta
pesquisa. Tendo como corpus as seis peças televisivas de Samuel Beckett produzidas entre 1965
e 1985, este trabalho pretende abordar de forma particularizada cada uma destas obras
concebidas por Beckett para produções em emissoras europeias – Eh Joe (1965), Ghost trio
(1975), ... but the clouds ... (1976), Quad (1982), Nacht und Träume (1982) e Was wo (1985) –,

1
buscando compreender o processo criativo de Beckett em relação a esta forma singular de escrita
dramatúrgica e encenação. A reflexão crítica acerca da dramaturgia e da encenação das peças
televisivas beckettianas será desenvolvida a partir de uma proposta de investigação comparativa
entre os processos criativos e procedimentos artísticos desenvolvidos pelo dramaturgo-encenador
Samuel Beckett em suas direções teatrais realizadas a partir de 1967, e o processo criativo
envolvendo desde a elaboração textual de suas peças televisivas até a concretização de suas
encenações para a televisão, especialmente desenvolvidas para a emissora alemã Süddeutscher
Rundfunk e a emissora britânica BBC.

As tensões entre dramaturgia e encenação na obra teatral e televisual deste ícone do


modernismo europeu possuem pontos de aproximação e distanciamento, a partir de afinidades e
oposições tanto no plano da dramaturgia como no da encenação. Este projeto de pesquisa
pretende desenvolver, conforme mencionado, um estudo comparativo pormenorizado entre os
processos criativos e procedimentos artísticos de Samuel Beckett em seu teatro, que se iniciavam
invariavelmente a partir da concepção de sua dramaturgia escrita – elaborada antes do processo
de ensaios, sempre tendo em vista a encenação sobre o palco, preferencialmente de sua autoria –
para a materialização de suas encenações, muitas vezes retornando ao texto dramatúrgico
original e alterando-o a partir da perspectiva e dos achados da experiência prática da encenação,
e os processos criativos e procedimentos artísticos de Beckett em seu trabalho televisual, onde o
dramaturgo-encenador pensava a encenação essencialmente a partir de sua visualidade e
sonoridade, muitas vezes suprimindo por completo as falas dramáticas, e em seu lugar
introduzindo a narrativa como contraponto à ação física executada pelos atores em cena,
desenvolvendo uma dramaturgia televisiva minimalista e técnica, onde as rubricas e indicações
cênicas se tornam o elemento central do texto, em um processo cujo ápice pode ser considerado
sua materialidade em cena através dos registros contidos em vídeo, verdadeira depuração de toda
a sua produção dramática formalizada através da realização de suas encenações. Como perguntas
de pesquisa norteadoras deste trabalho temos:

1- Quais os aspectos singulares e características principais que definem as peças


televisivas beckettianas, desde a criação do texto dramatúrgico, passando pelo
processo de ensaios com os atores e técnicos das emissoras SDR e BBC, chegando até
a realização de suas encenações voltadas à televisão?
2- Quais os aspectos dos processos de encenação de Samuel Beckett no teatro e na
televisão que convergem e divergem entre si?

2
3- Quais as similaridades e diferenças acerca do processo de utilização do elemento
narrativo como eixo central e constitutivo nos dramatículos finais e nas peças
televisivas beckettianas?

As aproximações entre as duas poéticas, conforme apontamos em nossa tese de


doutorado, ocorrem devido a uma série de elementos característicos de ambas as linguagens
beckettianas, teatral e televisual, tais como o minimalismo estético; o aspecto do rigor formal
que permeia tanto a dramaturgia como as encenações (teatro e televisão); a escolha por uma
paleta de tons que oscilam entre variações do preto ao cinza além do branco nas encenações; a
presença constante dos elementos de memória e fabulação como motores centrais dos
dramatículos finais e das peças televisivas; o impacto da experiência traumática da guerra nas
ambientações cênicas; a materialização em cena de criaturas fantasmáticas; a repetição de temas
recorrentes tanto na obra em drama como em prosa do autor irlandês; a circularidade; os
espelhamentos; entre outros aspectos. Tendo como elemento norteador o conceito de teatro pós-
dramático enunciado por Hans-Thies Lehmann (2010), segundo o qual Beckett seria um dos
precursores desta vertente estética, buscaremos estabelecer pontos de contato com os escritos do
ator, encenador e teórico Antonin Artaud, especialmente no que concerne à ritualização nos
textos dramatúrgicos e na encenação beckettiana, às questões envolvendo a dramaturgia e suas
relações com a encenação, e finalmente o estabelecimento de poéticas da cena que escapem à
tradição realista/naturalista preponderante no teatro ocidental ainda hoje. O conceito de teatro
pós-dramático, nesse sentido, permitirá uma aproximação coerente entre duas obras distintas e
singulares que se tornaram marcos do teatro moderno e contemporâneo, como foi apontado em
reflexão pioneira desenvolvida por Stanley Gontarski em artigo intitulado Nos desdobramentos
do teatro pós-dramático: Beckett através de Artaud e Deleuze (GONTARSKI, 2015).

A justificativa para este projeto reside na importância da obra televisual de Beckett dentro
do teatro moderno e sua reverberação em relação ao teatro contemporâneo e à videoarte, aliada
ao ineditismo tanto no Brasil como no exterior em relação a esta abordagem comparativa
interdisciplinar relativa a duas vertentes dentro da obra de um dos maiores dramaturgos-
encenadores do século XX, a teatral e a televisual, a partir da abordagem de aspectos referentes à
dramaturgia e encenação. Fundamental para o entendimento da evolução da dramaturgia e da
encenação modernas na Europa, a aproximação entre as obras teatrais e televisuais de Beckett se
mostra necessária ao entendimento dos desdobramentos do modernismo europeu dentro do teatro
contemporâneo. Se Beckett evoluiu gradativamente de um dramaturgo modernista a um
encenador experimental rigoroso, para boa parte dos estudiosos da obra dramática do irlandês as

3
peças televisivas podem ser consideradas como o ápice da realização estética do dramaturgo-
encenador no que se refere tanto à dramaturgia, ainda mais técnica e minuciosa em suas
indicações cênicas do que os dramatículos finais contemporâneos a elas, quanto à encenação,
ainda mais minimalista, ampliando o domínio do Beckett encenador relativo ao enquadramento
das cenas – algo que vinha sendo explorado, por exemplo, no uso do proscênio em seus
dramatículos finais, como Footfalls, A piece of monologue, Rockaby e Ohio impromptu –, assim
como o detalhamento ainda maior da função sonora nestas obras, onde narrativa e ruídos
adquirem potência amplificando significados. Enoch Brater comenta a questão do trabalho de
Beckett em relação à geometria dos enquadramentos nas peças televisivas:

Desde que escreveu Eh Joe para a televisão, Beckett usou a geometria do estúdio não
tanto para temperar qualquer sentimentalismo que pudesse minar seu drama, mas para
evocar uma resposta emocional da interação do próprio padrão geométrico. O
movimento em direção a uma forma mais avançada de abstração convida a uma maior
confiança em motivos musicais, matemáticos e poéticos específicos, sem a mediação de
qualquer documentação para explicar sua presença. [...] (BRATER, 1987, p. 87,
tradução nossa)

A questão fundamental da voz dentro da obra beckettiana como algo definidor da


estrutura das peças televisuais de Beckett é demonstrada em sua adaptação do derradeiro
dramatículo, What where, como a peça televisiva Was wo, que apresenta uma série de alterações
significativas em relação ao texto dramatúrgico original. Na adaptação televisiva, Beckett retira
o megafone, símbolo da emissão vocal no dramatículo, e o transforma no rosto fantasmático que
assume a narração, algo que esfumaça a presença do sujeito, e que transforma, ao fim e ao cabo,
o personagem Bam em um personagem-voz. Tanto a exploração da geometria espacial do
estúdio televisivo – algo recorrente em todas as encenações televisivas de Beckett – quanto as
adaptações relativas ao protagonismo cênico assumido pela voz em Was wo atestam o alto grau
do desenvolvimento do trabalho do irlandês dentro da seara da encenação.

[...] A transformação de Samuel Beckett de dramaturgo em artista teatral é um


desenvolvimento seminal dentro do teatro modernista tardio, e ainda assim
menosprezado no discurso crítico e histórico que privilegia o texto impresso em relação
à performance, a aparente estabilidade da literatura sobre as vicissitudes do teatro. O
descaso em relação ao trabalho de Samuel Beckett sobre o palco distorce o arco de sua
evolução criativa, seu surgimento como artista comprometido com a performance de seu
drama como sua plena realização. Ele abraçaria o teatro não apenas como um meio onde
uma obra pré concebida recebia sua expressão precisa, mas como o meio através do
qual seu drama era criado. À medida que Samuel Beckett evoluiu de conselheiro para se
encarregar plenamente da encenação de suas peças, o teatro prático ofereceu-lhe uma
oportunidade única de autocolaboração através da qual ele se reinventou como artista.
(ACKERLEY; GONTARSKI, 2004, p. 141, tradução nossa)

Neste sentido, este trabalho pretende representar um desdobramento em relação à leitura


crítica de Stanley Gontarski acerca da importância do trabalho de direção dentro do conjunto da

4
obra teatral beckettiana, exposta em inúmeros livros e artigos, e sintetizada de forma brilhante no
artigo intitulado Revisando a si mesmo: o espetáculo como texto no teatro de Samuel Beckett
(GONTARSKI, 2008), procurando desenvolver um estudo complementar acerca da importância
da prática de encenação de Beckett dentro da elaboração de suas peças televisivas, abordando
cada uma das seis obras desenvolvidas para a televisão de forma detalhada e sistemática, desde o
processo de criação do texto dramatúrgico até sua formalização através da encenação. A
relevância do estudo das encenações televisivas realizadas por Beckett pode ser percebida pelo
fato de sua estreia na direção ter ocorrido justamente com a encenação apresentada na SDR de
Stuttgart de Eh Joe, transmitida no sexagésimo aniversário do dramaturgo-encenador, em 13 de
abril de 1966, cerca de um ano antes de sua estreia na direção teatral, com a encenação de
Endspiel apresentada no Schiller-Theater de Berlim, em 1967. De acordo com Charles Lyons:

Eh Joe não é uma das principais obras dramáticas de Beckett, mas é significativa como
peça de transição. A divisão de uma imagem física de personagem e a voz que brinca na
mente fornece um paradigma treatral que Beckett continua a usar e a desenvolver
produtivamente. (LYONS, 1983, p. 152, tradução nossa)

O comentário de Charles Lyons se refere especialmente aos dramatículos, sensivelmente


influenciados pela experimentação formal de Eh Joe, sobretudo That time, obra onde Beckett
desenvolve mais efetivamente a separação entre personagem representado – a cabeça suspensa
na escuridão intitulada Ouvinte –, e as vozes que repercutem em seu interior ou ao redor dele, e
Rockaby, onde a personagem Mulher, figura fantasmática que surge em cena sentada em uma
cadeira de balanço escuta uma voz que parcece ser sua, embora não seja responsável pela
emissão sonora, explorando mais uma vez o limite da potencialidade da representação da cisão
entre personagem representado e a voz.

Este projeto contará com o apoio fundamental da Beckett International Foundation,


instituição vinculada à University of Reading, na Inglaterra, mantenedora do Beckett Archive e
da Samuel Beckett Collection, que agrupam inúmeros documentos inéditos acerca da extensa e
multifacetada obra de Samuel Beckett em drama, prosa, poesia, crítica e ensaística. Durante
nosso doutorado realizamos, sob supervisão de Mark Nixon, diretor da Beckett International
Foundation, um estágio de oito meses de duração dentro do Beckett Archive, através da
plataforma Virtual Reading Room, página virtual contendo centenas de manuscritos e
datiloscritos originais e inéditos de Samuel Beckett, criada durante a pandemia. O estágio foi
possível graças ao empenho de Mark Nixon e de sua avaliação positiva de nosso trabalho,
expressa em algumas cartas institucionais incluídas em nossa solicitação de bolsa BEPE à época,
uma vez que a Virtual Reading Room fora desenvolvida para possibilitar o acesso aos

5
manuscritos e datiloscritos a pesquisadores que estivessem presencialmente em Reading,
impedidos de frequentar o Beckett Archive devido aos sucessivos lockdowns na Inglaterra.
Quando nossa bolsa BEPE de doutorado foi denegada devido às restrições de viagens
internacionais, imediatamente Mark Nixon nos contatou possibilitando o desenvolvimento do
estágio de forma virtual, sem nenhum prejuízo em relação ao planejamento das atividades
contidas no projeto de bolsa BEPE, e pelo contrário, ao invés dos seis meses solicitados à
FAPESP para o estágio internacional, a Beckett International Foundation nos possibilitou
desenvolver o referido estágio de pesquisa ao longo de oito meses ininterruptos, entre 30 de
outubro de 2020 e 30 de junho de 2021. Além da maior extensão do estágio, o acesso virtual à
Beckett Manuscript Collection funcionava diariamente por 24 horas, inexistindo os
impedimentos de horários e agendamentos habituais existentes em arquivos desse porte, cujo
acesso se restringe ao horário comercial. Durante nosso estágio junto ao Beckett Archive,
obtivemos o aceite de Mark Nixon para nos supervisionar em nossa pesquisa de pós-doutorado,
através de mensagens de e-mails. O referido e-mail onde Mark Nixon menciona em sua resposta
que está aguardando para nos supervisionar durante o pós-doutorado em um estágio de um ano
com bolsa BEPE, datado de 27 de outubro de 2020, será anexado na aba outros documentos
desta solicitação.

Além de todo o ganho substancial que o estágio presencial na Beckett International


Foundation trará à nossa pesquisa, ele permitirá o estreitamento do intercâmbio entre a Beckett
International Foundation, o Grupo de Pesquisa Estudos Sobre Samuel Beckett (USP/CNPq),
vinculado ao Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da FFLCH/USP, do qual
este pesquisador é membro desde 2013 e junto ao qual desenvolveu sua pesquisa de doutorado, e
o Grupo de Pesquisa em Estética e Teoria Crítica do Departamento de Filosofia da UNIFESP,
onde desenvolveremos nossa pesquisa de pós-doutorado. O Grupo de Pesquisa em Estética e
Teoria Crítica, coordenado pelo Prof. Dr. Lucianno Ferreira Gatti, possui entre seus membros um
pesquisador beckettiano de referência nos estudos relacionados às peças televisivas de Samuel
Beckett, ou seja, nosso supervisor e coordenador do GP. Portanto nosso ingresso no grupo da
UNIFESP, assim como permitirá um aprofundamento de nossa pesquisa acerca da obra de
Samuel Beckett a partir das contribuições do debate sobre Teoria Crítica e Estética, possibilitará
uma contribuição de nossa parte relativa à pesquisa relacionada à dramaturgia e encenação no
teatro beckettiano, a partir de nossa formação resultante do doutorado desenvolvido no
Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da FFLCH/USP em parceria com a
University of Reading (UK) e o referido estágio internacional aproximará tanto este pesquisador

6
quanto o grupo de pesquisa da UNIFESP ainda mais de Mark Nixon e de outros pesquisadores
beckettianos da University of Reading, como a Profa. Dra. Anna McMullan. Assim como em
nosso doutorado, realizado com bolsa da FAPESP e indicado para publicação pela banca
examinadora, a pesquisa junto aos arquivos possibilitará o acesso a um grande número de
manuscritos e datiloscritos inéditos armazenados na Beckett Collection, o que certamente
contribuirá muito com nossa reflexão dentro desta abordagem inédita em âmbito nacional e
internacional em relação às peças televisivas de Samuel Beckett. Por todas as razões descritas, a
solicitação para uma bolsa BEPE será elemento fundamental ao desenvolvimento de nossa
pesquisa.

As peças televisivas de Samuel Beckett representam, segundo a crítica especializada, a


destilação máxima de toda a obra beckettiana, aglutinando tanto a experiência do autor dentro da
seara teatral quanto sua experiência dentro do campo da prosa e do cinema, se constituindo como
obras que dialogam intimamente com os dramatículos finais, contemporâneos das peças
televisivas, com a película Film, e com a prosa tardia beckettiana, especialmente a trilogia final
intitulada Nowow on (Company, Ill seen ill said, Worstward ho). Este projeto pretende dialogar
com a extensa bibliografia beckettiana dedicada ao tema, especialmente no que se refere à
bibliografia secundária internacional onde as peças televisivas foram estudadas de modo mais
sistemático, no sentido de um aproveitamento do que de melhor se escreveu acerca de nosso
objeto, pretendendo representar uma contribuição substancial ao campo dos estudos de
dramaturgia, encenação e mídia televisual, uma vez que o trabalho de Beckett como diretor em
suas encenações televisivas ainda não foi fruto de um trabalho pormenorizado e dedicado
exclusivamente ao tema, tanto nacional como internacionalmente. Caso seja bem sucedido, este
projeto trará uma contribuição significativa aos estudos beckettianos nacionais, sobretudo ao
estudo das peças televisivas de Samuel Beckett no Brasil, especialmente no que diz respeito ao
trabalho prático do dramaturgo-encenador dentro do campo específico da encenação televisiva.

Entre algumas das obras dedicadas às peças televisivas de Samuel Beckett destacamos,
em âmbito nacional, além de um capítulo de livro publicado pelo Prof. Dr. Luiz Fernando Ramos
e artigos publicados por nosso supervisor proposto, Prof. Dr. Lucianno Ferreira Gatti (cuja tese
de Livre-Docência dedicada às peças televisivas de Beckett se encontra no prelo), o trabalho de
Gabriela Borges, intitulado A poética televisual de Samuel Beckett, única obra dedicada
inteiramente ao tema publicada em forma de livro no Brasil, cuja abordagem se circunscreve
dentro dos estudos de mídia televisiva, não sendo fruto da reflexão de um especialista em
dramaturgia e encenação; em âmbito internacional existem diversos estudos importantes

7
publicados, a maior parte dedicados parcialmente às peças televisivas, dentre os quais
destacamos Beckett in performance, de Jonathan Kalb, obra de referência para os estudos de
dramaturgia e encenação dentro do teatro beckettiano que apresenta reflexões aprofundadas
acerca de todas as peças televisivas, além da adaptação de Beckett para Was wo e a parceria com
Alan Schneider na direção de Film, contendo um capítulo de referência intitulado Eh Joe, Dis
Joe, He Joe: towards a television icon, ensaio que aborda Eh Joe em perspectiva comparativa em
relação às demais peças televisivas; Theatre of shadows: Samuel Beckett’s drama 1956-1976, de
Rosemary Pountney, estudo pioneiro dedicado a toda a obra dramática de Samuel Beckett a
partir do cotejo com manuscritos inéditos, incluindo ensaios acerca de suas peças televisivas;
Samuel Beckett, de Charles Lyons, que dedica um capítulo a Eh Joe e Film; Cambridge
companion to Beckett, organizado por John Pilling e que apresenta um capítulo significativo
acerca das peças televisivas e a película Film escrito por Jonathan Kalb; o compêndio Grove
companion to Samuel Beckett, editado por C.J. Ackerley e Stanley Gontarski, que apresenta
verbetes extensos e detalhados acerca de cada uma das peças televisivas, além de Film e a
adaptação televisual de Beckett para Was wo; Beckett / Beckett, importante estudo do crítico
Vivian Mercier onde existem reflexões aprofundadas acerca de Film e Eh Joe; Samuel Beckett:
the critical heritage, editado por Lawrence Graver e Raymond Federman, compliação de ensaios
críticos acerca da extensa obra beckettiana, onde foram incluídas reflexões sobre Film, Ghost
trio e ... but the clouds ...; a obra de referência The intent of undoing in Samuel Beckett’s
dramatic texts, de Stanley Gontarski, estudo pioneiro sobre a dramaturgia beckettiana a partir da
abordagem dos manuscritos inéditos do autor irlandês, contendo ensaios acerca de Film, Eh Joe,
Quad I e II; Beyond minimalism: Beckett’s late style in the theater, de Enoch Brater, importante
estudo acerca da dramaturgia tardia beckettiana, que apresenta o capítulo intitulado Shades for
film and video, no qual analisa detalhadamente as peças televisivas e a película Film; além das
compilações da correspondência de Beckett, tanto a série de quatro volumes intitulada The
letters of Samuel Beckett, editada por Dan Gunn, George Craig, Lois More Overbeck e Martha
Fehsenfeld, quanto a obra intitulada No author better served: the correspondence between
Samuel Beckett and Alan Schneider, editada por Maurice Harmon, que reúnem um farto material
composto por cartas trocadas entre Beckett e seus colaboradores ao longo da produção de cada
uma das obras elencadas como objeto deste trabalho. Dentro deste conjunto de obras que
abordam as peças televisivas, destacamos o volume 4 da série publicada em livro pelo Samuel
Beckett Today / Aujourd’hui, principal periódico internacional dedicado à obra beckettiana ao
lado do Journal of Beckett Studies, com o tema específico das telepeças, intitulado The savage
eye / L’oeil fauve: new essays on Samuel Beckett’s television plays, editado por Catharina Wulf,

8
contendo ensaios de beckettianos renomados como Alan Schneider, Rosemary Pountney e Bruno
Clément, entre outros. Além destes livros, que constituem o que poderíamos chamar de
bibliografia clássica acerca de nosso objeto, dialogaremos com artigos igualmente clássicos
acerca das peças televisivas beckettianas, sobretudo aqueles escritos pelo notório crítico teatral
Enoch Brater, e publicados em periódicos importantes como Modern Drama e Comparative
Drama, entre outros. Da bibliografia mais recente dedicada às peças televisivas, destacamos o
livro de Graley Herren intitulado Samuel Beckett’s plays on film and television, que aborda desde
as peças radiofônicas de Beckett, passando pela película Film, e chegando às seis peças
televisivas escritas e encenadas por Beckett. Por último e não menos relevante, a biografia
autorizada de Beckett, Damned to fame, escrita por um dos maiores especialistas na obra
beckettiana e fundador do Beckett Archive da Beckett International Foundation, James
Knowlson, que apresenta informações minuciosas a respeito de cada uma das obras elencadas
para este trabalho e do contexto no qual foram criadas, o que possibilita o cotejo entre a análise
de dramaturgia e encenação das peças televisivas com o panorama histórico de vida e obra do
dramaturgo-encenador.

A justificativa para termos escolhido o Prof. Dr. Lucianno Ferreira Gatti como supervisor
de nosso projeto de pós-doutorado reside essencialmente em quatro motivos, o primeiro deles o
vasto conhecimento acerca da obra beckettiana oriundo de sua destacada trajetória como um dos
principais pesquisadores brasileiros dedicados ao estudo da obra de Samuel Beckett, cuja
experiência como pesquisador das peças televisuais do autor irlandês o torna uma das maiores
referências dentro deste campo de estudos no país; o segundo motivo reside na aproximação do
trabalho de pesquisa desenvolvido pelo GP Estudos Sobre Samuel Beckett, referência nacional
dentro dos estudos da obra beckettiana no Brasil do qual tanto este pesquisador quanto seu
supervisor fazem parte, e a Beckett International Foundation, instituição de referência
internacional dentro dos estudos da obra de Samuel Beckett e mantenedora do maior acervo de
documentos inéditos do autor irlandês, a Beckett Collection, que conta em seus quadros com
alguns dos pesquisadores mais importantes dentro dos estudos beckettianos atuais em âmbito
internacional, e que demonstrou interesse em nos receber para um estágio de pesquisa de duração
de um ano com base justamente em nosso trabalho acadêmico como pesquisador do único grupo
de pesquisas nacional dedicado a Beckett; o terceiro motivo se deve ao alto grau de interação
com nosso supervisor proposto, fruto de um convívio de cerca de dez anos dentro do citado
grupo de pesquisa, além de participações conjuntas em mesas em colóquios nacionais e
congressos internacionais, como o IFTR 2017 e a Samuel Beckett Society Conference 2022, bem

9
como de publicações conjuntas em dossiês dedicados a Samuel Beckett como aqueles publicados
nas revistas Eutomia e Limiar (além do novo dossiê que está em organização, para o qual ambos
contribuímos com artigos, que será publicado em 2023 pela conceituada revista Literatura e
Sociedade, da FFLCH/USP); e por último e não menos relevante o fato de se tratar de um dos
poucos pesquisadores dedicados ao estudo da vasta obra de Samuel Beckett lecionando,
orientando e supervisionando pesquisas nas universidades públicas do Estado de São Paulo
(USP, UNESP, UNICAMP e UNIFESP), permitindo dessa forma o atendendimento à exigência
da FAPESP quanto à não repetição do orientador de doutorado na supervisão do pós-doutorado,
o que torna o vínculo com nosso supervisor e com o GP Estudos Sobre Samuel Beckett essencial
ao desenvolvimento de nosso projeto em todo o seu potencial.

Dentro desta justificativa, seria relevante mencionarmos ainda as trocas e interações


constantes dentro do GP Estudos Sobre Samuel Beckett, seja através de reuniões mensais com
todos os seus pesquisadores, seja através da realização de eventos acadêmicos dedicados à obra
beckettiana como o Colóquio Samuel Beckett (cuja quarta edição aconteceu durante o mês de
setembro de 2022 e contou com apresentação de um trabalho deste pesquisador), da participação
conjunta em congressos internacionais, como o congresso da Samuel Beckett Society, instituição
de destaque dentro dos estudos beckettianos, que ocorreu em Buenos Aires no mês de outubro de
2022 (para o qual este pesquisador teve seu trabalho selecionado, tendo sido premiado com a
Ruby Cohn Travel Bursary), e finalmente da produção de dossiês temáticos dedicados à obra de
Beckett, publicados em periódicos acadêmicos nacionais, como a Revista Eutomia, do
Departamento de Letras da UFPE, e a Revista Limiar, do Departamento de Filosofia da
UNIFESP. Pelos motivos expressos temos a certeza de que contarmos com a supervisão do Prof.
Dr. Lucianno Ferreira Gatti para este projeto de pós-doutorado, assim como com nossa
permanência junto ao GP Estudos Sobre Samuel Beckett, além de nosso ingresso no Grupo de
Pesquisa em Estética e Teoria Crítica e do estágio internacional de pesquisa a ser desenvolvido
junto à Beckett International Foundation proporcionará ao trabalho de pesquisa a mesma
excelência acadêmica que conferimos à nossa tese de doutorado desenvolvida com o apoio da
FAPESP.

2) Resultados esperados:

Esperamos obter resultados significativos relativos ao objeto deste trabalho, ou seja, o


estudo das peças e encenações televisivas de Samuel Beckett a partir de um viés comparativo em
relação às encenações teatrais dirigidas pelo dramaturgo-encenador. Possuímos extenso material

10
primário acerca das encenações teatrais de Beckett, fruto de nossa detalhada pesquisa de
doutorado, dividido entre a dramaturgia original em inglês completa, os cadernos de direção
(theatrical notebooks), edições esgotadas contendo manuscritos de Beckett relativos às suas
encenações de Endspiel, Das letzte Band, Happy days, Not I, That time, Footfalls e Warten auf
Godot, além de anotações extraídas de manuscritos inéditos armazenados no Beckett Archive. O
intuito de realizarmos um estágio de pesquisa internacional junto ao acervo da Beckett
International Foundation se deve à necessidade de acessarmos os manuscritos e datiloscritos
inéditos relacionados com a obra audiovisual de Samuel Beckett, que abarca desde a película
intitulada Film (1963), passando pelo grupo das chamadas peças televisivas – Eh Joe (1965),
Ghost trio (1975), ... but the clouds ... (1976), Quad (1982) e Nacht und Träume (1982) –, além
da transposição realizada por Beckett da dramaturgia de seu derradeiro dramatículo, What where,
para a peça televisiva Was wo (1985).

Da mesma forma como nossa tese de doutorado foi avaliada pela banca examinadora
como uma contribuição substancial em relação aos estudos da obra de Samuel Beckett no Brasil,
tanto pelo grande número de peças pouco conhecidas analisadas e traduzidas, como pela análise
de inúmeros manuscritos e datiloscritos contidos nos theatrical notebooks jamais publicados no
Brasil, além de um diálogo com um grande número de obras de referência, tanto nacionais como
internacionais, praticamente desconhecido do público brasileiro, possibilitando ao interessado
pela obra teatral do dramaturgo-encenador um olhar aprofundado e panorâmico evidenciando a
evolução da obra teatral de Beckett, esta pesquisa de pós-doutorado pretende realizar algo
similar, no sentido de trazer ao país uma discussão ainda inédita, e dessa forma contribuir para o
conhecimento e entendimento acerca das peças televisivas de Samuel Beckett no Brasil,
dialogando com estudos de referência no país relacionados a estas obras, como o desenvolvido
por Luiz Fernando Ramos em seu ensaio Samuel Beckett: ondas luminosas no ápice do
apagamento (2015), e os artigos de Lucianno Gatti intitulados As peças para televisão de Samuel
Beckett: meios de produção, gêneros literários e teoria crítica (2016); Quadrat I + II: a peça
serial de Samuel Beckett (2017) e Key-Hole Art: Samuel Beckett e a peça televisiva (2019). Da
mesma forma que nossa tese, indicada pela banca examinadora para publicação no formato de
livro e em atual fase de revisão para encaminhamento às editoras, este trabalho de pós-doutorado
será elaborado em formato de livro, com o intuito de uma futura publicação após a finalização da
pesquisa.

3) Desafios científicos e tecnológicos e os meios e métodos para superá-los:

11
O principal desafio científico deste projeto reside no viés adotado por esta pesquisa, ou
seja, a proposta de uma reflexão crítica interdisciplinar acerca da obra televisiva completa de
Samuel Beckett, delimitada pela dramaturgia e pelas respectivas encenações dirigidas pelo
dramaturgo-encenador irlandês para as emissoras BBC e SDR. O ineditismo deste trabalho não
repousa apenas sobre a abordagem das encenações televisivas de Beckett e o desenvolvimento de
seu trabalho como encenador dentro desta mídia específica, mas também no estudo comparativo
entre duas vertentes do trabalho de Samuel Beckett como encenador, a teatral e a televisiva.
Ambas as obras do dramaturgo-encenador irlandês carregam muita complexidade, tanto estética
quanto temática, além de especificidades advindas dos meios para os quais foram criadas. Tanto
no Brasil como no exterior inexistem trabalhos acadêmicos que tenham abordado as encenações
televisivas e teatrais de Beckett através desta metodologia comparatista baseada em crítica
genética, o que confere o referido ineditismo à nossa proposta e ao mesmo tempo nos coloca em
um terreno escorregadio, que exige ampla pesquisa e fundamentação teórica no sentido do
desenvolvimento de um trabalho crítico que consiga dar conta das particularidades de ambas as
vertentes de uma obra dramática ampla, complexa e variada. Neste sentido, a pesquisa
desenvolvida durante nosso doutorado, voltada às relações entre dramaturgia e encenação nos
dramatículos finais beckettianos, auxiliará nossa reflexão do ponto de vista da metodologia
comparativa adotada, no que concerne às questões inerentes à dramaturgia e encenação nas peças
tardias de Samuel Beckett, possibilitando um mergulho mais detido e aprofundado em relação a
nosso corpus, a hipótese e as perguntas de pesquisa.

O acesso aos arquivos beckettianos localizados na Beckett International Foundation


situada na University of Reading possibilitará a verticalização de nossa pesquisa, fornecendo
acesso a uma ampla gama de documentos inéditos relacionados a nosso objeto (manuscritos,
datiloscritos, cartas, programas de peças, vídeos das encenações teatrais, vídeos das encenações
televisivas, cartazes de encenações, fotografias, entre outros), além de uma vasta gama de obras
de referência pertencentes à bibliografia secundária acerca de Beckett, muitas esgotadas ou de
difícil acesso, que acrescentarão informações relevantes e significativas ao conjunto de obras do
dramaturgo-encenador e obras secundárias acerca de seu trabalho que constam no acervo pessoal
deste pesquisador. O contato com pesquisadores beckettianos renomados internacionalmente
como Mark Nixon, Connor Carville e Anna McMullan, respectivamente docentes dos
departamentos de Literatura e Artes Cênicas da University of Reading, também trará um
aprofundamento significativo a nosso trabalho, além de possibilitar o estreitamento do contato
entre os pesquisadores do Grupo de Pesquisa Estudos Sobre Samuel Beckett e os pesquisadores

12
vinculados à Beckett International Foundation e à University of Reading. Ao longo de nosso
doutorado apresentamos comunicações fruto de nossa pesquisa em dois congressos
internacionais de destaque dentro dos estudos beckettianos, no Samuel Beckett Working Group,
vinculado à International Federation for Theatre Research (IFTR) da qual somos membros, e no
Trinity College Dublin, instituição de referência no que diz respeito à obra de Samuel Beckett e
mantenedora de outro arquivo importante contendo manuscritos inéditos do autor irlandês. No
presente momento, estamos aguardando a avaliação para publicação de um artigo nosso
apresentado durante o congresso Samuel Beckett and the Anthropocene, ocorrido em 2020, no
Trinity College Dublin, dentro do Journal of Beckett Studies, periódico de importância histórica
e de destaque nos estudos beckettianos internacionais, além de estarmos com dois artigos em
fase de revisão para possíveis publicações em dois periódicos internacionais de referência, o
Samuel Beckett Today / Aujourd’hui, periódico bilíngue holandês editado pela editora Rodopi e a
University of Atuerpia, e a Beckettiana, revista argentina editada pela Universidad de Buenos
Aires. Acreditamos que o referido estágio internacional possibilitará um significativo
aprimoramento de nossa pesquisa e dos mencionados contatos entre este pesquisador e grupos de
pesquisadores estrangeiros.

4) Cronograma:

O desenvolvimento deste projeto se dará inicialmente ao longo do período de dois anos,


dentro do prazo estipulado em edital pela FAPESP. Conforme explicitado nos itens anteriores,
dada a originalidade e ineditismo de nosso projeto de pesquisa, se fará necessária a obtenção de
uma bolsa BEPE para desenvolvimento de parte de nosso trabalho junto à Beckett International
Foundation, localizada na University of Reading, no intuito de termos acesso a uma ampla gama
de documentos originais inéditos de Samuel Beckett, especialmente manuscritos e datiloscritos
relativos ao desenvolvimento das peças televisivas escritas e dirigidas pelo dramaturgo-
encenador irlandês tidas como objeto de nosso trabalho, como Eh Joe, Ghost trio, ... but the
clouds ... , Quad, Nacht und Träume e Was wo. Além disso, o acesso aos filmes originais das
mencionadas produções televisivas encenadas por Beckett, tanto na emissora alemã SDR como
na emissora inglesa BBC Television, constituem parte fundamental de nosso objeto, uma vez que
é a partir do resultado das encenações preservadas em vídeos que se dará parte de nossa análise
do trabalho de Beckett como encenador destes textos dramatúrgicos televisuais, especialmente
no que se refere a seu trabalho como encenador e diretor de atores, mas também a seu trabalho
como dramaturgista, se debruçando sobre seus textos originais escritos anteriormente às
respectivas encenações na televisão como se fosse um outro, retomando a leitura crítica de

13
Stanley Gontarski (2008) acerca do trabalho de Beckett como encenador de suas peças, ou
“encenador de si mesmo”. Neste sentido, dado o extenso volume de materiais elencados para
este estudo, aliado à nossa intenção de estabelecer contatos e trocas acadêmicas com
pesquisadores célebres dentro dos estudos beckettianos internacionais ligados à Beckett
International Foundation que atuam na University of Reading, como Mark Nixon, Anna
McMullan, Connor Carville, John Pilling e James Knowlson, pretendemos solicitar um estágio
internacional a ser realizado no período de um ano na Inglaterra, que se aprovado, estenderá o
prazo total de nossa pesquisa para três anos de duração. A seguir, apontamos de forma geral
nosso cronograma proposto para esta pesquisa:

1º semestre: Início do estudo dos textos dramatúrgicos elencados como corpus desta
pesquisa, referentes às peças televisivas Eh Joe, Ghost trio, ... but the clouds ... , Quad, Nacht
und Träume e Was wo (What where), dentro da perspectiva da hipótese levantada e das
perguntas norteadoras desta pesquisa. Início da tradução das peças televisivas para análise na
tese. Revisão e atualização da bibliografia proposta para a pesquisa. Participação em eventos
acadêmicos nacionais e internacionais.

2º semestre: Início do estudo da bibliografia secundária acerca das peças televisivas de


Samuel Beckett. Estudo dos theatrical notebooks (cadernos de direção) concebidos pelo
dramaturgo-encenador para suas encenações das peças Endgame, Krapp’s last tape, Happy days,
Play, Come and go, Not I, That time, Footfalls, Waiting for Godot e What where.
Desenvolvemos pesquisas relacionadas a alguns destes notebooks, que contém todos os
manuscritos e datiloscritos referentes a estas encenações teatrais de Beckett durante nosso
doutorado, e complementaremos este trabalho durante o pós-doutorado abordando os cadernos
beckettianos ainda não estudados e retomando sob novo olhar os cadernos estudados
anteriormente, uma vez que se constituem em material fundamental para o estudo do trabalho de
Beckett como encenador de suas peças televisivas. Estudo dos manuscritos originais da produção
de janeiro de 1979 de He Joe (Eh Joe), dirigida por Beckett, realizada na emissora alemã
Süddeutscher Rundfunk, em Stuttgart, contidos no volume intitulado The theatrical notebooks of
Samuel Beckett Vol. IV: the shorter plays. Estudos comparativos entre as peças televisivas e os
theatrical notebooks citados. Tradução das peças televisivas estudadas para análise na tese.
Participação em eventos acadêmicos nacionais e internacionais.

3º semestre: Desenvolvimento de um estágio internacional a ser realizado junto à Beckett


International Foundation, localizada na University of Reading, Inglaterra. Estudo dos

14
manuscritos e datiloscritos referentes às peças televisivas de Samuel Beckett citadas
anteriormente, dentro do ordenamento cronológico dos textos dramatúrgicos, de acordo com a
catalogação do acervo da Beckett Manuscript Collection mantida pela Beckett International
Foundation: Eh Joe (MS 1537/1-8, MS 1538/1-5, MS 1730, MS 3626); Ghost trio (MS 1519/1-
3, MS 2829, MS 2831, MS 2832, MS 2833); ... but the clouds ... (MS 1553/1-8); Quad (MS
2198, MS 2199, MS 2100, MS 2060, MS 2861); Nacht und Träume (MS 2465) e Was wo (MS
3097/1, MS 3097/2). Estudo dos manuscritos referentes à única produção cinematográfica de
Samuel Beckett, intitulada Film (MS 1227/7/6/1, MS 1525/1-4, MS 1227/7/6/2).

4º semestre: Continuação e finalização do estágio internacional na Beckett International


Foundation. Análise dos manuscritos estudados no semestre anterior, a partir dos objetivos desta
pesquisa. Estudo e análise dos vídeos das encenações das referidas peças televisivas produzidos
na Süddeutscher Rundfunk alemã e na BBC Television inglesa. Pesquisa dentro do vasto acervo
de manuscritos e datiloscritos relacionados às peças finais de Beckett, contemporâneas das peças
televisivas, no intuito de aprofundarmos o estudo comparativo entre dramaturgia e encenação.

5º semestre: Retorno ao Brasil. Início da escrita final da tese a partir dos materiais
pesquisados durante o primeiro e segundo semestres do pós-doutorado (Brasil) e durante o
terceiro e quarto semestres do pós-doutorado (Inglaterra). Escrita de artigos científicos
relacionados à pesquisa. Participação em eventos acadêmicos nacionais e internacionais.

6º semestre: Finalização da escrita da tese de pós-doutoramento. Revisão dos capítulos à


luz de todo o material pesquisado. Desenvolvimento de acréscimos ao texto. Conclusão da tese e
depósito da mesma no repositório institucional do Departamento de Filosofia da Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP).

5) Disseminação e avaliação:

A disseminação dos resultados deste projeto será realizada através da publicação da


pesquisa em forma de livro, bem como da publicação de artigos, apresentações de comunicações,
conferências e palestras em eventos acadêmicos nacionais e internacionais, divulgando
resultados parciais da pesquisa ao longo do desenvolvimento do pós-doutorado, como fizemos
durante todo nosso doutorado com bolsa FAPESP. Além disso, pretendemos ministrar um curso
de pós-graduação no Departamento de Filosofia da UNIFESP ao longo da realização de nosso
pós-doutorado, caso tenhamos a devida autorização da FAPESP. Esta possibilidade foi sugerida
por nosso supervisor em conversa sobre o projeto, uma vez que respeitando a carga horária

15
proposta pela FAPESP para tais atividades, este curso abordando aspectos da pesquisa em
desenvolvimento será muito benéfico ao desenvolvimento do projeto, e por outro lado atende a
uma expectativa do Departamento de Filosofia da UNIFESP em relação ao desenvolvimento de
cursos de pós-graduação ministrados por pós-doutorandos com pesquisas em andamento. A
avaliação será realizada em conjunto com nosso supervisor, tendo em vista os objetivos
apresentados neste projeto de pesquisa. A avaliação de nosso trabalho será contínua, respeitando
os prazos de conclusão de etapas da pesquisa e de entrega de resultados parciais da tese em
desenvolvimento ao nosso supervisor, além da avaliação final do trabalho, a partir do texto
concluído e revisado da tese de pós-doutorado.

6) Outros apoios:

Este item não se aplica a este projeto de pesquisa de pós-doutorado, uma vez que esta
pesquisa não utilizará outros apoios financeiros além do apoio da FAPESP.

7) Bibliografia:

Bibliografia de Samuel Beckett

I- Holografias, manuscritos e datiloscritos consultados 1

... but the clouds ... (1976)


BIF MS 1553/1: Manuscrito holográfico sem título de uma peça escrita para a televisão. Possui
ao final do manuscrito a anotação Le Touquet, 21 October 1976. Redigido no anverso de folhas
retiradas de um caderno de exercícios com folhas quadriculadas. Contém acréscimos e correções
escritas no verso das folhas relacionadas. Apresenta muitas rasuras e alterações ao longo do
texto. Cinco folhas.

1
Esta lista de manuscritos e datiloscritos inéditos de Samuel Beckett se refere a originais do autor
mantidos na Beckett Manuscript Collection, parte do Beckett Archive da Beckett International
Foundation. A sigla BIF é uma abreviação de Beckett International Foundation, e a sigla MS se refere a
manuscrito, de acordo com a forma estipulada pela Beckett International Foundation para a citação
bibliográfica destes materiais. Esta listagem contém todos os manuscritos referentes às peças teatrais e
respectivos notebooks de direção pesquisados durante nosso estágio de doutorado junto à Beckett
International Foundation e que serão revistos à luz de nossa hipótese de pesquisa (Endgame, Happy
days, Krapp’s last tape, Not I, That time, Footfalls e What where), somados aos manuscritos referentes
às seis peças televisivas elencadas como objeto deste projeto de pós-doutorado. Esta listagem consiste
em um apanhado inicial relativo aos materiais que serão estudados prioritariamente em nosso estágio
internacional. Ao longo do estágio na Beckett International Foundation, esta listagem provavelmente
será ampliada em consequência do aprofundamento de nosso estudo em relação a manuscritos
relacionados e de relevância para nosso trabalho.

16
BIF MS 1553/2: Manuscrito holográfico sem título de uma segunda versão de “... but the clouds
...”. Possui ao final do manuscrito a anotação Le Touquet, 25 October 1976. Redigido no anverso
das páginas retiradas de um caderno de exercícios com papel quadriculado. Contém acréscimos e
correções escritas mais uma vez no verso das folhas relacionadas. Sete folhas.
BIF MS 1553/3: Datiloscrito sem título de “... but the clouds ...” com numerosos acréscimos e
correções feitos por Samuel Beckett e, no primeiro fólio um esboço do set de filmagem, com o
posicionamento da câmera incluído. Quatro folhas.
BIF MS 1553/4: Datiloscrito contendo acréscimos e correções em relação ao manuscrito feitos
por Beckett, além de um desenho a caneta do set de filmagem no fólio 3. Sete folhas.
BIF MS 1553/5: Datiloscrito contendo acréscimos e correções em relação ao manuscrito feitas
por Samuel Beckett. Cinco folhas.
BIF MS 1553/6: Datiloscrito não corrigido, contendo o esboço do set de filmagem no fólio 3.
Sete folhas.
BIF MS 1553/7: Fotocópia de páginas de provas, contendo acréscimos e correções feitos por
Samuel Beckett, do texto de “... but the clouds ...”. Cinco folhas.
BIF MS 1553/8: Cartão postal com o nome Samuel Beckett impresso no verso, contendo o
manuscrito original da tradução de Samuel Beckett para o francês das linhas de W. B. Yeats
citadas no texto em inglês de “... but the clouds...”. Uma folha.
Eh Joe (1965)
BIF MS 1537/1: Fotocópia do manuscrito original de Eh Joe. Redigido no anverso das folhas de
um notebook contendo acréscimos e correções no verso das mesmas. 10 folhas.
BIF MS 1537/2: Fotocópia de um datiloscrito sem título de Eh Joe contendo acréscimos e
correções feitas manualmente por Samuel Beckett, sem data. 11 folhas.
BIF MS 1537/3: Fotocópia de datiloscrito sem título de Eh Joe, contendo acréscimos e correções
escritas manualmente por Samuel Beckett, sem data. Cinco folhas.
BIF MS 1537/4: Fotocópia de manuscrito sem título de notas e diagramas para Eh Joe contendo
acréscimos e correções feitos por Samuel Beckett, sem data. Duas folhas.
BIF MS 1537/5: Fotocópia de datiloscrito sem título de Eh Joe contendo acréscimos e correções
em relação ao manuscrito feitos por Samuel Beckett, sem data. Três folhas.
BIF MS 1537/6: Fotocópia de datiloscrito em papel carbono com título contendo acréscimos e
correções ao manuscrito de Eh Joe feitos por Samuel Beckett, sem data. Cinco folhas.
BIF MS 1537/7: Fotocópia de datiloscrito com título contendo acréscimos e correções ao
manuscrito de Eh Joe feitos por Samuel Beckett, sem data. Cinco folhas.

17
BIF MS 1537/8: Fotocópia de datiloscrito com título de Eh Joe, contendo acréscimos e correções
ao manuscrito feitos por Samuel Beckett, sem data.
BIF MS 1538/1: Fotocópia do manuscrito original e sem título de Dis Joe, tradução de Samuel
Beckett de Eh Joe para o francês, sem data. Cinco páginas, contendo dois estágios de
composição.
BIF MS 1538/2: Fotocópia de um manuscrito de uma versão corrigida de Dis Joe, tradução de
Samuel Beckett de Eh Joe para o francês. Acréscimos e correções ao lado do verso das folhas.
Oito folhas.
BIF MS 1538/3: Fotocópia de datiloscrito sem título de Dis Joe, contendo acréscimos e
correções ao manuscrito redigidos manualmente por Beckett, sem data. Quatro folhas.
BIF MS 1538/4: Fotocópia de datiloscrito sem título de Dis Joe, contendo acréscimos e
correções ao manuscrito escritas manualmente por Beckett, sem data. Contém direções de palco
redigidas no fólio dois. Cinco folhas.
BIF MS 1538/5: Fotocópia de datiloscrito, contendo acréscimos e correções ao manuscrito
referentes a instruções para encenação de Dis Joe, sem data. Uma folha.
BIF MS 1730: Notebook manuscrito contendo material relativo à produção televisiva de 1979
realizada pela emissora Süddeutscher Rundfunk de He, Joe. Contém material relacionado a Eh
Joe em três folhas. Anotações em alemão e inglês, sendo que as referências remetem ao texto em
alemão.
BIF MS 3626: Fotocópia de He, Joe, tradução de Erika e Elmar Tophoven de Eh Joe para o
alemão. Contém anotações relativas ao manuscrito feitas por Samuel Beckett para o texto em
alemão. O texto ocupa as páginas 42 a 65 do volume de Film/He, Joe editado em alemão pela
Suhrkamp Verlag.
Endgame (1957)
BIF MS 1396/4/5: Notebook de direção contendo notas de Samuel Beckett para a produção de
Endspiel no Schiller-Theater Werkstatt de Berlim, em 1967. 37 folhas.
Film (1963)
BIF MS 1227/7/6/1: Notebook manuscrito para Film. 70 folhas.
BIF MS 1525/1: Fotocópia de um datiloscrito de Film contendo correções manuscritas e
acréscimos ao texto. 12 folhas.
BIF MS 1525/2: Fotocópia de um manuscrito original sem título da tradução de Samuel Beckett
de Film para o francês, com data de janeiro de 1971. 17 folhas.
BIF MS 1525/3: Fotocópia de um datiloscrito sem título da tradução de Samuel Beckett de Film
para o francês, contendo correções manuscritas e data de janeiro de 1971. 11 folhas.

18
BIF MS 1525/4: Fotocópia de datiloscrito contendo pequenas correções feitas por Samuel
Beckett de sua tradução do cenário de Film para o francês. A página de frontispício está marcada
com a letra “D” e intitulada Film (Projet Original 1963). 12 folhas.
BIF MS 1227/7/6/2: Stencil de datiloscrito do cenário da filmagem de Film, intitulado “Project 1,
Evergreen Theatre (USA)”, contendo folha datilografada com comentários do autor. 41 folhas.
Footfalls (1975)
BIF MS 1976: Notebook de direção contendo notas de Samuel Beckett para as produções de
Footfalls e Tritte, no Royal Court Theatre de Londres e no Schiller-Theater Werkstatt de Berlim,
em 1976. 89 folhas.
Ghost trio (1976)
BIF MS 1519/1: Notebook contendo o manuscrito holográfico da peça televisiva Ghost trio. Sem
datação. 60 folhas.
BIF MS 1519/2: Datiloscrito de Ghost trio, ainda intitulado neste estágio de desenvolvimento
como Tryst. Com inúmeros acréscimos e correções em relação ao manuscrito holográfico. Sem
datação. 12 folhas.
BIF MS 1519/3: Datiloscrito em papel carbono não corrigido intitulado “Notes on Tryst” e, em
caneta roller-ball preta, “Trist”. Uma folha.
BIF MS 2829: Prova original de Ghost trio para o Journal of Beckett Studies nº 1 (Winter 1976),
com pequenas correções manuscritas feitas por Samuel Beckett. Sete folhas. Contém uma nota
explicativa do editor, James Knowlson.
BIF MS 2831: Correções manuscritas e acréscimos feitos por Samuel Beckett para um script de
Ghost trio. Sem datação. 10 folhas. Contém nota explicativa de James Knowlson.
BIF MS 2832: Fotocópia de um script de Tryst (Ghost trio) contendo pequenas correções
manuscritas feitas por Samuel Beckett. Sem datação. 12 folhas. Com nota explicativa de James
Knowlson.
BIF MS 2833: Datiloscrito da BBC de Tryst, alterado para Ghost trio em caneta preta por um
anônimo. 18 folhas. Contém nota explicativa de James Knowlson.
Happy days (1961)
BIF MS 1730: Notebook de direção contendo notas de Samuel Beckett para a produção de
Happy days no Royal Court Theatre de Londres, em 1979.
Krapp’s last tape (1958)
BIF MS 1396/4/16: Notebook de direção contendo notas de Samuel Beckett para a produção de
Das letzte Band no Schiller-Theater Werkstatt de Berlim, em 1969.
Mime du rêveur A (1955)

19
BIF MS 1227/7/16/1: Fotocópia do datiloscrito contendo correções manuscritas e as direções de
palco para Mime du rêveur A.
Nacht und Träume (1983)
BIF MS 2465: Fotocópia de um datiloscrito de Nacht und Träume contendo correções
manuscritas e acréscimos. Duas folhas.
Not I (1972)
BIF MS 1227/7/12/1: Manuscrito original sem título de Not I, 20 de março de 1972.
BIF MS 1227/7/12/2-8: Série de datiloscritos corrigidos de Not I.
BIF MS 1227/7/12/9: Fotocópia de um script de ensaio não corrigido de Not I.
BIF MS 1227/7/12/10: Datiloscrito contendo a sinopse de Not I.
BIF MS 1227/7/12/11: Manuscrito contendo indicações das pausas de Not I.
Ohio impromptu (1981)
BIF MS 2259/1: Cópia xerox do manuscrito holográfico original de Ohio impromptu.
BIF MS 2259/2: Cópia xerox do datiloscrito corrigido TS1.
BIF MS 2259/3: Cópia xerox do datiloscrito corrigido TS2.
BIF MS 2259/4: Cópia xerox do datiloscrito utilizado como script da produção original da peça.
Play (1962)
BIF MS 1520/2: Script televisivo de Play.
BIF MS 1976: Notebook de direção contendo notas de Samuel Beckett para a produção de Spiel
no Schiller-Theater Werkstatt de Berlim, em 1976.
Quad (1982)
BIF MS 2198: Manuscrito original sem título de Quad. Sem datação. Três folhas.
BIF MS 2199: Datiloscritos contendo correções manuscritas e acréscimos feitos por Samuel
Beckett, relativos à Quad. Sem datação. Nove folhas, sendo três originais e seis fotocópias.
BIF MS 2100: Notas manuscritas originais acerca da produção televisiva de Quad para a
Süddeutscher Rundfunk, intituladas Quadrat. Datadas como Stuttgart, April 1981. Nove folhas,
retiradas de um caderno de exercícios com papel quadriculado.
BIF MS 2060: Fotocópia de um datiloscrito não corrigido de Quad. Sem datação. Duas folhas.
BIF MS 2861: Fotocópia de um datiloscrito sem título e não corrigido de Quad. Sem datação.
Duas folhas.
That time (1974)
BIF MS 1976: Notebook de direção contendo notas de Samuel Beckett para as produções de That
time e Damals, no Royal Court Theatre de Londres e no Schiller-Theater Werkstatt de Berlim,
em 1976.

20
What where / Was wo (1983)
BIF MS 2603: Manuscrito holográfico original de What where (tradução de Beckett para Quoi
où), contendo pequenas correções feitas por Samuel Beckett em caneta preta. Quatro folhas.
BIF MS 3097/1: Fotocópia do texto publicado de Was wo, tradução de Elmar e Jonas Tophoven
de Quoi où para o alemão. Oito folhas extensamente anotadas à mão por Samuel Beckett.
BIF MS 3097/2: Notebook de direção contendo notas de Samuel Beckett para a produção
televisiva de Was wo, na Süddeutscher Rundfunk de Stuttgart, em 1985.

II- Obras publicadas

BECKETT, Samuel. Disjecta: escritos diversos e um fragmento dramático. Editado por Ruby
Cohn. Trad. Fábio de Souza Andrade. Rio de Janeiro: Editora Globo, 2022.
______. The complete dramatic works. London: Faber and Faber, 1990.
______. The complete short prose. New York: Grove Press, 1995.
______. Como é. Trad. Ana Helena Souza. São Paulo: Iluminuras, 2003.
______. Companhia. Trad. Ana Helena Souza. São Paulo: Globo, 2012.
______. Dias felizes. Trad. Fábio de Souza Andrade. São Paulo: Cosac Naify, 2010.
______. Días felizes. Trad. Jaime Salazar Sampaio. Lisboa: Editorial Estampa, 1973.
______. Eleutheria. Trad. Barbara Wright. London: Faber and Faber, 1996.
______. Esperando Godot. Trad. Flávio Rangel. São Paulo: Abril Cultural, 1976.
______. Esperando Godot. Trad. Fábio de Souza Andrade. São Paulo: Cosac Naify, 2005.
______. Fim de partida. Trad. Fábio de Souza Andrade. São Paulo: Cosac Naify, 2002.
______. Molloy, Malone dies, The unnamable. London: Calder Publications, 1994.
______. Molloy. Trad. Ana Helena Souza. São Paulo: Globo, 2007.
______. Malone morre. Trad. Paulo Leminski. São Paulo: Brasiliense, 1986.
______. Murphy. Trad. Fábio de Souza Andrade. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
______. Nohow on: Company, Ill seen ill said, Worstward ho. New York: Grove Press, 1996.
______. Novelas. Trad. Eloísa Araújo Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
______. O despovoador / Mal visto mal dito. Trad. Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Martins
Fontes, 2008.
______. O inominável. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.
______. Ossos de eco. Trad. Caetano W. Galindo, Rogério W. Galindo. São Paulo: Globo, 2015.
______. Primeiro amor. Trad. Célia Euvaldo. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
______. Proust. Trad. Arthur Nestrovski. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
______. Samuel Beckett inszeniert das “Endspiel”. Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1969.

21
______. Teatro. Trad. A. Nogueira Santos, F. Curado Ribeiro, Rui Guedes da Silva. Lisboa:
Arcádia, s/d.
______. Textos para nada. Trad. Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
______. The expelled and other novellas. London: Penguin Books, 1980.
______. Últimos trabalhos de Samuel Beckett. Trad. Miguel Esteves Cardoso. Lisboa: O
Independente/Assírio & Alvim, 1996.
______. Vozes femininas: Não eu, Passos, Cadência. Trad. Fábio Ferreira. Rio de Janeiro:
Cobogó, 2022.

Bibliografia crítica sobre Samuel Beckett

ABBOTT, H. Porter. Tyranny and theatricality: the example of Samuel Beckett. In: Theatre
Journal. Vol.40, n.1, March 1988, pp. 77-87.
______. Reading as theatre: understanding defamiliarization in Beckett’s art. Modern Drama.
Toronto: University of Tornoto Press, 1991, Vol. 34, n.1, pp. 5-22.
ACKERLEY, Chris. The uncertainty of self: Samuel Beckett and the location of the voice. In:
Samuel Beckett Today / Aujourd’hui. Amsterdam: Editions Rodopi, 2004, Vol. 14, After Beckett /
D’après Beckett, pp. 39-51.
ACKERLEY, C. J.; GONTARSKI, S. E.. The Grove companion to Beckett. New York: Grove
Press, 2004.
ABBOTT, H. Porter. Tyranny and theatricality: the example of Samuel Beckett. In: Theatre
Journal. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, March 1988, Vol. 40, n. 1, pp. 77-87.
ADDYMAN, David; FELDMAN, Matthew; TONNING, Erik (eds.). Samuel Beckett and BBC
radio: a reassessment. New York: Palgrave Macmillan, 2017.
ADORNO, Theodor W.. Trying to understand Endgame. In: CHEVIGNY, Bell Gale. Twentieth
century interpretations of Endgame: a collection of critical essays. New Jersey: Prentice Hall,
1969.
______. Notes on Beckett. In: Journal of Beckett Studies. Translated by Dirk Van Hulle and
Shane Weller. Edinburg: Edinburg University Press, 2010, Vol. 19, n. 2, pp. 157-178.
ALVAREZ, A. Samuel Beckett. New York: Viking Press, 1973.
ANDRADE, Fábio de Souza. Samuel Beckett: o silêncio possível. São Paulo: Ateliê Editorial,
2001.
______. Matando o tempo: o impasse e a espera. In: BECKETT, Samuel. Fim de partida. São
Paulo: Cosac Naify, 2002, pp. 7-31.

22
______. “Sem coragem de terminar nem força de continuar”: as novelas de Samuel Beckett. In:
BECKETT, Samuel. Novelas. São Paulo: Martins Fontes, 2006, pp. VII-XIV.
______. Try again, fail again, fail better. In: BECKETT, Samuel. O despovoador – Mal visto mal
dito. São Paulo: Martins Fontes, 2008, pp. VII-XXVII.
______. A felicidade desidratada. In: BECKETT, Samuel. Dias felizes. São Paulo: Cosac Naify,
2010, pp. 7-24.
______. De nenhum modo adiante: o meromáximo mínimo no último Beckett. In: BECKETT,
Samuel. Companhia e outros textos. São Paulo: Editora Globo, 2012, pp. 7-18.
ASMUS, Walter D. Practical aspects of theatre, radio and television: rehearsal notes for the
German premiere of Beckett’s That time and Footfalls at the Schiller-Theater Werkstatt, Berlin
(directed by Beckett). In: Journal of Beckett Studies. Trad. Helen Watanabe. Summer 1977, n.2.
pp. 82-95.
ASTIER, Pierre; BEJA, Morris; GONTARSKI, S. E. (eds.). Samuel Beckett: humanistic
perspectives. Columbus: Ohio State University Press, 1983.
BACHEM, Walter; FLETCHER, Beryl; FLETCHER, John; SMITH, Barry. A student’s guide to
the plays of Samuel Beckett. London: Faber and Faber, 1978.
BADIOU, Alain. Ser, existência, pensamento: prosa e conceito. In: BADIOU, Alain. Pequeno
manual de inestética. Trad. Marina Appenzeller. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.
BAIR, Deirdre. Samuel Beckett: a biography. New York: Harcourt Brace Jovanovich, 1978.
BELOBORODOVA, Olga. The making of Samuel Beckett’s Play / Comédie and Film. London:
Bloomsbury, 2019.
BEN-ZVI, Linda. The schizmatic self in “A piece of monologue”. In: Journal of Beckett Studies.
Spring 1982, n.7, pp. 7-17.
BERRETINI, Celia. A linguagem de Beckett. São Paulo: Perspectiva, 1977.
______. Samuel Beckett: escritor plural. São Paulo: Perspectiva, 2004.
BIRKENHAUER, Klaus. Samuel Beckett. Trad. Federico Latorre. Madrid: Alianza Editorial,
1976.
BISHOP, Tom; FEDERMAN, Raymond. Cahiers de L’Herne Samuel Beckett. Paris: Editions de
l’Herne, 1976.
BLANCHOT, Maurice. O livro por vir. Trad. Leyla Perrone-Moisés. 2ª ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2013.
BORGES, Gabriela. A poética televisual de Samuel Beckett. São Paulo: Annablume/FAPESP,
2009.
BRATER, Enoch. Noah, “Not I” and Beckett’s “incomprehensibly sublime”. In: Comparative

23
Drama. Kalamazoo: Western Michigan University, Fall 1974, Vol. 8, n. 3, pp. 254-263.
______. Dada, Surrealism and the Genesis of Not I. In: Modern Drama. Toronto: University of
Toronto Press, Spring 1975¹, Volume 18, n. 1, pp. 49-59.
______. The “absurd” actor in the theatre of Samuel Beckett. In: Education Theatre Journal.
Baltimore: The Johns Hopkins University Press, May 1975², Vol. 27, n. 2, pp. 197-207.
______. Brecht’s alienated actor in Beckett’s theater. In: Comparative Drama. Kalamazoo:
Western Michigan University, Fall 1975³, Vol. 9, n. 3, pp. 195-205.
______. Fragment and Beckett’s form in ‘That time’ and ‘Footfalls’. In: Journal of Beckett
Studies. Summer 1977, n.2. pp. 70-81.
______. A footnote to “Footfalls”: footsteps of infinity on Beckett’s narrow space. In:
Comparative Drama. Michigan: Western Michigan University, Spring 1978, Vol. 12, n. 1, pp.
35-41.
______. Toward a poetics of television technology: Beckett’s Nacht und Träume and Quad. In:
Modern Drama. Toronto: University of Toronto Press, Spring 1985, Vol. 28, n. 1, pp. 48-54.
______. Beyond minimalism: Beckett’s late style in the theater. Oxford: Oxford University Press,
1987.
______. Why Beckett. London: Thames and Hudson, 1989.
______. The drama in the text: Beckett’s late fiction. New York/Oxford: Oxford University
Press, 1994.
BRYDEN, Mary; GARFORTH, Julian; MILLS, Peter (eds.). Beckett at Reading: catalogue of
the Beckett manuscript collection at the University of Reading. Reading: Whiteknights Press /
Beckett International Foundation, 1998.
CALDER, John. Three Beckett plays at the Harold Clurman Theatre, New York, 1983. In:
Journal of Beckett Studies. Edinburg: Edinburg University Press, 1989, Special Double Issue, n.
11/12, pp. 219-222.
CARVILLE, Conor. Samuel Beckett and the visual arts. Cambridge: Cambridge University
Press, 2018.
CASANOVA, Pascale. Samuel Beckett: anatomy of a literary revolution. Translated by Gregory
Elliott. London/New York: Verso, 2006.
CAVALCANTI, Isabel. Eu que não estou aí onde estou: o teatro de Samuel Beckett. Rio de
Janeiro: 7 Letras, 2006.
CHABERT, Pierre (ed.). Revue d’Esthétique: Hors série 1990. Paris: Jean-Michel Place, 1990.
CHEVIGNY, Bell Gale. Twentieth century interpretations of Endgame: a collection of critical
essays. New Jersey: Prentice Hall, 1969.

24
COE, Richard N.. Samuel Beckett. New York: Grove Press, 1970.
COHN, Ruby. Samuel Beckett: the comic gamut. New Jersey: Rutgers University Press, 1962.
______. Philosophical fragments in the works of Samuel Beckett. In: Criticism. Detroit: Wayne
State University Press, Winter 1964, Vol. 6, n. 1, pp. 33-43.
______. Back to Beckett. Princeton: Princeton University Press, 1973.
______. Just play: Beckett’s theater. Princeton: Princeton University Press, 1980.
______. A Beckett canon. Ann Arbor: The University of Michigan Press, 2005.
______. A Krapp chronology. In: Modern Drama. Toronto: University of Toronto Press, Winter
2006, Volume 49, n.4, pp. 514-524.
CONNOR, Steven. Samuel Beckett: repetition, theory and text. Oxford: Blackwell, 1988.
______. Beckett, modernism and the material imagination. New York: Cambridge University
Press, 2014.
CRAIG, George; FEHSENFELD, Martha Dow; GUNN, Dan; OVERBECK, Lois More (ed.).
The letters of Samuel Beckett, Vol. I: 1929-1940. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.
______. (ed.). The letters of Samuel Beckett, Vol. IV: 1966-1989. Cambridge: Cambridge
University Press, 2016.
DELEUZE, Gilles. O maior filme irlandês: Film de Beckett. In: Crítica e clínica. Trad. Peter Pál
Pelbart. São Paulo: Editora 34, 1997, pp. 36-39.
______. O esgotado. In: Sobre o teatro. Trad. Ovídio de Abreu e Roberto Machado. São Paulo:
Zahar, 2010, pp. 65-111.
DOHERTHY, Francis. Samuel Beckett. London: Hutchinson University Library, 1971.
ELAM, Keir. Dead heads: damnation-narration in the ‘dramaticules’. In: PILLING, John (ed.).
The Cambridge Companion to Beckett. Cambridge: Cambridge University Press, 1994, pp. 145-
166.
ESSLIN, Martin. Twentieth century interpretations of Samuel Beckett: a collection of critical
essays. New Jersey: Prentice Hall, 1965.
______. O Teatro do absurdo. Trad. Barbara Heliodora. Rio de Janeiro: Zahar, 1968.
______. ‘Godot’, the authorized version (Schiller Theater Company at the Royal Court Theatre).
In: Journal of Beckett Studies. Winter 1976, n.1, pp. 98-100.
FEDERMAN, Raymond; GRAVER, Lawrence (ed.). Samuel Beckett: the critical heritage.
London: Routledge & Kegan Paul, 1979.
FEHSENFELD, Martha. Everything out but the faces: Beckett’s reshaping of What where for
television. In: Modern Drama. Toronto: University of Toronto Press, Summer 1982, Vol. 29, n. 2,
pp. 229-240.

25
FEHSENFELD, Martha; MCMILLAN, Dougald. Beckett in the theatre: the author as a
practical playwright and director. London: John Calder, 1988.
FISCHER-LICHTE, Erika. History of European drama and theatre. Translated by Jo Riley.
London and New York: Routledge, 2002.
FLETCHER, John. Action and play in Beckett’s theater. In: Modern Drama. Toronto: University
of Toronto Press, December 1966, Vol. 9, n. 3, pp. 242-250.
FLETCHER, John; SPURLING, John. Beckett: a study of his plays. London: Eyre Methuen,
1972.
FLETCHER, John; FLETCHER, Beryl; BACHEM, Walter; SMITH, Barry. A student’s guide to
the plays of Samuel Beckett. London: Faber and Faber, 1978.
FROST, Everett C. The sound is enough: Beckett’s radio plays. In: GONTARSKI, S. E. (ed.).
The Edinburgh companion to Samuel Beckett and the arts. Edinburgh: Edinburgh University
Press, 2014, pp. 251-265.
GATTI, Luciano. Samuel Beckett e o minimalismo. In: Viso – cadernos de estética aplicada. Rio
de Janeiro: 2018, n. 23, pp. 210-237.
GONÇALVES, Lívia Bueloni. Em busca de Companhia: o universo da prosa final de Samuel
Beckett. São Paulo: Humanitas/FAPESP, 2018.
GONTARSKI, S. E. Crapp’s first tapes: Beckett’s manuscript revisions of “Krapp’s last tape”.
In: Journal of Modern Literature. Bloomington: Indiana University Press, 1977, vol. 6, n.1,
Samuel Beckett Special Number, pp. 61-68.
______. The intent of undoing in Samuel Beckett’s dramatic texts. Bloomington: Indiana
University Press, 1985.
______ (org.). On Beckett: essays and criticism. New York: Grove Press, 1986.
______ (ed.). The theatrical notebooks of Samuel Beckett vol.4: the shorter plays. London: Faber
and Faber, 1994.
______. The conjuring of something out of nothing: Samuel Beckett’s “closed space” novels. In:
BECKETT, Samuel. Nohow on: Company, Ill seen ill said, Worstward ho. New York: Grove
Press, 1996.
______. Beckett’s Play, in extenso In: Modern Drama. Toronto: University of Toronto Press,
September 1999, Vol. 42, n.3, pp. 442-455.
______. Revisando a si mesmo: o espetáculo como texto no teatro de Samuel Beckett. In: Sala
Preta – revista do PPG em Artes Cênicas ECA-USP. Trad. Robson Corrêa de Camargo e Adriana
Fernandes. São Paulo: ECA-USP, 2008, n. 8, pp. 261-280.

26
______ (ed.). The Edinburgh companion to Samuel Beckett and the arts. Edinburgh: Edinburgh
University Press, 2014.
______. Nos desdobramentos do Teatro Pós-Dramático: Beckett através de Artaud e Deleuze. In:
Questão de Crítica – revista eletrônica de crítica e estudos teatrais. Trad. Juliana Pamplona. Rio
de Janeiro: 2015, vol. VIII, n. 64, pp. 240-264.
______ (ed.). The theatrical notebooks of Samuel Beckett vol.2: Endgame. London: Faber and
Faber, 2019.
GUSSOW, Mel. Stage: Beckett’s “Piece of monologue”. In: The New York Times. New York,
December 19, 1979. Section C, p. 32. Disponível em:
www.nytimes.com/1979/12/19/archives/stage-becketts-a-piece-of-monologue-a-distillation.html
______. Conversations with and about Beckett. New York: Grove Press, 1996.
HALE, Jane. The broken window: Beckett’s dramatic perspective. Indiana: Purdue University
Press, 1987.
HARMON, Maurice (ed.). No author better served: the correspondence between Samuel Beckett
and Alan Schneider. Cambridge: Harvard University Press, 1998.
HAYNES, John; KNOWLSON, James. Images of Beckett. Cambridge: Cambridge University
Press, 2003.
HAYMAN, Ronald. Samuel Beckett. New York: Frederick Ungar Publishing Co., 1973.
HERREN, Graley. Samuel Beckett’s plays on film and television. New York: Palgrave
Macmillan, 2007.
HULLE, Dirk Van. Adorno’s notes on Endgame. In: Journal of Beckett Studies. Edinburg:
Edinburg University Press, 2010, Vol. 19, n. 2, pp. 196-217.
______. (ed.). The new Cambridge companion to Samuel Beckett. New York: Cambridge
University Press, 2015.
______. The making of Samuel Beckett’s Krapp’s last tape / La dernière bande. London:
Bloomsbury, 2015.
HULLE, Dirk Van; NIXON, Mark. Performance and Beckett’s “bare room”. In: Journal of
Beckett Studies. Edinburg: Edinburg University Press, 2014, Vol. 23, n. 1, pp. 10-23.
HULLE, Dirk Van; VERHULST, Pim. The making of Samuel Beckett’s En attendant Godot /
Waiting for Godot. London: Bloomsbury, 2018.
HULLE, Dirk Van; WELLER, Shane. The making of Samuel Beckett’s Fin de partie / Endgame.
London: Bloomsbury, 2018.
ISER, Wolfgang. Samuel Beckett’s dramatic language. In: Modern Drama. Toronto: University
of Toronto Press, December 1966, Vol. 9, n. 3, pp. 251-259.

27
JANVIER, Ludovic. Beckett. Trad. Léo Schlafman. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.
JOHNSON, Nicholas E.; HERON, Jonathan. Experimental Beckett: contemporary performance
practices. Cambridge: Cambridge University Press, 2020.
JÚNIOR, Manoel Moacir Rocha Farias. Beckett: silêncios. São Paulo: Annablume, 2011.
KALB, Jonathan. Beckett in performance. Cambridge: Cambridge University Press, 1991.
KENNER, Hugh. Samuel Beckett: a critical study. Berkeley: University of California Press,
1968.
KNOWLSON, James. Samuel Beckett: an exhibition. London: Turret Books, 1971.
______. Krapp’s Last Tape: the evolution of a play, 1958-1975. In: Journal of Beckett Studies.
Winter 1976, n.1, s-p.
______. Practical aspects of theatre, radio and television – extracts from an unscripted interwiew
with Billie Whitelaw by James Knowlson. In: Journal of Beckett Studies. Summer 1978, n.3, pp.
85-90.
______ (ed.). Theatre workbook 1: Samuel Beckett, Krapp’s last tape. London: Brutus Books
Ltd., 1980.
______ (ed.). Happy days: Samuel Beckett’s production notebook. New York: Grove Press,
1985.
______. Beckett as director: the manuscript production notebooks and critical interpretation. In:
Modern Drama. Toronto: Univerity of Toronto Press, Winter 1987, Vol. 30, n.4, pp. 451-465.
______ (ed.). The theatrical notebooks of Samuel Beckett vol.3: Krapp’s last tape. London:
Faber and Faber, 1992.
______. Damned to fame: the life of Samuel Beckett. New York: Simon & Schuster, 1997.
KNOWLSON, James; PILLING, John. Frescoes of the skull: the later prose and drama of
Samuel Beckett. New York: Grove Press, 1980.
KNOWLSON, James; MCMILLAN, Dougald (eds.). The theatrical notebooks of Samuel Beckett
vol.1: Waiting for Godot. New York: Grove Press, 1993.
KNOWLSON, James; KNOWLSON, Elizabeth (eds.). Beckett remembering, remembering
Beckett. London: Bloomsbury, 2007.
LAWLEY, Paul. Stages of identity: from Krapp’s last tape to Play. In: PILLING, John (ed.). The
Cambridge Companion to Beckett. Cambridge: Cambridge University Press, 1994, pp. 88-105.
LIMA, Luiz Costa. A espera: prelúdio a Samuel Beckett. In: LIMA, Luiz Costa. Melancolia:
literatura. São Paulo: Editora Unesp, 2017.
LITTLE, James. The making of Samuel Beckett’s Not I / Pas moi, That time / Cette fois and
Footfalls / Pas. London: Bloomsbury, 2022.

28
LOCATELLI, Carla. Unwording the world: Samuel Beckett’s prose works after the Nobel Prize.
Filadelfia: University of Pennsylvania Press, 1990.
LYONS, Charles R. Samuel Beckett. London: The MacMillan Press, 1983.
______. Perceiving Rockaby – as a text, as a text by Samuel Beckett, as a text for performance.
In: Comparative Drama. Michigan: Western Michigan University, Winter 1982/83, n.16, pp.
297-311.
LYONS, Charles R.; BECKER, Barbara S. Directing/acting Beckett. In: Comparative Drama.
Michigan: Western Michigan University, Winter 1985/86, n.19, pp. 289-304.
MARFUZ, Luiz. Beckett e a implosão da cena. São Paulo: Perspectiva, 2014.
MAYOUX, Jean-Jacques. Beckett and expressionism. Modern Drama. Toronto: University of
Toronto Press, 1966, Vol. 9, n.3, pp. 238-241.
MCMULLAN, Anna. Theatre on trial: Samuel Beckett’s later drama. London: Routledge, 1993.
______. Beckett as director: the art of mastering failure. In: PILLING, John (ed.). The
Cambridge Companion to Beckett. Cambridge: Cambridge University Press, 1994, pp. 196-208.
______. Beckett’s intermedial ecosystems: closed space environments across the stage, prose
and media works. Cambridge: Cambridge University Press, 2021.
MERCIER, Vivian. Beckett / Beckett. New York: Oxford University Press, 1979.
MORRISON, Kristin. The rip word in A piece of monologue. In: Modern Drama. Toronto:
University of Toronto, 1982, Vol. 25, n. 3, pp. 349-354.
______. Canters and chronicles: the use of narrative in the plays of Samuel Beckett and Harold
Pinter. Chicago and London: The University of Chicago Press, 1986.
NIXON, Mark. Writing “I”: Samuel Beckett’s german diaries. In: Journal of Beckett Studies.
Edinburg: Edinburg University Press, Spring 2004, Vol. 13, n. 2, pp. 10-23.
______. Samuel Beckett’s German diaries (1936-1937). London: Continuum, 2011.
______. Introdução. In: BECKETT, Samuel. Ossos de eco. São Paulo: Editora Globo, 2015, pp.
11-21.
NIXON, Mark; FELDMAN, Mathew. The international reception of Samuel Beckett.
London/New York: Continuum, 2009.
OPPENHEIM, Lois (ed.). Directing Beckett. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1997.
______ (ed.). Palgrave advances in Samuel Beckett studies. London: Palgrave Macmillan, 2004.
PARASKEVA, Anthony. Samuel Beckett and cinema. London: Bloomsbury, 2017.
PILLING, John. Samuel Beckett. London: Routledge & Kegan Paul, 1976.
______. A Samuel Beckett chronology. London: Palgrave Macmillan, 2006.

29
POUNTNEY, Rosemary. Theatre of shadows: Samuel Beckett’s drama 1956-1976. London:
Colin Smythe Limited, 1998.
PRINCE, Eric; WARRILOW, David. I Just play to make the space mine: an interview with
David Warrilow. In: Journal of Beckett Studies. Edinburg: Edinburg University Press, 1992, vol.
1, n.1 and 2, pp. 116-128.
RAMOS, Luiz Fernando. Beckett: de dramaturgo a encenador através das rubricas. In: O parto
de Godot e outras encenações imaginárias. São Paulo: Hucitec / FAPESP, 1999, pp. 53-91.
______. A rubrica como literatura da teatralidade: modelos textuais e poéticas da cena. In: Sala
Preta – revista do PPG em Artes Cênicas ECA-USP. São Paulo: ECA-USP, 2001, n. 1, pp. 9-22.
______. Samuel Beckett: ondas luminosas no ápice do apagamento. In: Mimesis performativa: a
margem de invenção possível. São Paulo: Annablume, 2015, pp. 141-156.
ROBINSON, Michael. The long sonata of the dead: a study of Samuel Beckett. London: Rupter
Hart-Davis, 1970.
SANTOS, Felipe Augusto de Souza. Samuel Beckett: de dramaturgo a encenador. In: Magma.
São Paulo: DTLLC/USP, 2015, v. 22, n. 12, pp. 163-180.
______. Sombras do opus magnum: Samuel Beckett dirige A última gravação de Krapp. In:
Eutomia. Recife: UFPE, 2017, v. 1, n. 20, pp.12-29.
______. Dialogismo, polifonia, cronotopo e grotesco em A última gravação de Krapp: uma
leitura bakhtiniana. In: Bakhtiniana. Revista de estudos do discurso. São Paulo: PUC-SP, 2019,
v. 14, n. 3, pp.74-100.
TUBRIDY, Derval. Sounding spaces: aurality in Samuel Beckett, Janet Cardiff and Bruce
Nauman. In: Performance Research. Falmouth: Routledge Journals, June 2007, Vol. 12, n. 1, pp.
5-11.
______. Samuel Beckett and the language of subjectivity. Cambridge: Cambridge University
Press, 2018.
______. Theatre and installation: perspectives on Beckett. In: Contemporary Theatre Review.
London: Routledge Journals, 2018, Vol. 28, n. 1, pp. 68-81.
UHLMANN, Anthony. Samuel Beckett and the philosophical image. Cambridge: Cambridge
University Press, 2006.
VASCONCELLOS, Cláudia Maria de. Teatro inferno: Samuel Beckett. São Paulo: Terracota,
2012.
______. Samuel Beckett e seus duplos: espelhos, abismos e outras vertigens literárias. São
Paulo: Iluminuras, 2017.

30
WEBB, Eugene. As peças de Samuel Beckett. Trad. Pedro Sette-Câmara. São Paulo: É
Realizações, 2012.
WEST, Sarah. Say it: the performative voice in the dramatic works of Samuel Beckett.
Amsterdam: Rodopi, 2010.
WULF, Catharina (ed.). Samuel Beckett today / aujourd’hui 4 - The savage eye / L’oeil fauve:
new essays on Samuel Beckett’s television plays. Amsterdam: Editions Rodpi, 1995.

Bibliografia geral

ABEL, Lionel. Metateatro. Trad. Barbara Heliodora. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1968.
ALBERRO, Alexander; STIMSON, Blake. Conceptual art: a critical anthology.
Cambridge/London: The MIT Press, 1999.
ARTAUD, Antonin. Textos. Trad. Alejandra Pizarnik, Antonio Lopez Crespo. Buenos Aires:
Aquarius Libros, 1971.
______. El cine. Trad. Antonio Eceiza. Madrid: Alianza Editorial, 1973.
______. Mensajes revolucionarios. Trad. Cristina Vizcaino. Madrid: Editorial Fundamentos,
1973.
______. Para terminar con el juicio de dios y otros poemas. Trad. María Irene Bordaberry,
Adolfo Vargas. Buenos Aires: Ediciones Caldén, 1975.
______. Cartas a Jean-Louis Barrault. Trad. Martha Moia. Buenos Aires: Ediciones Siglo
Veinte, 1975.
______. Cartas desde Rodez I. Trad. Ramón Font. Madrid: Editorial Fundamentos, 1975.
______. Cartas desde Rodez II. Trad. Ramón Font. Madrid: Editorial Fundamentos, 1975.
______. El momo y otros poemas. Trad. Maria Irene Bordaberry, Nora Pasternac. Buenos Aires:
Ediciones Caldén, 1976.
______. Artaud le mômo / Aqui yace precedido por la cultura india. Trad. Ramón Font. Madrid:
Editorial Fundamentos, 1979.
______. Eu, Antonin Artaud. Trad. Aníbal Fernandes. Lisboa: Hiena, 1988.
______. O teatro e seu duplo. Trad. Teixeira Coelho. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
______. Linguagem e vida. Trad. J. Guinsburg, Sílvia Fernandes, Regina Correa Rocha, Maria
Lúcia Pereira. São Paulo: Perspectiva, 1995.
______. Van Gogh: o suicida da sociedade. Trad. Ferreira Gullar. 2ª ed. São Paulo: José
Olympio, 2007.
______. El ombligo de los limbos / El pesa-nervios. Trad. Elvio E. Gandolfo.. Buenos Aires:
Librerías Los Cachorros, 2009.

31
______. A perda de si: cartas de Antonin Artaud. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.
BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoiévski. Trad. Paulo Bezerra. 5ª ed. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2013.
______. Teoria do romance II: as formas do tempo e do cronotopo. Trad. Paulo Bezerra. São
Paulo: Editora 34, 2018.
BARATA, José Oliveira (org.). Estética teatral: antología de textos. Lisboa: Moraes Editores,
1981.
BENETTI, Liliane. Ângulos de uma caminhada lenta: exercícios de contenção, reiteração e
saturação na obra de Bruce Nauman. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Artes Visuais da ECA/USP. São Paulo: 2013.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Trad. Francisco
de Ambrosis Pinheiro Machado. Porto Alegre: Editora Zouk, 2012.
BORIE, Monique; ROUGEMONT, Martine de; SCHERER, Jacques (org.). Estética teatral:
textos de Platão a Brecht. Trad. Helena Barbas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2012.
BRECHT, Bertolt. Teatro dialético. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.
______. Escritos sobre teatro (Tomo 1). Buenos Aires: Nueva Visión, 1973.
______. Escritos sobre teatro (Tomo 2). Buenos Aires: Nueva Visión, 1976.
______. Escritos sobre teatro (Tomo 3). Buenos Aires: Nueva Visión, 1970.
______. Estudos sobre teatro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.
CARLSON, Marvin. Teorias do teatro: estudo histórico-crítico, dos gregos à atualidade. Trad.
Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo: Editora UNESP, 1997.
______. Teatro pós-dramático, e performance pós-dramática. In: Revista brasileira de estudos da
presença. Trad. Luiz Lendengues. Porto Alegre: UFRGS, set./dez. 2015, v. 5, n. 3, pp. 577-595.
______. Performance: uma introdução crítica. Trad. Thais Flores Nogueira Diniz e Maria
Antonieta Pereira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
CINTRA, Wagner. A dramaturgia da imagem no teatro de Tadeusz Kantor. In: Rebento – revista
de artes do espetáculo. São Paulo: UNESP, 2010, n. 2, pp. 88-98.
______. No limiar do desconhecido: reflexões acerca do objeto no teatro de Tadeusz Kantor. São
Paulo: UNESP, 2012.
COHN, Ruby. Artaud’s “Jet de sang”: parody or cruelty? In: Theatre Journal. Baltimore: The
Johns Hopkins University Press, October 1979, Vol. 31, n. 3, pp. 312-318.
GRAIG, Edward Gordon. Da arte do teatro. Trad. Redondo Júnior. Lisboa: Editora Arcádia, s/d.
DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. Trad. Eloisa de Araújo Ribeiro. São Paulo: Brasiliense,
1990.

32
DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. Trad. Maria Beatriz Marques Nizza da Silva. 2ª
ed. São Paulo: Perspectiva, 1995.
ESSLIN, Martin. Artaud. Trad. James Amado. São Paulo: Cultrix, 1978.
FERAL, Josette; BERMINGHAM, Ronald P. Theatricality: the specificity of theatrical
language. In: SubStance. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2002, Issue 98/99, v.
31, n. 2 & 3, pp. 94-108.
FERNANDES, Ricardo Muniz. Máquina Tadeusz Kantor. São Paulo: SESC, 2015.
GOLDBERG, Rose Lee. A arte da performance: do futurismo ao presente. Trad. Jefferson Luiz
Camargo. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2015.
GROTOWSKI, Jerzy. Em busca de um teatro pobre. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1971.
HORMIGÓN, Juan Antonio (org.). Investigaciones sobre el espacio escenico. Trad. Augustín
García Tirado, Juan Antonio Hormigón, Rosa Vicente. Madrid: Alberto Corazon Editor, 1970.
JÚNIOR, Redondo. Panorama do teatro moderno. Lisboa: Arcádia, 1958.
KANTOR, Tadeusz. Wielopole, Wielopole: an exercise in theatre. London/New York: Marion
Boyars, 1990.
______. A journey through other spaces: essays and manifestos, 1944-1990. Berkeley:
University of California Press, 1993.
______. O teatro da morte. São Paulo: Perspectiva, 2008.
KANTOR, Tadeusz; KOBIALKA, Michal. Let the artists die? An interview with Tadeusz
Kantor. In: The drama review. Cambridge: The MIT Press, Autumn 1986, Vol. 30, n. 3, pp. 177-
183.
KRAUSS, Rosalind. LeWitt in progress. In: October. Cambridge: The MIT Press, Autumn 1978,
Vol. 6, pp. 46-60.
LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. Trad. Pedro Sussekind. 2ª ed. São Paulo: Cosac
Naify, 2011.
______. Teatro pós-dramático, doze anos depois. In: Revista brasileira de estudos da presença.
Trad. Martin Heuser. Porto Alegre: UFRGS, set./dez. 2013, v. 3, n. 3, pp. 859-878.
MARZONA, Daniel. Minimal art. Köln: Taschen, 2004.
MÈREDIEU, Florence de. Eis Antonin Artaud. Trad. Isa Kopelman. São Paulo: Perspectiva,
2011.
PAVIS, Patrice. A análise dos espetáculos. Trad. Sérgio Sálvia Coelho. São Paulo: Perspectiva,
2005.

33
______. A encenação contemporânea: origens, tendências, perspectivas. Trad. Nanci Fernandes.
São Paulo: Perspectiva, 2013.
______. Dicionário de teatro. Trad. Eudynir Fraga, J. Guinsburg, Maria Lúcia Pereira, Nanci
Fernandes, Rachel Araújo de Baptista Fuser. 3ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2015.
______. Dicionário da performance e do teatro contemporâneo. São Paulo: Perspectiva, 2017.
ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Trad. Yan Michalski. 2ª ed. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
SARRAZAC, Jean-Pierre; MAGNAT, Virginie. The invention of “theatricality”: rereading
Bernard Dort and Roland Barthes. In: SubStance. Baltimore: The Johns Hopkins University
Press, 2002, Issue 98/99, v. 31, n. 2 & 3, pp. 57-72.
SARRAZAC, Jean-Pierre (org.). Léxico do drama moderno e contemporâneo. Trad. André
Telles. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
______. Poética do drama moderno. São Paulo: Perspectiva, 2017.
SCHECHNER, Richard. Performance theory. London: Routledge, 1988.
SOUZA, Ana Helena. A tradução como um outro original. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006.
STANISLAVSKI, Constantin S. El trabajo del actor sobre sí mismo: el trabajo sobre sí mismo
en el proceso creador de las vivencias. Trad. Salomón Merener. Buenos Aires: Editorial Quetzal,
1980.
______. El trabajo del actor sobre sí mismo: el trabajo sobre sí mismo en el proceso creador de
la encarnación. Trad. Salomón Merener. Buenos Aires: Editorial Quetzal, 1997.
______. El trabajo del actor sobre su papel. Trad. Salomón Merener. Buenos Aires: Editorial
Quetzal, 1977.
______. Manual do ator. Trad. Jefferson Luiz Camargo. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
STRICKLAND, Edward. Minimalism: origins. Bloomington: Indiana University Press, 2000.
SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno [1880-1950]. Trad. Luiz Sérgio Rêpa. São Paulo:
Cosac Naify, 2001.
______. Teoria do drama burguês [século XVIII]. Trad. Luiz Sérgio Rêpa. São Paulo: Cosac
Naify, 2004.
WILLIAMS, Raymond. Tragédia moderna. Trad. Betina Bischof. São Paulo: Cosac Naify,
2002.
______. Drama em cena. Trad. Rogério Bettoni. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

34

Você também pode gostar