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Departamento de História
3º Ano-laboral
Cidades coloniais são assentamentos urbanos que foram estabelecidos e desenvolvidos durante
os períodos de colonização por nações europeias em várias partes do mundo. E essas cidades
muitas vezes exibem características arquitetónicas, culturais e sociais influenciadas pela
cultura colonizadora.
Anthony King de uma forma geral, nos fala que as cidades colonias são dominadas por uma
minoria europeia, as cidades coloniais podem/ são consideradas colonias porque elas têm um
centro e esse centro depende da periferia fornecendo o sustento para a própria cidade. O autor
no seu livro “Colonial Cities: Global Pivots for Chance” busca analisar as cidades capitais que
surgem do capitalismo moderno com a industrialização.
Tem a sua relevância nas mudanças culturais e sociais porque as cidades colonias
frequentemente representam locais de encontro entre diferentes culturas, tem a sua relevância
do impacto da economia porque elas eram centros económicos vitais e ao estuda-las os
historiadores podem examinar o papel que desempenharam no comercio, na exploração de
recursos humanos e naturais, e no desenvolvimento económico das regiões colonizadoras.
Tem a sua relevância no estudo da arquitetura e planeamento urbano porque elas apresentam
uma arquitetura distintiva e planeamento urbano que refletem na atualidade, tem a sua
relevância também nos estudos na identidade e património cultural, e ligações históricas.
As cidades colonias podem ser categorizadas em várias tipologias com base em diferentes
critérios. E para a tipologia, o autor Anthony King enumera 4 critérios:
O autor em seu livro também destaca 10 aspectos que aparecem no surgimento das cidades
colonias, e são em função de onde elas forma criadas, são eles:
Esses aspectos tem relevância para o estudo da cidades africanas, como é o caso de Lourenço
Marques, porém essa cidade tem uma característica própria, era maioritariamente europeia da
população branca e permitia-se que os negros trabalhadores como guardas, domesticas
habitassem nas traseiras das casas dos brancos nas cidades e a restante das população não lhes
era permitido criarem assentamentos permanentes nas cidades e que deveriam viver fora da
cidade.
Ainda sobre as cidades coloniais, encontramos outro texto de Vidrovitch Coquery e Catherine
“ Residential Segregation in Africa Cities” 2005 que nos fala das diversas formas de segregação
residencial nas cidades colonias.
Segregação residencial refere-se à prática de separar grupos de pessoas com base em critérios
como raça, etnia, classe social ou origem.
As colonias frequentemente tinham leis que separavam as populações brancas das negras em
áreas residenciais, temos o exemplo da Lei de Terras de 1913 em que concedia 87% de terras
férteis e boa terras nas cidades para os brancos que eram a minoria e 13% de terras não boas
para os negros que eram a maioria, os negros não podiam circular nas terras dos brancos e
nenhum negro poderia adquirir uma terra do branco e nem possuir nenhuma terra em sua posse.
Os colonos eram mais ricos que os negros.
Olhando para questões sanitárias, os brancos acreditavam que os negros eram portadores e
transmissores de varias doenças, por isso que queriam marcar distancia, em Serra Leoa na
cidade Livre, os colonos que acreditavam que bebes africanos nasciam e transmitiam a malaria.
Cidades pós-coloniais são áreas urbanas que se desenvolveram após a independência das
nações que anteriormente eram colonias. Essas cidades representam uma fase subsequente a
era colonial e carregam a herança histórica e cultural desse período ao mesmo tempo que
buscam estabelecer uma identidade própria e adaptar as necessidades contemporâneas.
Elas surgem com a independência nacional, são legados do colonialismo, enfrentam desafios
do desenvolvimento, crescimento e buscam uma reavaliação da identidade, cultura buscando
equilibrar as influências coloniais com a promoção de culturas e tradições locais.
Com a saída dos colonos das cidades, os nativos ficaram tomar posse de tudo quanto existia
nas cidades