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Para começar a falar sobre a nova versão da ITIL, é necessário entender qual é o modelo
sobre o qual foi construído o novo framework. Para quem ainda não teve contato, na
imagem temos o SVS (Sistema de Valor de Serviços) – uma estrutura holística para
governança e gerenciamento de produtos e serviços que criam valor de forma conjunta. É a
organização dos Componentes que habilitam a co-criação de valor. Independentemente da
estratégia adotada pela organização, esses componentes podem ser integrados e
coordenados conforme a necessidade do negócio, a fim de transformar as
oportunidades/demandas em Valor. Lembrando que valor pode ser gerado para qualquer
parte do ecossistema (não só para o cliente)!
● Guiding Principles: recomendações que norteiam de forma atemporal como a
organização deve trabalhar (independentemente da estratégia ou liderança). Os
Guiding Principles propostos pela ITIL são diretos e objetivos, é uma ótima ideia
adotá-los para começar a disseminar uma cultura mais ágil e focada no valor
● Governance: a maneira a organização é controlada e direcionada
● SVC (System Value Chain): é um conjunto interconectado de atividades que habilita
a co-criação de valor – esse é mais profundo e muito interessante, merece ser
detalhado em outro momento.
● Practice: as Práticas entram no lugar dos Processos da antiga ITIL, mas são bem
mais abrangentes. São um conjunto de recursos (pessoas, processos, ativos,
contratos, etc) desenhados para realizar um trabalho. Há 44 Práticas na ITIL4, e
para certificação Foundation 18 delas são cobradas na prova.
● Continual Improvement: a melhoria continua é uma maneira de trabalhar que
transcende todos os níveis, desde o estratégico até o operacional, de forma
recorrente e que busca eficiência, melhor gestão, simplicidade, ou seja, cada vez
melhor co-criação de Valor. O interessante é que ela é tanto um componente do
SVS, como uma Prática. Isso é proposital, para reforçar a importância dessa cultura
estar presente em todas as ações do time.
O SVS foi criado para flexibilizar a operação e reduzir a formação do trabalho em silos. Com
esta proposta, a ITIL promove um modelo muito mais ágil (lembrando que ser ágil não é ser
necessariamente veloz, mas sim ser facilmente adaptável ao momento) e focado no valor.
As organizações podem e devem adaptar a ITIL conforme a especificidade dos seus
negócios, criando assim seus próprios frameworks.