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8ª CLASSE
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TEMA I: A EXPANSÃO EUROPEIA E O COMÉRCIO Á ESCALA MUNDIAL
NOS SÉCULOS XVII E XVIII.
Introdução
-A imprensa;
-A caravela e a Nau;
- Armas de fogo.
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Tornava-se necessário aos europeus encontrarem uma via que os conduzisse
diretamente a fonte dos produtos orientais.
-A Bússola: Introduzida no ocidente pelos árabes que adoptaram dos chineses, permitia
a navegação durante a noite.
-As armas de fogo- os europeus construíram armas como o fúsil e os arcabuzes, nas
quais introduziam pólvoras (inventada pelos chineses) serviam de instrumentos de
defesa e de ataque.
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CONDIÇÕES DA EXPANSÃO EUROPEIA
Chamamos mundo ibérico aos países como Portugal e Espanha por estarem situados na
península ibérica. EX: - Os portos da Andaluzia e de Portugal situadas nas grandes vias
comerciais dos italianos enriqueceram, acumularam capitais e desenvolveram as suas
indústrias e experiências.
Condição Geográficas - A posição geográfica, bons portos e mares navegáveis quer para
Oeste ou para Sul do Atlântico e a experiência de navegação recebida de marinheiros,
geógrafo, árabes – italianos.
A EXPANSÃO PORTUGUESA
Portugal vai ser o país pioneiro nas viagens de descobertas que desde o início do século
XV alargaram os horizontes do mundo conhecido pela europa ao tentar controlar o
mercado mundial tanto em África como no Índico.
A EXPANSÃO ESPANHOLA
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A conquista da América pelos espanhóis deu-se em 1492, com a chegada de Cristóvão
Colombo: Cuba e Haiti (Espanhola).
Os árabes, povos de tradição guerreira fizeram da sua religião( islamismo) motivo para
criação de um enorme império.
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-Matemática: introduziram o sistema de algarismo árabe no ocidente e aperfeiçoaram a
álgebra.
Introdução
Nos séculos XVII e XVIII, o domínio europeu sobre os outros continentes alargou-se
disputado por novas potências, o centro que comandava a economia mundial deslocou-
se dos países ibéricos para Holanda , França e depois para a Inglaterra. Eram na verdade
estes que reuniam melhores condições para alcançar a supremacia colonial.
Nos princípios do século XVII, esta república de mercadores governada, por uma
assembleia, os estados gerais gozavam de todas as condições:
-Uma economia activa; capitais abundantes e uma enorme frota mercantil para se lançar
na conquista dos grandes espaços marítimos.
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ThalassaKratía= poder ou domínio dos mares.
Thalassa = Mar
Kratía = Poder
-A companhia do senegal;
O 1º rival a abater foi Holanda, o seu prestígio começou a declinar quando Cromwell
um governador inglês decretou o acto de navegação em 1651, segundo esta lei nenhum
navio estrangeiro poderia abastecer a Inglaterra com mercadorias que não fossem
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produzidas no seu país de origem a partir daí o comércio inglês, expandiu-se e em 1700
Londres tornou-se o maior entreposto do comércio mundial.
Ao Obter uma vitória esmagadora a Inglaterra ganhou pelo Tratado de Paris de 1763, o
Canadá a margem esquerda do Mississípi e o senegal em África.
2-Nestes países ocorreram prolongadas lutas políticas e religiosas que arrastavam muita
gente para a emigração.
INTRODUÇÃO
A expansão marítima europeia, veio abrir através dos oceanos uma rede de rotas
comerciais que passam a ligar todas as regiões do mundo, dando lugar no século XVI á
1ª economia á escala mundial.
-A rota de Manila liga a costa ocidental das Américas às Filipinas e a todos extremos
oriente.
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Nestas rotas passaram a circular grande parte da riqueza mundial.Ex: Metais e produtos
manufacturados da Europa, especiarias e perfumes da India, Ouro e prata da América e
espanhola, escravos e outras mercadorias de África, etc.
O comércio colonial dava grandes lucros, pois, as mercadorias eram garantidas por
trabalhadores escravos (açúcar, prata e ouro americano), que eram pagos a preços muito
baixos. Outros produtos, provinham do Oriente (especiarias e tecidos). Esses produtos
eram vendidos na Europa, á preços muito altos, proporcionando grandes lucros.
A burguesia Europeia pode assim fazer grandes fortunas. Essas fortunas eram investidas
noutros negócios que davam mas lucros isto é, novo investidos e assim sucessivamente.
A acumulação capitalista na Europa é ainda facilitada pela evolução dos preços e dos
salários. O século XVI é um período de grande subida de preços a Inflação que é por um
aumento da procura a que não corresponde a um igual aumento da oferta.
O comércio colonial exigia grandes investimentos, por isso Portugal e Espanha tiveram
de recorrer, muitas vezes aos empréstimos dos grandes mercadores e banqueiros. Estes
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factos permitiram aumentar a prosperidade de capitalistas Alemães como os Fugger e os
Welser e Italianos, como os Affataddi entre outros.
A política de Portugal e Espanha, não foi uma política de desenvolvimento, mais sim de
transporte. Porquê os seus principais recursos vinham de comércio com outros países da
Europa, beneficiando aos países exportador.
2-África:
3-América:
-Os europeus começaram por destruir as antigas civilizações ameríndias (Maia, Azteca,
Inca).
-Os tranços africanos estão presentes na cultura brasileira no caso da música (Semba) de
cultos religiosos (macumba) e da culinária.
4-Ásia:
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CONCLUSÃO
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TEMA II: A ERA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS NEGROS.
INTRODUÇÃO
Do século XVII á XVIII, a África foi um palco de um dos maiores genocídios que a
História da humanidade registou: Milhões de africanos foram arrancados violentamente
das suas terras em quanto que enriquecia a burguesia mercantil. Este período foi
designado por Era de Tráfico de Escravo.
A ESCRAVATURA EM ÁFRICA
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Tema II-A Era do Tráfico de Escravos Negro
Introdução
Até ao século XVI, a África produzira civilizações que se destacaram pelo seu
nível de organização económica, politica social e cultural. Foi o caso dos reinos
do Congo, Benim e Songhai, Ghana e Mali.
A partir do século XVI o sentido da história africana mudou brutalmente com a
expansão da Europa, passando a intervir na evolução das sociedades africanas.
Do século XVI ao século XVIII a África foi o teatro de um dos maiores
genocídios que a história da humanidade conheceu: milhões de africanos
foram arrancados violentamente das suas terras e do seu meio social para
enriquecer uma burguesia mercantil sedenta do ouro de outros produtos
preciosos.
É este período que se designa por «era do tráfico» - para a África é «período de
acumulação primitiva de capital» - para a Europa.
Enquanto para os europeus especialmente para as suas classes dominantes o
tráfico significou ouro, marfim, especiarias, açúcar, tabaco, etc… riqueza e
desenvolvimento.
Para os africanos significou extermínios, expulsão e deslocação, perda dos
seus filhos e degradação da economia.
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OS PROTAGONISTAS DO TRÁFICO NEGREIRO
CONDIÇÕES
PRINCIPAIS MÉTODOS DE OBTENÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
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Principais métodos de obtenção dos escravos
1- Os traficantes mandavam comprar os escravos aos povos mais
afastados, junto das fronteiras do Congo e Angola;
2- Obtinham os escravos através da imposição;
As feitorias
Os primeiros europeus a desembarcarem nas costas africanas,
foram os navegadores portugueses, movidos por interesses lucrativos e
de aventuras.
Os primeiros contactos entre os reis da Europa e de Africa, foram
contactos de igualdade e de aliança, relações diplomáticas ligadas as
relações comerciais.
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Este tipo de relações não durou muito tempo, devido a ganância
do lucro do poder por parte da classe dominante europeia. No fim do séc.
XV o escravo negro tornou-se o elemento essencial das trocas entre a
África e a Europa.
O tráfico negreiro só foi possível com a participação de alguns
chefes tradicionais e soberanos africanos, acelerando o processo de
formação de classes e o reforço do poder em alguns estados africanos.
Para os europeus atingirem os seus Objectivos o tráfico de
escravos processava-se nas seguintes condições: caça, compra, transporte
e venda.
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Em 1500 é levado para Lisboa o 1º grande carregamento de
escravos, a volta de 263. A partir de 1510 um décimo da população de
Lisboa era composto por escravos negreiros.
Alguns destes escravos eram utilizados como mão-de-obra na
agricultura no Algarve, Madeira e Açores.
No princípio do século XVI, os portugueses instalaram
plantações de cana-de-açúcar nas ilhas de Cabo-Verde e São Tomé.
Para esta cultura recrutaram escravos na Costa do Senegal, Ghana e
Benim.
Depois da conquista da América a mão-de-obra africana era cada
vez mas necessária a medida que a América era explorada nos seus
recursos agrícolas e minerais.
Em 1515, partiu para a Europa o 1º carregamento de açúcar
produzido por escravos nas Antilhas. E em 1518 surgiu o asiento isto é o
direito de comprar escravos em África e vende-los na América mediante
as condições especiais e precisas, estabelecidas pelo rei de Espanha.
Nas Antilhas e no Brasil, desenvolveram-se as culturas do
açúcar, tabaco, algodão e café. A exploração mineira tinha como
objectivo o ouro e a prata necessárias para expansão do capitalismo
europeu.
O comércio triangular
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O comércio triangular permitiu a obtenção de grandes lucros na venda de
produtos europeus em África, os escravos na América e produtos americanos
na Europa.
Havia sete sectores principais do tráfico que abrangia a zona que vai desde
Arguim (Mauritânia) até Angola:
Senegal
Serra Leoa
Costa da Guiné
Costa do Marfim
Costa do ouro (Gana)
Costa dos escravos (Togo, Daomé e Nigéria)
Angola
EUROPA
AMÉRICA
ÁFRICA
As Companhias Concessionárias
O comércio triangular apesar dos lucros que proporcionava aos comerciantes europeus,
comportava alguns riscos como: Naufrágio, Pirataria, guerras entre potências,
resistência dos povos africanos.
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Assim os europeus organizaram-se em associações ou companhias: eram eles que
organizavam instalação de feitorias, a construção de fortes armazéns de escravos
compravam ou fretavam navios, equipando-os com matérias necessárias.
A resistência africana
A resistência africana não tardou a organizar-se, os europeus foram vítimas
de técnicas de combate utilizando flechas envenenadas.
Nestes combates 27 portugueses foram mortos incluindo Nuno Tristão.
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Com a morte dos 27, os portugueses foram obrigados a fazer uma reflexão
para uma mudança, a intervenção do Infante D. Henrique, navegador
renunciou á razia e substituída em relações comerciais normais.
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O modelo imposto pelos europeus baseava-se em acções político-
económica, cujo objectivo, era a dominação total e a superioridade branca
sobre as demais raças.
Uma das principais ideias aceites na época era o Racismo que simbolizava a
relação fundamental que une o colonizador e o colonizado, com as
seguintes características:
1- Não colonialismo sem racismo, pois e indispensável para manter a
exploração.
2- O racismo nasceu da exploração capitalista: da escravatura, das relações
senhor - servo e da mão-de-obra barata.
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Consequências do tráfico de escravo em África.
O tráfico interno ou externo provocou consequências desastrosas para a
África de maneira geral e para Angola em particular, nos aspectos:
Demográficos, Económicos e Socio-Políticas.
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Pode dizer-se que o tráfico negreiro justifica em parte, o fraco
povoamento e subdesenvolvimento actual de Angola, assim
como de todo continente africano.
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Consequências para a Europa.
O tráfico de escravos praticados pelos europeus e o comércio ultra marino
em geral tiveram consequências muito positivas. Para a Europa, significou a
acumulação de riqueza e desenvolvimento socio-económico do Continente.
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Durante o período do comércio de escravos no Atlântico, foram
transportados para o Brasil, América do Norte e muitas outras colónias
um número considerável de escravos, os quais levaram sua capacidade de
trabalho e também a cultura e as suas qualidades africanas.
O papel das mulheres africanas no Brasil e em outras regiões da América, foi
muito importante porque constituía o Cordão Umbilical que ligava a
população brasileira e americana a África através das danças, canções, da
cozinha e dos escritos.
As influências culturais, manifestaram-se através da região e de práticas
rituais africanas. A Capoeira foi utilizada pelos escravos como forma de
luta para a conquista e defesa da sua liberdade. Hoje encontramos em quase
todo mundo, uma grande influência da raça e cultura africana. Estes traços
estão presentes nas sociedades americanas. Ex: no Brasil no que toca a
cultura (a música e a dança).
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Formação da Mentalidade na Idade Moderna:
(O renascimento e o Humanismo na Europa)
Nos finais do século XIV e início do século do Século XV desenvolveu-se
na Europa, em particular na Itália, um vasto movimento de renovação
cultural e artístico, o Renascimento que conduziu as profundas
transformações nas artes, nas ciências e nas letras.
Os humanistas do renascimento procuram conhecer melhor o homem
através da antiguidade grego – romana.
Com o renascimento, cria-se uma nova concepção do homem no Mundo.
O Renascimento
O Renascimento: Foi um vasto e profundo movimento de renovação
intelectual e artístico, que teve início na Itália a partir dos finais da
Idade Média e difundiu-se por toda Europa.
É uma época marcada pelo desenvolvimento de uma nova
mentalidade, um espírito crítico e observador atento as realidades do
seu tempo.
O Homem do renascimento era ávido de conhecimentos, surgiu o
ideal do Homem completo.
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Era necessário desenvolver, todas as capacidades do ser humano, ou
seja, possuir um saber enciclopédico: praticar desenho, pinturas,
música e exercícios físicos, que abrangem todos ramos do saber
Humano.
Ex: Leonardo Da Vinci foi um homem pintor, arquitecto,
engenheiro, matemático músico e inventor (um homem do saber
universal).
Com a crença absoluta do saber universal, surgiu o individualismo
que consiste na afirmação pessoal de cada ser humano e na sua
valorização.
As características do Renascimento são: Humanismo e o
Individualismo.
A Itália o Berço do Renascimento
O Renascimento iniciou na Itália no século XV, embora com raízes
no século anterior (XIV).
Na Itália existia condições favoráveis para o desenvolvimento
cultural, condições económicas sociais e histórica, depois o
movimento renascentista estendeu-se ao resto da Europa sobre tudo a
Flandres, Inglaterra e a França. Ex: de condições económicas:
algumas cidades tornaram-se cativos centros comerciais: Veneza,
Génova, Milão e Florença.
Condições sociais: a burguesia apreciava a arte e o luxo: palácios,
estátuas, quadros e jóias. Os artistas, escritores e filósofos eram
protegidos pelos mecenas (papas, duques, príncipes) condições
históricas por Roma fazem parte da civilização da antiguidade.
No século XV, a Itália torna-se no berço do Renascimento, devido
aos seguintes Factores:
1- As Cidades Autónomas enriquecidas, rivalizando umas com as
outras, querem económica, social e culturalmente.
2- Os senhores e Burgueses, que protegiam os artistas (mecenas),
que encomendavam obras de arte.
3- A abundancia de ruinas e obras, de arte greco-romana.
4- A presença de intelectuais, sábios e artistas bizantinos.
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Mecenato-é acção de proteger e apoiar a arte, letras, as ciências e
os seus cultores, praticadas pelos Mecenas.
Difusão do Humanismo
A difusão do Humanismo, foi feita sobre tudo através dos humanistas
do Renascimento, baseando-se nas escritas antigas em defesa da
grandeza do Homem da sua dignidade e capacidade de criar e
progredir.
O aperfeiçoamento da impressa no século XV contribuiu de certa
maneira para a difusão do humanismo.
Entre alguns humanistas destacam-se as seguintes com as suas obras.
1-Pica della Mirandola: a dignidade do homem.
2-Geovani Bocácio-O decameron, antecipa o espírito crítico.
3-Erasmo de Roterdão-elogio da loucura, apela para uma profunda
reforma moral, religiosa e política da sociedade.
4-Thomas More-utopia, imaginava uma sociedade igual sem injustiça
nem violência.
A arte do renascimento
-Os grandes centro de criação artística.
-Uma nova arquitectura antiga.
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Os grandes centros de criação artística
O movimento artístico teve inicio em Florença no inicio do
século XV denominado o Quatrocentos.
No início do século XVI Roma tornou-se o principal centro
da cultura do renascimento denominado Cinquecentos.
Nos meados do mesmo século, Veneza tornou-se o ultimo
grande foco da arte, e indicação do Renascimento italiano.
A partir da Itália espalhou-se para outros países da Europa.
A pintura e a escultura
A PINTURA
No séc. XV em Florença e em Flandres ocorreram
transformações revolucionárias na arte do pintor.
1-Invencão de novas técnicas de pinturas a óleo.
2-Aplicacão das leis das perspectivas a pintura.
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a perspectiva resulta da aplicação de um conjunto de regras
que permitem produzir sobre uma superfície com duas
dimensões (comprimento e largura) a ilusão da terceira
dimensão (a profundidade).
OS pintores representam a natureza e os objectos com
naturalismo ou seja tal como eram.
Entre os pintores destacam-se:
1- Giotto
2- Leonardo Da Vince
3- Rafael
4- Van Eyer
5- Botticelli
6- Miguel Ângelo
7- Houlbein e outros.
A escultura
A escultura europeia funcionava como elemento integrante da
arquitectura decorativa na idade média. Com o renascimento a
escultura tornou-se uma arte autónoma e é também em Florença que
encontra o seu desenvolvimento Destacam: Donatello e Miguel
Ângelo que moldavam «David» (O herói bíblico).
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recebidos da antiguidade mas sim de Os sujeitar a uma atitude
crítica.
A partir do século XV desenvolveu-se um desejo insaciável, em
busca da verdade de satisfazer a curiosidade numa tentativa de
explicaras contradições e insuficiência do saber antigo.
No século XVI, verifica-se uma tentativa rebelião contra o
pensamento tradicional. Defendia-se a ideia de que não se devia dar
créditos os conhecimentos que não fossem confirmados pela razão e
pela experiência «a verdade mestra» segundo português essa
experiência só seria verdadeira valido ocorrido o critério matemático.
Com efeito de século XV surgiu um novo saber racional baseado
na razão ou no conhecimento racional científico.
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representação nas suas obras. Por exemplo Leonardo Da Vinci
deixou inúmeros estudos e desenhos de Anatomia.
Depois dos estudos do médico e anatomista Flamengo «André
Versálio» passou a praticar-se a dissecação dos cadáveres nas
universidades.
Conclusão: No renascimento aparece uma nova atitude perante a
natureza, universo e o homem, uma atitude de duvida e de
interrogação conduziu ao lançamento das bases da ciência moderna.
A sua origem
No século XVI a igreja católica vivia uma grave crise que já vinha da idade média, e
teve a sua origem no comportamento dos papas, pois eles viviam em palácios luxuosos,
construídos e decorados pelos artistas mas celebres.
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2- Os papas 0comportavam-se como poderosos príncipes levando uma vida
luxuosa.
3- O clero não pagava impostos e tinha o direito de receber o dízimo.
4- Os cargos eclesiásticos eram cobiçados e comprados.
5- A corrupção e a imoralidade eram frequentes entre os cléricos.
6- Nos cultos utiliza-se o latim, uma língua que o povo já não entendia.
7- A fome, as pestes e as guerras provocaram o medo nas pessoas que
consideravam castigo de Deus.
A reforma protestante
Em 1513 o papa Leão X(décimo /1521) tinha enviado monges por toda a Europa,
pedindo aos fieis que contribuíssem com o dinheiro o pagamento das obras da basílica
de São Pedro em Roma. O papa em troca concedida a estes fiéis uma Bula (carta do
papa com instruções e concessões de beneficio) de indulgências (documento que
lhes perdoava a penitencia dos pecados).
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2- Direito a interpretar a bíblia livremente.
3- A recusa do culto dos Santos e da virgem Maria.
4- Eliminação do celibato e a aceitação do casamento dos pastores.
5- Qualquer crente podia ser ministro do culto ou pastor.
6- Redução dos sacramentos, mantendo apenas a comunhão e o baptismo.
7- Desaparecimento do clero e da sua hierarquia (papa, cardiais, bispos, etc.)
assim como de prosperidades
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A reacção da igreja católica foi ao mesmo tempo um movimento de
renovação interna (reforma católica) e de combate as ideias
reformistas (contra reforma).
Reforma Católica
Reunidos em concilio de Trento (reunião económica de bispos)
numa assembleia que se prolongou as propostas de mudanças dos
protestantes, pelo contrário foram reafirmados os Dogmas (que não
carece de prova) da fé católica, valorizando o papel do papa e da
igreja como intermediário para a salvação do homem, mantendo os
sacramentos, reforçando os cultos dos santos e o Celibato.
Contra reforma
INTRODUÇÃO
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No século XVIII, Inglaterra, se verificaram grandes mudanças e transformações na
agricultura e um considerável aumento demográfico.
6º- Uma vasta rede de Comunicações - o sistema de rios navegáveis, ampliados por
numerosos canais e estradas e a existência de bons portos, permitiram transportar
facilmente.
Todos estes factores contribuíram para que a Inglaterra fosse o primeiro país a iniciar a
“Revolução Industrial”.
Sectores de arranque:
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A crescente procura de produtos manufaturados levou à necessidade de uma maior
produção. Este fenômeno fez-se sentir em primeiro lugar no sector têxtil e,
posteriormente na indústria metalúrgica.
Ao longo do século XVII, a Inglaterra foi o país com maior número de inventos
técnicos. Devido à necessidade de uma maior produção, algumas das invenções
verificaram – se no âmbito da indústria, como podemos observar no seguinte quadro:
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As indústrias têxteis e metalúrgicas, como vimos foram as mais importantes da fase de
arranque da Revolução Industrial inglesa. Por isso, verificou-se nestes sectores os
maiores progressos técnicos.
Podemos falar que a máquina a vapor foi símbolo da primeira industrialização. Também
nos transportes surgiram inovações, devido aplicação da força energética do vapor nos
barcos e nas locomotivas. Deste modo, os meios de transporte vão se desenvolvendo,
sobretudo entre os séculos XVIII – XIX. Assim, o inglês Georges Stephenson, inventou
a locomotiva, e que inaugurou a 1ª linha de caminho-de-ferro em 1825 entre Stockon
Darlinton. O 1º barco a vapor foi inventado por Fulton em 1807.
Surgiu a produção em série, com custos mais baixos. As fábricas situavam-se, na sua
maioria, nas zonas periféricas das cidades, transformando a paisagem, com as suas
grandes construções e chaminés fumegantes, contribuindo para o aparecimento de
bairros pobres, onde as pessoas viviam em situações desumanas.
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Dinamização de novas indústrias, dá-se a chamada "Segunda Revolução industrial".
Surgiu a produção em série, com custos mais baixos. As fábricas situavam-se, na sua
maioria, nas zonas periféricas das cidades, transformando a paisagem, com as suas
grandes construções e chaminés fumegantes, contribuindo para o aparecimento de
bairros pobres, onde as pessoas viviam em situações desumanas.
Artesão-operário
Manufactura-maquino factura
Oficina - fábrica
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Baixa produção - produção elevada
O seu aparecimento tomou necessário criar novas máquinas. Então surgiram, entre
outras inovações: as turbinas, os dínamos, a lâmpada, o motor de explosão.
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A utilização de novas fontes de energia, de novas máquinas e materiais modificou o
modo de vida das populações. A pouco e pouco dá-se uma progressiva associação entre
a Ciência e a técnica.
Na Alemanha, começaram com a exploração das minas de carvão e ferro de Ruhr, Saxe
e Silésia - indústria metalúrgica- nos finais do século XIX desenvolve a indústria
química. A partir de 1875, ocupa o 3º lugar na produção mundial de carvão, logo a
seguir a Inglaterra e os EUA.
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O Japão inicia a industrialização nos finais do século XIX, devido a iniciativa do
imperador Mutsu-Hito e com grande ajuda inglesa, desenvolveram a indústria da seda,
do algodão, da construção naval e do armamento. As minas, a siderurgia, a mecânica e a
química só progrediram depois de 1900. No início do século XX, o Japão tomava-se
uma das primeiras potências mundiais.
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Concluindo: O desenvolvimento dos transportes, fez crescer a indústria, acelerou e
alargou as trocas intercontinentais, aumentou os postos de trabalho, permitiu a expansão
das cidades, aproximou os homens e promoveu a cultura (as ideias liberais difundiram-
se pelo mundo).
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primas e os meios de produção os trabalhadores ficam sujeitos a lei da oferta e da
procura no mercado de trabalho.
O operário nada possui e nem controla, apenas fornece o seu trabalho em troca de um
salário e vivendo com grandes dificuldades (alimentação deficiente, más habitações,
trabalho duro, com excessivas de trabalho, sem saneamento as suas habitações e com
uma exploração desumana no trabalho feminino e infantil). Define-se, portanto, como
um assalariado, um proletário.
1º Diminuição da mortalidade que baixou de 30 por mil em 1880 para 20 por mil em
1900;
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2º O progresso da Medicina, que lograram vencer doenças e epidemias, como a
varíola e a cólera, e da higiene que possibilitou uma menor difusão das enfermidades;
A Inglaterra era um pais rural com uma única cidade gigantesca, Londres, que no final
do século se aproximava do milhão de habitantes, duplicando os 500.000 que tinha por
volta de 1700. Bristol, a 2ª cidade britânica, tinha apenas no final do século XVII, cerca
de 40.000 habitantes. No fim do século seguinte, a população urbana era já de 35% a 50
% do total. Manchester quintuplicara. Binningham crescera 100% e Liverpool
duplicara.
O caminho-de-ferro foi um factor de aceleração deste processo. Ele traz para cidades,
todos os dias, vagas de pessoas que a fazem crescer.
É muito importante realçar, que o factor de rápido crescimento das cidades origina
graves problemas de alojamento, instalações sanitárias, abastecimento de água corrente,
da energia eléctrica, etc.
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O planeamento urbanístico não conseguiu impedir a proliferação dos "bairros de lata"
nos subúrbios das grandes cidades metrópoles e nem a poluição ambiental, provocada
por toda a espécie de fumo e dos detritos da sociedade de consumo. A vida das grandes
cidades desumanizou os seus habitantes: vivem nos mesmos prédios, trabalham nos
mesmos arranha-céus, mas não se conhecem.
No século XIX, o movimento migratório para o novo mundo cresceu, calculando-se que
entre 1830 e 1900, mais de 30 milhões de pessoas de pessoas atravessaram o Atlântico
em direcção aos Estados Unidos e Canadá. Motivos económicos e sociais como
desemprego, o aumento de demográfico e a procura de melhor sorte atraiu famílias
inteiras para cidades americanas da costa atlântica, para a Califórnia, para as pradarias
do Canadá, mas também para argentina e para o Brasil. Os ingleses, franceses e
irlandeses forneceram os maiores contingentes, mas os italianos, alemães, polacos,
espanhóis e portugueses. A maioria por lá ficou. Pode dizer-se que foram eles que
construíram a América.
5.0 INTRODUÇÃO
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O século XVIII é considerado como o "século das luzes" e o "século das revoluções",
porque foi neste século que surgiu o movimento do iluminisrno e devido as
transformações que ocorreram nesse século quer a nível económico, quer a nível dos
transportes, quer a nível político-social, e quer a nível ideológico, provocando as
revoluções liberais americana e francesa que conduziram o fim do Antigo Regime e o
triunfo do Liberalismo.
(Filosofia das Luzes), que propunha contribuir para o progresso, bem-estar e felicidade
da humanidade. Procurava "iluminar" os homens, isto é, instruí-los e libertá-los da
ignorância, superstição e das autoridades que os oprimiam, guiando-se pela razão. Essas
ideias Iluministas foram defendidas pelos filósofos John Locke (1632-1704) apresentou
o modelo de Estado liberal Moderno, Montesquieu (1689-1755) que proponha uma
Monarquia moderada e a separação rigorosa dos poderes (legislativo, executivo e
judicial), Rousseau (1712-1778) reclamava por um governo democrático assente na
soberania popular e Voltaire (1694-17789 defendia os direitos do homem, como direito
à liberdade, religiosa, à propriedade e à igualdade perante a lei.
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econômicas ou para trabalharem nas companhias e emigraram para a costa atlântica da
América do Norte onde fundaram colônias. Com o decorrer do tempo surgiram outros
colonos holandeses, alemães e suecos que, a pouco e pouco se espalharam ao longo do
litoral e avançaram para o interior.
Referência bibliográfica
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KI-ZERBO - História da África Negra, Paris, Hatier, 2º. Volume, 1972.
MED (CIPIE) – História Ensino de Base 8ª classe, Luanda C.I.P. 1º. Volume.
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