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M

DO
ESTADO DE ALAGOAS

AR
PODER JUDICIÁRIO
JUIZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACEIÓ - AL

DU
AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS
PROCESSO N° 0000000-00.2000.8.00

-E
REQUERENTE: JOSÉ JÃO DE JESUS
REUQERIDO: CONSTRUTORA CONSTRUÇÕES LTDA

01
04
03
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LAUDO PERICIAL

06
1. - INTERESSADO:
-1

JUIZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍOVEL DA COMARCA DE MACEIÓ - ALAGOAS


JO
AU

2. - OBJETO DA PERÍCIA:
AR

PERÍCIA TÉCNICA EM UM IMÓVEL SITUADO NA RUA CAMPOS TEIXEIRA, Nº


1082, BAIRRO PONTA DA TERRA, EM MACEIÓ/AL.
S

3. – REQUETENTE: JOSÉ JÃO DE JESUS


VE

4. - REUQERIDO: CONSTRUTORA CONSTRUÇÕES LTDA


AL

5. - PROCESSO:
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AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS - N° 0000000-00.2000.8.00


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Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho – CREA 567/D-AL Fone: (82) 2123-0866 / 3338-7384 / 9973-5973
Rua Gerson Lopes, Cond. Bosque das Bromélias, Qd B, Lote 4 - serraria – Maceió – AL. jacksoncabral57@gmail.com
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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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JACKSON CABRAL DE SANTANA, Engenheiro Civil registrado no CREA sob o nº
567-D/AL, Perito Oficial nomeado por esse juízo na AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR

DU
PERDAS E DANOS - N° 0000000-00.2000.8.00, referente aos problemas
existentes (fissuras e problemas hidro sanitários) em um imóvel residencial do

-E
Sr. JOSÉ JÃO DE JESUS (autor da ação), nesse Estado, vem tempestivamente
apresentar seu laudo como segue.

01
04
O presente trabalho foi originado com base nas Normas Técnicas da ABNT, na
observação de dados contidos nos autos do processo, dados fornecidos pelos

03
peritos assistentes técnicos das partes, e observações visuais feitas em visita

89
“in loco” ao imóvel objeto da perícia pelo perito autor deste laudo e de perito
auxiliar contratado pelo mesmo para ajudar nas conclusões deste documento.
06
-1
2- CONSIDERAÇÕES GERAIS
JO

2.1 - Da data da vistoria:


AU

Este perito procedeu vistoria ao local da edificação objeto deste processo, em


AR

companhia de outro engenheiro convidado por este perito, no dia 27 de


setembro de 2000 no período da manhã. Acompanhou a vistoria o Assistente
Técnico Eng. Civil José Gilson Aparecido, indicado pelo autor da ação.
S
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Obs.: O Perito signatário deste laudo comunicou por telefone (através de sua
secretária) aos advogados das partes, cujos números de telefones estavam
AL

grafados nos documentos acostados aos autos do processo, para que


informassem aos assistentes técnicos sobre a data e horário da vistoria a ser
S

realizado pelo perito. Tal comunicação deu-se no dia 25 de setembro de 2000.


H EU

2.2 - Procedimentos metodológicos:


AT

2.2.1 - Verificação in loco


M

2.2.1.1- Por ocasião da vistoria realizada por este perito e engenheiro


O

convidado pelo mesmo, verificamos que o imóvel objeto da lide do processo


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apresentava diversas rachaduras (ver relatório fotográfico neste laudo), nas


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alvenarias de diversos cômodos da casa, tanto na parte interna dos cômodos
como na parte externa;

AR
2.2.1.2 - O piso de entrada da área descoberta lateral direita (visto de dentro
da casa) da edificação encontrava-se sem o revestimento cerâmico existente

DU
nas fotografias integrantes dos laudos anteriores acostados ao processo;

-E
2.2.1.3 - Parte superior e lateral da cisterna apresentava rachaduras e sinais de
serviços (reforma) aparentemente recentes;

01
04
2.2.1.4 - Alvenarias das paredes internas e externas do cômodo nos fundos da
edificação (dependência de empregada) apresentava fissuras e trincas;

03
89
2.2.1.5 - As instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias encontravam-se
danificadas e sem funcionamento;

2.2.1.6 - A laje de teto do cômodo onde se apoiava o reservatório superior


06
-1
(caixa d'água) encontrava-se com sinais de infiltração.
JO

2.2.2 - Análise de Laudos acostados ao processo - Verificamos não haver


AU

divergência nos laudos sobre a existência das patologias que deram origem à
ação do processo em epígrafe, havendo nos mesmos, porém, total divergência
AR

sobre a(s) origem(ns) das patologias.

2.3 - Observações técnicas


S
VE

2.3.1 - A capacidade de carga e a deformabilidade dos solos não são


AL

constantes, sendo função dos seguintes fatores mais importantes:

- tipo e estado do solo (areias nos vários estados de compacidade ou argila nos
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vários estados de constância);


H

- disposição do lençol freático


AT

- intensidade de carga, tipo de fundação (direta ou profunda) e cota de apoio


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da fundação;
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- dimensões e formato da placa (placas quadradas, retangulares, circulares)


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- interferências de fundações vizinhas

2.3.2 - Um Projeto estrutural compreende o estudo, a associação de seus

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elementos, inclusive com a preparação do solo, para suportar os vários e
diferentes esforços a que estarão submetidos, como: lajes, vigas, pilares,

DU
blocos, sapatas, blocos sobre estacas, tirantes e demais elementos.

-E
Na elaboração do projeto estrutural o projetista da superestrutura deve tomar
conhecimento dos prováveis recalques que as fundações poderão apresentar,

01
para que possa considerá-los como esforços que deverão ser absorvidos pelas

04
diversas peças estruturais.

03
Na prática, o projeto estrutural é elaborado de acordo com os ensinamentos da

89
Estática das Construções, da Resistência dos Materiais, aliados aos conceitos da
Mecânica dos Solos relativos ao tipo de solo local, além da perfeita avaliação
dos esforços externos que solicitam as estruturas bem como a definição do tipo
de fundação a ser utilizada.
06
-1

O solo é um complexo de partículas sólidas, de ar e de água. Ao ser submetido


JO

por um carregamento, através de uma fundação, sofre deformações de acordo


AU

e proporcional aos esforços aplicados.


AR

Daí a necessidade de se analisar os recalques diferenciais a serem


desenvolvidos. Para tanto, existem regras básicas, práticas e até empíricas,
para se determinar e/ou calcular os possíveis Recalques Diferenciais.
S
VE

Tais procedimentos acima citados, foram citados em documentos acostados ao


AL

processo, porém de difícil apuração quando à sua aplicabilidade e eficiência na


data da vistoria, uma vez que os ambiente já se encontravam totalmente
descaracterizados, por motivos diversos e contraditórios, cujos mesmos não
S
EU

são objeto da perícia.


H

2.4 - Observações de ordem legal


AT

2.4.1 - A classificação das anomalias pelos fatores de origem


M

Um dos caminhos para facilitar a apuração da responsabilidade pelas falhas,


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isto é, a aplicação da lei às situações existentes, passa por uma das


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classificações feitas pela Engenharia, qual seja, a das anomalias pelos seus
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fatores de origem. Segundo essa classificação, os fatores de origem ou
anomalias podem ser: endógenos, exógenos e naturais. Gomide acrescenta
uma quarta e importante categoria, de fatores funcionais. Sintetizando, temos:

AR
- Anomalias geradas por fatores endógenos, ou internos, que são aqueles

DU
relacionados à própria construção, incluindo-se os projetos, serviços e
materiais;

-E
- Anomalias geradas por fatores exógenos, que estão relacionados a fatos

01
externos à própria edificação, sendo produzidos por terceiros;

04
- Anomalias causadas por fatores naturais, assim entendidos aqueles derivados

03
da natureza, como abalos sísmicos, inundações, vendavais e outros;

89
- Anomalias causadas por fatores funcionais que são aqueles decorrentes da
falta ou inadequada conservação e manutenção da construção. 06
-1
2.4.2 - Vícios e defeitos conforme o CC e CDC
JO

Vício (do latim vitium) é um defeito grave que torna uma pessoa ou coisa
AU

inadequada para certos fins ou funções; é qualquer deformação física ou


funcional. Defeito (do latim defectum) é imperfeição, deficiência, deformidade,
AR

vício, enguiço. As palavras têm praticamente o mesmo significado no


dicionário, observando-se que o defeito é um vício, enquanto o vício não é
definido como um defeito.
S
VE

Nos dicionários jurídicos, as palavras vício e defeito são utilizadas em sentido


AL

equivalente, vício representando defeito e defeito representando vício.

O art. 784, parágrafo único, do Código Civil, conceitua o vício intrínseco como
S
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sendo defeito próprio da coisa, que se não encontra normalmente em outras


da mesma espécie.
H
AT

Os vícios ocultos podem ser classificados em simples e redibitórios.


M

Vícios ocultos simples são aqueles que apresentam apenas essa característica
(de serem ocultos), sem, contudo, terem gravidade tal que tornem a coisa
O

imprópria ao uso a que é destinada ou lhe diminuam o valor. São deficiências


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reparáveis, sem comprometimento posterior ao uso ou valor do imóvel.


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Vícios ocultos redibitórios são aqueles previstos no art. 441 do Código Civil, que
tornam a coisa imprópria ao uso a que é destinada ou lhe diminuem o valor.

AR
As informações acima (retiradas da bibliografia existente) foram usadas neste
laudo apenas para ajudar a esclarecer as conclusões do perito neste

DU
documento, bem como nas respostas dos quesitos formuladas pelas partes da
lide.

-E
01
3- CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS

04
No documento acostado ao processo às fls. 02 a 12, o autor da ação, alega que

03
o imóvel veio a sofrer várias fissuras e trincas em diversas alvenarias,

89
rompimento de cisterna e problemas nos sistemas de abastecimento de água e
de coleta de esgotos, problemas estes causados pela construção de uma
edificação vizinha, obra esta realizada pelo requerido. 06
-1
Em Laudo produzido pelo Eng. Civil José Geraldo de Araújo (fls. 20 a 41 do
processo), contratado pelo Requerente, procura-se demonstrar através de
JO

teorias, gráficos demonstrativos e fotografias, que as prováveis causas das


AU

anomalias encontradas na edificação objeto deste laudo, seriam decorrentes


das obras de escavação feitas no início das obras da construção da edificação
AR

vizinha feita pelo requerido.

No documento acostado ao processo às fls. 57 a 67, o requerido alega que as


S

anomalias encontradas no imóvel objeto da ação (e deste Laudo) foram


VE

produzidas em datas anteriores ao início das obras da edificação vizinha


AL

construída pelo mesmo, e embasa as suas afirmações em Laudos Técnicos


produzidos pela PPR Laudos Ltda. (fls. 87 a 88) e JCL Geotécnica Ltda. (fls. 115 a
140).
S
EU

Este perito vistoriou o imóvel (conforme já informado acima), verificou a


H

existência das fissuras e trincas, (ver anexo fotográfico deste laudo) além da
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total inoperância das instalações hidráulicas e sanitárias, e após análise dos


documentos acostados ao processo e as observações feitas visualmente "in
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loco" durante vistoria, vem oferecer as suas conclusões, como segue.


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4 - CONCLUSÕES

4.1 - No que se pode aduzir das provas acostadas ao processo e da

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observação visual feita pelo perito e seu engenheiro auxiliar (Eng. Civil Nilson
Santos Ferreira), verifica-se que a edificação objeto deste Laudo (prédio

DU
residencial à Rua Campos Teixeira, nº 1.082), apresentava as anomalias
citadas no documento inicial (acostado ao processo) apresentado pelo

-E
requerente;

01
4.2 - As anomalias encontradas na edificação não chegavam a causar riscos

04
críticos - impacto irrecuperável (riscos contra a saúde, segurança ao usuário e
ao meio ambiente), porém necessitavam de intervenção imediata para

03
possibilitar a sua completa habitabilidade;

89
4.3 - A edificação encontrava-se desabitada (quando da vistoria efetuada por
este perito) e em total processo de degradação, com todas as instalações
elétricas, hidráulicas e sanitárias danificadas, além de ausência de
06
-1
equipamentos (pias, torneiras, vasos sanitários, tomadas, interruptores etc.);
JO

4.4 - Devido ao lapso temporal existente entre o início do processo que


AU

objetivou o presente Laudo Técnico e a data da vistoria feita pelo perito


signatário do mesmo, além da total descaracterização das provas pelo estado
AR

de depredação da edificação do requerente e a quase conclusão da edificação


do requerido, fica este perito impossibilitado de determinar com precisão (sob
pena de apresentar leviandade e "achismo"), conclusões quanto as reais
S

causas das anomalias observadas no imóvel do requerente.


VE
AL

5 - RESPOSTAS AOS QUESITOS


S

5.1 – QUESITOS FORMULADOS PELO REQUERENTE


EU

1º Quesito: Em observância à ocorrência dos fatos físicos na referida unidade


H

residencial, observamos que a mesma apresenta fissuras verticais com maior


AT

dilatação na extremidade superior dos elementos construtivos. Que fenômeno pode


levar a este tipo de ocorrência?
M

Resposta - O fenômeno das ocorrências citadas, de um modo geral, caracteriza


O

motivos de recalques de aterro sem compactação.


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2º Quesito: Analisando os anexos fotográficos da data em que ocorreram os

DO
primeiros problemas observa-se um sentido longitudinal das fissuras e abertura de
fendas tanto na edificação quanto no terreno. O que pode ter ocasionado tal

AR
ocorrência com essas características e somente para o lado esquerdo do imóvel?
Lado este do prédio recém construído.

DU
Resposta - A tendência do recalque para a esquerda do imóvel, mostra que o
carreamento do solo sob a edificação ocorreu naquele sentido do terreno sem

-E
compactação.

3º Quesito: Imaginando um fenômeno de recalque no terreno onde se encontra a

01
residência afetada pelos danos, ou seja, um afundamento do solo, como se
comportariam as fissuras nas áreas superiores?

04
Resposta - Num caso de afundamento por recalque diferencial, as fissuras podem

03
se posicionar conforme os apoios das fundações, ora oblíquas ora verticais.

89
4º Quesito: Houve um levantamento técnico feito pela Construtora nas edificações
vizinhas, avaliando as condições físicas (estruturais) e de conservação dos imóveis
vizinhos ao terreno em que se edificaria seu prédio? 06
-1
Resposta - Não há nos autos do processo nenhum documento que indique ou
ateste o levantamento citado na pergunta.
JO

5º Quesito: Houve um comunicado de início de obras no terreno aos vizinhos do


AU

mesmo? (Prática da política de boa vizinhança).

Resposta - O teor dos autos não mostra a priori, comunicação do início das obras
AR

no terreno aos vizinhos.


S

6º Quesito: Havendo no imóvel uma ruptura do sistema coletor de esgoto


juntamente com as paredes do reservatório inferior da residência, ambos próximos,
VE

apresentando a reserva de água desse reservatório apresentar cheiro de matéria


orgânica decomposta, possibilidade de contaminação desta reserva por vazamento
AL

desse efluente?

Resposta - O fato citado da ocorrência de ruptura de esgoto, juntamente com a


S

cisterna ou reservatório inferior da residência, demonstra plena contaminação de


EU

todo o volume das águas do reservatório semienterrado.


H

7º Quesito: Levando em consideração o fator de habitabilidade de uma residência


AT

que tem seu sistema coletor de efluentes orgânicos, como também seu sistema de
abastecimento d'água completamente avariados, qual a possibilidade de se fazer
habitar uma residência nesse estado?
M
O

Resposta - O imóvel residencial caracterizado por uma situação de contaminação


do seu sistema de abastecimento de água, não tem possibilidade de habitabilidade.
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8º Quesito: Admitir habitação em um imóvel que não dispõe de água potável, posto

DO
que seus reservatórios hora são contaminados, hora não fazem reserva de fluido
pois estão rompidos (que é o caso do reservatório superior), assim como sem coleta

AR
de esgoto, não é ferir o código de edificações e condições mínimas sanitárias?

Resposta - O caso correspondente também, de contaminação dos sistemas de

DU
água dos reservatórios, é ferir o Código de Edificações e não admitir habitabilidade
para o imóvel.

-E
9º Quesito: Qual a data do início da obra? Qual a data da apresentação dos
problemas?

01
Resposta - De acordo com os autos, às fls. 03; as obras começaram no segundo

04
semestre do ano de 2.009, entre os meses de setembro e outubro. Nesse período
foram iniciadas as escavações para a construção do Edifício Soho, quando em

03
janeiro de 2.010, começaram a surgir os primeiros problemas reclamados.

89
10º Quesito: Constam anexos fotográficos apontando que as escavações só
começaram após a implantação da cortina de contenção?

Resposta - Especificamente, como na pergunta, não. Apenas o teor do “Parecer


06
-1
Técnico” às folhas de nº 116 a 119 dos autos, de autoria do Engenheiro Civil José
Abílio Mendes, mostra uma sequência de motivos com seus registros fotográficos
JO

numerados sem especificar a cronologia das escavações.


AU

11º Quesito: Há meios probatórios onde podemos ter a ordem cronológica das
execuções da obra, enquanto a mesma saia do nível de terreno a vir atingir o nível
de subsolo?
AR

Resposta - As verificações através dos autos, não tiveram o alcance dessa


S

cronologia comprobatória dos níveis das execuções do subsolo.


VE
AL

5.2 – RESPOSTAS AOS QUESITOS DA REQUERIDA

1º Quesito: É possível escavar uma profundidade de 1,60m, em solo puramente


S

arenoso, escavação esta colada ao muro com fundação de não mais de 40cm de
EU

profundidade, sem que esse muro desabe?


H

Resposta - Considerando a condição de ser um solo, puramente arenoso, escavado


AT

com 1,60m de profundidade, dependerá de qual extensão se escave, para essa


possibilidade de desabamento, pois se a escavação não for contínua e sim, efetuada
em pequenos intervalos, a possibilidade haverá.
M

2º Quesito: Um terreno que teve aterro não apiloado, o que acontece com ele diante
O

das chuvas e/ou especialmente em todo período chuvoso?


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Resposta - Todo e qualquer terreno de aterro não apiloado (frouxo), submetido a

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chuvas, e/ou a todo período chuvoso, sofrerá adensamento que o levará a recalques
de aterros.

AR
3º Quesito: Uma residência apoiada em terreno arenoso não compactado, o que
acontece com ela diante de tráfego nas suas proximidades, de veículos pesados

DU
como caminhões de gás, caçambas que provocam sérias vibrações? Ela não irá
sofrer sérios recalques e consequentes rachaduras?

-E
Resposta - Qualquer edificação (construção) sobre terreno sem compactação,
poderá sofrer recalques diferenciais através de vibrações das cargas sobre os

01
aterros, consequentemente, terá sérios problemas estruturais.

04
4º Quesito: Uma rachadura recente pode ter vegetal e lodo?

03
Resposta - Sim, caso o local seja manuseado indevidamente, ou com o propósito de
fabricar tal evidência.

89
6 – FINALIZAÇÃO:
06
-1
Embasado na vistoria realizada, bem como nas informações colhidas nos
documentos acostados aos autos do processo e na opinião de outro colega
JO

engenheiro que auxiliou este perito, e considerando o tipo da ação do presente


processo, consideramos como atingido o objeto da perícia (embora
AU

prejudicado pelo tempo decorrido do início do processo até a data da perícia)


com as respostas aos quesitos, conforme explicitado acima.
AR
S

Este Laudo contém 23 (vinte e três) folhas numeradas e rubricadas incluindo os


VE

anexos.
AL

Maceió, 02 de outubro de 2013.


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JACKSON CABRAL DE SANTANA


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CREA 567/D-AL
PERITO JUDICIAL
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FOTOS
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FOTO 01
Fachada parcial da edificação
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FOTO 02
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Parede e laje da entrada da edificação apresentando trincas


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FOTO 03
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Parede e laje da entrada da edificação apresentando trincas


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PISO CERÂMICO

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RETIRADO

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FOTO 04
Área citada nos laudos anteriores como apresentando recalque
S

e rachadas no piso, encontrada sem as evidências citadas.


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FOTO 05
Parte superior do reservatório inferior (cisterna) com rachaduras
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Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho – CREA 567/D-AL Fone: (82) 2123-0866 / 3338-7384 / 9973-5973
Rua Gerson Lopes, Cond. Bosque das Bromélias, Qd B, Lote 4 - serraria – Maceió – AL. jacksoncabral57@gmail.com
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FOTO 06
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Parte superior do reservatório inferior (cisterna) com rachaduras


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FOTO 07
Parede de entrada (dep. de empregada) mostrando rachaduras
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Parede interna (dep. de empregada) mostrando rachaduras
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Instalações hidro sanitárias danificadas e sem equipamentos.
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Laje de teto sob a caixa d'água apresentando sinais de infiltração.
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ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART


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