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COMER DE 3 EM 3 HORAS: 5 MITOS QUE A INDÚSTRIA DE

ALIMENTOS NÃO QUER QUE VOCÊ DESCUBRA (O #3 É O PIOR


DELES)

Comer de 3 em 3 horas é uma daquelas lendas urbanas que, de tanto repetirem,


acabou se tornando uma verdade absoluta.

Inclusive, boa parte dos nutricionistas recomendam essa prática, também


influenciados pelo senso comum (mas não só por ele).

A maioria das pessoas alega que comer de 3 em 3 horas acelera o metabolismo,


diminui a compulsão alimentar, mantém a glicemia baixa, evita a perda de massa
magra, entre outras bobagens.

Sim, são bobagens, pois não há comprovação científica sobre nenhum desses
fatos (pelo contrário!) e é justamente isso que vamos analisar detalhadamente neste
artigo, de forma totalmente didática e acessível.

É algo que faço questão de expor, pois por um bom tempo eu também acreditei na
mentira de que era preciso comer de 3 em 3 horas.

Resultado?

Eu nunca tive compulsão por comida, mas desde que comecei a cronometrar a hora de
comer, foi isso que me tornei: compulsiva.

Eu preparava todas as 258 refeições do dia, saía de casa com a bolsa pesada de tanto
potinho, estava sempre com fome, sempre contando no relógio a hora de comer.

As refeições eram tão fracionadas, que eu me lembro de ter um lanche com 2


castanhas e 1 damasco. Sério, isso é MUITA maldade. Isso não é vida!

E olha que estou falando de comer bons alimentos (porém, sem o nutriente-chave, do
qual falarei no artigo).

Agora você imagina quem come barrinha de cereal, biscoito nesfit e suco del vale?
Infelizmente, essa é a realidade da maioria que quer ser saudável.

E é exatamente por isso que as pessoas acham que fazer dieta é TÃO difícil!

Realmente, do jeito que a mídia e boa parte dos profissionais de saúde pregam, fazer
dieta é realmente muito difícil.

Na verdade, é impossível fazer isso por muito tempo sem algum tipo de prejuízo, seja
físico ou mental.

Então, neste artigo, você vai finalmente entender:

O que a ciência realmente diz sobre cada um dos supostos 5 benefícios de se


comer a cada 3 horas;
Por que, apesar da falta de evidências e comprovações científicas, a dieta das 3
horas continua sendo difundida como verdade absoluta;
Em quais casos comer de 3 em 3 horas pode ser uma boa opção (mas não
necessariamente uma obrigação!).
O que você pode comer para ter mais saciedade, perder peso e ganhar massa
magra (caso seja seu objetivo).

Fuja de uma vida medíocre, cuja sua maior preocupação é ficar pensando em comida
o tempo todo.

Leia o artigo e decida de forma inteligente o que é melhor para você. Liberte-se!

Mito #1: Comer de 3 em 3 horas acelera o metabolismo

O que diz o senso comum

Um dos maiores mitos sobre comer de 3 em 3 horas é que essa prática acelera o
metabolismo.

Com o metabolismo acelerado, você queima mais calorias e, portanto, é mais fácil
emagrecer e se manter magro.

A origem desse mito é correta: de fato, toda vez que você se alimenta, o efeito
térmico do alimento faz com que seu metabolismo fique mais acelerado por algum
tempo.

O raciocínio então foi o seguinte: se eu fracionar as refeições e comer com uma


frequência maior, meu metabolismo irá se manter constantemente acelerado.
Consequentemente, gasta-se mais calorias e então é mais fácil manter a boa forma.

Perfeito, né?

Não! Pois esse raciocínio ignora uma questão fundamental, como veremos a seguir.

O que diz a Ciência

A aceleração metabólica que acontece depois de comer é proporcional à quantidade


de calorias e nutrientes ingeridos.

Ou seja, a elevação metabólica depende do quanto você come, e também do que


você come.

Uma refeição pequena gera um aumento ínfimo no metabolismo, praticamente


insignificante para resultados desejados.

Ou seja, ingerir 3000 kcal em 3 refeições por dia ou em 6 refeições por dia não
mudaria em nada sua taxa metabólica. Isso, claro, se a alimentação for a mesma.

Veja o gráfico a seguir para entender como funciona:

E se por um lado não existem estudos que provem que comer com frequência maior
aumenta o metabolismo, por outro, existem inúmeras pesquisas provando que não há
vantagens em fazer mais ou menos refeições ao longo do dia em termos de gasto
calórico.

Ainda em 1997, foi feita uma ampla revisão de estudos sobre o tema.

Os investigadores analisaram dezenas de pesquisas e compararam o efeito térmico


dos alimentos em uma grande variedade de hábitos alimentares: de 1 a 17 refeições
por dia.

A constatação foi de que não há diferença metabólica entre comer 1 ou várias


refeições diariamente, quando a ingestão calórica e nutricional é a mesma.

Desde então, nenhum outro estudo provou o contrário.

Há também esse estudo, no qual homens e mulheres foram submetidos a jejum em


dias alternados.

Fizeram assim: um dia de alimentação normal e o outro dia de jejum, por 22 dias
consecutivos.

De acordo com o senso comum e também com a maioria dos nutricionistas, o


metabolismo ficaria muito mais lento ao fazer jejum e ainda mais lento nos dias de
jejum especificamente (quando comparado aos dias de dieta normal).

Mas não foi o que aconteceu: a taxa metabólica em repouso não mudou do início ao
fim do estudo, ou de dias alimentados para dias em jejum. Sequer a temperatura
corporal dos participantes mudou.

Entenda: não estamos falando de pular uma refeição, estamos falando de ficar 24
horas em jejum.

E você aí comendo barrinha de cereal sem estar com fome só para “acelerar o
metabolismo”… ?

Enfim, se você come de 3 em 3 horas apenas para manter o metabolismo acelerado, já


pode parar, pois não há a menor necessidade.

Veja outros estudos que comprovam este fato aqui, aqui e aqui. Neste último, o
metabolismo basal dos participantes aumentou, mesmo depois de um jejum de 3
dias.

Isso mesmo: após fazerem jejum de 12, 36 e 72h, a taxa metabólica dos participante
aumentou!

» Leia também: O mito do gasto calórico: você realmente precisa fazer exercícios
para emagrecer? (e se manter magra)

Mito #2: Comer de 3 em 3 horas controla os níveis de glicose no sangue

O que diz o senso comum

Uma das péssimas justificativas para se comer de 3 em 3 horas é que, seguindo esta
prática, conseguimos manter altos os níveis de energia e evitamos a hipoglicemia.

Provavelmente você também acredita que, se ficar sem comer por algumas horas, vai
se sentir fraca, cansada e sem disposição.

Mas não é bem assim… Exceto em pessoas com grau elevado de resistência à
insulina.

Deixando mais claro: o senso comum costuma comparar nosso corpo a um automóvel
e alega que, assim como o carro precisa de combustível, nós também precisamos da
energia dos alimentos para realizar as atividades do dia a dia.

Ok, devemos dar energia ao corpo. Mas você abastece o carro de 3 em 3 horas? Você
coloca gasolina em um tanque que está cheio? Claro que não.

Uma pessoa de 70kg consegue armazenar cerca de 1900 calorias de carboidratos,


todo o restante se transforma em gordura.

Se você faz uma refeição e, mesmo sem ter gasto esta energia, come novamente após
3 horas, e depois, e depois, você está acumulando essas calorias em forma de
gordura.

Um indivíduo tem, em média, 82.582 calorias para serem gastas em gordura.


Então, acredite, não são 3 horas sem comer que vão deixar você sem energia.

O problema, como veremos a seguir, está justamente naquilo que se come, não em
quando.

O que diz a Ciência

Pense por um minuto: qual é a base da pirâmide alimentar? O que recomendam que a
gente coma em maior quantidade?

Isso mesmo, carboidratos.

E as pessoas, por sua vez, obedecem a essa recomendação. Na verdade, obedecem


muito, obedecem com força! Hoje em dia, podemos dizer que vivemos numa
carbolândia.

E sabe o que acontece toda vez que você come um carboidrato?

Ele se transforma em açúcar no seu corpo. A diferença é a velocidade com que isso
acontece. Carboidratos de alto índice glicêmico se transformam em açúcar mais
rapidamente.

Falo detalhadamente sobre índice glicêmico e carga glicêmica neste artigo.

O pior é que os carboidratos mais consumidos pelas pessoas e que estão presentes na
maioria dos produtos industrializados – mesmo em versões light, fit e integral – são
o trigo e o açúcar.

Ambos são carboidratos de péssima de qualidade, pois além do índice glicêmico


elevado, são altamente viciantes, como explico neste artigo e também neste aqui.

Pão (mesmo integral), torradas, biscoitos, bolos, massas, barrinhas de cereal,


chocolate ao leite, danones, suco de frutas, doces de forma geral…
Tudo isso é carboidrato e leva trigo e/ou açúcar em sua composição. E, não por acaso,
são as principais opções de lanches das pessoas.

Esse é o Diagrama Da Fogueira Do Emagrecimento, elaborado pelo Rodrigo Polesso do Emagrecer de Vez. Ele
conseguiu explicar de forma muito didática por que e como nós engordamos. Veja a explicação completa aqui.

Quando você ingere algum desses alimentos, que têm alto índice glicêmico, sua
glicemia aumenta. Ou seja, seus níveis de glicose (açúcar) no sangue sobem
rapidamente.

O pâncreas então secreta insulina, hormônio responsável por transportar a glicose


para dentro das células e reduzir os níveis de açúcar no sangue.

Essa redução dos níveis de açúcar se dá com a mesma velocidade na qual ele foi
absorvido.

No caso desses alimentos de alto índice glicêmico, isso acontece rapidamente e há


uma queda brusca da glicemia.

Resultado?

Isso causa o efeito rebote e gera um estímulo para o cérebro, que responde com
a sensação de fome.
Assim, pouco tempo depois de comer esses alimentos ricos em carboidratos, seu
cérebro acredita que você já está com fome.

O resultado é que você se sente sem energia e sem disposição, só tem vontade de
ficar sentada ou até deitada. E, claro, faminta!

Isso não é porque você está sem comer há muito tempo, mas sim pela qualidade ruim
do que comeu na refeição anterior.

Um exemplo claro disso é: muitas vezes, acordamos sem fome nenhuma, aí basta
comer uma fatia de pão ou uma torradinha, mesmo integrais, e pouco tempo depois
estamos com muita fome!

Justamente porque o trigo aumenta os níveis de glicose, gera um pico de insulina e,


em seguida, o rebote (que é momento em que sentimos fome).

Portanto, esqueça essa ideia de que comer de 3 em 3 horas controla sua glicemia. O
que acontece é justamente o contrário!

E quando você deixa de consumir alimentos ricos em açúcar e trigo e passa a


consumir os alimentos corretos, fica saciada e nutrida por muito mais tempo, então
naturalmente não precisa comer de 3 em 3 horas.

Não é mágica, é bioquímica. E já já eu vou falar sobre esses alimentos. Agora vamos ao
terceiro mito.

Mito #3: Comer de 3 em 3 horas ajuda a controlar a fome


O que diz o senso comum

De acordo com o senso comum e até com (muitos) nutricionistas, fazer pequenas
refeições ao longo do dia ajuda a controlar a fome e mantém você saciada.

Segundo eles, quando você fica muito tempo sem comer, a chance de exagerar em
uma das refeições principais é muito maior.

Além disso, ficar algumas horas sem comer – ainda de acordo com o senso comum –
faz com que você tenha mais vontade de comer doces e outras comidas nada
saudáveis.

Portanto, comer de 3 em 3 horas seria a solução perfeita para resolver este problema.

Mais uma vez, a solução encontrada pelos “especialistas” está no quando, não no que
comer.

Como você viu, ingerir carboidratos – que ironicamente estão na base da pirâmide
nutricional – faz com que os níveis de glicose no sangue se elevem.

A insulina então é liberada e é justamente este hormônio que bloqueia seu cérebro de
receber o sinal de saciedade.

Portanto, não é comendo a cada 3 horas que você controla o apetite, mas sim
comendo alimentos que não aumentem drasticamente os níveis de insulina.

Além disso, existe o fator psicológico do problema e, para mim, esse é mais grave,
pois vai além da fisiologia.

É um verdadeiro pecado pedir para alguém que quer emagrecer, muitas vezes uma
pessoa que sofre de compulsão alimentar, ficar controlando incessantemente e
justamente… a hora de comer.

E o pior é que a própria ciência comprova que um número menor de refeições por
dia, com alimentos adequados, é mais eficiente no controle do apetite. Vejamos o
que os estudos dizem.

O que diz a Ciência

Neste estudo, realizado em 2010, três refeições ricas em proteínas foram mais
eficientes em controlar a fome e causar saciedade do que seis refeições com a mesma
composição.

Este estudo de 2011, conduzido pela Universidade de Missouri, também chegou a uma
conclusão parecida, citando apenas o aumento da ingestão proteica como fator real de
controle de apetite e saciedade.

Se o objetivo da pessoa é emagrecer ou se manter no peso, uma alimentação rica em


proteínas e gorduras boas é muito mais indicada para isso.

Primeiro porque as proteínas, e principalmente as gorduras (esse é o nutriente-


chave), proporcionam saciedade por muito mais tempo.

Segundo que, como não causam picos de glicose no sangue, os níveis de insulina
ficam sob controle, o que favorece a queima de gordura corporal.

Terceiro e mais importante: lanches cheios de trigo e açúcar agem como um opióide
no cérebro, pois têm efeito viciante similar à cocaína.

Isso desregula a produção e o bom funcionamento de hormônios como a leptina, que


controla o apetite, tornando as pessoas mais suscetíveis a comer mais.
Portanto, a principal questão é: numa dieta rica em carboidratos, as pessoas de
fato sentem fome o tempo todo.

Então, a única alternativa encontrada pelos nutricionistas foi recomendar refeições


minúsculas a cada 3 horas, na tentativa de “controlar” a fome.

Não é uma orientação que partiu da ciência, não existe comprovação para isso.

É “necessário” comer de 3 em 3 horas justamente por estarmos indo contra os fatos,


contra a nossa própria natureza e contra a evolução.

Por quase toda a história da humanidade, a dieta alimentar era constituída


de aproximadamente 60-70% gorduras, 20% proteínas, 10-20% carboidratos.

Ou seja: nossa pirâmide atual está invertida!

A prova de que o que viemos fazendo ao longo das últimas décadas está errado, está
nos números, nas estatísticas sempre crescentes de doenças e obesidade.

Sentir fome o tempo todo, ter extrema dificuldade de emagrecer (e se manter no peso)
e ter que contar calorias é a triste e implacável consequência de estarmos indo
contra a nossa natureza.

» Leia também: 8 Trocas Inteligentes para comer de forma saudável e gostosa

Mito #4: Comer de 3 em 3 horas diminui o armazenamento de gordura


O que diz o senso comum

Este mito tem a mesma origem do mito #2 e o erro está novamente em não entender
(ou ignorar) os processos metabólicos do corpo.

Segundo o senso comum, comer de 3 em 3 horas evita que o corpo desencadeie o


mecanismo de sobrevivência, o que provocaria o armazenamento de gordura.

Ou seja, comer o tempo todo, de acordo com os “especialistas”, faz com que o
organismo utilize toda a energia dos alimentos ingeridos, ao invés de estocar.

Acontece que, como dito cima, nós só armazenamos cerca de 1900 calorias de
carboidratos, enquanto temos mais ou menos 82.500 calorias para serem gastas em
forma de gordura!

Qual deveria ser a fonte principal, então?

Deveria ser a gordura. O problema é que o carboidrato se transforma rapidamente em


açúcar, portanto, é uma energia extremamente fácil de ser assimilada pelo corpo.

Se a cada 3 horas você se entope de carboidratos, por que seu corpo se daria ao
trabalho de usar as reservas de gordura?

(Sim, ele sempre vai optar pelo mais cômodo. Isso sim é mecanismo de sobrevivência)

Neste esquema nutricional, de fato não há outra alternativa que não seja contar cada
ínfima caloria que você come e torcer para que a conta bata no final.

Mas existem outras possibilidades, e são nelas que eu acredito para o longo prazo.

O que diz a Ciência

Já falamos muito sobre a insulina (hormônio) aqui e uma de suas funções é armazenar
gordura e bloquear a sua queima.

Mais do que isso: a insulina regula o metabolismo de carboidratos e gorduras.

Ao promover a absorção do açúcar que estava no sangue pelos músculos e pelo tecido
adiposo, a insulina faz com que a gordura seja estocada ao invés de usada como
energia.

É exatamente por isso que são os carboidratos – em especial refinados – os maiores


responsáveis pelo acúmulo de gordura corporal, e não a gordura em si!

Parece uma associação óbvia: se eu comer gordura, vou engordar.

Mas é a glicose (açúcar) o principal estímulo para liberação de insulina. E todo


carboidrato que você consume, ao ser digerido, é transformado em glicose.

Leia tudo sobre Gorduras Saturadas, Sobrepeso e Doenças Cardíacas aqui. (e se


tudo que você sabe não passasse de uma grande e gorda mentira? ?)

E pior: quando uma pessoa ingere muitos carboidratos, especialmente de alto índice
glicêmico, o organismo passa a ter uma resistência à insulina, já que o corpo começa
a produzir este hormônio em excesso.

Essa resistência pode desencadear doenças como obesidade e diabetes, além de


favorecer ao envelhecimento precoce, diminuição da eficiência da imunidade corporal
e desgaste do pâncreas.

Isso não quer dizer, porém, que você deva parar de comer carboidratos, mas sim que
você deve dar preferência a proteínas e gorduras naturais dos alimentos.
E quando comer carboidratos, além de escolher horários estratégicos, optar por
aqueles que tenham baixo índice glicêmico, como tubérculos (aipim, inhame, batata
doce) e legumes.

Quantos às frutas, prefira as menos doces, caso seu objetivo seja emagrecer.

Apesar de terem frutose, as frutas também possuem uma quantidade considerável de


água, fibras e outros micronutrientes, portanto, só é prejudicial consumi-las em
excesso.

Para você ter certeza dos efeitos da insulina do corpo, veja o resultado chocante deste
estudo, realizado com quase 1300 adultos portadores de diabetes tipo I (ou seja, o
corpo deles não produz insulina, logo, eles precisam injetá-la).

Divididos em 2 grupos, o primeiro grupo recebeu somente as doses mínimas


necessárias de insulina e o segundo grupo recebeu doses maiores de insulina.

Ao longo de 9 anos, mediu-se o ganho de peso de cada grupo e veja o que se


observou:

O gráfico mostra que 6 vezes mais pessoas engordaram consideravelmente no


primeiro grupo em comparação ao segundo. Quanto mais insulina injetada, mais ganho
de peso.

Mito #5: Comer de 3 em 3 horas é essencial para não perder massa


magra (músculos)

O que diz o senso comum

Quando você fica muito tempo sem se alimentar, o corpo passa a usar massa magra
(músculos) como fonte de energia.

De fato, ninguém quer que isso aconteça, pois os músculos são metabolicamente
ativos.

Isso significa que quanto mais músculos você tiver, maior será seu gasto calórico
diário, mesmo quando estiver dormindo.

É exatamente por isso que a musculação emagrece mais que o aeróbico tradicional e
ainda ajuda você a se manter magra, como eu explico melhor neste artigo.
Então, tomados pelo pânico de perder a preciosa massa magra, os marombeiros
também entraram na dieta das 3 horas, pois isso evitaria o catabolismo muscular.

Acontece que há um enorme exagero nisso tudo: a gluconeogênese – processo no


qual o corpo usa músculos como forma de energia – só acontece se você ficar sem
comer por períodos prolongados de tempo.

E, como veremos a seguir, 3 horas definitivamente não são um período prolongado!

O que diz a Ciência

De acordo com alguns estudos, a janela de tempo considerada como um período


prolongado é da ordem de 16 a 28 horas.

Detalhe: isso apenas se o glicogênio muscular já tiver sido completamente esgotado


no treino.

Sendo assim, para que seu corpo começasse a usar uma quantidade considerável de
massa magra como energia, você teria que ficar de 16 a 28 horas em jejum após o
treino.

Com 16 horas, os músculos seriam 50% da energia usada pelo corpo. Com 28 horas
sem comer, esse percentual passa para 100%.

Ou seja, estamos falando de 1 dia e 4 horas sem comer, em condições específicas


(após um treino de musculação), e não de ficar apenas 3 ou 4 horas sem comer!

Agora, atenção: isso não quer dizer que você deva fazer uma dieta com restrição de
calorias, só quer dizer que não precisa fracionar a ingestão diária de calorias em 6, 7
ou 8 refeições e achar que precisa comer o tempo todo para não catabolizar.

Alguns estudos têm sugerido justamente o contrário: fazer menos refeições ao dia
pode ser mais interessante para a melhora da composição corporal. Ou seja, para
perda de gordura como para ganhar (ou manter) massa magra.

Em um estudo de 2007, publicado na American Jornal of Clinical Nutrition, indivíduos


adultos saudáveis, de peso normal, foram divididos em dois grupos.

No primeiro, as pessoas faziam 23 horas de jejum, consumindo apenas uma refeição


por dia.
No segundo, os indivíduos consumiam o mesmo número de calorias que o primeiro
grupo, porém, em 3 refeições ao dia.

A experiência teve duração de 8 semanas e o resultado é no mínimo surpreendente:

Os indivíduos que seguiram a dieta com apenas uma refeição ao dia perderam quase
2% de peso e quase 12% de gordura corporal em comparação aos indivíduos do grupo
que consumiu 3 refeições ao dia.

Leia novamente: os indivíduos que fizeram apenas uma refeição ao dia tiveram
redução de 12% no percentual de gordura consumindo a mesma quantidade de
calorias.

Importante: esses mesmos participantes tiveram um ganho de massa muscular de


1,6%!

Mais uma vez isso tem a ver com o hormônio insulina, pois nada deixa a insulina tão
baixa quanto ficar em jejum.

Quando os níveis de insulina estão baixos, além do corpo usar as reservas de gordura
como fonte de energia, hormônios anabólicos como gH e testosterona desempenham
suas funções de maneira mais eficiente, favorecendo o ganho de massa magra.

Muito em breve, eu vou falar detalhadamente sobre o jejum intermitente aqui no blog
e por que eu, que sempre tive medo de ficar algumas horinhas sem comer, aderi a
essa prática memorável para a saúde.

Mais uma vez: não é passar fome! É comer com menos frequência – e não em menor
quantidade – os alimentos corretos, e então usufruir dos níveis baixos de insulina no
sangue.

Obs.: esta abordagem é para adultos saudáveis. Não é indicada para pessoas
pessoas em uso de algumas medicações, especialmente para diabéticos em
tratamento medicamentoso ou em uso de insulina. Nestes casos, deve ser feito com
acompanhamento médico, para poder ajustar a medicação.

» Atualizado: Leia o artigo sobre Jejum Intermitente!

Os interesses por trás desses mitos: quem ganha com essa mentira?

Talvez você esteja se perguntando: Por que, diante de tantas comprovações científicas
e não-científicas, comer de 3 e 3 horas continua sendo uma recomendação universal?

Por que a dieta das 3 horas é difundida como uma verdadeira lei da alimentação
saudável, seja para emagrecer ou ganhar massa magra?

Bom, os motivos não chegam a ser uma grande surpresa.

Como é de se esperar, há uma enorme influência – e financiamento – da indústria


alimentícia, bem como uma boa dose de medidas frouxas do governo (ou ausência
delas), um incentivo mal intencionado da mídia e também um pouco (ou seria muito?)
de ego e orgulho por parte dos profissionais de saúde.

Afinal, quem gostaria de descobrir que quase tudo que se aprendeu na faculdade está
errado ou, no mínimo, ultrapassado?

#1: Indústria de alimentos e suplementos

Imagine que prejuízo enorme as indústrias de alimentos e suplementos teriam se as


pessoas comessem apenas 3 vezes ao dia? Se comessem apenas uma vez por dia?

E mais: imagina se elas comessem apenas comida de verdade nessas refeições?


Nada de barrinhas, torradinhas, biscoitinho integral, shakes emagrecedores ou outro
“snack saudável”.

São essas empresas que moldam o comportamento das pessoas para o consumo de
grãos, como trigo e soja, e também açúcar.

Produtos que contenham esses ingredientes são abundantes nos supermercados,


lojas de conveniência e em lojas de suplementos.

Aliás, já reparou como a cada momento surge um novo suplemento que deve ser
tomado em determinado momento do dia, caso contrário você nunca obterá os
resultados desejados? ?
Fora as famosas barrinhas de proteína altamente processadas, que normalmente
são ricas em açúcar, leite em pó desnatado, soja, amendoim, glúten e grãos.

Ou seja, você “tem” que comer de 3 em 3 horas porque tem quem venda comida.

Simplesmente não há incentivo comercial em dizer às pessoas que jejum intermitente


é benéfico, que comer menos vezes ao dia é benéfico, e que grãos, na verdade, não
são tão benéficos assim. (especialmente quando consumidos em excesso e sem uma
preparação adequada)

E não se engane: quando o assunto é nutrição, celebridades e subcelebridades de


forma geral são tão desinformadas quanto à população.

A diferença é que são muito mais preocupadas com a aparência e possuem recursos
que as pessoas comuns não possuem. (obviamente existem exceções, mas são raras)

E como eu já falei: é possível fazer uma dieta restritiva, contando calorias e colocando
o alarme para tocar de 3 em 3 horas, mas não é sustentável, não faz bem para mente
e, em algum momento, o corpo cobra pelo fato de estarmos indo contra a nossa
natureza.

» Leia também: Efeito Sanfona: Por que contar calorias não funciona e o que fazer a
respeito

#2: Mídia

Beleza vende? Autoestima elevada vende?


Claro que não, o que vende é a insegurança com o próprio corpo, a desvalorização
do que é natural e a eterna busca por uma perfeição que não existe.

Por isso, não é de se espantar que a maior parte das informações que você encontra
em revistas de grande circulação, na TV e outros meios de comunicação tenham
justamente esse próposito: vender.

E para isso, a mídia e a publicidade precisam usar meias verdades, passando para
você informações de coisas que parecem funcionar em curto prazo (afinal, sempre
tem uma celebridade para mostrar isso), mas que destroem sua beleza, sua
autoestima e a sua saúde em médio e longo prazos.

Às vezes nem demora muito, pra dizer a verdade.

Pense bem: quantas pessoas emagreceram definitivamente seguindo


recomendações de revistas, contando calorias e criando uma relação de ódio
e/ou compulsão com a comida?

Existe muita informação hoje em dia, mas você precisa ser crítica com o que lê e ouve,
porque normalmente a mídia está bem atrasada quando o assunto é fitness,
alimentação saudável e bem-estar.

Além disso, para eles, a questão principal é dinheiro. Para você, é saúde.

Sempre que vir alguma recomendação, alguma dieta milagrosa, pergunte-se:

Por que isso funciona?


Como isso funciona?
Às custas de que isso funciona?
É algo para o longo prazo ou daqui a um mês eu estarei pior que hoje?

Importante: quando você quiser saber se alguma regra ou recomendação é uma


verdade absoluta ou apenas mais uma mentira que se repetiu tantas vezes até se
tornar verdade, pesquise por “palavra-chave + mito” no Google.

Exemplo: “comer de 3 em 3 horas + mito”

Assim, mesmo que você não acredite na outra versão, vai saber que existe uma outra
realidade que nem sempre querem que a gente saiba.

Cultive o hábito de questionar, pare de aceitar tudo que impõem a você, seja na
alimentação ou em qualquer outro âmbito da vida.

#3: Governo
Se você nunca assistiu, recomendo que assista ao documentário “Fed Up”, que aborda
a questão do consumo exagerado de açúcar e junkfood e a consequente epidemia da
obesidade mundial, incluindo a obesidade infantil.

No filme, além de desmascarar alguns mitos sobre alimentação, a produtora Katie


Couric deixou claro que a gula e o sedentarismo não são os únicos culpados pelos
altos índices de obesidade, diabetes, hipertensão e diversos outros que não param de
crescer.

De acordo com as informações veiculadas em Fed Up, o ganho de peso também é um


resultado natural de políticas públicas covardes (além da indústria de alimentos), que
se aproveita da alta palatabilidade de produtos cheios de açúcar, sal e gorduras trans e
interesterificada.

Além disso, como já foi assinalado recentemente em um artigo publicado no Health


Impact News, o contribuinte está financiando a invasão do agronegócio sobre a nossa
alimentação e as diretrizes nutricionais do USDA (órgão regulador americano dos
setores de alimentação e agricultura) favorecem as culturas altamente subsidiadas de
trigo, soja e milho.

O que naturalmente afeta países da América Latina, como o Brasil.

No momento, as forças políticas são muito influentes nos EUA para permitir que
qualquer aconselhamento dietético corte os lucros corporativos e sua produção de
alimentos baratos para dominar o abastecimento mundial de alimentos.
Portanto, pare de confiar sua saúde ao governo, pois ele é conivente com o
interesse das indústrias de alimentos, agrícola, farmacêutica e etc.

#4: Ego e Orgulho por parte do profissionais de saúde

A parte mais triste da vida atual é que a ciência cria conhecimento mais rápido do
que a sociedade cria sabedoria.”

Estudar para tirar boas notas na faculdade é diferente de estudar para se tornar um
bom profissional, que impacta positivamente a vida das pessoas.

Não é possível que um bom nutricionista não fique assustado com a ínfima quantidade
de pessoas que conseguem se manter em um plano alimentar por muito tempo.

Será que é só falta de força de vontade?!

Será que uma alimentação equilibrada deve ter 60% de um único macronutriente,
justamente aquele que aumenta os níveis de insulina e dificulta o emagrecimento?

Será que uma alimentação saudável é algo tão inatingível assim?

Todo profissional deve continuar estudando depois que termina a faculdade, mas os
profissionais da saúde têm um compromisso muito maior.
Isso porque o modelo de ensino é obsoleto, ultrapassado e está estritamente ligado a
uma indústria cruel, que visa única e exclusivamente o lucro.

A ciência não para de evoluir, e precisamos usar isso a nosso favor, ao invés de deixar
que o ego e o orgulho façam a gente ignorar os fatos.

Eu até percebo que alguns nutricionistas estão mudando suas recomendações, mas
de maneira muito sutil. Sempre tentando mostrar que o que se aprendeu não está,
afinal, tão errado assim.

Por outro lado, aqueles que mudaram radicalmente sua forma de encarar a
alimentação são os que mais estão tendo resultados, como a Lara Nesteruk.

Pra mim, ela é uma das maiores referências em nutrição do país atualmente. E, além
dela, toda semana tenho indicado um profissional atualizado e competente nas redes
sociais do Guia da Boa Forma.

Afinal, conseguir um diploma não é difícil.

Difícil é se atualizar constantemente, libertar-se de crenças limitantes, ajudar


verdadeiramente as pessoas, trabalhar para realizar sonhos em vez de somente para
pagar contas no final do mês, não se abater com as críticas, inconforma-se com a
mediocridade… Isso é muito difícil! Poucos conseguem.

Exceções: quando comer de 3 em 3 horas pode ser uma boa estratégia


Existem algumas estratégias alimentares, como refeed, carb up, jejum, carb load,
cetose e aumento da frequência das refeições.

Então, por exemplo, se a pessoa quer ganhar músculos, comer de 3 em 3 horas


pode ser uma estratégia nutricional usada, sim.

Mas não porque 3 horas é um número mágico, e sim porque a pessoa provavelmente
não conseguiria ingerir a quantidade de nutrientes e calorias necessários para
desenvolver os músculos, caso comesse apenas quando sentisse fome.

Portanto, nós não temos que comer de 3 em 3 horas, isso não deveria ser ensinado
como regra, pois estratégias nutricionais não funcionam para todos de forma
unânime.

Esta recomendação normalmente é usada por atletas profissionais e por quem quer
ganhar massa magra, mas tem certa dificuldade.

Porém, uma coisa é certa: em nenhum caso a recomendação é se entupir de açúcar


e trigo (farináceos), mesmo integral, a cada refeição. Isso não é bom para ninguém!

Em todos os outros casos, obedeça seu corpo


Nosso corpo é tão sábio. Se você precisa ir ao banheiro, ele sinaliza com a vontade de
fazer xixi. Se você precisa dormir, ele sinaliza com sono. Se você precisa comer, ele
simplesmente sinaliza com… Fome!

O corpo tem total capacidade de sinalizar cada uma dessas necessidades e esperar
que essas sinalizações aconteçam não é errado. Ou você fica no banheiro esperando
ter vontade de fazer xixi?!

Portanto, se você deseja emagrecer, manter-se no peso e/ou ter uma alimentação
saudável, pare de complicar: coma quando sentir fome, e até a sua saciedade.

Apenas não confunda fome com vontade de comer.

O que você precisa compreender é que O QUE comemos é infinitamente mais


importante do que QUANDO comemos.

E, nesse caso, a frequência e a quantidade acabam sendo reguladas pelos


mecanismos do corpo, que passa a ficar nutrido e saciado.

O que comer, então?


Se você tem uma alimentação rica em carboidratos, deve estar pensando: “se eu
comer sempre que sentir fome, vou comer o tempo todo!”

Mas isso acontece, como você viu, porque seu corpo enfrenta constantes picos de
insulina e, naturalmente, você trava uma luta incessante contra a fome.

Agora, quando sua alimentação é composta de comida de verdade, com mais


gorduras naturais e proteínas do que carboidratos, você naturalmente come muito
menos vezes ao dia, simplesmente porque se mantém saciada por mais tempo.

A proteína e especialmente a gordura são responsáveis pela saciedade, e não por


acaso os 8 alimentos que não podem faltar na sua rotina estão repletos desses
macronutrientes.

Exemplo: Quando você come um pratão de massa com molho de tomate no almoço,
fica com sono e, logo depois, já está com fome.

Por outro lado, quando você come um pedaço generoso de carne (especialmente se
for com gordura!) e legumes na manteiga, fica satisfeita por horas.

Neste tipo de alimentação, você evita picos de insulina e passa a escolher com
consciência o que vai comer, e não mais por impulso.

Porém, esteja preparada para os (auto)sabotadores…


» Leia também: Afinal, o que é comida de verdade? O conceito que a maioria de nós
esqueceu (+ lista de alimentos saudáveis)

O que pode acontecer no começo

É impressionante como nossa dependência psicológica por comida é muito mais


intensa e decisiva que a dependência fisiológica.

Quando você se acostuma a comer de 3 em 3 horas, seu corpo passa a ter fome
(psicológica) de 3 em 3 horas. Isso é um reflexo condicionado.

Porém, fome de verdade, fome genuína, é algo que provavelmente nem eu nem você
experimentamos de verdade.

A Lara, que eu citei acima, define fome assim:

“A fome é física. A barriga ronca, dói, há sensação forte de vazio, e principalmente,


não passa com apenas um lanchinho, ou seja, se você quer comer apenas ‘uma
coisinha’ isso provavelmente NÃO É FOME!”.

Portanto, quando sentir fome, espere alguns minutos, distraia-se com alguma coisa.
Se a sensação persistir, é fome. Se passar, provavelmente era só vontade de comer.

Além disso, outros fatores podem influenciar na regulação do apetite, como sua sua
rotina de exercícios, sua dieta habitual e até a sua genética.

Existe uma relação direta entre sua frequência habitual de comer e a produção de
hormônios como a grelina.
Basicamente, a implicação disso é que a sua glicemia acompanha os horários em que
está acostumada a comer – e também por isso, você tem fome nos horários de
costume.

Se você sempre almoça às 13h, é provável que 12h40 seu corpo sinalize com “fome”,
mesmo que fisiologicamente você não esteja com tanta fome assim.

Porém, ao introduzir os alimentos corretos na alimentação, você vai conseguir


distinguir fome de vontade de comer.

E o melhor: vai ver como é libertador comer apenas quando realmente está com fome,
ao invés de pensar em comida o dia inteiro. Sinceramente, você merece mais que isso.
?

Concluindo…

Coma para viver, não viva para comer.”

Meu principal objetivo com esse artigo não é dizer a você quantas vezes por dia você
deve se alimentar, já tem gente demais fazendo isso.

Você é quem deve definir isso, de acordo com o que melhor se encaixa na sua rotina e
nos seus objetivos.

Porém, uma alimentação que se baseia em carboidratos, além de favorecer o acúmulo


de gordura, nos torna reféns da comida, pois a fome é uma constante em nossas
vidas.

Apenas os herbívoros precisam comer o tempo todo, devido à baixa densidade


calórica de sua alimentação.

Comer a cada 3 horas não é uma recomendação da ciência, é uma infeliz


consequência por estarmos indo contra a nossa natureza.

Nossos ancestrais não comiam 3 refeições todos os dias. Muito menos faziam
lanches. E tampouco comiam a cada 3 horas, como sugerem nossas diretrizes
nutricionais.

E foi assim que evoluímos como espécie: tendo que ser mais fortes e mais ativos
justamente quando estamos com fome.

Do contrário, não haveria mais humanos para contar história, nem inventar regras
malucas sobre alimentação.

Eu sei que este artigo pode ser um verdadeiro choque para alguns, mas minha
sugestão é: faça a digestão dessas informações, veja se elas fazem algum sentido
para você e, principalmente, saia da sua zona de conforto toda vez que visitar esse
site.
Semana que vem, o tema é quase uma continuação deste artigo.

Vamos derrubar mais um mito: Por que tudo que nos ensinaram sobre o que comer no
café da manhã está errado?

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Fontes:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9155494
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20339363
http://ajcn.nutrition.org/content/81/1/69.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14742853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8172872
http://www.lowcarb-paleo.com.br/2014/06/comer-de-33-horas-ma-ideia.html
http://www.rafabarleze.com/#!Quantas-refei%E7%F5es-devo-fazer-por-
dia/c15k4/552062cb0cf21d84af7a373e
http://primalbrasil.com.br/jejum-intermitente-vs-restricao-calorica/

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página Alimentação.

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